Sara Anderson observava as costas de Nora, a curiosidade evidente em seus olhos. Se ela acreditasse em conceitos como renascimento, poderia ter-se convencido de que Nora havia passado por algum tipo de transformação. No entanto, por não subscrever a tais crenças, só podia ponderar o que causou a mudança profunda de sua irmã.
Nora sempre foi alguém que seguia ordens. Desde cedo, Sara entendeu que tudo o que ela tinha que fazer era chorar e culpar Nora por não escutá-la, e sua irmã mais velha faria tudo por ela. E se não o fizesse, então a mãe delas a faria, quisesse ela ou não. Às vezes, ela até temia que sua mãe pudesse fazer o mesmo com ela se tivesse uma irmã mais nova. No entanto, gradualmente ela percebeu que sua mãe não era apenas tendenciosa contra Nora; ela realmente abrigava ódio por ela. Sempre que ela perturbava sua irmã mais velha, Sara era recompensada por isso.