Alícia tinha um sorriso no rosto enquanto rolava de um lado para o outro da cama, enquanto sonhava que estava andando por um tapete vermelho e sendo entrevistada pelos paparazzi. Havia muitos jornalistas chamando e fazendo perguntas a ela, e ela mantinha o sorriso enquanto respondia cada uma delas. Sim, essa era a sua vida. E ela daria qualquer coisa para continuar vivendo assim.
"Então, quando você vai sair do seu esconderijo?" Um dos jornalistas, parado no fundo, perguntou.
"Eu não estou me escondendo," Alícia disse com um sorriso confuso enquanto tentava identificar o rosto da pessoa que falava.
"Então por que você não nos contou sobre seu casamento com o Príncipe?" O mesmo jornalista lançou a pergunta.
"Que Príncipe? Eu não sou casada com nenhum Príncipe," Alícia negou, balançando a cabeça.
"Mas você é. Você fugiu porque estava envergonhada do seu passado e se casou com um príncipe amaldiçoado!" O jornalista disse, e todos começaram a rir alto de uma só vez, apontando dedos em zombaria para ela.
Alícia balançou a cabeça horrorizada enquanto olhava para todos eles, e deu um passo para trás. Eles todos avançaram, rindo e vaiando para ela, até que o jornalista do fundo se aproximou, e ela viu que era o mesmo jornalista que havia arruinado sua vida e carreira.
"Sua vida acabou!" O jornalista disse com um sorriso maligno enquanto todos continuavam avançando.
"Não! Não! Não!" Alícia gritou, se debatendo na cama, agitando braços e pernas até que abriu os olhos e se sentou de supetão na cama, respirando pesadamente.
Levou um tempo para se acalmar, e por um minuto, ela se perguntou onde estava. Olhando ao redor confusa, finalmente se lembrou de onde estava. Reino da Lua. Ela estava realmente casada com um príncipe amaldiçoado.
Mas algo não parecia certo. Enquanto olhava ao redor confusa, a realização a atingiu, e seus olhos se arregalaram quando percebeu que era manhã. ERA MANHÃ!
Ela não tinha escapado. "Não, não, não, não," Ela disse, andando de um lado para o outro no quarto e indo olhar pela janela. Realmente era dia. Parecia que já eram 6 da manhã. Ela tinha certeza de que, até chegar à porta do palácio, todas as criaturas do reino já deveriam ter acordado.
Como ela poderia ter dormido durante a noite quando estava planejando fugir à noite? Por que ela continuava pegando no sono? Ela só queria descansar um pouco para ajudar a digerir a comida que havia comido. Agora, isso!
Ela não tinha muito tempo antes que aquela jornalista demônio arruinasse completamente sua imagem. Ela precisava voltar o mais rápido possível antes que a empresa P & J mudasse de ideia sobre o contrato de patrocínio.
Ela quase pulou de susto quando se virou e viu a criada mal encarada do dia anterior olhando para ela da porta aberta com desaprovação. Quando ela entrou? Como ela não bateu? Que tipo de pessoas sem modos vivem aqui?
"O que você está fazendo aqui? Você não bate?" Alícia perguntou, com uma expressão de desaprovação no rosto.
"Acredito que você já descansou o suficiente. Você teve permissão para dormir até mais tarde por mais uma hora. Amanhã, levante-se cedo," Beth disse com desdém enquanto batia palmas.
'Você teve permissão'? QUE. DIABOS! Ela parecia uma escrava para essas pessoas? Todos devem ter enlouquecido.
A porta se abriu ainda mais quase imediatamente e algumas criadas entraram carregando bacias de água, como haviam feito no dia anterior, que despejaram na grande banheira, que estava localizada na outra extremidade do quarto com uma cortina dividindo-a do quarto, "Está quase na hora do café da manhã. Você precisa se arrumar," Beth disse em um tom superior e com uma expressão arrogante no rosto.
"Eu posso me banhar sozinha. Não preciso de ajuda," Alícia disse com desprezo.
"Claro que você vai se banhar sozinha. No entanto, elas estarão aqui para ajudá-la a se vestir, então vá em frente e se lave. Começaremos suas aulas assim que o café da manhã terminar," Beth instruiu.
"E Paulina? Quando vou vê-la?" Alícia perguntou, imaginando se Paulina estava bem. Julgando pelo modo como Beth estava sendo má com ela, que era uma princesa, ela não queria imaginar que Paulina estava sendo maltratada.
Certamente eles tratariam Paulina bem, considerando que ela era uma criada como o resto delas, certo? Todas provavelmente pertenceriam ao mesmo sindicato, se estivessem na era dela.
"Devo saber quem é essa?" Beth perguntou insolentemente.
Malditas amarras! Alícia pensou enquanto respirava fundo e olhava para baixo em direção a Beth, que ela acreditava provavelmente ser mais nova que ela, "Escute aqui, Beth, ou seja lá como você chama; eu não vou jogar o jogo de garota nova versus princesa valentona do ensino médio com você. Você vai assistir a forma como fala comigo daqui para a frente," Alícia advertiu, endireitando os ombros e erguendo o queixo de maneira intimidadora.
Beth parecia levemente desconcertada com a ousadia de Alícia. Havia também clara confusão em seu rosto; ela não tinha entendido metade do que tinha sido dito.
Ela levantou a sobrancelha, "Ou o quê?" Beth perguntou, dando um passo à frente para que estivesse nariz com nariz com Alícia. Ela era apenas uma humana e poderia ser facilmente despedaçada por um ômega, que dirá por ela.
Alícia sorriu, "Acredite em mim, você não quer saber do que alguém como eu é capaz. Eu não sou uma inimiga que você gostaria de ter," Alícia ameaçou, e com isso, ela passou por Beth bruscamente enquanto caminhava para o banheiro, deixando Beth e as outras criadas presentes olhando para suas costas.
Ela pretendia deixar todos eles saberem quem era a chefe por aqui. Ela não ia deixar que Beth, que era apenas uma criada, a pressionasse. Qual era o pior que poderia acontecer? Ela iria se rebelar e frustrar Beth, e então fugir do palácio antes que as coisas saíssem do controle. Talvez se ela conseguisse encontrar Paulina, elas pudessem criar um bom plano de fuga juntas. E talvez a Princesa Tyra conseguisse obter a corda de que ela tanto precisava.