(Perspectiva de Demetrius)
Ela corou, olhando para o próprio colo. Estava deslumbrante hoje e, agora que estava corando, parecia irresistível. Isso só me dava mais vontade de provocá-la.
Pela primeira vez na vida, contei a alguém que eu conseguia ler mentes e, para minha surpresa, não me senti nem um pouco inseguro quanto a isso. A ideia de ser traído nem passou pela minha cabeça. Era como se eu soubesse que podia confiar nela, aqueles olhos que continham o mundo pareciam me fazer confiar, compartilhar meus segredos e mantê-la ao meu lado.
Ofereci minha mão e ela a aceitou, ainda tímida enquanto corava intensamente. Eu gostava de vê-la assim. Isso me deixava impaciente. Tinha que me lembrar várias vezes de que em apenas um dia ela seria completamente minha.
Mãe riu olhando para mim. Ainda me tratava como um garotinho. Não importava o que eu fosse, ou mesmo sendo um rei, para Mãe eu sempre seria um garotinho, o menino que ela deu à luz e criou.