Numa manhã qualquer de fevereiro, um jovem de cabelos negros abriu seus olhos.
— Parece que ainda são seis horas... —
Levantando-se devagar, o rapaz de olhos castanhos olhou o horário no celular que estava em suas mãos.
"Devo ter dormido com ele na mão... "
Ele percebeu que ainda era cedo, havia pouca bateria restando e algumas mensagens não lidas nas notificações.
Era raro que ele caísse no sono tão fácil, mas ninguém poderia culpá-lo, o ontem havia sido um dia especialmente cansativo, ajudando a família com trabalho braçal intenso, tendo tempo para o celular só a noite.
Ele se espreguiçou e coçou os olhos, indo ao banheiro e deixando o celular sobre a cama, passando pela abertura do quarto — que não tinha porta — lavando o próprio rosto e voltando imediatamente para o quarto.
O jovem se chamava Gustavo, ele tinha fortes sonhos dentro de si, mas pouco poder para torná-los realidade.
Até agora, sua vida não tinha sido nada além de melancolia, tristeza e uma quantidade anormal de cinza, mas ele tinha há poucos meses começado a namorar uma garota de sua idade, estudante do mesmo colégio — Pandora — uma garota que se auto-excluiu da classe que estudava, não era a mesma que a dele, mas se viam continuamente.
— Parece que ela ficou preocupada com meu sumiço, heh... —
Observando as mensagens, ele percebeu que a partir do momento que dormiu, ela lançou constantes perguntas se ele estava bem, se algo havia acontecido, mas depois aderiu apenas a hipótese dele ter caído no sono, que ela achou ser mais provável por saber do dia que ele tinha tido.
Eles não se viam pela noite por morarem em bairros diferentes e afastados, mas ele aproveitava cada encontro que tinham na escola e fora dela.
Ele sempre acordava meia-hora mais cedo que ela, então sabia que ainda deveria estar dormindo.
A personalidade dela era bem preocupada, então também pensou que ela pode não ter dormido nada se teve uma crise de ansiedade ou algo parecido durante a ausência dele.
Ela era frágil mentalmente e ele sabia bem disso, por isso fazia o melhor que podia para mantê-la calma.
Gustavo foi em direção ao banheiro após responder as mensagens adicionais de Pandora, banhando na água fria e preparando-se para ir a escola pela manhã.
Ele fazia o primeiro ano do ensino médio, quinze anos de idade e muito a viver. Sua família não tinha grande riqueza, além de ser bem problemática em relação a várias coisas quando direcionadas a ele.
Ele tinha sido o filho quase-morto no nascimento, agora, ele não tinha intenção alguma de morrer.
Após o banho, ele ouviu outros passos pela casa enquanto se arrumava com seu uniforme escolar.
— Acordou cedo, que homem disciplinado. —
Uma voz feminina falou com ele, que estava agora vestindo a camisa no quarto.
— Bom dia, irmã. —
Gustavo terminou de vestir a camisa e observou sua irmã falar com ele enquanto passava direto pelo quarto em direção ao banheiro, sem trocar mais uma palavra.
Sua irmã tinha sido uma figura de várias faces em sua vida, mas ele não tinha se decidido totalmente sobre seus sentimentos em relação a ela.
Tanto sua calça quanto sua camisa estavam no lugar certo, ele tinha prestado atenção nos detalhes e não deixado lápis ou canetas separados pelo quarto, pegando sua bolsa com uma mão e olhando a hora.
Tinham se passado quarenta minutos desde que ele acordou até agora, o horário de abertura dos portões da escola era as sete e quinze, ele tinha tempo quando pensava na distância de sua casa até o colégio.
O celular foi deixado no quarto, pois ele sabia que não carregou nem trinta porcento da carga máxima nesses quarenta minutos, mas não estava nem um pouco decepcionado com isso.
Ele foi até a cozinha depois de fazer um penteado no cabelo, pegando apenas um pão do dia anterior para levar para comer no caminho até a escola.
Não era o ideal, mas ele não tinha tempo para fazer o café e ir comprar pão e só depois ir para a escola depois de tomá-lo, a distância não era tão curta assim, e ele iria a pé.
Saindo de casa, Gustavo foi cumprimentado e cumprimentou certos vizinhos que conhecia desde criança.
Ele sempre passou a impressão de uma criança tímida, ao mesmo tempo que moldou uma reputação boa em comparação a família que tinha, pois muitas senhoras e senhores gostavam dele como um bom rapaz. Não que ele fosse um santo, ele apenas não era um babaca.
"Ainda sinto meu corpo doer ..."
Suas costas e braços estavam bem mais pesados que qualquer parte do corpo, mas não o suficiente para que ele faltasse as aulas.
Ele passou pela igreja e cumprimentou um dos líderes dela, um senhor que estava logo a entrada.
— Bom dia, como o senhor está? —
— Estou bem, meu filho. Deus te abençoe. E você ? —
— Estou bem, obrigado. Deus o abençoe também. —
O diálogo foi terminado por acenos, ele apenas prestou atenção enquanto via alguns alunos de mesma escola passando por ele.
Alguns mais velhos, outros da mesma turma.
A cidade era Campo Belo, não uma cidade grande, mas uma cidade em Minas Gerais, um estado do Brasil.
Ele tinha carinho por este lugar, pois tinha sido sua casa desde que se lembra, uma que ele queria deixar apenas na vida adulta, mas queria voltar para ela em algum momento.
O céu estava iluminado e muitas nuvens haviam, mas nenhuma de chuva.
O tempo da primavera era o seu favorito, um que ele sequer escondia se fosse perguntado.
Sete horas em ponto, o jovem Gustavo tinha uma boa impressão do que o hoje lhe seria.
"Pensando bem, o que foi aquele sonho que eu tive...?"
Chegando em uma rua pouco movimentada, ele lembrou-se de ter tido um sonho estranho, mais estranho do que qualquer outro que havia tido na vida.
Uma garota sorridente lhe pediu ajuda para matar um demônio deprimido, e ele a ajudou usando uma espada de farinha e um escudo de goma de mascar.
A última frase que ela disse...ele não conseguia lembrar bem.
— "Venha me salvar no Caos..." algo assim... —
A frase não estava tão clara na sua mente, e aquele sonho, mesmo que fosse estranho, ainda sim pareceu tão real para ele quanto o mundo que estava agora, a sensação era como se ele tivesse sido levado para um lugar distante, mas retornado novamente para o ponto de partida.
Deixando esses pensamentos de lado, ele percebeu ter entrado em uma rua pouco movimentada, ou, pior, era estranhamente pouco movimentada.
"Nenhuma casa aberta e nenhuma pessoa na rua nessa hora da manhã?"
Sequer um carro passou, não haviam animais e som algum.
Gustavo continuou caminhando, mas estava cauteloso quanto a essa rua estranha.
"...!?"
Uma dor excruciante atingiu o corpo de Gustavo, uma vinda por trás, uma dor que ele quase cedeu as pernas e caiu.
Tentando correr para frente, ele cambaleou um pouco e olhou mais o chão que qualquer lado, sua visão começou a embaçar, e ele se apoiou em uma parede do lado direito de si.
Sua boca cuspiu sangue, a dor não parou, até que ele pôde olhar o que estava ao seu lado e a frente.
"O que...diabos?! Como tem tantas pessoas aqui? Como não percebi ninguém aqui!?"
Seus pensamentos estavam confusos pela dor, ao mesmo tempo que a situação não era nada favorável.
Ele tinha sido esfaqueado nas costas por alguém, seu corpo então caiu ao lado de uma casa.
Não havia ninguém até um segundo, mas agora tinham cerca de sete a nove homens e mulheres segurando barras de ferro, pedaços de madeira e canos de aço, com apenas um deles segurando uma faca, este que acertou Gustavo em um ponto cego.
Ele tentou falar, mas tanto a dor quanto sangramento lhe fizeram sentir-se fraco para fazer qualquer coisa.
Aquelas pessoas tinham olhos totalmente pretos, lágrimas escuras e grossas desciam de seus olhos como tinta, mas seus sorrisos eram claros na suas intenções — eles vieram matá-lo.
Com o sangue escorrendo de seu corpo e a fraqueza aumentando em seus membros, Gustavo se ajeitou e ficou sentado encostado da parede, olhando para as figuras se aproximando.
Naquele momento, tudo que veio a sua cabeça foi a voz de Pandora, suas palavras, seus momentos juntos...ele pensou que sem ele aqui, ela estaria desesperada.
Ele não queria morrer, absolutamente não queria, e pediu perdão mil vezes por sua fraqueza em se proteger daquelas pessoas naquele momento.
Gustavo tinha uma face triste, de sua boca desceu sangue, e ele ficou agoniado com a ideia de morrer sem realizar nada.
Ele não tinha se tornado um professor, como queria.
Ele não tinha se tornado um marido, como queria com Pandora.
Ele não tinha se tornado um Pai, um sonho que tinha há pouco tempo depois de conhecer Pandora e falarem sobre família quando mais velhos.
Ele não tinha realizado nada.
Sua vida terminaria mesmo sem realizar um único sonho que tinha desde que que era criança.
"Herói Perfeito...hein... Me perdoe, Pandora... Eu realmente, realmente, eu realmente queria ficar com você..."
Ele se lembrou de um arquétipo que tinha consigo desde que era criança.
HEROÍSMO, aquilo moveu muitas histórias desde o início dos tempos.
Ele tinha sonhado com coisas assim desde criança, mas diferente de muitos, ele não abandonou um ideal tão abstrato quanto "heroísmo" após chegar a certa idade, pelo contrário, ele tinha criado várias versões desse mesmo ideal, mas tinha chegado na sua visão definitiva...O Herói Perfeito. Uma existência diferente dos outros heróis, um herói definitivo que não apenas salvaria todos, este herói seria capaz de fazer todos serem heróis — ele espalharia o heroísmo por cada canto do mundo, e ele seria não apenas um herói, mas O HERÓI! a existência que salvaria mesmo os heróis, o Herói que poderia vencer os vilões e guiar os heróis para o caminho correto, o Herói imutável que não se desvia, que não quebra, que não muda, ele tinha almejado ser uma existência definitiva que tocaria as Estrelas e as profundezas do mar, um ser diferente de todos os outros...O Herói capaz de salvar até a si mesmo.
Agora, ele estava aqui, cercado de morte para qualquer lado que olhava.
Ele não queria desistir, mas seu corpo queria.
O que fazer?
As pessoas ao redor se aproximaram dele, cada uma delas espancou o corpo de Gustavo por todos os lados.
Pernas, braços, costelas, pés, dedos... Quebraram cada um dos ossos de seu corpo.
Gustavo gritou em meio a dor insuportável, e sequer conseguiu se arrastar.
Seus pensamentos falharam, seus dentes estavam quebrados e ele estava em uma situação onde ninguém parecia vir salvá-lo.
Se ele tivesse sido o Herói Perfeito que tanto sonhou, ele teria que passar por tal situação?
Nenhuma pergunta teria resposta aqui, e mesmo se quisesse, ele não conseguiria perguntar.
Por último, a visão de Gustavo observou uma mulher vestida de preto, com um sorriso desproporcional na face escura e sem olhos, com cabelos longos e segurando um telefone, que parecia estar gravando tudo que ali acontecia.
"Quem...?"
Por fim, sua visão escureceu no momento de um último golpe foi dado em seus olhos, uma barra de ferro que atravessou sua cabeça, levando-o a morte depois de quase vinte minutos de espancamento e tortura.
Naquela manhã de fevereiro, no dia do aniversário de seu aniversário, Gustavo Neves — um jovem de quinze anos — foi morto por um grupo de bandidos, como foi noticiado por todo o país.
Gustavo Neves estava morto.
***
Em algum lugar escuro e profundo sem nenhuma luz, está um rapaz confuso.
"Eu estou morto...?"
— Não. —
"Quem respondeu isso...?"
— Você. —
"Eu...?"
— Você. —
— Eu... não estou morto. —
Abrindo seus olhos, Gustavo percebeu que flutuava em uma escuridão profunda que ele não enxergava nada além do próprio corpo.
Sua visão estava psicodélica, mas em um piscar, ele se viu em um lugar totalmente branco.
— Onde estou? —
Ele estava nu, mas não tinha parte íntima alguma.
Aquele "lugar" era branco como um papel, ou até mais branco que isso, e ele sentiu uma sensação incrivelmente familiar.
— Aqui é você, para ser específico, o espaço da sua consciência, inacessível para ninguém além de você e você. —
Uma voz fria falou com Gustavo, incrivelmente, essa voz parecia ser a de uma criança.
Ele olhou para trás e observou um menino, que era exatamente igual a ele quando tinha a mesma idade, mas ao mesmo tempo oposto.
O menino tinha em torno de dez anos na aparência, seus cabelos eram totalmente brancos e não muito longos, seus olhos eram totalmente pretos, mas diferente das pessoas que mataram Gustavo, somente as íris e as pupilas eram pretas.
O menino estava de pé a frente de Gustavo, que era bem mais alto do que ele.
— Se só eu posso estar aqui, como você está aqui? —
Gustavo não fez perguntas inúteis a princípio, mas quis ir direto ao ponto.
— Quem é você? —
Gustavo foi firme em seu tom, embora não soubesse bem o que faria caso fosse algum inimigo igual aos que acabara de conhecer.
— Eu sou Você. Não entendeu? É bem simples de explicar: Eu sou o você ideal, eu sou o seu cerne, sou seu coração, então, sou você, por isso estou aqui. Eu sou Sa'at. —
"Sa'at..."
— Não precisa ficar pensando, eu posso ver tudo que pensa, pois eu sou sua consciência também. —
"Ele sabe o que penso?"
"Sei"
— Ah! —
Gustavo se afastou como se toma-se um susto, ele tinha encontrado algo diferente de tudo que viveu até hoje.
Isso era um sonho? Não parecia, mas a dor que havia sentido era real demais para o que viveu há pouco ser um simples pesadelo, então descartou essa hipótese, no entanto...
— Sa'at, eu... nós... morremos? —
Ele perguntou sinceramente. Não era uma preocupação apenas consigo mesmo, ele tinha deixado pessoas para trás, pessoas que precisavam dele — principalmente Pandora, que era sua namorada, ele não queria simplesmente deixá-la depois de tudo que passaram juntos, queria cumprir sua promessa com ela, por isso precisava saber.
— Sim, no tempo da terra, morremos faz dez dias inteiros. —
"Dez dias...!?"
"Sim"
"Não invada meus pensamentos assim!"
"Eles também são meus..."
Gustavo olhou assustado para aquela notícia, faziam já dez dias?
Parecis que ele tinha acabado de sair daquela situação, mesmo assim, por quanto tempo sua consciência ficou apagada?
E se estava morto, que lugar era este? Este era o céu?
O que tinha acontecido com Pandora?
— Sa'at, como está minha família? —
— Bem triste, cada membro ficou incrédulo e em seguida chocados com a brutalidade do ocorrido, sua irmã, em específico, ficou cinco dias inteiros sem dizer uma palavra. —
— ... —
Gustavo se entristeceu, saber da dor das pessoas que tinha apreço e não poder fazer nada para mudar isso era deprimente, ele sentiu forte angústia que parecia sumir em segundos, lhe deixando incrivelmente calmo mesmo que não devesse estar assim.
— ....e Pandora? —
— Ela se matou. —
Uma onda de choque foi criada após as palavras de Sa'at, o olhar de Gustavo se encheu de dor, ele caiu no abismo da própria mente e foi puxado de volta por Sa'at, que sabia de sua dor.
Eles dois sabiam que seria assim, ela era fraca quando se tratava de saúde mental, era uma pessoa com depressão e ansiedade bem sensíveis, e uma notícia como essa, além do noticiário do jornal, ir ao enterro do próprio amado nessa idade, a morte de todos os sonhos juntos com ele... Pandora não suportaria.
— Imagino que... —
— Sim, ela teve uma overdose. —
— Eu...eu não queria que fosse assim... —
— Não queríamos que fosse assim. —
Gustavo expressou sua tristeza e Sa'at, cujo o semblante não se alterava, demonstrou sentir o mesmo.
Eles ficaram em silêncio por um tempo, até que a conversa pôde enfim continuar.
— Sa'at, já que estou morto, o que fazer agora? —
— Não precisa se preocupar com isso, já leu aquelas obras onde o protagonista vai parar em outro mundo? O mesmo aconteceu com você. —
— Espere, isso significa que... —
— Sim, você reencarnou, ou quase. —
— Quase ? —
— Bem... digamos que estamos agora na barriga da sua mãe, somos um bebê que está perto de nascer, mas ainda estamos presos no ventre. —
— ... É sério? —
— Sim. —
— ... —
Sa'at mostrou a Gustavo uma tela que poderia mostrar como era por fora da barriga, além de poder ouvir os barulhos que vinham de fora.
Ele ouviu a voz doce de uma mulher, cantando uma música enquanto tocava sua barriga, se balançando em uma cadeira e olhando para um horizonte florestal e cheio de momhanhas, com um céu arroxeado de estrelas únicas.
A Sensação que Gustavo teve foi uma mistura de paz e estranheza, um sentimento de amor que ele não experimentava há muito tempo, um sentimento materno que acalmou seu coração que estava preenchido de tristeza, agonia e angústia, um sentimento verdadeiro que fez ele e Sa'at se sentirem calmos no espírito.
— Ela já me deu um nome? —
Gustavo soltou uma dúvida a Sa'at, que parecia estar acordado há mais tempo.
— Sim, ela diz ele de vez em quando, conta histórias para a barriga como se fosse para uma criança já consciente. —
— E qual o nome? ... —
— Perfekt Hearts. —
Perfekt... Perfeito...para chamar o próprio filho assim, essa mulher deveria amá-lo acima de qualquer outra coisa, o suficiente para que — mesmo antes do nascimento — ela o considerava Perfeito.
Gustavo se sentiu feliz por nascer de novo, em um mundo que ele nem fazia idéia...se houvesse alguma chance mais tarde, ele queria salvar tudo...
Agora que sabia da existência de Sa'at, ele percebeu que poderes, que o sobrenatural, que isso finalmente era real diante dele, como nunca antes sentiu...
— Eu agora sou Perfekt Hearts, e Sa'at, eu prometo a você: Neste mundo que nos aguarda, saiba que, não importa como ele seja, eu serei o HERÓI PERFEITO. —
Perfekt então olhou a Sa'at e estendeu a mão para um aperto, desta vez, ele vestia as mesmas vestes de Sa'at, uma camisa branca e uma calça preta, enquanto Sa'at vestia um calção branco e camisa preta, sendo novamente opostos apenas em cores.
Seus cabelos mudaram, pretos mais escuros que antes, seus olhos eram roxos que poderiam ser brilhantes, e ele olhou novamente para aquela tela.
No passado, ele falhou, mas agora...não haverá mais como voltar a atrás e fingir que nada aconteceu.
Ele sempre quis ter poder para não sacrificar nada, sempre quis viver não só para viver, ele queria ser mais que um ideal, ele queria a REALIDADE.
Um dia Gustavo Neves...agora Perfekt Hearts.
O Herói Perfeito vai em busca daquilo que todos buscam, aquilo que ninguém que alcançou quis soltar, aquilo que fez o corpo e a alma chegarem só auge da existência...
A Sensação do Paraíso.
Com o olhar mais determinado que poderia oferecer, Perfekt Hearts aguardou pacientemente o dia de seu renascimento, abraçando com determinação a ideia de viver o novo.
— É mesmo, qual o nome da minha mãe? —
Perfekt perguntou.
— Perséfone Ninsuna Hearts. —
Decorando aquele nome, Perfekt sorriu.
Que venha a vida, para que ele abrace-a com toda VONTADE.