Ethan olhou para o telefone e viu várias ligações de sua mãe, ele sorriu e logo ligou para ela que parecia preocupada e com uma voz triste.
— Você já chegou, meu querido?
— Sim mãe, felizmente cheguei hoje já estou no táxi.
Sua mãe respirou aliviada ao ouvir que já estava no táxi, enquanto isso uma voz doce e familiar aguçaram os seus ouvidos.
— A Reona tá aí?
— Reona ? Sim ela está, fala com seu irmão Reona.
A jovem garota de 13 anos pega o telefone de sua mãe. — Oii, mano, como você está?
— Oii, maninha estou bem. E você não vai acreditar como aqui é bonito, não espero a hora de poder te trazer pra cá.
Sorridente, sua irmã concordou no telefone e ele olhou pela janela do táxi a movimentação da cidade.
— Reona, estão implicando com você?
— Não…
— Porque não consigo acreditar nisso?
— A Melinoe cuida de mim.
— Fico feliz em ouvir isso, ela tá aí?
— Ela tá lá em cima chorando porque você saiu do país.
— Entendi… Diz pra ela que mandei lembranças.
— Ok…
— Reona Filha me deixe falar um pouco com seu irmão, ele deve estar cansado da viagem.
— Tudo bem mãe, tchau Ethan, amo você.
— Também te amo, mana.
Logo após ambos se despedirem, Ethan conversa com sua mãe por alguns minutos até desligar a ligação.
Com sua cabeça encostada no vidro do táxi, Ethan viu pessoas transformadas livremente em homens fera e essa cena deixou seu coração confortável, suas orelhas de lobo se moveram enquanto adormecia um pouco.
Assim que chegou na cidade onde estava seu apartamento foi acordado pelo motorista de táxi com um sorriso.
Surpreso Ethan se curvou ainda com o cinto na cintura e pediu desculpas pelo ocorrido, o motorista por sua vez que era um senhor de meia idade gesticulou com a mão para o jovem relaxar.
— Acontece, viemos do centro do país para outro estado. Já são 4h da madrugada.
Os olhos de Ethan se arregalaram, ele não acreditou quando olhou para o relógio digital do táxi e viu as horas destacadas em vermelho.
Desnorteado e cansado saiu do carro, o motorista o acompanhou logo em seguida para ajudá-lo com as malas.
— Não precisa.
— Relaxe meu jovem, acredito que toda ajuda é bem vinda.
Ethan se curvou novamente agradecendo o senhor de meia idade barbudo. Com ajuda do senhor, em pouco tempo suas malas já estavam na frente da recepção do condomínio.
— Só posso ajudar até aqui garoto, espero que curta o país.
— Pode deixar e obrigado.
O país que Ethan viajou era vizinho ao seu e do mesmo continente, sendo assim por ordem real ele não precisaria de burocracias como anfitrião ou algo do tipo.
As línguas eram as mesmas, mas nem sempre foi assim o rei ordenou a uns anos atrás que todo o continente usasse apenas um dialeto e que viagens fossem facilitadas exigindo-se apenas o passaporte e outros documentos.
O taxista se despediu e voltou para seu estado, o pagamento foi feito através de cartão de crédito então não precisou pegar uma única cédula se quer.
Ethan pegou as bagagens como pode e subiu degrau por degrau de seu apartamento, isso durou 20 minutos.
Exausto, não demorou muito para chegar no segundo andar, procurando em seu bolso da frente encontrou as chaves do apartamento número 8 que era onde ficaria.
"Ok, é pra ser uma nova vida Ethan." Seu sonho era se formar em advocacia e conseguiu uma ótima oportunidade para fazer intercâmbio em outro país real do seu continente.
Assim que abriu a porta viu como o local parecia confortável, mas o ar tinha cheiro de poeira e mofo.
Tossindo um pouco decidiu que deveria limpar tudo no próximo dia.