Eldoria Encantada: Yuki Morita e o Harém Mágico

🇧🇷Airam_Suly
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Synopsis

Chapter 1 - ~ Desconexão

Despertei abruptamente ao som alto de risadas preenchendo o ambiente. Ainda meio sonolento, ergui a cabeça e observei ao redor.

"Certo, estou na escola. Devo ter cochilado de cansaço. Preciso parar de jogar até altas horas da madrugada..."

Pensando nisso, espreguicei-me e dirigi meu olhar para a professora, enquanto captava as vozes dos garotos atrás de mim, imersos em uma conversa de entusiastas da cultura nerd... nerdolas.

Decidi focar na conversa, apenas ouvindo.

— E aí, conferiu o novo mangá que saiu?

— Sim! Incrível, o protagonista é poderoso demais!

— Verdade! Mas tem muito harém, demais. Juro, se eu renascesse, ia me aproveitar ao máximo.

"Esses caras só pensam nisso, né? Mangás, animes, e assuntos do tipo."

Refleti, desviando minha atenção. Avistei meu celular sobre a mesa, o peguei e me preparei para mergulhar no jogo que começara na noite anterior. A trama era envolvente, com um protagonista calculista e estrategista, e personagens bem desenvolvidos.

Ao tocar no botão de reprodução, iniciei uma nova batalha. Neste exato momento o sinal ecoou, indicando o intervalo.

Este sou eu, Yuki Morita, um adolescente de 17 anos, cursando o ensino médio, notoriamente desastrado, porém totalmente viciado em jogos de RPG.

A batalha virtual iniciou, meu avatar preparado para o confronto. Os inimigos surgiram, e com habilidade, comandei meu personagem, mergulhando na ação. A trilha sonora envolvente intensificava a atmosfera épica.

>Vitória <

Mais uma vez, triunfei. Um sorriso de satisfação iluminou meu rosto, mas rapidamente se dissipou quando uma onda de água gelada me atingiu.

"Mas o quê?"

Não fui sincero. Além da minha desajeitada natureza, enfrento algo que aflige muitos no Japão: o bullying.

Talvez eu seja um fracasso nesse mundo.

Ouço risos, enquanto o valentão, responsável pelo bullying ao longo dos anos, se aproxima e joga um balde na mesa da frente. Rapidamente, ele pega meu celular que estava em minhas mãos.

— Ora... mas o que temos aqui, Desastruki? Um joguinho? Que fofo.

Tento me levantar para recuperar meu celular, mas sou brutalmente empurrado para baixo, acompanhado por duas outras pessoas que colaboram nessas ações repugnantes.

— Viu? Se você parasse de jogar essas porcarias, poderia sair daí sem ser humilhado como um idiota.

Antes que eu pudesse dizer algo, ele joga meu celular no chão e pisa nele com força.

— Pronto, agora você pode fazer exercícios físicos e ficar forte, Desastruki.

Eles saem da sala de aula, deixando-me imediatamente a catar os pedaços do eletrônico no chão.

"Desastruki, Desastruki, Desastruki."

Penso no apelido que ele me deu, originado do meu primeiro dia aqui quando levei uma bolada na cara e, mais tarde, ao tentar ajudar uma garota que ele estava incomodando, acabei sendo agredido com um soco.

Sem perceber, minhas mãos vão para o celular, e ao tocar, uma luz branca com leves tons de azul irradia, fazendo-me fechar os olhos.

Enquanto a luz branca brilha intensamente, me lembro de todas as memórias da minha vida...

Momentos solitários no recreio, olhando para o celular como uma fuga do mundo real. A tecnologia torna-se meu refúgio.

A luz delicada do entardecer enquanto compartilho risadas com minha família, momentos que servem como âncoras na tempestade.

A sensação de realização ao vencer desafios no mundo dos jogos, onde minhas habilidades são valorizadas.

Olhares de desaprovação na sala de aula, como se minha presença fosse um fardo para todos.

Enquanto as memórias invadem minha mente, tento não prestar muita atenção, pois uma única pergunta ressoa lá no fundo:

"O que está acontecendo?"