Natália estava sentada na cama daquele quarto que não era nem um terço do tamanho do seu antigo quarto. A menina observava aquele cômodo atenta a cada detalhe, enquanto esperava Hanna, que havia saído do quarto para preparar algo para comer.
"Viajens entre mundos da muita fome Natália, por isso irei pegar algo para comermos" Foram as palavras que hanna pronunciou antes de sair.
A princesa estava encantada com tudo aquilo, mas não conseguia sair do quarto pois estava com muita molesa pela fome, tanta que parecia que nunca havia comido na vida. Não era atoa que Hanna havia falado.
Logo a mulher loira de pele escura como café entra no quarto, com uma bandeira repleta de comida. Sem perder tempo, Natália começou a comer desesperadamente aquela comida a sua frente.
— Nossa! Vá com calma princesa! Sei que é a sua primeira vez nessa viajem, mas tenha calma. — Hanna fala acariciando as costas da princesa.
— Desculpa, é que parece que eu nunca comi nem uma migalha sequer de comida na vida, eu estou faminta!
— É normal já que, neste mundo, você nunca comeu nada, então é isso que você sente mesmo.
Rapidamente Natália acaba com tudo que está na bandeja. Nem tinha se importado se havia algo que não gostava, apenas comeu tudo que Hanna havia preparado.
A Loira logo deixa a bandeja de lado e pega na mão da Natália, prestes a falar algo que parecia bem importante.
— Natália.
— Sim? — A ruiva olhava para a mulher sem entender o que estava acontecendo.
— Saiba que este mundo não é totalmente seguro.
— Ele tem mais dragões do que o meu mundo? Ou as plantas carnívoras são três vezes maior aqui? — Natália falava observando o seu redor, com receio de algo acontecer.
— Na verdade não tem nada de mágico neste mundo sabe? Mas aqui, as armas são bem mais perigosas, além das pessoas serem traiçoeiras, orgulhosas e mentirosas! Pessoas que matam, que sequestram, que roubam sem nenhum motivo, apenas porquê quer. E, para piorar, estamos em um país que é repleto por Máfias extremamente perigosas.
— Máfias? O que é isso em? — Natália pergunta curiosa para saber cada vez mais deste mundo.
— São lugares onde pessoas traiçoeiras trabalham em equipe. A maioria é Psicopata, tem sede de sangue.
— Meu Deus, eu não vou nem sequer falar com uma dessas pessoas!
— As vezes não é nem por quê queremos, mas porque as pessoas são sequestradas ou nem sequer sabem que o outro é um grande Mafioso.
Natália olhava para Hanna aterrorizada. Não conhecia absolutamente nada daquele mundo, só as coisas ruins que Hanna havia falado.
A princesa começa a ficar preocupada, tudo poderia acontecer e estava com medo de que estivesse em mais perigo naquele mundo do que no seu real mundo.
Percebendo o pavor que havia deixado Natália, Hanna sorri e logo começa a falar novamente.
— Não se preocupe, criança! Aqui também tem coisas maravilhosas! Tecnologia avançada, pessoas de bom coração, ótimos lugares para conhecer. Só te alertei sobre as pessoas más para lhe deixar esperta. Não se preocupe com eles, não é todos que tem a experiência de conhecer alguém daquele jeito.
— Se você diz... — Natália suspira, tentando se acalmar e afastar os pensamentos ruins que continuavam adentrando sua mente.
— Bom, descanse princesa, essa viajem deve ter te deixado exausta! — Hanna fala com um sorriso meigo no rosto.
Natália apenas sorri pequeno e afirma com a cabeça, logo se deitando na cama onde estava e fechando os olhos.
Em um piscar de olhos, a princesa Natália estava apagada. Como Hanna havia dito, a viajem entre mundos deve ter deitada exausta, além do fato de que, naquele mundo, Natália nunca havia dormido, então dormiria por um bom tempo.
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Raios solares adentraram o quarto onde Natália dormia calmamente, alertandoo início do nascer do sol.
A princesa senta na cama onde estava e Boceja calmamente, enquanto esperava sentada acordar realmente.
Ela olha para os lados e percebe que não estava no seu quarto, revelado para si que tudo aquilo que viveu não foi apenas um sonho estranhamente maluco da sua cabeça.
Natália se assusta rapidamente quando viu que, o que vestia não era mais o vestido amarelo que usou no almoço com o príncipe Felipe.
A garota estava usando uma blusa larga branca, junto com um short preto cruto e meias brancas. Aquilo a assustou, já que, no seu reino, aquelas roupas nem sequer existiam.
Logo, a princesa vê Hanna adentrar o quarto. A mesma estava com os seus cachos dourados presos em um coque bagunçado, usava uma blusa azul clara colada sem manga e um short preto largo que batia em seus joelhos.
— Princesa! Você finalmente acordou! — Hanna sorri ao ver a garota sentada na cama, mas logo o seu semblante expressava preocupação ao ver o espanto no rosto da princesa. — Aconteceu algo?
— Meu... vestido... quem me trocou de roupa? — Natália olha para a mulher a sua frente.
— Fui eu, claro. Mas, não se preocupe, eu usei magia para te trocar e te lavar! Eu não vi nada. — Hanna comenta, tentado deixá-la mais confortável.
— E que roupas são essas?! — A garota pergunta se levantando e ficando em pé.
— São Minhas roupas, até que ficaram boas em você. — Hanna sorri observando a garota meio assustada. — Sei que não é acostumada com essas roupas mas... vestidos como aquele, neste mundo, só se usa para ocasiões específicas.
— Minha nossa...
— Você se acostuma, princesa. — Hanna ri da reação de garota com a roupa.
— Por quanto tempo eu dormi?
Hanna fica em silêncio, enquanto encara a garota que havia feito a pergunta. Antes de responder, a mulher suspira.
— Uma semana.
— Uma semana?! — Natália se espanta com o tempo em que dormia.
— Já falei, o seu corpo tem que se acostumar com este mundo.
— Vocês dormem por uma semana?!
— Que? Não! Sua louca. Dormimos apenas horas, o que eu quero dizer é que o seu corpo está se acostumando com o novo mundo, e ele tem suas reações, ou efeitos colaterais, chame do que quiser!
A garota fica em silêncio, enquanto encara Hanna seriamente. Parecia até paralisada.
— Ótimo! Agora ela está paralisada! — Hanna reclama e logo da um leve pereleco na testa da princesa, fazendo a mesma acordar do transe.
— Ah?! O que disse? — Natália acorda do transe desorientada e logo coloca a não na testa — Por que a minha testa dói?!
— Meu Deus, isso será complicado...
Logo, o quarto fica silencioso. Natália estava desconfortável pois, alem das roupas novas, queria muito conhecer este novo mundo, mas Hanna não mexia nem um músculo sequer.
Enquanto estavam em silêncio, a princesa se pergunta se Hanna estava em uma paralisia ou algo assim, até algo aconteceu.
— Já sei! — Hanna grita e logo sorri, fazendo Natália se assustar e cair na cama novamente. — Ah! Sinto muito lhe assustar, princesa.
— T-Tudo bem... mas o que você já sabe? — Natália pergunta se levantando da cama.
— Já sei onde vamos primeiro!
— Onde vamos? — Natália olha para Hanna entusiasmada. Finalmente iria sair para conhecer o novo mundo.
— Vamos ao shopping, claro! Você precisa de novas roupas, além de produtos higiênicos, como escova de dente. — Hanna pega na mão da garota ruiva e a leva até o seu guarda roupa.
— Espera, eu irei com uma roupa sua?
— Claro! Você não vai sair daqui completamente nua, certo? — Hanna fala enquanto abre o seu guarda roupa.
Natália observava atentamente aquelas roupas, nada combinava ou se parecia com as roupas que usou a vida inteira.
A Mulher loira pega várias roupas e joga na cama, depois, volta para o guarda roupa, pega várias caixas de sapatos e também coloca em cima da cama.
— Bom, vamos ver quais serão as roupas de hoje! Você tem que ficar bonita, esse será o seu primeiro passeio na sua nova vida! — Hanna começa a pegar algumas blusas e separá-las.
Natália começava a ficar preocupada. As roupas de Hanna não era muito do seu agrado, mas, é como a mulher disse, ela tinha que se acostumar com a nova vida.
Se passaram minutos, muitos minutos, talvez até uma hora para achar finalmente a roupa para Natália.
A garota estava com uma blusa colada com manga curta verde escuro, enquanto vestia um short largo preto que batia nas suas coxas. Suas meias batiam um pouco acima na bota preta que vestia. Seus assessórios eram algumas pulseiras e um belo brinco de argola prata. Seu cabelo estava completamente solto.
Já Hanna estava com um top branco junto com uma jaqueta preta. Ela usava uma calça larga azul escuro acompanhado por um cinto preto e tênis all star preto. Seus acessórios eram apenas um brinco de pérola e alguns aneis pratas. O seu cabelo estava preso em um raio de cavalo simples.
— Você está maravilhosa! — Hanna comenta enquanto vê a garota se olhando no espelho.
— Você acha? — Natália pergunta enquanto estava se olhando no espelho.
— Claro que acho. Você já é bela naturalmente menina! — Hanna sorri alegre, fazendo até Natália sorrir pela alegria da nova amiga.
— Bom, então vamos fazer este tal Shopping? — Natália pergunta com um sorriso de felicidade no rosto.
— Claro! Você vai adorar! Tem muitas roupas, acessórios, tem várias coisas em um shopping! — Hanna começa a falar enquanto pega na mão da garota e sai do quarto com ela.
— Então... É tipo uma feira? — Natália pergunta fazendo Hanna parar de andar.
— Bom... não é uma feira, é várias lojas dentro de um só lugar. — Hanna olha para a garota.
— Tá bom né... então vamos? — Natália pergunta, enquanto vê a mulher loira pegar uma chave e destrancar a porta.
— Vamos! — Hanna sai puxando a Natália para fora do apartamento, logo trança novamente a porta e caminha até o elevador.
Hanna Aperta o botão para chamar o elevador e, enquanto esperam, Natália estava parada, sem saber o por que de estarem ali sendo que as escadas estavam ali ao lado.
— Por que estamos paradas aqui? As escadarias é pra lá. — A ruiva aponta para um canto.
— Aqui tem um jeito mais prático e rápido! E se chama elevador. — Logo as portas se abrem e ambas adentram.
— Elevador? — Natália pergunta enquanto vê Hanna apertar um botão e as portas se fecharem.
— Sim.
Logo Natália sente aquela pequena caixa de metal se mexer, assustando ela rapidamente.
— O-O que é isso?! — Natália pergunta assustada.
— Relaxa princesa, só está nos levando para baixo, a saída.
— Saída? — Natália vê as portas se abrirem e vê que estavam em outro lugar — Uau... como funciona?
— Não sei, não sou engenheira, ou sei lá como se chama quem mexe com isso.
— E você ainda diz que esse mundo não é mágico!?
Hanna ri das coisas que Natália fala. Ela realmente não está acostumada com as coisas deste mundo.
A cada coisa a princesa se impressiona, como a porta automática do prédio, que se abre com uma senha. Natália achou aquilo incrível e peculiar.
— O que se chama isso tudo? — A garota olha em volta após sair do prédio.
— Prédios, se chamam prédios. — Hanna ri enquanto espera um táxi.
— Que demais... — Natália observava atentamente as pessoas e os lugares, tudo era tão novo para ela.
Logo um carro amarelo para na frente delas. Hanna entra e puxa a princesa para entrar também.
A Mulher loira fala para onde querem ir e o homem começa a dirigir, fazendo Natália se assustar novamente.
— O que é isso?
— Um carro, funciona como uma carruagem, mas, ao inves de cavalos, é tecnologia que se usa. — Hanna explica enquanto observa a cidade junto com Natália.
— Uau... eu gostei dessa Tecnologia.
— Quem não gosta, certo? — Hanna sorri enquanto vê Natália Admirando a cidade.