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Chapter 20 - Capítulo 20- Não chorem

Como o líder orc conseguiu convencer Nagaro a ficar com eles até hoje à noite, a tribo orc e dos ifrits se locomoveram para a área de vulcões e para os seus novos territórios.

Mas Nagaro fez questão de ordenar que tanto orcs como ifrits morassem juntos por enquanto, na mesma terra(floresta de vulcões), já que eles estão feridos e são poucos, o melhor a se fazer é mantê-los juntos até que a população aumente(restaure).

Nagaro ao pisar na floresta de vulcões, nota que tem algo diferente aqui.

Olha para um lado e para o outro, reparando que a floresta não só restaurou, mas parece que aumentou a quantidade de vulcões e montanhas.

-Hum? 

-Estranho.

-Essa floresta de vulcões era tão imensa assim?

….

..

.

Um gato verde corre em alta velocidade e salta para o ataque.

O mago do grupo balança seu cajado, recitando a magia, mas assim que a magia é lançada, o gato faz curva no ar esquivando da magia.

Mago.

-(Como!?) 

Mas o gato foi rápido, usando suas habilidades de vento, dando uma patada no pescoço do mago, matando-o na hora.

O resto do grupo apressou-se em atacar este gato verde, mas infelizmente, uma onda de vento dilaceram os membros do grupo. 

A onda de vento foi feita em conjunto por outros gatos verdes. 

Não demorou muito para que os gatos começassem a comer suas presas ali mesmo.

Muitos grupos que foram encurralados, olharam com muito pavor e raiva, ao ver um grupo de aventureiros sendo mortos e devorados bem diante deles, mas eles infelizmente não podem fazer nada.

Uma aventureira humana enjoa, quase querendo vomitar ao ver aquele grupo sendo devorado, mas a onda de vento forte vem em um instante sobre ela.

Quando ela percebeu, a boca aberta do gato verde estava prestes a comer sua cabeça.

Mas um raio elétrico perfura a cabeça do gato verde, matando-o na hora.

A aventureira olha para o lado, vendo sua líder, uma mulher fera da espécie hiena.

A hiena se aproxima e dá um tapa na aventureira, quase a derrubando.

-O quê está fazendo?!

-Engole o vômito e levante-se para a luta!

Apontou o dedo para os gatos verdes que devoram aquele grupo.

-Senão você terá o mesmo destino que aqueles ali!

A aventureira não querendo ter um final daquele jeito, encontra forças e se recompõem.

A hiena vê com bons olhos a determinação restaurada de sua colega, rapidamente reagrupam com o resto da equipe.

Mas infelizmente tal determinação não pode ser encontrada em outros grupos, muitos indivíduos já se ajoelharam, apenas aceitando seu destino. 

Consequentemente, como esses gatos são astutos, ondas de ventos fortes levam esses desistentes, bem diante de todos.

Um aventureiro cai no chão ao receber uma onda de vento forte no corpo, assim que ele olha, o gato verde já está em cima dele para matá-lo, mas um pedregulho o atinge, arremessando-o gato contra uma árvore.

Seu colega de grupo, se aproxima e estende a mão.

-Levante-se, aqui não é lugar para morrer.

Um gato verde voa verticalmente, antes que o atinja, seu tanque do grupo intercepta o ataque.

-Concordo com você amigo, não vamos morrer aqui.

E o trio se prepara para atacar.

Outro grupo já está terminando de matar os gatos verdes.

O machado do oni, decapita o último gato verde.

-Terminamos aqui!

Outro oni.

-Ótimo, vamos nesta.

E seu grupo se movia para longe, indo direto para o pântano.

Mas o novato do grupo percebe que outros aventureiros estão tendo dificuldades para derrotar os gatos.

-Senhor… não vamos ajudá-los?

Seu líder franziu a testa.

-Se quiser ajudá-los então vá! Mas se você for, nunca mais volte para nós.

Novato.

-...

Líder do grupo oni, olha para o novato e depois para o grupo.

-Rum! 

-Então vamos!

-Esta pode ser nossa última vez vinda para cá com relativa tranquilidade, então não precisamos que a concorrência venha e pegue nossos recursos.

O Líder deu um leve sorriso.

-Quanto menos aventureiros, mais recursos teremos.

Todo o grupo(exceto o novato) ri em voz baixa.

Novato olha para os membros do grupo, sentindo um medo que doe a barriga.

-...

O Líder caminha e fica bem na frente do novato. 

Olha nos olhos dele.

-Entendeu!

Novato.

-...

-...S-Sim.

E todo o grupo de onis desaparece do local.

Dois aventureiros humanos, estão sendo gradualmente afastados por um gato verde.

Aventureiro.

-Droga de gato! 

-Como pode ser tão forte?

Seu colega, o mago.

-Cara, vamos fazer o seguinte, como de costume.

Aventureiro, sabendo do que se trata.

-Sim!

Logo o aventureiro avança até o gato.

-Aceleração!

-Fortificação!

Assim que se aproxima, o gato também avança, descendo sua pata nele. Mas o aventureiro levanta o braço, aguentando o impacto.

Seu braço produz um o som de osso quebrado, mas ele consegue ficar de pé.

-Agora!!!

-...

-...

O aventureiro levemente olha para trás, percebendo que o mago sumiu.

-!!!

-Ora!… Seu!… Seu!!

E a boca do gato verde se abre, devorando a sua cabeça.

O mago que se encontra a metros de distância, corre usando magia de aceleração, fortificação e flutuação, fazendo parecer que está voando.

-(Que pena, foi bom trabalhar com ele, mas a situação não era favorável).

-(Que chato, vou ter que achar outro para fazer dupla, já é a quinta vez, só esse ano).

-(Este último foi o mais fortezinho que achei, demos uma boa dupla, mas morreu cedo).

Fica levemente triste, mas logo volta a sorrir.

-(Antes ele do que eu).

Mas assim, quando menos se percebeu, ele sente que algo está faltando nele.

Olha para seu braço, percebendo que sangue escorre sem fim, seu braço tinha sumido em pleno ar.

-O que!?

 

Logo uma rajada de vento vertical surge, dividindo-o ao meio.

O mago cai no chão pelas metades. 

Seus olhos tremiam de raiva, não compreendendo o que houve.

Mas logo um gato verde surge bem na sua frente.

-(Maldito!)

-(Esqueci de averiguar se tinha algum gato verde me seguindo com magia de invisibilidade!)

O mago vê o gato se aproximando cada vez mais.

-(Droga! O que fiz para merecer isto?!)

Sem poupá-lo, o gato devora-o ali mesmo.

….

..

Não muito longe do ocorrido.

Sentado em cima de uma enorme árvore, um homem fera do tipo urso, viu o desfecho do patético mago.

-Bem feito, mas achei até pouco, merecia ter sofrido mais.

Um gato verde surge mordendo o pescoço do urso, mas o urso não se importou com isto.

Calmamente, ele puxa o gato verde, segurando-o pelo pescoço.

O gato se assusta, desesperadamente balança o corpo na tentativa de escapar, suas garras são banhadas com a habilidade vento, mas nenhuma delas é efetiva no corpo do urso, mal conseguindo cortar seus pelos.

-Éi! 

-Bode fedorento! 

-Esqueceu um aqui ó!

Surgindo entre as árvores, um bode, ele salta do topo de uma árvore, pousando no chão.

Carregando em suas mãos, corpos mortos de gatos verdes.

Mesmo que os gatos verdes sejam grandes, homens fera não veem dificuldade nenhuma em carregá-los.

Seus chifres estão sujos de sangue, não de seu sangue, mas sim, dos vários monstros que ele matou.

Uma veia saltou da testa do bode.

-Ora!

-Seu preguiçoso!

-O que está fazendo aí sentado?!

Urso.

-Só estou aqui vendo como esses aventureiros se comportam quando são colocados em momentos de dificuldade.

Neste exato momento, ele vê um grupo de aventureiros humanos deixar seu amigo para morrer.

-É um verdadeiro show.

O urso olha para a mão, vendo que o gato verde não consegue se libertar, decide apressar seu fim, apertando o pescoço dele, matando-o sem pena.

No chão, um gato verde surge bem atrás do bode, mas em instantes, o bode esquiva e no outro instante, levanta a perna, a ponta de seu casco perfurou a barriga do gato. 

O gato ruge de dor, mas consegue lançar correntes de vento no bode, dando-lhe a chance de escapar.

Assim que o gato começa a correr, longos espinhos perfuram o seu corpo.

O bode vê os espinhos que mataram o gato.

Ele olha para trás.

-Que chato, seu alfinete ambulante, ele era meu.

Atrás do bode, em cima de uma árvore, tinha seu outro colega, um homem fera do tipo porco espinho.

-Hum. 

-Mas infelizmente você o deixou escapar. 

-Então ele se tornou meu.

O bode suspira, não querendo discutir com este alfinete bípede.

Tanto o bode como o porco espinho, coletaram os corpos de gatos verdes que mataram, e os colocaram em seus anéis de armazenamento. Já o urso, jogou fora o corpo do gato que matou.

O bode e o porco espinho pularam, subindo para a árvore que o urso está.

A árvore é tão grande, permitindo que eles vissem os aventureiros lutando contra os gatos verdes.

Quando o urso se cansou de vê-los, o trio decide ir embora.

….

..

.

À medida que o tempo passa, mais aventureiros são mortos ou desaparecem.

A maioria dos grupos formados por homens fera já estão livres dos gatos e decidem ir para o pântano, o mesmo se aplica para os onis, elfos e fadas.

Alguns dos aventureiros que veem estes grupos irem embora, imploram por ajuda, mas estes grupos os ignoram completamente.

Uns gatos verdes se locomovem tão rápido, que alguns até estão voando.

A equipe Rixas vê eles se aproximando e se prepara para receber o impacto.

Matheus em instantes levanta o escudo, citando a magia do campo de força(magia escudo), o campo de força cobria o escudo e logo se estende em forma de cúpula.

Os gatos colidem no campo de força, mas a proteção não cedeu.

Matheus abaixa a proteção.

Rixas.

-Fortificação!

De imediato Rixas avança, com a magia envolta do corpo.

Assim que chegou perto do gato, seus punhos são embainhados com a habilidade vento, e golpeia o gato verde, a força do golpe mal fez o gato ser arrastado para trás.

Rixas sentindo dores no braço.

-(Que pele dura!)

Outro gato abre a boca prestes a arrancar a cabeça de Rixas, Matheus veio e empurra o gato verde com o escudo.

O gato voa metros de distância, mas parou em pé, assim que ele pousou no chão, Ricardo invoca uma serpente de fogo, que atinge o gato verde em cheio.

A serpente de fogo explode, destruído o que estiver no caminho.

Em instantes outro gato verde voa na direção de Camila, surpreendendo- a, nos próximos segundos, Ricardo usa seu cajado como proteção.

As garras do gato colidem no cajado de Ricardo, arrastando-o para trás, mas se manteve firme. 

Mesmo se mantendo firme, a boca do gato consegue morder seu ombro.

-Aaaaah!!!

Ricardo.

-Fortificação!

-Magia de escudo(campo de força)!

-Magia de impacto!

Os pés de Ricardo ficaram firme na terra, com a força, ele impede de ser empurrado pelo gato, em rápidos segundos a magia conjunta de escudo e impacto, tiveram uma reação de repulsão, arremessando o gato verde para longe.

Mas este gato rapidamente avançou novamente na direção de Ricardo e Camila.

Maria.

-Aceleração!

-Fortificação!

Maria fica bem na frente do gato verde, e em suas mãos, tinha agora manoplas pesadas, um soco certeiro atinge a cara do gato.

Mas isto não é o bastante para machucá-lo, por isso, Maria foi rápida em tirar as manoplas e empunhar suas espadas, cortando o rosto do gato.

O gato verde, desgostando de ser machucado, libera uma forte onda de vento que empurra Maria longe.

Maria rodopia no ar e pousa no chão perto de Ricardo e Camila.

Mais cinco gatos se juntam e criam uma rajada de vento.

Maria olha espantada, ao ver uma onda de vento imensa destruir árvores e tudo no caminho, e ela será a próxima a ser acertada pela ventania.

Rapidamente Ricardo e Matheus avançam na frente. Ambos usam magia de escudo.

O vento forte fez tremer um pouco a floresta e o escudo ganhou leves rachaduras, mas a equipe está protegida.

A ventania destruiu tudo no caminho.

Aventureiros que estavam próximos da equipe Rixas, não tiveram tempo suficiente para escapar, morrendo no local.

Camila começa a brilhar com uma cor dourada, e o ombro ferido de Ricardo é curado.

Rixas via que o gato que foi acertado pela serpente de fogo, se levantou, seu corpo está com queimaduras severas. 

O gato percebe que não conseguirá atacar nesta condição, decide se afastar para se recuperar, seu corpo começa a ficar invisível.

Rixas logo corre na direção do gato para finalizá-lo.

-Não vou deixá-lo fugir!

Mas para minha infelicidade, senti o perigo em minhas laterais, em instantes rolei no chão, esquivando das patas de dois gatos.

Me mantive agachado, minha espada longa já está em mãos.

Um dos gatos avança em alta velocidade, ataquei ele com minha espada embainhada com o vento, o gato contra ataca, abrindo a boca, ele lança uma rajada de vento que oblitera o meu ataque, forçando eu a esquivar, sinto a ventania raspando em minha cara, causando-me leves cortes no rosto.

-(Um pouco mais perto, e este vento teria cortado meu rosto fora!)

A pata do gato verde desceu em mim, esquivei e saltei para trás, ganhando espaço entre mim e ele.

Rajadas de vento pesadas são jogadas, forçando-me a esquivar do vento. Vi que o vento gerado por este gato, fez buracos que atravessam várias árvores. 

Rixas percebe que mesmo se esquivando, ainda sofre cortes no corpo, se continuar assim, ele sabe que vai morrer.

E infelizmente sua equipe está ocupada lidando com outros gatos verdes.

Mas notei que minha equipe está ficando muito longe de mim. Rapidamente percebi o que esse gato está fazendo.

-(Ele quer me separar!)

Vendo que estou cada vez mais longe dos outros, decido atacar o gato e avançar para eu retornar a equipe.

Balancei minha espada, criando lâminas de vento, acertando todas no corpo do gato.

Mas infelizmente, os meus ataques, mesmo acertando em cheio, não se mostram muito efetivos. 

O gato verde surge com feridas superficiais.

-Bicho resistente!

-(Preciso escapar desta situação desfavorável, se não, morrerei).

-(Além do mais, pode ser que surjam outros).

Rixas olha para o gato verde na sua frente.

-Espera!

-Cadê o segundo!?!?

Rixas olhou para trás, só vendo a pata do segundo gato verde em seu rosto.

Rapidamente Rixas levanta os braços na altura da cabeça.

-Fortificação!!!

A patada do gato arremessa Rixas longe, ele voa metros de distância, chocando-se em árvores, pedras e o que mais estiver no caminho. 

Rixas tenta se manter de pé, mas infelizmente ele cai de costas e rola no chão. Não conseguindo segurar mais a espada.

Seus braços foram quebrados e seu corpo todo doía.

-Aaaah!!

-Droga!

-(Mesmo adicionando mais uma magia de fortificação, sofri tantos danos?!)

Forcei a me levantar, e já vejo os dois gatos se aproximando de mim, gritei aceleração com toda minha vontade, e rapidamente esquivei dos dois gatos, correndo para a minha equipe.

Ao se aproximar, Rixas cai no chão, mas ele consegue ficar perto de sua equipe.

Camila.

-Pai!!

Ao ver seu pai neste estado, desesperadamente corre para curá-lo.

Imediatamente Rixas sente os movimentos de suas mãos, e logo consegue mexer os braços, seu corpo também se sente melhor, estando todo curado.

Rixas se levanta sem sentir nenhuma dor.

-Obrigado filha.

Camila vendo que seu pai melhorou, se acalma.

-Ufa.

Mas a situação não permitia que eles conversassem tão casualmente, logo os dois gatos que tinham encurralado Rixas, aparecem bem na frente dele e de Camila.

Rixas tira de suas bainhas duas espadas, e as empunha para atacar, mas ele é forçado a andar para trás ao ver que os dois gatos avançam.

Camila que está ao lado de Rixas também é forçada a recuar.

No outro lado, os gatos lançam rajadas de ar, empurrando Maria, Matheus e Ricardo para trás.

Mesmo que o escudo os proteja dos danos, a força gerada pelo ar é grande demais para eles. Além do mais, o número de gatos verdes aumentou, sendo agora no total dez gatos verdes. Matheus, Maria e Ricardo, são forçados a recuar.

Não tendo como escapar, a equipe Rixas está cercada.

Rixas bateu suas costas nas costas de Ricardo.

Ricardo olha para os dentes afiados dos gatos.

-Rixas, não é sendo pessimista, mas nossa situação é a pior possível.

Rixas vendo que os gatos verdes fizeram um círculo envolta deles.

-...

Deu um sorriso de nervosismo.

-A esperança é a última que morre né?

Maria bateu suas costas nas costas de Camila.

Maria.

-...

Camila.

-...

Matheus mantém o escudo levantado.

-...

O primeiro gato verde avança.

Mas repentinos tremores vem do chão, criando fendas na terra, e das fendas, surgem enormes gêiseres de lava.

Um enorme rio de lava sai das fendas prestes a atingi-los.

Matheus e Ricardo em conjunto criam um escudo em forma de esfera.

A lava bate no escudo, mas não os queimam, eles começam a boiar na lava.

Camila olha para a lava com medo, por pouco, ela quase virou um pedaço de carvão vivo.

Todos os gatos restantes, como os aventureiros, foram pegos de surpresa.

Alguns aventureiros conseguiram se proteger ou correr a tempo, antes de serem carbonizados.

Os Gatos verdes usam suas habilidades e voam sobre os rios de lava, fugindo para longe.

Mas a terra continuava a tremer e as árvores queimar, mais rios de lava surgem. 

Um gêiser de lava alavanca a equipe Rixas mais ao fundo da floresta. 

Fazendo Rixas e sua equipe sumirem no local.

Um imenso vulcão surge, e logo, entra em erupção, fazendo parecer que meteoros caem na terra.

Aventureiros sobreviventes do rio, olharam apavorados para as enormes pedras que caem. Todos entram em desespero e muitos morrem nessa calamidade.

Cada pedra que colide no rio de lava, cria ondulações nela, fazendo que os rios se propaguem ainda mais.

Após o surgimento do primeiro vulcão, outros vulcões aparecem, modificando brutalmente essa parte da floresta.

….

..

.

O escudo esférico colide em terra firme, deixando um buraco no solo.

A magia escudo se desfaz e todos caem de qualquer jeito na terra.

Em instantes, Rixas se levanta e olha seus arredores, percebendo que não há monstros e nem lava para os matarem.

Rixas olhou para trás, vendo que sua equipe está toda aqui.

-Vocês estão bem!?

Ricardo se levanta, mas quase cai, assim que ficou de pé, realoca o osso do braço deslocado.

-Ai!!

Mexe o braço, não sentindo mais dor nenhuma, olha para Rixas.

-Acho que sim.

Matheus olha para o céu, percebendo que já está escurecendo, olhando para o local que estão, não reconhecendo nenhum ponto como referência.

Ele então retira um mapa do seu anel de armazenamento, tentando esperançosamente encontrar alguma referência.

Camila ajuda Maria a se levantar.

Maria.

-Obrigado.

Camila.

-Não tem de que.

Matheus não achou nenhum ponto de referência, vira o rosto para Rixas.

-Provavelmente estamos em algum lugar da floresta que não é explorado.

-Em outras palavras, estamos perdidos.

Rixas balança a cabeça para Matheus, mas antes dele dar uma resposta, Rixas vê Maria se aproximando.

-...

Maria avança em direção a Rixas, e sua expressão é claramente de raiva.

Rixas já sabe do quê se trata, ele se prepara.

-...

Maria desce a mão na cara de Rixas, dando-lhe um tapa na cara, que até desarruma o penteado dele.

Toda a equipe fica espantada com esta ação, mas logo, Camila, Ricardo e Matheus, se lembram do que Maria tinha dito para Rixas, antes dele ter convencido ela a vir.

"Está bem! Eu vou também, mas saiba que se der errado, eu vou dar um tapa em sua cara Rixas!".

Maria olha com raiva para Rixas.

-Creio que sabe o porquê disto.

Rixas.

-Sim…

Maria.

-Eu disse que esta ideia de vir para cá hoje seria uma péssima decisão, mas sua ganância tinha que falar mais alto, não é?

Rixas suspira, aceitando as palavras de Maria.

-Desculpe. Não pensei…

Maria.

-Pois deveria! Você é o nosso líder! A pessoa que nós deveríamos confiar, mas pelo visto não é o caso.

Rixas.

-...

Maria.

-Pare de me olhar com essa cara de arrependido!

-Se continuar assim, você vai nos levar para a morte certa!

-Não! Já nos levou!!

Rixas não dizia nada.

Maria se irrita cada vez mais ao olhar para ele, se preparando para dar mais um tapa.

Matheus se aproxima, segurando a mão de Maria com a máxima delicadeza, mas com firmeza.

-C-Calma Maria.

Maria olha para Matheus, puxando a mão.

-Calma?!?!

-Você me pede calma!?!?

-Como vocês podem está tão tranquilos em uma situação desta!?

Maria vira o rosto para Ricardo e Camila.

-...

-Entendo. 

-Já estão tão acostumados, que quando ocorre uma situação desta, acham normal.

-Pelo visto, vocês parecem escravos, só seguem as ordens, mas quando decidem contradizer, em um estalar de dedos, mudam rapidamente de ideia.

Camila, Ricardo e Matheus.

-...

-...

-...

Maria se irrita cada vez mais com a falta de resposta de todos.

Seu corpo treme um pouco de raiva.

-Vou dar uma volta por aí.

Caminha se afastando de todos.

-Rum! 

-Eu deveria ter seguido minha decisão até o fim!

Matheus corre para acompanhar Maria.

-E-espera! Não vá sozinha!

-Não esqueça que estamos na floresta mais perigosa do mundo!

Maria continua caminhando, sem se importar com o rumo.

-Sai de perto! Não quero ninguém me acompanhando! 

Mas Matheus continua a segui-la.

Ricardo caminha seguindo atrás de Matheus.

-(Vai ser complicado).

Camila segue atrás de Ricardo. Rixas também caminha, seguindo logo atrás de sua filha.

Rixas.

-...

-(Por culpa minha, estamos perdidos em um lugar como este).

-(E para piorar, está anoitecendo, que é ainda pior).

Caminhávamos segundo Maria, para não nos separarmos, ainda mais em um momento com este. Mas nós precisamos pensar em como sair daqui e rápido, ou vamos morrer dolorosamente. 

Olhou para sua filha que está na frente.

-(Eu não deveria ter contado com a sorte para vi em um lugar como este, agora até minha filha está em perigo).

Rixas suspirou.

-(Subestimei os perigos da floresta, porque nós não sofremos nenhuma real ameaça, consequentemente deixando minha ganância novamente falar mais alto).

….

..

.

Um orc ruge de animação, seu rugido, se fosse interpretado, com certeza ele está dizendo. "Festa!!!"

Vários orcs batem as mãos, produzindo uma batida de música. 

Vários orcs e ifrits dançam em volta de um mini vulcão, que serve com luz, para esta alegre noite.

Para iluminar mais o lugar, os ifrits criam fogueiras envolta do mini vulcão.

Não muito longe, há várias mesas fartas de alimentos e de bebidas.

Não importa quão faminto está o orc ou o ifrit, a mesa de comida não teria fim esta noite.

Mas nenhuma dessas mesas está tão farta quanto a mesa central desta festa.

Os Orcs levam mais pratos de comida à mesa principal, amontoando uma variedade de frutas, legumes e carnes assadas para o seu salvador.

Nesta mesa, Nagaro está sentado em uma cadeira de honra, que fica ao lado da cadeira que o líder orc está sentado.

Por Nagaro ser pequeno, a cadeira sofreu modificações para ser adequada para o seu tamanho.

-...

Mas na prática, eles só colocaram uma pedra, que foi perfeitamente cortada, na cadeira para dar volume, tornando desconfortável sentar na cadeira.

-...

Vi que todos estão bem felizes e dançantes.

-(Parece que orcs e ifrits já estão se dando bem).

Tinha um pouco de dúvida se estas duas raças se dariam bem, mas pelo visto, elas de fato não tem nenhum ressentimento umas pelas outras. Facilitando muito o que eu tinha decidido durante o acordo de paz.

Notei que também os orcs e ifrits tem um fator de regeneração bem elevado.

-(Até agora pouco eles estavam machucados, quase mortos, mas só foi o tempo de escurecer, que eles já estão inteiros, sem um único pingo de ferimentos).

-(Melhor ainda, agora não há nenhum motivo para eu ficar aqui).

Eu estava pensando em ficar com eles por alguns dias até que se recuperasse de suas feridas e marcas de batalha, mas vendo que eles estão se dando bem e que não tem mais feridos, definitivamente partirei hoje mesmo.

Os sons da comida sendo devorada, chama minha atenção, ao meu lado, está o líder orc, acabando com a comida como se essa fosse a última vez que ele verá comida.

Nas mesas, há de fato bastante fartura, mas qualquer um que olhe para as comidas, diria que boa parte delas não são coisas reais, mas sim, espécies de frutas modificadas pela internet.

Peguei uma fruta ou seja lá o que isto for, a cor desta fruta é azul, seu formato é meio arredondado e ela tem várias espirais douradas em seu contorno, além de ter espinhos saindo de sua base.

-Parece até uma akuma no mi.

Coloquei de volta a fruta na mesa.

-...

-(Acho que já posso ir, não tem mais nada para eu fazer aqui).

O líder orc (e agora, também líder dos ifrits) olha com satisfação para a festa.

Ficando ainda mais feliz, porque Nagaro está com ele, mesmo sabendo que Nagaro realmente irá embora, o líder orc decidiu fazer uma festa de despedida para ele. 

Assim que Nagaro iria sair da cadeira, vários orcs se moveram para um lado e para o outro, trazendo comida e bebida. Um grupo de orcs e ifrits se movia, pegando materiais parecidos com… instrumentos musicais? 

Nagaro vê a repentina movimentação deles. 

-Hum? (O que eles estão fazendo?).

Olhei para o líder orc, que também estar surpreso com isso, quando vimos, orcs e ifrits que tinha os instrumentos musicais, como flautas e tambores, se posicionaram bem na nossa frente, orcs e ifrits começaram a tocar um som musical, que eu não tenho palavras para descrever.

 

Até mesmo os que estavam dançando e comendo pararam de dançar e de comer, e passaram a prestar atenção na música. 

Nagaro sente uma calmaria neste som.

 -(Nossa, que magnífico). 

-(Acho que posso ficar mais um pouco para escutar esse som).

…. 

..

.

Já bem de noite... 

A festa ainda não tinha acabado, as danças, os grunhidos e as músicas continuavam bem intensamente.

Nagaro e o líder orc estão desenhando em tábuas de pedra.

Nagaro com o pedaço de carvão em mãos, termina de desenhar.

Seu desenho é um círculo como a cabeça, um traço, que representa o corpo, mais dois traços que fazem as pernas e mais outros dois traços que formam os braços.

Resumidamente, Nagaro fez um desenho que qualquer criança faria.

Nagaro vira o rosto para o lado, vendo como ficou o desenho do líder orc.

A imagem desenhada é digna de ganhar prêmios, a fineza dos detalhes e a expressão facial vivida do personagem, já descreve muito como será sua personalidade, sem contar com o estilo de roupa que o personagem tem, uma mistura de cores(tonalidades de pretos), que dão maior imponência para o desenho.

Nagaro olha para seu desenho.

-...

Olha novamente para o desenho do líder orc.

-...

Novamente olha para seu desenho.

-...

Jogou a tábua de pedra longe.

-Esquece.

Após a curta tentativa de desenhar. Nagaro está em uma outra mesa.

Nagaro balança a caneca que mais parece um botijão, acompanhando o ritmo deles. Logo, todos viraram as canecas de bebida de uma vez.

Todos os orcs e ifrits em volta da mesa, gritavam fervorosamente de alegria, mas Nagaro não fez isto, ele apenas deixou a bebida em cima da mesa.

Alguns deles tentaram convencer Nagaro a tomar pelo menos um gole, mas Nagaro respeitosamente recusa a oferta.

Envolta das fogueiras, vemos vários orcs dançando ao som da música. 

Na mesa principal, o líder orc se empanturrando de comida enquanto vê... lindas orcs dançando à sua frente, mas uma hora ou outra, olhava para Nagaro, para ter a certeza que ele está se divertindo. 

Nagaro.

-(Bom, já tive diversão o bastante, é hora de eu ir).

Não querendo mais ficar aqui, sai da mesa de bebidas e fui em direção ao líder orc.

Quando ele me viu, antes mesmo de eu dizer algo, ele já se entristecia, abaixando as orelhas.

-(Eu sei que meu rosto não diz muito do que sinto ou penso, mas como será que ele sabe do que eu estou querendo lhe transmitir, antes mesmo de eu falar algo?) 

-(É um sexto sentido, pressentimento ou algo assim?)

Mas de qualquer forma, já que ele sabe, isto facilita as coisas, assim que me despedi dele, virei em direção a todas, despedimo-me.

Assim que eu me despedi, percebi que tudo parou, a música, a dança, parece que a festa só estava acontecendo apenas porque eu estou aqui. 

-(Esta festa é para mim, então pode fazer sentido ter parado quando eu decidi que vou embora). 

Assim que estava para sair, inesperadamente Nagaro foi abraçado pelo líder orc, recebendo um abraço bem apertado, no sentido de agradecimento por tudo que ele fez.

Nagaro. 

-...

Tentei abraçá-lo, mas minhas mãos deslizam na gordura do orc, não consigo ganhar firmeza ao abraçar. 

Quando menos se esperava, o orc me solta e eu caí no chão. 

Rapidamente levantei e limpo a poeira da roupa(trapo). 

-Ufa.

-(Sei que foi uma demonstração de agradecimento ou afeto, mas poderia ter sido mais amigável, pensei que estava tentando quebrar meus ossos).

-(Mas eu não reclamo do seu jeito de ser).

Bom, mas foi um agradecimento, então tá tudo bem. Me despedi novamente do líder orc, mas quando viro rosto, vejo uma fila de orcs e ifrits a minha frente. 

Nagaro olhou para o líder, apontando o dedo para a multidão. 

-Não né? 

O líder orc balança a cabeça em concordância, que se pudesse falar, diria, "é sim".

Um orc imediatamente veio em Nagaro, dando um abraço bem apertado. Nagaro se mexeu rapidamente antes do abraço se tornar mais apertado.

-Saí! 

Nagaro se distancia, imediatamente indo embora. Mas quando estava para sair, ele virou o rosto para trás, vendo os rostos de muitos orcs e ifrits tristes e chorosos por não poderem dar um abraço nele. 

Peso na consciência.

-Aah. (Por favor não façam isso... vocês não deveriam ser assustadores?) 

Agora me sinto mal por ver eles chorando.

-Não chorem! 

-Por favor, não chorem! 

Nagaro então de muita boa vontade, volta em direção a fila, posicionando-se para receber os abraços, assim que Nagaro retornou, eles pularam de alegria. 

Os olhos de Nagaro viram a multidão se aproximando.

-!!!

Não demorou muito para vários orcs e ifrits virem como jogadores de futebol americano. 

Voaram até Nagaro, formando uma cúpula nele. 

….

..

.

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