Chereads / Shadows in Varmont / Chapter 3 - Novo Começo

Chapter 3 - Novo Começo

A última coisa que Jack se lembrava era a escuridão e as luzes sumindo, mas agora uma luz o desperta. Ele abre os olhos e vê uma mulher mais velha que o segurava. 'Que dor de cabeça maldita. Quem é essa mulher?' Ele tenta reclamar de sua dor e escuta um choro de bebê e olha ao redor da sala. 'De onde veio isso? Sentiu um vento frio e olhou para baixo. ', eu estou pelado? Minha nossa, eu sou um bebê!' Jack se desespera e a mulher que o segura o entrega para uma outra mulher que parecia extremamente cansada, mas ainda feliz. 'Ei, ei, cuidado comigo! Essa mulher... seria minha mãe?' A mulher parecia ter pouco mais que 20 anos, cabelos claros com um loiro escurecido, olhos negros e uma pele pálida, parte natural e parte pelo esforço. 'Parece tão cansada, mas ainda feliz' A mulher disse algo em uma língua que ele não entendia e nunca tinha escutado. 'Que isso? Em que lugar do mundo estou? Um momento, parando para analisar, esses moveis e vestimentas tão acabadas. Espera, eu deveria pensar primeiro por que eu sou um bebê.' Jack já achava tudo aquilo muito confuso e nesse momento a mulher que deveria ser sua mãe, o aperta mais firmemente e repete uma palavra sussurrando. Yorh, Yorh, logo a mulher mais velha repete essa palavra novamente enquanto olha para ele, Jack entendeu, esse era o seu nome. "Que raios de nome é Yorh!?" "Eu preciso pensar no que fazer agora, a situação da família não parece muito boa, quase nenhum móvel, roupas bem gastas e até o local não parece muito mais que um barraco." Nesse momento, entra um homem pela porta, era grande e alto, seu cabelo longo e escuro se confundia com a barba e parecia forte, coberto de um casaco de peles com aparência antiga. Ele pareceu feliz quando sua mãe o entregou e segurou Jack/Yorh com uma mãe só, isso o fez se sentir minúsculo. "Quem é esse bárbaro? Meu pai?" Olhando seu rosto mais de perto, ele viu uma alegria genuína em seus olhos escuros e rosto vermelho queimado de frio. O homem disse mais algumas coisas nesse idioma desconhecido e a mulher mais velha respondeu. Depois disso, o colocaram de volta com sua mãe para ser alimentado e foi uma experiência vergonhosa para Jack/Yorh, mas sua cabeça ainda dói e sentia fome. Tempos depois, adormeceu no calor de sua mãe que parecia desconhecido para ele, mas ainda sim aconchegante. Quando acordou o lugar estava um pouco diferente, ele estava deitado em algo que deveria ser um berço ou algo assim, mas ao rolar um pouco ele conseguiu ver o que estava ao redor. 'Vamos ver como é a nossa casa, paredes de madeira e barro, algumas cadeiras ao redor de uma mesa, tem 3 portas também, se eu tiver que adivinhar elas são a saída da casa e mais 2 quartos, imagino que meus pais dormem em um e a menina ali na frente durma no outro.' Via uma lareira rudemente feita com um apoio de ferro que deveria servir para colocar panelas e cozinha alimentos. Na frente dessa lareira tinha essa menina que em alguns anos já seria uma mulher. Tinha notáveis semelhanças com sua mãe além dos cabelos que eram tão escuros quanto os de seu pai. Ela estava olhando para o fogo distraidamente. Nesse momento, entrou sua mãe com suas vestes de pele que pouco podiam bloquear o frio que ele percebeu que estava fazendo quando a porta se abriu. Carregava uma cesta com dois peixes não muito maiores que 15cm e um grande sorriso no rosto em contraste com as bochechas vermelhas de frio. "%&*@#$$%##$*¨*@&(" A menina na lareira foi até sua mãe e pegou a cesta se virando para a lareira, nesse momento percebeu que Jack/Yorh estava acordado e entregou a cesta de volta para a mãe e correu na direção dele e o segurou. 'Minha nossa, essa minha irmã é animada com pequenas coisas.' Apesar da surpresa, Jack/Yorh se alegrou com esse pensamento, se sentia um pouco menos abalado com a situação quando a menina sorriu para ele. Ele foi levado até a lareira onde sua mãe pendurou uma panela no apoio de ferro que ficava acima da fogueira, na cesta agora tinha os mesmo dois peixes, mas limpos e prontos para qualquer que seja o prato. Sua mãe fechou os olhos e colocou uma mão acima da panela vazia e disse algo que ele nunca ouviu, mas por algum motivo sentiu uma sensação de semelhança como se fosse algo já conhecido há muito tempo."aqva"Nesse momento, diretamente abaixo da mão dela se formou uma pequena lágrima e se tornou uma pequena fonte de água que encheu a panela até a metade.'Mas que porra é essa?'Ele não conseguiu entender o que viu e demorou até sua mente ficar clara novamente.'Isso foi magia?! Não é possível, não deveria ser possível!'Tudo que ele conseguia pensar era se conseguia replicar aquilo e se ele tivesse pelo menos um pouco de talento, sua vida seria diferente. Não ia mais ter que ficar sujeito a ninguém, ele não conhecia seus pais, mas se no fim eles o maltratarem, ele pode ir embora e viver livre de todos.Enquanto ele se perdia em seus pensamentos, sua mãe colocou os peixes, junto de outras coisas que ele pensava ser legumes, após isso ela foi até ele e o segurou para que se alimentasse.Depois de um tempo se alimentando sua mãe o deixou com sua irmã para checar se estava pronto o ensopado, seu pai chegou logo depois com mais lenha para a fogueira e foi até ele com um sorriso afetuoso que o lembrava de Edward, seu pai que ficou para trás em sua outra vida.Ele foi carregado pela casa, teve que sorrir para seus pais que ficavam fazendo brincadeiras e vozes que achavam certas para um bebê e tudo que alguém de sua idade deveria fazer, incluindo suas necessidades fisiológicas.Mais tarde após isso, ele havia adormecido e quando acordou todos já haviam se deitado. Sua irmã devia se deitar em um quarto e agora seu berço estava no quarto de seus pais.'Se há um momento para que eu experimente o que foi aquilo, então é esse o momento. Lembro que a mãe disse uma palavra após fechar os olhos e conseguiu fazer magia, imagino se eu consigo também.'Ele fechou os olhos, colocou a mãe a frente do seu corpo que estava deitado de lado e tentou dizer baixinha a palavra que escutou."auqvar"Pela falta de pratica acabou embolando as palavras, afinal, seu corpo ainda de um bebê. Resolveu tentar novamente."auqva"'Isso é muito difícil, mas apesar de não conseguir pronunciar direito senti algo se agitando ao meu redor'Depois de mais duas tentativas falhas além da sensação de estar chegando em algum lugar, ele começou a sentir uma grande dor de cabeça,'O que é essa dor? Será que a pratica magica exige demais do meu corpo? Ou isso é normal? Merda, preciso saber mais, infelizmente vai demorar para poder fazer perguntas decentes.'Ele decidiu descansar com medo que sua pratica acabe deixando um trauma em seu corpo, ele precisava de tempo e felizmente era a única coisa que tinha.