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the black forol

Fabio_Vinicius
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Chapter 1 - O farol negro

Em meio aquelas planícies o céu parecia ser tão grande, foi se só existisse aquele pedacinho de terra e todo o resto fosse aquela imensidão de azul. Mas não era, e nós tínhamos um longo caminho pela frente.

— João quanto tempo falta para o próximo vilarejo. Disse Maria ofegante.

— Bom, até onde me falaram dessa estrada são pelo menos 8 a 10 horas de viagem.

— Sério? Tudo isso ainda, por que esses lugares tem que ser tão longe um dos outros.

— Porque normalmente quando dois vilarejos estão muito perto um dos outros, ou ele se junta e se torna um só ou eles se destroem até que haja um só. Respondeu Henrique com o tom de sabedoria.

— Nossa, por que vocês furrys são assim, vivem se matando por qualquer coisinha. Resmungou Maria.

— Do que você tá falando? Essas terras são dos orcs. Sempre arrumando algum motivo para falar mal do meu povo, e também para reclamar, já estamos quase chegando. Disse Sabrina debochando.

— Quem perguntou alguma coisa para a petzinha do grupo.

— PETZINHA!! Tá querendo apanhar mais, orelha pontuda.

— Ei ei, calma aí vocês duas, porque não podem tentar ser amigas?

— Eu não consigo conviver com bicho. Disse Maria em provocação a Sabrina.

— Relaxa, não vai precisar quando eu te matar.

Pode-se pensar que é um absurdo elas brigarem desse jeito, mas é assim o tempo todo. Meu nome é João e eu sou o humano e líder do grupo, Maria é a princesa do reino Élfico, Sabrina é uma furry, a herdeira da grande família de assassino Blackthorn e o Henrique é um anão e nosso clero o curandeiro, cotado como próximo Papa.

Todos nós fomos escolhidos pelos profetas como representantes de cada um dos continentes e povos na luta contra o Rei Demônio. E agora estamos indo encontrar o último membro do grupo no continente dos monstros, o representante dos orcs.

— Como será que ele é gente? Pergunta Sabrina preocupada.

— Bom, os orcs nunca são boa coisa. Murmura Henrique.

— Parem com isso pessoal, se ele está na profecia é porque é um herói também, isso é um fato.

— Gosto de pensar assim como você, João. Porém orcs e elfos nunca se deram muito bem. Então to com um pé atrás ainda.

— Relaxem no final vocês vão ver que tudo vai dar certo.

É, no fundo até eu estava preocupado com a situação, mas como líder não podia passar isso para meu companheiros, sabia que tinha o dever de acalmá-los.

— Chegamos.

— Esse lugar é bem feio né.

— Não, você que é muito mimada mesmo, orelha pontuda.

— Cala boca sua cacharra.

— CACHARRA, morre vadia.

— De novo não, já to cansado disso.

Depois disso, não só amarrei elas como as obriguei a declarar trégua. Após isso fomos procurar o nosso novo companheiro, pelo fato de já estarmos nas terras do Maou achamos melhor não nos separarmos pelo perigo de uma emboscada.

Procuramos por toda parte até que — AAAAH!!!!. Um grito de uma voz fina e frágil como se fosse de uma criança.

— Vamos, alguém precisa de nós.

— Certo. Todos respondem firmemente.

Quanto mais a gente se aproxima do lugar, mais ouvimos outros som de lá como se estivesse tendo um confronto ali, assim que chegamos percebemos que os barulhos estavam vindo de um beco, tinha uma passagem estreita, porém assim que entrava podia perceber que era um lugar espaçoso, com algumas caixas de madeira e barris, como se fosse um depósito. Observamos mais à frente e tenha uma garotinha humana chorando atrás de um orc com um manto encapuzado e o braço direito ferido, em sua frente havia três orcs um já estava atirado no chão e os outros dois estavam empunhando um machado cada e um deles com sangue na lâmina.

— Vamos seu traidor, essa garota será dada ao nosso grande Rei como oferenda, ou você quer morrer no lugar dela? Disse orc com o machado sansanhantado.

— Porque tudo para vocês tem que acabar em derramamento de sangue. Disse o orc misterioso segurando a ferida.

— Está bem, se você não vai nos entrega-lá, vamos matar você e levá-la à força.

— Ei, espere aí.

Todos eles olham diretamente para mim.

— Se você vai fazer mal aquela garota vai ter que passar por cima da gente também.

— Isso mesmo. Afirmou Sabrina.

— Vamos pessoal, hora do combate.

Naquela hora partimos para a luta, Henrique foi direto no orc ferido para o ajudar. Empunhei minha espada e meu escudo e partir para cima dos inimigos. Os dois vieram para cima de mim juntos, com golpe lateral usando os Machados um pela direita e o outro pela esquerda. Usando o meu escudo bloqueei o ataque que veio pela direita, Sabrina com sua espada e faca bloqueou a machadada que vinha do lado esquerdo, com a abertura Maria puxa duas flechas de dá um grande salto para não ter riscos de nos acertar, e lança uma flecha no peito de cada um dos orcs, porém as flechas mal entram naquela pele grossa e rígida, que pulam para trás e se afastam.

— Pronto, agora estou recuperado.

Com a batalha acontecendo deu tempo de Henrique curar totalmente a ferida do orc aliado.

— leve a criança para longe. Disse o ser misterioso enquanto tirava seu manto.

— Ok. Concordou Henrique enquanto se afastava com a menina.

Quando conseguimos ver sua verdadeira face ficamos perplexos, pois ele tinha inúmeras tatuagens azuis por todo o corpo, alguns totens amarrados na cintura e um cajado em sua mão direita.

— Agora tentem lutar usando isso. Ele move o cajado e aponta pra a gente, logo após nossas armas começam a brilhar em azul na mesma cor de suas tatuagens.

— Vamos ver isso.

Sabrina aproveita a distração e corre em direção a um dos orcs que estava olhando a magia que o membro de sua mesma raça estava fazendo, ficando de lado para nós e não vendo a aproximação que ela fazia até suas costas.

Quando notou já era tarde demais, a assassina passava a sua espada na parte de baixo até a parte de cima do seu tronco na diagonal, depois com giro no ombro fazendo o mesmo percurso com a mão que estava sua adaga. O corte foi tão profundo que a pequena parte que sustentava o corpo dele não aguentava seu próprio peso, acabando caindo para frente e o partindo no meio.

Uma pele que antes parecia como aço agora era cortada como papel. O inimigo sobrante fica em estado de pânico, em completo desespero parte para cima de Sabrina, mas antes de alcança-la ele toma uma flechada nas costas que dessa vez a ponta atravessa seu peito e fica fincada no seu corpo. A dor o paralisou por alguns instantes, o que me deu chance de me aproximar e com minha espada decepar sua cabeça.

— Ufa, acabou a luta.

— Bom, acredito que vocês devem ser o grupo lendário das profecias, João guerreiro lendário, único capaz de empunhar a espada criada a partir de dentes de dragão. Maria herdeira ao trono élfico. Sabrina a prodígio sanguinária e Henrique o único anão que abdicou da ciência e vive uma vida baseada em fé, já existem muitas histórias de vocês. Meu nome é Isaac. Disse o estranho enquanto pegava seu manto e removia o feitiço.

— Então você deve ser Isaac orc das profecias. Falou que Henrique enquanto saía de trás de um muro com a pequena garota.

— Mas espera aí você é um mago? Pensei que todos os orcs fossem guerreiros. Ressaltou Maria.

— Não são todos da minha raça que vivem uma vida como a deles. Mas também não sou um mago, sou um xamã.

— E aqui já temos um problema, não tem como Deus ter selecionado para uma missão tão importante um ser que utiliza de magias profanas. Henrique retrucou irritado.

— Mas você é um anão que seguiu o caminho de Deus, qual o problema em eu ser um orc xamã?

— O problema não é você ser um orc, é você ser um xamã e seguir a falsos deuses.

— Calma aí Henrique, as coisas não são assim, não é porque ele tem outras crenças que a magia que ele é ruim. Você não viu o quanto ele foi útil durante a batalha?

— Isso não importa, ele não pode ficar com a gente.

— Tá bom, mas antes de me repreender pela minha fé vamos ajudar essas pessoas. E quando o Isaac abre um barril é possível ver uma pessoa amarrada, amordaçada e inconsciente lá dentro.

— O que é isso? Pergunta Maria pasma.

— É isso que o rei está fazendo, todos esses Barris e caixas tem pessoas dentro, estão sendo levadas até ele para se sabe lá o quê.

— Eles são para rituais, está vendo essa marca na testa dele, provavelmente ele está tentando invocar alguma coisa, já vi coisas parecidas em casos que eu peguei de algumas seitas. Diz Sabrina com a experiência de ver coisas macabras por ser uma assassina.

— Certo, então vamos libertar todas as pessoas e depois investigar mais sobre isso.

Depois que soltamos todas aquelas pessoas e as deixamos em uma taverna bem localizada na cidade, voltamos a procurar pistas sobre o que estava acontecendo, andando pela cidade.

— Bom, agora que tudo foi finalizado, nos conte tudo que você sabe sobre o que está acontecendo aqui Isaac.

— Infelizmente não tenho tantas informações quanto vocês pensam, sei que inúmeras pessoas de todas as raças são levadas para o castelo todos os dias, e depois nunca mais são vistas.

— Isso não é o bastante. Você não conhece nenhum lugar ou pessoa que pode nos ajudar a saber mais? Perguntei intrigado para descobrir mais sobre esses ocorridos.

— Bom eu conheço, mas é um lugar distante e de difícil acesso, entretanto o caminho e o local são seguros. murmurou Isaac como se soubesse muito bem o que estava dizendo

— João não confia nele, com certeza é uma armadilha.

— Já chega disso, eu já mandei você parar de confrontar o Isaac, ele agora é nosso aliado, queira você ou não, e se ele está dizendo que esse é o lugar que vamos conseguir informações então é para lá que nós vamos.

Aquele anão fedido claramente ficou irritado com a minha resposta, porém isso não importa porque agora nosso time estava completo. E com um pouco mais de conhecimento e preparo estaremos prontos para derrotar o grande Rei Demônio.

Saímos do vilarejo que estávamos e fomos em direção ao longo da estrada em meio a uma floresta muito densa. Parecia que todas as árvores tinham um tamanho padrão de 3 a 4 metros de altura, andamos a tarde inteira e quando chegou a noite decidimos que iríamos acampar ali mesmo, debaixo de algumas árvores.

— Tem certeza que é seguro acampar no meio da floresta? Pergunta Henrique olhando para todos os lados.

— Fique tranquilo, essa não é uma rota que muitas pessoas usam, o máximo que pode acontecer é roedores tentarem roubar nossa comida. Disse Isaac tentando confortá-lo.

— Ok, então vamos armar as barracas.

Nós temos apenas duas barracas, por conta disso eu tenho que acabar dividindo a minha com a Sabrina. Porque se ela fosse dividir uma com a Maria com certeza uma das duas ia acabar morta antes do amanhecer. Isaac pareceu acostumado a dormir longe de camas, juntou um montinho de grama e disse que dormiria ali sem problemas.

— Pronto, agora todo mundo já tem onde dormir, tentem descansar bastante amanhã vamos continuar o percurso.

Após isso fechei minha barraca, deitei na cama e me preparei para adormecer.

— Já passou tanto tempo né. Disse Sabrina olhando para cima.

— Sim, nem parece que já passaram 2 anos desde que era só nós dois procurando pelos outros membros da profecia.

— Isso me dá muitas boas lembranças, lembra quando você ficou preso naquele buraco achando que tinha visto ouro lá dentro.

— Aquilo era muito bem pensado para ser feito por simples goblins.

— Mas de qualquer forma você ficou um bom tempo preso ali. Ela dizia enquanto ria.

Eu acompanhava o riso sem graça.

— Logo após isso fomos atrás daquele anão sabichão fedorento. Nunca mais irei voltar àquelas terras, como seres tão pequenos conseguem feder tanto. Você chegou a desmaiar algumas vezes quando chegava muito perto de alguns deles ha ha ha.

— Quem te deu autoridade para rir de mim. Dizia ela com um olhar sanguinário em minha direção.

Como ela consegue ao mesmo tempo ser tão dócil e amedrontador dessa forma.

— E depois fomos atrás daquela elfa mimada, como aceitamos ela no grupo? Fala sério.

É, eu até entendo o porquê delas não se gostarem, dado que no primeiro encontro das duas Maria disse, ''Se eu me juntar a equipe de vocês essa pet vai ser minha também? Vem cá totó, vem cá'', ela falava isso enquanto a chamava com um gesto usando a mão. Daquela mesma hora Sabrina fechou o punho e deu um soco no rosto com tanta força que o estrondo fez todos no castelo tomar um susto e se virar para ver o que estava acontecendo.

Após isso, levou uma eternidade para convencer o Rei Élfico a deixar sua filha ir com a gente, e mais tempo ainda pra o fazê-lo desconsiderar a ideia de matar a Sabrina.

— João, o que você pretende fazer quando tudo isso acabar? Ela falava enquanto olhava para mim.

— Depende, o que você vai querer fazer? Assim que dizia isso ela ficava vermelha e se virava de costas ao meu corpo.

— Eu não tenho nada em mente agora. Já chega de conversa por hoje vamos dormir.

— He he he, ok.

Depois disso nós acabamos dormindo, porém durante a noite começo a ouvir a ouvir alguns barulhos, mas achei que eram apenas esquilos tentando entrar na barraca, até escutar um grito.

— Acordem!!!!.

Eu e Sabrina levantamos assustados com o som, mesmo sem armadura pego minha espada e escudo, ela pega suas armas também e saímos para fora.

Assim que coloco o pé pra fora, vejo um esquilo gigante, acho que ele tem 2.50 metros ou mais, dentes e garras enormes, e parece estar com muita raiva.

— Sabrina, acho que é parente seu. Diz Maria com um tom de sarcasmo.

— Não é hora pra brincadeira, Isaac você não disse que aqui era um local seguro?

— Mas esse lugar é pacifico, nunca tive esse tipo de coisa aqui. dizia incrédulo com o que presenciava.

— Tá bom, que tal em vez de ficar conversando acabamos logo com esse monstro. Ao dizer isso Sabrina já partia para cima da criatura, com um salto preparava o primeiro ataque, mas ele defendia usando a pata.

— Certo, então vamos acabar com isso. Isaac ergueu de seu cajado o balanço e aponta para o inimigo.

Naquela hora começa a subir uma aura vermelha no corpo do monstro, e gradualmente seus movimentos vão ficando mais lentos. Com isso nós tivemos a chance de dar uma investida, eu corri em sua direção e com um corte de cima para baixo consigo arrancar a mão esquerda da fera, Maria acerta uma flecha em seu peito e quando Sabrina iria dar um golpe final a criatura que em estado de fúria se liberta da magia que te prendia. E antes que ela pudesse recuar, o esquilo gigante da um tapa que joga ela contra uma árvore, a força do impacto foi tremenda que caíram todas as frutas daquela macieira.

— Sabrinaa!!! Querendo vingança me movi em rumo a ele.

Ele tenta me acertar um ataque de cima, mas eu esquivo dando um giro para o lado, cortou parte de sua perna, ele se ajoelha, subo pelas suas costas, e enfio minha espada em seu crânio. Assim acabando com a vida da criatura.

Em seguida fixa o meu olhar nela, Henrique já está lá auxiliando-a.

— Ela está bem? Pergunto com um olhar preocupado.

— O impacto foi muito forte, vai demorar algum tempo para se recuperar, mas vai ficar bem.

Fico aliviado ao ouvir isso, mas também preocupado pois estamos em terras inimigas, e nunca se sabe o que pode acontecer, por enquanto é melhor evitarmos outros inimigos.

— Eu avisei que ele não era confiável. Dizia Henrique com a mão apontada para o Isaac.

— Não, não foi culpa de ninguém, nós estávamos em batalha e as pessoas podem se ferir.

— Por que você defende tanto ele? Pergunta Henrique, já irritado com a situação.

— Me desculpem, com tudo nunca houve esse tipo de ser por essas redondezas. Diz Isaac se aproximando do cadáver.

— Ele fede a magia profana.

— Tá mais para um odor demoníaco, já fiz e presenciei alguns casos de exorcismo, e eu com certeza nunca teria me esquecido desse fedor. Disse Henrique já com a mão no nariz.

— Então você acredita que ele foi possuído por um demônio?

— Creio que não, os demônios costumam falar bastante, mudam a voz para pessoas que você conhece, te oferecem coisas, muda o formato de seu corpo, tudo para você o deixar entrar.

Enquanto falávamos atrás de nós o sol começava a nascer.

— O dia está amanhecendo, não temos tempo para perder, vamos continuar seguindo o caminho.

— Não, eu mal consegui dormir, tô muito cansada ainda. Falava Maria ao mesmo tempo que bocejava e espreguiçava.

— É hora de irmos, sem preguiça.

— Eu não aguento mais isso, eu quero morrer.

E assim continuamos a seguir a estrada, após 1 dia de viagem, a uns 10 a 20 metros do nosso trajeto dava para ver uma cachoeira e um rio em meio às árvores.

— Gente eu exijo que façamos uma pausa pra eu tomar um banho. Diz Maria já colocando sua bolsa no chão.

— Já estamos muito perto do lugar que havia falado, é melhor continuarmos o percurso, não é Jo… Enquanto Isaac terminava de falar eu já tinha tirado minhas roupas e corria em direção ao rio.

— Eba, vamo nadar! Gritava Maria empolgada.

Em poucos minutos já estávamos na água relaxando e se divertindo. Sabrina tenha colocado apenas os pés para se banhar.

— Sabrina, você está bem.

— Sim, agora só estou com um pouco de dor no corpo, mas já to recuperada.

— Que bom, então entre na água um pouco.

— Obrigado, mas não quero me molhar hoje. Enquanto ela dizia isso Maria usava sua aljava para carregar água e jogar em cima da Sabrina.

— Vai se banhar sim, ha ha ha. Disse Maria enquanto jogava água na cabeça dela.

Naquela mesma hora a elfa começava a correr, Sabrina levanta rápido, pula em uma árvore e pegando impulso se jogava contra Maria arremessando contra na água.

— É, parece que tá boa boa já. Dizia Henrique que ainda não tinha nem tocado na água.

— Quem tem que tomar banho de verdade é você seu anão fedido! Levantei e o puxei para água pelo pé com roupas e tudo, e eu comecei a esfregar para tirar toda aquela sujeira.

— Não, me larga!!!!! Henrique parecia desesperado, mas ninguém aguentava aquele cheiro então era necessário.

Após todos se banharem, começamos a nos secar e colocar a roupa.

— Henrique, me responda uma coisa que ainda estou intrigado, como você que vem de um povo inteiramente ligado à ciência, acabou se tornando um homem de Deus? Perguntava Isaac curioso.

— Bom, antes eu também era um homem da ciência, entretanto uma vez que fui fazer experimentos no reino dos humanos, estava andando ao lado de uma igreja quando um homem com vestes litúrgicas se aproximou de mim e disse "ei homenzinho vem até aqui, Deus tem uma grande missão na sua vida, eu não sei te dizer o quê, mas ele me pediu para te dizer isso" obviamente achei que era só papinho para eu entrar lá dentro, porém fiquei com aquilo na cabeça, mas a virada de chave na minha vida foi só uns dois meses depois quando presenciei um assalto, o bandido tinha dado uma facada em uma senhora e roubado suas coisas, eu estava em pânico a mulher estava morrendo, mas do nada minha mente clareou e eu sabia exatamente o que tinha que fazer coloquei minhas mãos sobre a ferida dela e comecei a orar, naquela hora um milagre aconteceu, uma luz clareou minhas mãos e a ferida começou a se fechar, a mulher estava salva. Ele contava sua história enquanto limpava as lágrimas.

— E eu pensava como aquilo era possível, anões são uma raça da ciência justamente pelo fato de não podemos usar magia, Então porque eu podia? Foi aí que eu lembrei a profecia que aquele homem tinha me dito, desde então seguir firmemente este caminho, meu povo não gosta muito de mim por conta disso, mas um dia eles irão entender.

— Impressionante, realmente uma história de se comover, de fato você não escolheu esta vida, ela te escolheu, o seu Deus te escolheu, poderes que envolvem divindade são dessa forma, comigo foi parecido. E a parte do seu povo não gostar de quem você é eu entendo bem, nasci numa raça de guerreiros e mas optei por não seguir esse caminho, realmente é uma trilha difícil.

— Incrível, parece que eu tirei conclusões precipitadas sobre você. Henrique abriu um grande sorriso com a conversa que estava tendo com um novo amigo.

— bom pessoal, já está tudo certo, então vamos continuar nossa estrada.

Assim continuamos nossa busca por respostas. Andamos por mais algumas horas até anoitecer e chegarmos em uma região pantanosa.

— Pronto, agora já estamos quase lá. Diz Isaac nos guiando por todo aquele lodo.

Quanto mais nos adentramos maior era a dificuldade de dar cada passo, até um ponto em que quando olhávamos um pouco para frente vemos um barco.

— A partir dali não precisamos mais andar

— Ufa, não aguentava mais andar no meio de toda essa coisa nojenta. Disse Maria enquanto levantava suas coisas para que não a sujasse. Sabrina vendo isso já se preparava para jogar aquele sujeira na princesa.

— Pare com isso agora, não é hora para esse tipo de coisa. Ela me olhava com uma cara irritada, porém acatava minha ordem.

Quando chegamos perto do barco tinha um navegador em cima dele, o xamã o dá uma moeda, ele a encara, morde e diz.

— Subam.

Nós subimos no barco e começamos a navegar.

— Nossa, até que enfim, não aguentava mais encostar naquela coisa imunda.

— Aaah, porque você não para de reclamar só um pouco? sério como seus irmãos te suportavam. Disse Sabrina já de saco cheio.

— Irmãos? Eu não tenho irmãos, sou filha única

— Ah que seja, seus amigos então.

— Eu também não tive amigos, meu pai dizia que todos eram má companhia, que os únicos que eu poderia confiar era nele e nos livros.

— Uau, isso explica muita coisa, eu não sei como é viver assim, minha família é bem grande, tenho 12 irmãos, 7 tios, e para falar a verdade nem sei te dizer quantos primos.

— Meu Deus, por que tanta gente? Você consegue lembrar o nome de todos?

— Nós somos uma família de assassinos, então muitos acabam morrendo ao longo da vida e sim é claro que eu sei o nome de todos.

— Ah é, então duvido você falar o nome de cada um.

Eu tô assustado, é a primeira vez que eu vejo essas duas conversando sem ser no assunto de querer matar uma outra, tô tão feliz de ver isso, espero que seja um avanço.

Bom chegamos ao nosso destino, parece um bar no meio do pântano, quando ficamos de frente na porta tem um letreiro não sei que língua está escrito, mas deve ser o nome do bar. Assim que entramos percebemos que todos lá dentro são orcs enormes e nos encaram com cara feia.

— Relaxem, aqui é um lugar que todos são rebeldes, que não estão trabalhando para o rei, eles só olham assim pois ficam desconfiados com forasteiros, mas estamos seguros aqui. Diz Isaac nos confortando.

— Isaac, meu grande amigo.

— É bom te ver Isaías.

— E quem são eles?

— Eles são reforços que irão me ajudar na luta contra o Maou. E para vocês saberem, este é Isaías um grande amigo meu que estava investigando sobre o Castelo do Rei.

— Acho bem difícil fazer alguma coisa contra ele com apenas cinco guerreiros, ainda mais com o que está por vir.

— Você sabe de alguma coisa? Nós vimos que estão levando inúmeras pessoas de todas as raças até o castelo, mas não sabemos o porquê.

— É muito pior do que vocês imaginam, todas essas pessoas estão sendo usadas como um sacrifício, para ele invocar uma legião de 72 demônios.

— Meu Deus, que coisa horrível. Fala Maria, horrorizada.

— No momento o Rei não está tão forte, pois os demônios se fortalecem com a presença de outros da mesma espécie, ou seja, se ele conseguir invocar todas aquelas criaturas eu não sei o que vai ser desse mundo.

— Então nós temos que ir para lá agora mesmo, se não vai ser tarde demais.

— O problema é que nós não sabemos onde é o Castelo do Rei. Me respondia Henrique aflito com a situação.

— Isso não é mais problema, procurei por muito tempo, mas consegui encontrar o castelo e criei um mapa para lá.

— Mas como você conseguiu descobrir onde ele estava, nunca tinha sido visto por pessoas de fora antes? Perguntava Isaac confusa.

— toda essa energia Negra para conseguir invocar esse demônios, estava dispersando muita energia demoníaca em volta do Castelo, assim os animais em volta começaram a se tornar criaturas horríveis.

— Ah agora eu entendi, nós encontramos com uma dessas pobres criaturas.

— Mas enfim, tomem aqui o mapa, vocês precisam correr e chegar lá antes dos demônios serem invocados.

— Muito obrigado Isaías, você foi de grande ajuda. Disse Isaac enquanto apertava sua mão grato.

Naquele mesmo momento fomos embora o mais rápido possível, saímos daquele terreno pantanoso correndo em direção ao Castelo, quando de repente ouvimos algo.

— Ei me esperem.

Assim que olho é um homem em um cavalo usando as vestes do reino humano.

— Finalmente os alcancei, eu sou um mensageiro do Rei e venho trazer notícias.

— Espere aí, se veio do Reino dos humanos como sabia onde estávamos. Diz o xamã desconfiado.

— Relaxe, ele está falando a verdade, nós carregamos uma runa que permite nossos aliados saberem nossa localização.

— Hum, que magia interessante, mas então nos diga quais são as notícias.

— São boas notícias, todos os reinos se uniram para criar uma aliança forte e derrotar o Rei Demônio e eles enviaram reforços.

— Reforços que ótima notícia, quando eles viram? Perguntou Henrique animado.

— Quando? Me desculpe, mas eu não vou saber te informar, para chegar até aqui viajei por quase dois meses, então infelizmente não sei quando eles virão.

— O não, isso é ruim pois nós não temos muito tempo.

— Mas João não seria melhor esperarmos, os reforços do que só nós cinco irmos despreparados para lá? Questiona Sabrina, tentando encontrar uma melhor solução.

— Infelizmente não, pois o Mauo pode a qualquer momento trazer aquela legião de demônios, e isso com certeza seria o pior acontecer.

— É realmente você tem razão, não temos tempo para esperar. Confirma Isaac.

Depois disso continuamos o caminho mesmo sem reforços pois não tínhamos tempo a perder.

Até que chegamos em um vale, e lá embaixo podíamos ver o castelo, um pouco a frente tinha um dragão ele estava dormindo, e mais atrás dele tropas de orcs.

— É, vai ser mais difícil do que eu imaginava.

— Nós vamos precisar de uma boa estratégia. Diz Sabrina preocupada.

— Sim, eu tenho uma ideia, é um pouco ousado mas não temos muitas opções. Disse Henrique com tom de mistério.

— Qual é o seu plano?

— Tentem capturar aqueles monstros que foram infectados pela força demoníaca ainda vivos, enquanto isso eu usarei essas árvores para criar uma catapulta gigante, mesmo não trabalhando em projetos científicos há muito tempo, acredita que consigo criar algo assim ainda, e depois vamos os jogar contra as tropas inimigas assim ganhando um pouco de tempo para conseguir entrar no castelo.

— Com certeza é uma ideia bem arriscada, mas infelizmente não temos muitas opções.

E assim fizemos, levou algumas horas, mas conseguimos capturar cinco deles, após isso ajudamos Henrique a terminar o projeto que estava quase pronto.

Quando terminamos de prepará-la, já arremessamos as criaturas em cima das tropas orcs.

Assim eles ficaram assustados e desorientados, o que nos deu uma brecha para entrar no local por uma janela lateral.

Ao entrarmos lá tínhamos que encontrar o Rei e impedi-lo de invocar os demônios.

— Aonde será que ele está?

— Eu não sei aonde, mas com certeza será um lugar bem protegido. Dizia Sabrina essa boa observação

Pensando nisso começamos a procurar sorrateiramente um local com guardas na porta, era bastante complicado pois o castelo era bem grande e havia algumas rondas de soldados. Mas com as habilidades da assassina do grupo nos coordenando conseguimos nos virar de forma tranquila.

— Ei estão vendo ali, tem uma porta e dois guardas na frente. Disse Maria apontando para o local.

— Boa Maria, vamos entrar lá.

Naquela hora, Sabrina com experiência nessas situações,ela usar um de seus equipamentos, uma pequena bola com escritas rúnicas, ela a joga atrás de objetos para que eles não consigam enxergar como cadeiras, mesas e pilastras que carregam esculturas, quando ela chegou do outro lado da sala, ela quebra a runa que ativa o feitiço, naquele momento aquela pequena bolinha do tamanho de uma uva, faz um barulho tão grande como se alguém tivesse ali batendo no móvel e se contorcendo de dor.

Os dois orcs rapidamente correm naquela direção para ver o que estava acontecendo, o que nos dá tempo de entrar na porta.

E nos damos de cara com uma escada para baixo que não conseguimos nem enxergar o fim, fechamos a porta e começamos a descer.

— Uau Sabrina aquilo foi demais, você despistou os dois como se não fosse nada.

— Obrigado João, já estou acostumada a fazer esse tipo de trabalho. Diz ela com o rosto um pouco vermelho.

— Tá bom pombinhos, não é hora para isso. Maria DIz fazendo um corte seco.

— Pombinhos! Exclama os dois envergonhados.

— Ei, shiu! Não façam barulho, mas sim, acharam mesmo que ninguém tinha reparado em como vocês se olham diferente? Fico imaginando as loucuras que aconteciam naquela barraca que vocês "dormiam" he he he.

— Nós só dormíamos, não fazíamos mais nada lá. Falam os dois virando a cara envergonhados.

— Ok, ok, já deu disso, nós estamos quase lá, temos que focar agora.

Isaac tinha razão, de onde estávamos já conseguimos ver o final da escada, ali havia uma porta, com uma fumaça negra exalando dela.

Ao abrirmos a porta, uma grande fumaça vem em nossos rostos, tinha cheiro de queimado. Quando abrimos os olhos vemos uma sala gigantesca, um círculo de asmodeus cobrindo todo o chão e centenas, não talvez milhares de corpos, todos carbonizados.

Henrique sendo um homem de Deus chora ao ver a situação, Maria em estado de choque vai ao chão e começa a vomitar. Do outro lado da sala em cima de um altar podemos ver aquele ser maligno, com uma aparência demoníaca como escrito nos livros com o corpo completamente preto, rabo, chifres e asas, sem não usar nenhuma roupa, não havia genitália, pois esses seres não tem um gênero são apenas demônios.

Com uma mão no rosto de uma elfa fazia mais uma vítima, queimando o seu corpo por completo em segundos.

— Ei seu monstro, como é capaz de fazer isso com tantas pessoas? Vamos acabar com isso pessoal.

— Certo. Confirmam todos com seriedade.

Naquela hora Isaac já dá um buff em nossas armas com sua magia, Henrique vai em direção aos corpos para ver se tem alguém vivo que ele possa ajudar e eu, Maria e Sabrina vamos para cima dele o impedir.

O primeiro a atacar sou eu, com um salto arma o primeiro golpe.

— Vocês não podem me vencer.

Ele apenas coloca o braço na frente do golpe como se não fosse nada, porém para sua surpresa, ele é ferido, foi apenas um corte, mas o Rei sangrou tudo graças ao poder do Isaac, com certeza uma grande adição ao grupo.

— Hum, interessante.

Ele responde com soco mirando meu estômago, até consigo colocar o escudo na frente, ainda assim sua força é tanto que sou arremessando para longe, entretanto seguro um impacto arrastando a espada no chão. Ele parte para cima do próximo sacrifício, quem entra na frente é Sabrina, usando sua espada e adaga faz um ataque lateral com cada um vindo de um lado. O monstro só colocou a mão adiante, outra vez recebendo cortes leves, ele preparou um soco cruzado com o braço esquerdo, mas com uma mortal lateral ela consegue esquivar, no ar ela acerta outro golpe no tríceps do braço esquerdo, mas agora o demônio vinha com um gancho de direita, na posição que Sabrina estava ela não conseguiria nem desviar nem se defender, entretanto Maria aceitava duas flechas no braço que aceitaria a assassina, com uma corda em cada, a princesa e o xamã puxaram as cordas, assim evitando o golpe e dando tempo de Sabrina se afastar.

O ser apenas remove as flechas e solta em direção a próxima vítima, que já estava correndo para fora, mesmo assim ele o alcança e com a mão na sua nuca o carboniza. Parecia que ele não ligava para aquela luta, a única coisa que ele se importava era terminar os sacrifícios e agora faltava apenas um. Era um homem humano que estava já próximo da saída, ele corre em direção do seu alvo, Henrique entra na frente.

— Em nome do nosso Deus, eu exijo que pare agora!!

Naquele momento ele fez algo que nunca tinha feito antes, uma barreira branca se ergueu contra a criatura maligna, ele tentou quebrar o bloqueio com o soco, só que na hora que seu punho entrou em contato com aquela luz começou a queimar e então o removeu, vendo isso pulo e usando o meu escudo para empurrá-lo contra o muro, Sabrina o acerto pelas pernas, Maria atingi o com mais flechas de corda e agora o puxa contra a luz. Pronto essa era a chance perfeita, dessa forma vamos vencer, o último sacrifício estava quase indo embora, até que a porta se abre novamente, eram as tropas de orcs, e com apenas uma machadada cortaram aquele homem no meio.

— Hahaha agora acabou!!

— Ei se juntem aqui!!! Grita Henrique com um pressentimento ruim.

Todos nós juntamos em torno dele, e com algum esforço ele cria uma bola de defesa o nosso entorno, nesse tempo o Mauo andava até o centro da sala machucado, ao chegar lá calmamente ele coloca a sua mão no chão e a gira, com isso uma grande energia Negra sai do chão, os orcs que ainda estavam dentro do círculo, são carbonizados.

— Aaaaah. Nós somos protegidos por Henrique no seu campo de luz, porém fomos arremessados para o ar e com o esforço feito para nos proteger acaba desmaiando, e nós começamos a cair ao chão.

— Agora é minha vez. Maria disse isso enquanto pega uma flecha e a joga contra o chão, quando ela entrou em contato com a terra, se expandiu virando um enorme gosma Verde, e quando caímos sobre ela era macia e amorteceu nossa queda.

— Boa Maria.

Nós estávamos vivos, mas a situação não era nada boa, os demônios começaram a sair naquele farol de luz negra, os soldados orcs já estavam vindo em nossa direção e aquele dragão das trevas, já estava sobrevoando o farol.

Tudo parecia perdido, até que ouvimos um rosnido de trás do vale, quando olhamos para trás, são os quatro dragões dos aliados, esses seres só podem ser comandados pela respectivo Rei do seu continente, entretanto depois de alguns conflitos todos eles sumiram por um longo tempo, não eram vistos há décadas. O dragão do fogo é o dos humanos, carrega consigo duas embarcações com os soldados no ar, o da terra é dos anões, trazendo em suas costas um grande canhão, o do gelo, é das terras gélidas dos furrys, vindo com os membros da família Blackthorn e os elfos vinham com seu dragão das plantas, junto a guerreiros pendurados em seus cipós.

Os guerreiros começavam a pular contra os demônios, os usando para amortecer a queda até o chão, o barco dos humanos descia com suas velas sendo erguidas para cima, assim descendo no chão de forma plena, e o que parecia antes como massacre sem chance nenhuma de Vitória, agora era um campo de guerra e as forças estavam equilibradas, Henrique acorda e se assusta com a situação, mas explico para ele o que havia acontecido, Isaac coloca seu cajado no chão e tenta fortalecer as armas de todos aqueles aliados com sua magia.

— Aaaaah!! Parecia que ao tentar fazer aquilo ele sentiu uma dor tremenda, então Henrique coloca suas mãos nas costas ele e alivia a dor, e com isso sua magia que naturalmente era da cor azul, agora fico branca, a mesma que é forte contra os demônios. A guerra inicia, os humanos e elfos partiam para cima dos orcs, os furrys pulavam para cima dos demônios, o farol negro se apaga e o rei demônio aparecia, agora com uma armadura e asas douradas, uma espada é cor totalmente preta, mas era recebido com um tiro do canhão dos anões sendo arremessado ao chão.

Eu tenho que impedir o dragão deles, assim chamo o dragão de fogo subo em suas costas, e vamos confrontar a fera. Ele tenta nos acertar uma rajada de energia, mas nós esquivamos, e voamos sobre sua cabeça, eu pulo e caio nas costas do monstro, em fio minha espada nele, assim começa a se debater de dor, com isso aproveito para arrastar seu corte até a cauda, entretanto quando chego lá sou jogado pelo ar, novamente começou a cair ao chão, só que quem aparece agora é o dragão élfico, dessa forma me agarro em um dos seus cipós e me salvo.

Lá de cima vejo meus companheiros lutando em terra, estamos vencendo as tropas inimigas, quase metade dos demônios já caíram, e o dragão deles está enfraquecido. Eu até diria que estamos vencendo se não fosse pelo Mauo, os anões lançam outro ataque com o canhão, mas dessa vez ele contra-ataca com uma rajada de energia em formato de corte usando sua espada, que parte ao meio a bola de energia jogada nele. O dragão de terra cria uma barreira para se proteger, ainda assim não é o bastante, o golpe atinge e o causa grandes danos, mas consegue permanecer no ar.

Naquela hora entendo que o certo a se fazer é ganhar tempo para que meus aliados possam vencer o resto do exército adversário, dali mesmo pulo de onde estou para enfrentar o problema maior, é hora de eu o encarar de frente.

Já chego fazendo um corte na armadura que desce o ombro até a parte inferior esquerdo de seu peito, ele tenta me acertar com um golpe lateral, só que por sorte me esquivo me abaixando e recuando, logo em seguida ele vem minha direção começamos a trocar golpes de espadas, porém sua força é assustadora não posso continuar fazendo isso se não ficarei em desvantagem, começo apenas a desviar indo para trás e mudar a direção de seus ataques como eu escuto. Até que sem que ele perceba o dragão de fogo lança um ataque na lateral direita que eu acerto em cheio, e arranca outra parte de sua armadura, agora com um encantamento a besta alada élfica o prende no chão com algumas usando raízes, o que me dá uma brecha de acertar o peito da criatura maligna, mas com um giro no ombro ele me acerta com sua asa e me joga para longe.

No chão vejo ele voando em direção ao dragão das plantas, que com apenas um golpe arranca sua asa direita fora, depois acerta o com sua espada levando ela até o chão já sem vida, me levanto com dificuldade, e vejo meu grupo se aproximar de mim.

— Você está bem? você foi acertado em cheio. Diz Sabrina preocupada.

— Sim, mas isso não é importante, como estão as coisas até agora?

— Nós vencemos a luta contra os orcs em terra, e derrotamos todos os demônios, agora só falta o dragão e o rei demônio. Disse Isaac com seriedade.

— Certo, agora falta pouco, é hora de todos nós juntarmos forças para derrotarmos aquele ser maligno.

— Sim, vamos nessa!! Confira todos já cansados.

Naquela hora vemos que o dragão negro está indo para cima dos guerreiros na terra, enquanto isso o os furrys e o dragão de gelo, iam enfrentar o Rei demônio, então vamos ajudar nossos aliados que estão no chão, chamo o ser de fogo e nós 5 vamos em cima dele.

Mas antes que possamos chegar em sua direção, a criatura alada dos anões chega primeiro, segura o com suas patas e com um disparo à queima roupa o acerta com o canhão, a criatura Negra retribui com um raio de energia, no fim as duas vão ao chão.

Henrique e Isaac vão em direção aos aliados para ver o que podem fazer, já eu, pulo e com minha espada acerta o coração da criatura dando um fim a ela de uma vez por todas. Agora só falta o Rei, começo a correr em sua direção, veja que o dragão de gelo já está no chão, mas continua lutando soltando uma rajada de gelo nele o deixando lento, e enquanto isso os assassinos se reveza me coordenam para atacar aquele monstro, O problema é que só basta um ataque da espada dele que te acerte cheio para ter um membro decepado ou um soco pra ter os ossos quebrados. Enxergando uma oportunidade, O Último dragão de pé cospe mais uma bola de fogo para cima do Rei, arrancando mais um pedaço de sua armadura. Ele voa em direção ao dragão, vem para cravar sua espada nele, Maria e Sabrina ainda estavam em cima da criatura, a assassino pula para cima do demônio, chocando suas espadas, ela é carregada para o lado com o impacto, em sua direção agora vem as flechas da princesa dos elfos, uma das flechas é encantada e acerta a asa da criatura, prendendo a em galhos de madeira, assim ele começa a cair, mas antes que ele alcance o chão, eu enfio minha espada em seu peito novamente, escuta um grito.

— Ei, segure ele aí.

Assim que olho, é Henrique e Isaac novamente unindo suas magias para fortificar o canhão dos anões, ali eu já entendia o plano, um ataque final para acabar com aquele ser maligno. Eu continuo o segurando com minha espada o atravessando e me proteja em suas costas, dessa forma o ataque vem uma bola de luz branca, a força é tanta que destrói o chão por onde ela passa, antes que ela cansasse o Mauo eu dou um salto para o lado tentando me salvar da destruição, porém antes que eu pudesse sair o Rei segura meu pé.

— Se eu for pelo menos levarei você junto.

O desespero começa a tomar conta, tento me soltar mas ele não me larga não importa o quanto tente, até que Sabrina aparece corta os dedos dele e pulamos no último instante nos salvamos por um triz. O inimigo é arrastado por metros e metros, sendo carbonizado assim como ele fez com todas as suas vítimas. O transformando em cinzas por completo.

— De nada viu. Dizia Sabrina, ainda em cima de mim.

— O que você quer que eu faça para te recompensar por salvar minha vida?

— Isso vai bastar. Na mesma hora ela me beija, como se já esperasse por isso há muito tempo, e mesmo de longe ainda em cima do dragão dava para escutar a Maria dizendo "eu sabia!!!".

Após os acontecimentos desse dia que ficou lembrado como " A guerra contra o farol negro". Isaac foi coroado pelo povo orc a Rei do continente, visto agora como um grande herói do seu da sua raça, Maria continuou viajando o mundo e conhecendo pessoas e fazendo amigos, Henrique foi nomeado como o novo Papa e voltou para sua terra natal, agora com muito prestígio, sendo a esperança para que um dia os anões também sejam usuários de magia. E eu e Sabrina largamos essa vida de ação e perigos e nos casamos, em breve teremos nosso primeiro filho, e foi assim que o mundo viveu em paz pelos próximos 500 anos, até o ressurgimento de um novo Rei demônio.