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Chapter 3 - Cronos

Caim, então, quando se dá conta, está despencando do céu.

— Aaaaaaa, Socorrooooooo, Jesus, me salva.

Então, enquanto caía, Caim reparou que abaixo dele havia um pequeno arbusto.

Caim disse enquanto caía:

— Agora o que me resta é tentar mirar naquele arbusto, como nos filmes de ação.

Caim, então, se inclinou, colocando suas mãos nas costas e jogando seu peso para a frente, fazendo-o cair no arbusto certeiro.

— Ah, que dor nas costas. Para minha primeira aterrissagem, não foi tão ruim. Onde será que eu caí?

Olhando ao redor, ele percebeu que caiu em uma floresta onde não conseguia ver qualquer traço de humanidade.

— Caralho. Só tem mato aqui. Finalmente chegou o momento de usar todas as informações que consegui, vendo a prova de tudo.

Caim rindo, então reparou que um pouco à frente havia uma colina.

— Nada mal, é um começo. Pelo que me lembro, ir para um lugar alto sempre é a melhor decisão.

Caim, então, apressado, foi andando enquanto observava o lugar em que estava.

— Nunca tinha sentido tamanha paz que sinto nessa floresta, tanto as árvores como a terra parecem estar vivos e respirando.

Enquanto admirava a floresta, ele avistou uma luz rosa que se assemelhava àquela que havia visto antes de sair de seu mundo.

— Aquela luz. Que linda.

Então, Caim obstinado a pegar aquela luz, desviou do caminho e correu em direção à pequena luz.

E quando estava próximo, esticou a mão e disse:

— Peguei.

E quando ele abriu a mão, ela desapareceu completamente, e Caim começou a questionar enquanto olhava para os lados.

— Ué, eu não havia pegado ela? Que merda! Vim até aqui à toa, agora é voltar.

Cabisbaixo, ele retornou ao caminho que tinha desviado e seguiu reto. Finalmente, viu a colina com mais clareza.

— Finalmente estou chegando perto, agora dá para ver onde exatamente estou!

Quando chegou aos pés da colina, ele pensou:

— Caramba, ela é maior do que eu pensava. Agora é subir nela rápido antes que anoiteça.

Rapidamente, ele começou a subir a colina e, ao chegar ao topo, se surpreendeu.

— Meu Deus! Isso é realmente possível? Aquelas bestas são realmente monstros?

Ele se pegou espantado ao ver um ninho de filhotes de Grifos em cima de uma grande árvore à sua frente.

— Nem acredito, realmente este mundo é diferente do meu antigo.

Rindo, Caim então olhou à sua direita e viu algo que se assemelhava a uma bandeira balançando ao vento.

— Uma bandeira? Podem ser tanto de humanos como de outras raças. Vou lá dar uma olhada.

Caim, com um sorriso, foi em direção à suspeita bandeira enquanto pensava:

— Finalmente. Minha aventura começou.

Descendo a colina rapidamente, ele se pegou pensando animado:

— Serão humanos? Elfos? Talvez até Goblins. O que for, tenho que estar preparado!

Mas então Caim se deu conta de algo!

— Pera aí! Se realmente existirem Goblins nesse mundo, como poderei enfrentar um? Se não sei nem magia ou combate? Ferrou!

Dúvidas começaram a remoer os pensamentos de Caim até ele se dar conta.

— Calma. Se fui escolhido, isso significa que sou acima da média. Não há o que temer ou se preocupar, o que for de acontecer, acontecerá.

Indo de maneira cuidadosa enquanto ficava alerta, sobretudo à sua volta.

— Qualquer barulho ou movimento menor, vou me esconder!

Enquanto pensava, Caim ia em direção à bandeira.

Ele adentrou ainda mais na floresta, onde ouviu um barulho ao seu lado e rapidamente se escondeu atrás de uma árvore.

— Meu Deus, o que será que foi isso? Será que são sons de passos?

Ao olhar ao lado, ele vê uma pequena criatura verde com orelhas pontudas, gordinha e quase sem roupa, indo em direção à bandeira.

— Aquilo é um Goblin? É igual aos que aparecem em filmes e animes!

Caim, tentando se afastar, pisa em um pequeno galho que faz um estalo!

— Merdaaa, pensava Caim.

O Goblin rapidamente para de andar e olha na direção onde Caim está escondido.

Então o Goblin sorri, e seus dentes, que parecem lâminas, estão repletos de sangue seco. Ele parte em direção a Caim.

Caim, então, se joga ao lado e corre pela mata, pensando:

— Merda, Merda, Merdaaa! Fui muito ingênuo pensando que conseguiria fugir ou passar a perna em um Goblin.

O Goblin na cola de Caim o alcança, pulando em cima dele.

Caim, no reflexo, dá uma cotovelada no Goblin, que não o solta.

— Me soltaaaa, espera, uma pedra! Tenho que tentar vencer.

Caim pega a pedra e bate na cabeça do Goblin, que morde seu quadril.

Caim grita.

— Aa aaaAAAaaaA, morra!

Desesperado, Caim bate sem parar até que o Goblin não se mexa mais.

— Será que morreu ou está fingindo? Pensou Caim.

Então, Caim começa a se mexer, tira o Goblin de cima de si e se afasta devagar, colocando a mão na mordida que ele havia dado.

— Isso que dá mexer comigo, seu Goblin fraco, dizia Caim gritando.

Caim se aproxima do Goblin.

— Mais feio do que pensava.

Em seguida, Caim pega a clava que o Goblin havia deixado cair quando pulou nele.

— Oh, essa clava parece muito boa. Vou pegá-la, caso precise.

Enquanto Caim ia embora após sua batalha acirrada, ele ouve outro barulho atrás.

Com calma, Caim percebe que não tinha apenas um Goblin à sua procura, mas sim dois.

— O quê? Acabou para mim. Estou machucado, mas espera, ainda tenho a clava daquele outro.

Então, o Goblin surge no meio das árvores enquanto encara Caim.

Caim, com uma mão no quadril e a outra segurando a clava, grita para o Goblin.

— Vem! Se tiver coragem.

O Goblin pula em direção a ele, mas antes que Caim o acerte, ele é perfurado na cabeça por uma flecha.

Caim olha na direção de onde a flecha veio e ouve uma voz grave.

— Ah, parece que salvei mais um daqueles Goblins malditos, diz a voz misteriosa.

Caim, então, vê um Cavaleiro alto com uma armadura de prata que brilha e um arco em sua mão.

O homem misterioso fala:

— Perdão se assustei você. Sou um arqueiro da Santa Igreja de Dorkin, sou Klaus, prazer em te conhecer.