* O vento uivava à medida que Loy, um jovem aventureiro com o coração cheio de esperança, adentrava corajosamente uma dungeon. A escuridão engolia-o lentamente enquanto ele avançava pelos corredores úmidos e misteriosos. Mas antes mesmo de encontrar um monstro, ele caiu em uma terrível armadilha. Uma lâmina envenenada rasgou seu rosto até o peito. Seus olhos arregalados pediram socorro, mas só conseguiram liberar um jorro de sangue de sua boca*
*No momento seguinte, Loy acordou, atordoado e confuso. Ele estava sentado em uma cadeira ricamente adornada, perante um banquete suntuoso. Do outro lado da mesa, um homem de cabelos brancos e bagunçados, vestido como um duque, o observava com olhos vermelhos e penetrantes. Um sorriso enigmático curvou seus lábios.*
**Homem Elegante:** Bem-vindo, grande herói.
*O jovem estava atordoado, sem entender como tinha chegado ali.*
**Loy:** Onde estou? O que aconteceu?
**Homem Elegante:** Seu dever é enfrentar todo o mal que rodeia este mundo, o Deus maligno.
**Loy:** Deus maligno?
**Deus Maligno:** Sim, o ser mais forte deste mundo, e é seu dever derrotá-lo.
*Determinação encheu os olhos de Loy.*
**Loy:** Eu o derrotarei para proteger a todos deste mundo, eu juro!
**Deus Maligno:** Qual o seu nome, grande herói?
**Loy:** Loy de Oran! E o seu?
*O Deus Maligno olhou seriamente para Loy e respondeu.*
**Deus Maligno:** Deus Maligno, prazer.
*Loy ficou confuso com a resposta.*
**Loy:** Isso é uma brincadeira?
**Deus Maligno:** Não se preocupe. Você disse que iria proteger a todos, estou certo?
*Uma sensação de perplexidade tomou conta de Loy.*
**Loy:** Só existem nós dois neste mundo?
**Deus Maligno:** Sim. Deixando as brincadeiras de lado, vou explicar a sua situação. Você está na frente de um Deus Maligno, e está morrendo por causa de uma armadilha cruel. Mas isso só acontece em seu mundo. Você pediu ajuda, não é?
**Loy:** Sim... Eu...
**Deus Maligno:** Então, aqui estamos. De certa forma, eu te salvei. Se eu te enviar de volta, você estará em pedaços e envenenado. Talvez no seu mundo você tenha apenas 10 segundos de vida.
*Loy ficou apavorado.*
**Loy:** Eu estou bem! Não tenho nenhum arranhão, e estou aqui há mais tempo do que isso!
**Deus Maligno:** As regras de veneno, dor e até morte não se aplicam no meu mundo, a menos que eu deseje. Mas, naquele lugar, eu não tenho autoridade. Só posso te trazer porque você pediu ajuda. Pode me chamar de Atos, é mais curto e cansa menos.
*Atos olhou para Loy com seriedade.*
**Atos:** Te darei duas opções. Você pode viver aqui até morrer de velhice, me servindo como cobaia para me ajudar a criar uma alma, pois só não consigo fazer duas coisas em meu próprio lar: criar uma vida com uma alma e mudar a de outros seres, com exceção da minha. Ou a opção mais chata... Eu, o Senhor Supremo, vou para o seu mundo, tomando temporariamente o seu lugar de existência, assumindo sua forma e estudando lá mesmo.
**Atos:** E como uma forma de te recompensar, vou encontrar uma maneira de te salvar em menos de 10 segundos. Aceita?
*Loy ponderou por um momento, sua esperança misturada com confusão.*
**Loy:** Aceito a segunda, é a única que me dá alguma esperança. Obrigado.
*Com essas palavras, Loy e Atos embarcaram em uma jornada única, que mudaria não apenas o destino de Loy, mas também o equilíbrio de poder entre mundos inteiros.*