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Chapter 10 - Eu sou Ashbat

Visão de Ashbat:

Elizabeth Ucas Mendonça ..... seu nome com certeza é bem peculiar ..... ela afirmou ter nascido na angola no ano de 2090, seus pais tem descendência brasileira e colombiana, ela tinha 25 anos quando parou nesse lugar, ela é da leva 340°, ou seja, faz "10 anos" que ela parou nesse lugar ... com todas essas informações que ela articulou ... sendo sincero ela tem um potencial de 6/10 .... sua nota é só decente pelo medo excessivo das criaturas anômalas e pela falta de habilidades em geral que ela apresentou .... todavia ela claramente tem um potencial para ficar par a par com Maqila ... porém isso vai demorar um tempo e vai me demandar muita atenção-

-" E-eh Ashbat? Posso falar algo contigo? C-caso não seja nenhum problema"

Elizabeth me interrompeu de meus pensamentos sobre a mesma, ela parecia visivelmente incomodada com algo, sendo empático a disse:

-" Qual o problema? Viu ou ouviu algo próximo de nós? ou nos observando na surdina?"

Ela teve sua testa mexida bruscamente para cima, isso indicava que era um espanto genuíno, ela com um rosto de medo revisou ao nosso redor, logo essa não era a resposta de sua pergunta, com pequenos gaguejos e algumas falhas em sua voz, ela proferiu:

-" Aonde estamos indo? Sinto que estamos perdidos a algumas horas e-"

Eu a interrompi colocando meu dedo indicador em sua boca, ela se assustou e recuou alguns passos, ela devia ter muito medo de mim, mas não era para pouco já que acabei com uma criatura quase vista como invencível para ela, levantando as mão eu respondi ela:

-" Fica calma, estamos indo de encontro com uma porta do escuro ... já ouviu esse modo de fala, certo?"

-" Sendo honesta contigo .... peço desculpas pela minha ignorância, eu não sei de nada sobre!"

  (..... Deus isso vai ser bem complicado)

  Tentando não parecer um babaca arrogante, eu expliquei a ela o que era exatamente esse nome.

-" Uma porta do escuro, são portas aleatórias que aparecem aleatoriamente nos andares das Backrooms, felizmente aquela entidade que foi nossa "guia" tem controle completo de apenas 1 único andar, sendo esse o 0, mas não "aquele andar 0", se não pararmos lá estaremos seguros!"

Elizabeth ficou confusa, colocando seus dedos finos em seu queixo, ela parecia muito inquietante, murmurando palavras que eu não conseguia ouvir, não porque não conseguia, apenas porque não queria, quando estávamos prestes a voltar a caminha ela, claramente impaciente alegou:

-" Como assim o único lugar que ela governa? Ela não governava todos os 1000 andares desse local, além disso o que era a tal Backroom-ZZ? Foi assim que chamou não? O que significa isso?"

-" ... acabei revelando mais que devia hahahaha, essas perguntas são excelentes, no entanto ... como posso dizer para você ... eh ..... como eu posso dizer? .... não existe ... apenas 1 Backroom ... existe centenas delas, e essa em que estamos é a mais fácil de todas."

Ela fez uma cara de descrença, ela relutava com a verdade agora relatada a ela, Elizabeth chorou, esperneou e chegou a birrar como uma criança, para a maioria das pessoas isso era bem normal, eu ja fiz isso .... como eu queria esquecer esses tempos hahahaha, quando ela parou com aquela cena, seguimos o caminho em silêncio, quando estávamos na sala com a porta escura, ela voltou a ficar inquietante, já que a porta podia até não parecer medonha, mas ela tinha algo que boa parte das pessoas achavam relutante, que era a "aura" que ela parecia emitir, essa sala era apenas um pequeno cubo de 5 metros, com a porta do escuro de frente para a entrada, o teto nesse lugar era bem baixo, sendo no máximo 2 metros.

-" Tem que ser realmente essa porta? Não pode ser outra?"

-" Essa porta é uma raridade e receio que não podemos recusar um presente tão generoso como esse, o andar em que vamos parar é aleatório, então em nosso pior azar, vamos ficar ... separados."

-" Separados? Como assim? Eu não vou entrar ai se for desse jeito!"

-" Calma, isso apenas vai acontecer se você entrar depois de 10 minutos da minha passagem, esses locais são parecidos com as ramificações desse próprio andar, então fica suave e entra logo depois de mim, entendido?"

Ela estava muito relutante, mesmo com um potencial decente, eu queria abandonar ela caso seu medo fosse maior que sua coragem, felizmente seu medo perdeu e ela me ouviu, sendo o mais experiente dei meu primeiro passo pela porta ...

Eu atravessei a porta e percebi que minha sorte ... era uma bela merda, eu parei no 5 andar da Backroom-ZZ, Um andar considerado bem ..... chato até na visão dos veteranos comuns.

Eliza saiu bem de trás de mim, seu rosto apresentou um medo bem genuíno, ela queria voltar, pois ela devia ter presenciado esse andar e pelo jeito, não tinha sido uma experiência nada boa, contudo a porta foi conveniente em sumir, sem muita escolha saímos explorando os arredores, o andar era muito escuro, graças a minha lanterna podíamos ver algo naquele andar, era como eu lembrava, um andar com as paredes verde-escuro, o teto branco e chão de mármore, era com certeza do andar 5°, o andar onde os Sorridentes sádicos moram, ou como são chamados por alguns, os Smilers .... isso vai ser uma dor de cabeça graças a presença de Elizabeth.

-" Ash você esta bem? Algo esta te incomodando?"

Agora eu tinha recebido um apelido carinhoso, porque Ash? Bat é muito mais foda, porém uma coisa era certa, fui pego pela minha mudança de estado emocional, eu tentei disfarçar para ela não ficar em pânico e correr por ai aleatoriamente, o problema desse andar era além da falta de luz, os Sorridentes eram criaturas com força "W", não eram nada para mim, mas com certeza tendo alguém para proteger, tornaria as coisas mais difíceis ..... passamos algumas horas vagando por esses corredores escuros, eu até o momento matei mais de 10 desses malditos sorridentes, agora Elizabeth me trata semelhante a um rei. 

Nessa vasculhada por este andar, eu vi outra fonte de luz a lonjura, recuei instintivamente e alertei ao extremo Elizabeth, toda a confiança dela exauriu ao me ver recuar, ela quase saiu correndo chorando, quando a segurei ela pareceu ter recuperado a sua calma, como poderia ser um perigo para Eliza, tive que usar meus ○■●■○■ e fui direto para a sala segura.

Essas salas seguras são ambientes extremamente bem protegidos de monstros de nível de força até o "D", o tamanho varia e alguns podem ser pequenas e outras bem grandes, o tamanho da sala que "encontramos" era média, indo para dentro dela sua iluminação era boa e era bem mobilhada, Tendo estantes de livros, mesas e cadeiras, poltronas dobráveis, incontáveis livros de todos os gêneros, tinha uma televisão de tela plana e um computador não tão caro quanto essa tevê, aquilo era um sonho em um ambiente considerado tão infernal.

Eliza ficou maravilhada, para ela tudo era bem antiquado e ultrapassado, mas ela não ligará para isso, seu rosto se curvou para formar um belo sorriso genuíno que foi reprimido por sua vontade de viver,  agora ela instintivamente sentiu-se segura, com um grande sorriso, ela balbuciou:

-" Eu acho que .... vou ficar aqui para sempre!"

..... Talvez 6/10 tenha sido um nota bem elevada ... expressando meu descontentamento dizendo que tinha um limite que a pessoa podia ficar neste tipo de sala, a olhei ela com uma cara raivosa, como pedido de desculpas por essa "brincadeira", ela proferiu por vontade própria que estava apenas tirando uma com minha cara ... a deixei nessa sala pois eu senti que, a pessoa que portava aquela luz tinha algo especial, quando ela brilhasse ..... talvez algo grande aconteça.

Deixei ela jogando alguns jogos naquele ambiente apaziguador e corri até a fonte de luz .... infelizmente ela tinha sumido, olhei por onde antes ele estava e apenas encontrei um cadáver de um sorridente sádico .... essa pessoa com certeza era interessante, todavia ela se feriu bastante pelo sangue em excesso por este chão, por enquanto ele é 5/10, para decidir melhor eu preciso olhar para ele .....

Vasculhei por um pouco de tempo e segui igual um maluco aquela trilha de sangue, assim encontrei aquele que eu esperava ..... que erro o definir como 5/10 .... ele devia ser no mínimo 7/10, não ..... ele é um 8/10 ..... eu pude senti em que seu braço não tinha número ..... isso significa que ele era interessante para "aquela" entidade ..... estava bem escuro e minha bateria da lanterna tinha acabado, mas por sua silhueta ..... ele não era grande coisa em questão de beleza, ele também estava machucado, com muitos arranhões profundos e outras feridas, mas ainda não inconsciente e como eu sabia? Ele apontou uma faca para mim, mesmo suas mãos quase vacilando ..... incrível ..... minha boca vacilou e dela saiu:

-" Incrível ..... você é mais espetacular que eu pensava, talvez 8,5/10? Assim deve ficar bom-"

Uma tosse de sangue havia saído da boca daquele homem, ele estava tão mau de saúde e não notei devido a sua ●■○■○● que saia dele, em uma tentativa determinada, ele me falou as tosses:

-" Q-quem-m é-é ..... você ...?..."

Eu apenas dei uma leve risada, cara isso é até meio nostálgico, indo o mais rápido que podia aleguei a ele:

-" Meu apelido é Ashbat e quem seria você? Meu caro amigo?"

Não obtive resposta, pensei que ele fosse aquele tipo de gente que não falavam seus nomes para estranhos, mas seus olhos estavam fechados e sua respiração estava mais lenta, ele tinha desmaiado pela perda de sangue, assenti a mim mesmo e o levei em minhas costas, ele com certeza era pesadinho hahaha.

-" Na sala segura ele vai conseguir se curar bem mais rápido que aqui, e quando acordar ..... preciso recrutar esse cara!"

Voltei todo sorridente, cantarolei um pouco devido a grande felicidade, indivíduos que me causam entusiasmo estavam em falta, ainda mais esse que supera o limite de "8", portanto ter achado esse homem é igual um milagre ....

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Make estava caminhando muito a frente de Jasper e Trinity, os dois estavam tendo uma conversa aos sussurros, não obstante a isso o barulho que aquelas malditas lâmpadas faziam acabaram por fazer um ótimo trabalho escondendo as ondas sonoras daqueles dois, impaciente ele discursou aos dois:

-" Eu entendo a preocupação de vocês e todos esses seus medos irracionais, só que isso ja é demais, parece até que sou um sequestrador e que seus corpos são meus."

Jasper teve seus olhos arregalados e fechou a cara no mesmo instante, ele olhou Make em seus olhos e falou:

-" Olha aqui ... Make, certo? Você deve ser um daqueles militares idiotas que vivem se achando por sua força e afins, saiba que você não dá medo em mim!"

-" ... Tem certeza que não faço medo em você? Você esta a quantos metros de mim? 4? Se não tiver esse tal "medo" venha mais pertinho e fale em meu ouvido!"

-" H-h-ha acha que possuo medo? Para alguém forte .... você é bem ingênuo, seu animal-"

Jasper parou na hora, pois Make fez uma cara que o estremeceu por completo, seu rosto estava completamente bizarro e seu olhar estava muito feroz, ouvir aquelas palavras saindo dele foram algo que realmente o irritou, o pai de Trinity tinha se arrependido no mesmo instante, para tentar acalmar aquela situação a garota interrompeu os dizendo:

-" Pai peça desculpas a ele, e senhor Make ..... por favor o perdoe, ficar amargurado nessa situação só vai piorar tudo!"

A determinação daquela jovem era bacana e seu mental para situações tensas era bem solene, Make entendeu que apenas a verdade lhe tinha sido dita, seu rosto irritado aos poucos foi desmanchando até os músculos de sua face voltarem ao normal, Jasper gaguejou um pouco e ficou amargurado por isso, disfarçando ele engoliu em seco e exclamou:

-" Eu peço desculpas por ter ... xingado vossa pessoa."

-" .... eu te perdoo por esse erro grave, e também ..... peço desculpas se me exaltei ..... agora vamos ..... quero vazar desse lugar rápido!"

Jasper ficou um tanto bravo quanto a essa tamanha petulância de Make, não querendo continuar a briga de antes, todos foram o mais rápido que podiam ....

A uma distância um tanto próxima, uma mulher estranha usava roupas bem ... peculiares, ela tinha uma túnica cinza com capuz de mesma cor, ela parecia possuir uma capa desgastada como se fosse uma super-heroína em frangalhos, essa figura os observava e monitorava, ela era experiente e demonstrou um controle incrível fazendo seu trabalho, em seu bolso esquerdo ela tirou um walkie-talkie de padrão do exercito, com uma voz suave e gostosa, ela relatou:

-" O pai e a filha estão com um terceiro indivíduo, eles devem ter se encontrado ao acaso ... o pai esta cuidadosamente tomando cuidado com o homem .... ele deve ser bem forte, ele tem roupas casuais e bem modernas, é provável ser um militar ou alguém treinado, como devo prosseguir?"

A resposta veio após alguns segundos, que falava do outro lado era uma outra mulher, agora a voz dela não tinha nada de muito bonito:

-" Você deve recuar, aquela pessoa pode estar por perto-"

-" Eu ja chequei toda a área ..... então fica calma e deixa eu massacrar esses infiéis."

-" ... você realmente não muda, você vê o jeito que ele se porta? Sabe definir se sabe artes marciais ou qualquer tipo de luta? Tem um certo receio a ele? Consegue saber se seus músculos são fortes? Ele tem armas consigo? Como é a aparência dele?"

Ela tinha sido bombardeada com diversas perguntas, para cada uma delas o relatório sobre Make foi ficando mais e mais específico, por fim tinha terminado, o resultado foi:

-" Hahaha então é isso ... Ele não é nenhum militar experiente ou mesmo militar, ele deve ser um individuo forte que sabe lutar, mas mesmo que eu esteja errada, esse indivíduo não porta arma de fogo e logo ele é um alvo fácil para nós, você tem permissão para o matar e usar todos de sacrifício, pelo poderoso Abalbuth!"

-" Entendido, eu farei essa nobre e gloriosa ação pelo poderoso Abalbuth!"

A mulher de túnica cinza apenas sorriu através da escuridão que se formava pelo seu capuz, em um sorriso macabro formado por seus dentes amarelados, ela gritou para si mesma:

-" Finalmente o Deus Abalbuth vai saborear, a carne desses infiéis impuros!"

Essas duas pessoas faziam parte do famoso grupo que autodenominaram Omni Divino, e tal grupo estava prestes a agir contra o pai e a sua filha, um turbilhão de emoções passaria muito em breve em frente a Make e seu pequeno grupo ....

< Notas do autor: A partir de agora, eu vou deixar em itálico as falas do personagem que não forem narradas pelo eu lírico>