Mary Grimm, que pensou que seu marido havia voltado, não esperava ver o desgraçado que partiu o coração de sua filha ao abrir a porta.
Ela bateu a porta com raiva em seu rosto!
"Mãe!"
Oliver Walker rapidamente impediu a porta com as mãos e disse: "Eu vim aqui para visitá-la..."
Não importava como terminou seu casamento com Emília, Mary Grimm já havia salvado sua vida.
Além disso, ele era o pai da Olivia.
Os olhos de Mary Grimm estavam cheios de ódio quando ela disse em voz baixa, "Não me importo com o que você quer, mas lembre-se, você não tem permissão para entrar nesta casa nunca mais!"
"Se Emília souber que você esteve aqui, eu vou te matar mesmo que eu tenha que sacrificar minha própria vida!"
Oliver Walker franziu a testa e disse: "Mãe, eu só quero saber a verdade."
"Acho que há algum mal-entendido aqui..."
Mary Grimm estava decidida. "Chega! Não há mal-entendido aqui!"
"Esta é uma casa que alugamos. Está feliz agora?!
"Nossa casa... não poderia sustentar mais um inútil como você!"
Do ponto de vista dela, Oliver Walker deve ter perdido tudo lá fora e por isso voltou esperando que pudessem alimentá-lo.
Mas, com a situação atual, como seria possível para eles abrigá-lo?
Não importa o quão difícil fosse, eles ainda sofriam muito tentando criar Olivia. Era impossível que ele simplesmente voltasse e assumisse o papel de pai dela!
"Mãe, eu voltei para retribuir sua gentileza. Por favor! Me dê uma chance!"
Oliver Walker soou sincero. Não importava como sua sogra falasse com ele, ele sentia que merecia.
Até se ela quisesse bater nele, ele nunca revidaria.
Isso era algo que ele devia a eles!
Ele tinha que pagar!
"Retribuir minha gentileza?
"Eu não quero!"
Mary Grimm falou com a voz embargada: "As três coisas que mais me arrependo foram salvar você, dar minha filha a você e permitir que ela desse à luz a Olivia!
"Todas elas estão relacionadas a você!"
Slam!
Assim que terminou, ela fechou a porta.
Para ser honesta, a única razão pela qual ela não gostava de Olivia era por causa de Oliver Walker.
Ela estava tentando se acalmar antes de voltar ao quarto.
Emília parecia desapontada ao perguntar: "É o papai, não é? Ele não conseguiu nenhum dinheiro?"
Mas logo, sua expressão voltou ao normal.
Seu pai não havia contribuído em nada para a família. O quanto ele era diferente de Oliver Walker?!
Isso era apenas algo que ela esperava!
"En. Eu o expulsei!"
Mary Grimm não contou a verdade e decidiu mentir, pois estava preocupada que isso machucasse sua preciosa filha.
Emília respirou fundo. Ela estava cansada e tinha a impressão de que não aguentava mais.
Ela só não sabia quando iria desmoronar.
Mas, enquanto ela não estivesse morta, ela continuaria aguentando por Olivia.
Quanto a Oliver Walker, ele não se acalmava. Ele pensou a respeito e sentiu que algo estava errado. Ele pegou seu telefone e rapidamente discou um número. Ele falou em voz profunda: "Procure! Eu quero saber quem recebeu o dinheiro que eu vinha dando todo mês!"
Naquele exato momento, ele tinha certeza de que Emília e Mary não receberam aquele dinheiro.
Caso contrário, seria impossível que estivessem em situação tão desesperadora em que não pudessem bancar o tratamento da Olivia.
Além disso, elas não precisariam ficar em um lugar tão humilde! Algo deve ter dado errado!
Melhor que ele não descubra quem era. Caso contrário, ele seria pior do que qualquer outro!
No decorrer da noite, Oliver Walker não foi a nenhum outro lugar. Em vez disso, ele ficou por perto do pequeno local onde elas moravam e observou Mary Grimm levar Olivia para a escola no dia seguinte.
Ele não havia esquecido a promessa que fez à filha. Ele jurou que sua filha teria o amor de um pai.
Seu pai era um verdadeiro herói e ela não precisava escondê-lo!
Ela deveria ser respeitada em vez de desprezada.
Na Escola Maternal Riverdale, Oliver Walker estava vestido com um terno e, em seu bolso, estavam todas as medalhas que recebeu quando ainda era um soldado do general.
Ele sorriu ao entrar na escola.
Esta poderia ser a melhor oportunidade para ele encontrar Olivia.
O terceiro prédio, primeira aula, na entrada da sala de aula.
Uma jovem professora na casa dos vinte anos, vestida com roupas simples, franzia a testa e perguntava: "Olivia, algum dos seus familiares estará chegando em breve?"
O nome dela era Lily Jones, a professora da sala de Olivia Walker.
Ela sabia muito sobre a família de Olivia.
Ela também sabia que, para uma criança como ela, seria cruel crescer em tal ambiente.
Mas, ela era apenas uma professora comum, e não havia nada que pudesse fazer para ajudar.
"Minha avó tem que varrer as ruas e minha mãe tem trabalhado a noite toda. Ela tem que limpar a casa também, então ela não vai poder vir."
Olivia parecia uma criança que havia feito algo errado. Ela baixou a cabeça e mordeu os lábios.
Embora o tio de ontem já tivesse prometido que fingiria ser seu pai hoje...
ela ainda não tinha certeza se aquele tio viria hoje.
Ela secretamente levantou a cabeça e olhou as escadas vazias. Havia uma ponta de esperança em seus olhos, mas logo se apagou.
Aquele homem talvez não viesse!
Isso ocorreu porque a reunião de pais e professores estava prestes a começar!
Lily Jones respirou fundo. Ela bateu na cabeça de Olivia e disse com simpatia: "Embora sua mãe e sua avó não estejam aqui, você ainda tem que ser forte, certo?
"Não importa o que os outros filhos falem, você ainda é a melhor."
Olivia forçou um sorriso e respondeu: "En. Eu sei, Professora Lily!"
Além de sua mãe, a Professora Lily era a pessoa que a tratava melhor no mundo.
Por isso ela tinha que se esforçar. Ela queria ter certeza de que não decepcionaria as poucas pessoas que acreditavam nela.
Após uma breve reflexão, ela encontrou coragem e entrou na sala de aula.
Assim que entrou na sala, houve muitos olhares surpresos em sua direção.
Eles olhavam para ela como se ela fosse um monstro.
"Veja! Como esperado, os pais dela não vieram!"
"Como os pais dela seriam capazes de vir?"
"O avô dela é viciado em jogos de azar. O pai dela está desaparecido. A avó dela está ocupada varrendo as ruas e a mãe dela está ocupada se embelezando!"
"Eles costumavam dizer que o comportamento dos pais era igual ao das crianças. Tenho certeza de que essa criança também não é boa."
"..."
Embora falassem em voz baixa, havia um grande número deles sussurrando, o que o fazia soar muito mais alto.
Olivia Walker mordeu os lábios e caminhou com a cabeça baixa. Ela estava acostumada a ouvir todos esses rumores.
Devido à condição da sua família, a maioria dos pais impedia que seus filhos brincassem com ela. Por isso, ela sempre acabava sozinha, sem amigos.
Ela... realmente queria que os outros a reconhecessem.
Ela queria ser protegida pelo pai, como as outras crianças, para não ser insultada!
Mas, assim que chegou ao seu assento, os pais ao redor dela tinham expressões de desdém em seus rostos e rapidamente tiraram seus filhos. No final, ela ficou sozinha.
Lily Jones, que viu isso do pódio, ficou irritada e disse aos pais: "Queridos pais, Olivia é uma menina maravilhosa e foi diagnosticada com leucemia. Não é uma doença transmissível.
"Nossos filhos podem não saber se comportar, mas como adultos, não deveríamos mostrar um pouco mais de amor a ela?"
Essas palavras justas da Professora Lily não foram aceitas por todos e os pais ainda tinham o mesmo olhar de desdém no rosto.
Eles se escondiam de Olivia com seus filhos como se ela tivesse a peste.
Olivia manteve a cabeça baixa e brincava com os dedos. Ela sentiu uma sensação azeda no nariz e lágrimas do tamanho de um feijão caindo na mesa.
Se ela tivesse um pai, ainda seria assim?
'Papai, onde você está?'
'Eu sinto sua falta...'