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Chapter 9 - Capitulo 8: Eu sou um deus!

O silêncio pode ser confortável para muitas pessoas, mas isso depende da situação e da pessoa, uma situação onde você desconhece a área e tem coisas querendo te matar, faz o silêncio ser uma arma mortal, é nesse problema que Jill Valentine esta passando.

Ela não é uma atiradora profissional igual seu amigo Chris, e muito menos especialista em armas igual seu momentâneo mentor Barry, então ela se sente muito menos protegida, entre o trio, ela sempre se considerou a menos capaz, não por ser mulher e sim, por ser a menos habilidosa com a arma.

Antes ela pensava ser apenas uma coisa da sua cabeça, que no momento que ela mais tivesse que agir, ela com certeza ia ser forte e mostrar seu valor ..... que piada, no momento que aquelas coisas surgiram ..... ela correu de medo e se não fosse o seu amigo ..... o Barry ..... ela teria morrido por medo .... tudo pelo instinto mais primitivo do humano, o medo.

Um instinto humano pode reduzir alguém forte a simplesmente nada, o medo paralisa e faz pessoas hesitarem, e na corda bamba entre a vida e morte, hesitar é algo que você não quer.

Ela atualmente sente que é patética demais, alguém que não vale nem o esforço-

-" Jill .... você me ouviu?"

-" A .... Barry ... o que você disse? Eu estava pensando em outra coisa ....."

Barry olhou preocupado para Jill, desde que ela entrou nessa missão, ela aparenta estar mais ansiosa e nervosa, além de estar mais avoada com as coisas ao redor, ele ja tinha visto isso antes na S.W.A.T.T e depois nas forças aéreas americanas, de inicio é um sentimento parecido com o de inferioridade que depois vira algo pior.

( Estresse pós-traumático ..... não é profundo, mas pode piorar ..... tenho que fazer algo antes que piore.)

-" Jill não se diminua .... as vezes não agimos como pensamos, mesmo eu e Chris já falhamos, então apenas pense em melhorar!"

Jill olhou para Barry com olhos silenciosos, realmente não tem sentido se diminuir por causa de erros fora do controle dela, ela tem que buscar a auto melhora, só assim ela vai se aperfeiçoar.

Mesmo que palavras não mudem o mundo, elas são a faísca da mudança, e com a ação é que fica concretizado a melhora.

( Sim, vou melhorar e finalmente sair dessa porra de mansão! )

Com folego novo, ela ficou mais atenta e determinada, e também menos cuidadosa pois seguiu em frente sem olhar ao redor, e com o Barry olhando outros cômodos, ele não prestou atenção a ela, isso a fez seguir muito mais a frente que devia ... ela só se deu conta quando estava numa parte da casa com um corredor estreito e longo, onde havia persianas de seu lado esquerdo, e no lado direito havia algumas estantes.

Enquanto prosseguia em frente, ela sem ser muito cuidadosa, deu passos pesados que fizeram som por causa da madeira velha, quando um som de estalo de madeira mais alto aconteceu, um outro som também surgiu.

GRRRRRRRRRR

Um rosnado estranho veio da janela, de inicio Jill estranhou tal som, porque raios essa casa teria algum cachorro? Tendo monstros estranhos vagando pela casa, era possível ter um cachorro normal e saudável aqui? A resposta era bem óbvia, é claro que não!

Esses pensamentos de confusão persistiram até uma lembrança desconfortável surgir, a uns 25 minutos atrás, quando desceram do helicóptero, todos foram investigar a área perto da mansão, nessa investigação eles encontraram um carro tombado da policia, não havia nada além de rastros de sangue, Joseph ao lado de Albert encontraram aquele "cachorro". Só que mais deles apareceram, seu piloto, Brad, os abandonou e eles acabaram dentro daquela mansão, mas Jill se lembra certinho de que .... o som que aqueles animais faziam era igual a esse agora pouco-

Crashhhhhhhhh

O som de vidro quebrando apareceu como um prenuncio, o vidro havia se estilhaçado, cacos voaram para todos os lados, uma coisa quadrupede tinha entrado com força total naquele corredor, de reflexo ela cobriu as partes mais sensíveis de seu rosto, e quando voltou a olhar para o que tinha entrado ... era um cachorro de pelugem preta, um cão da raça Dobermann, com um rosto caído como se tivesse degradado em um estágio avançado, com uma orelha faltando, olhos esbranquiçados, baba com sangue escorria de seus dentes tortos e amarelados, seu rosnado semelhante a de um animal selvagem e sua postura ofensiva, esse era o Cerberus, uma arma biológico extremamente ofensiva e agressiva, uma criatura que antes ela tinha visto.

-" Porra" Jill mirou a arma e atirou.

Foi muito lento, seu tiro nem acertou aquele cachorro que tinha uma velocidade descomunal, em resposta ao tiro dela, ele ficou mais irritado, e avançou correndo em direção a garganta dela, que por pouco ela escapou rolando para a direita, quase a fazendo bater em uma estante, quando ela se levantou, já deu um tiro direto nele sem mirar direito, e por sorte atingiu ele, que grunhiu ao sentir o pé ser atingido, sua velocidade como era de se esperar diminuiu um pouco, todavia sua raiva apenas aumentou, olhando para quem fez isso, ele babou igual um animal louco que era, e sem medo avançou mais uma vez.

E mesmo machucado sua velocidade era muito grande, e Jill não conseguiu atirar em uma parte vital, como consequência ele pulou em cima dela e agora estava sobre ela latindo e tentando morde-la ferozmente, ela lutou bravamente contra ela, segurando com todas as forças que tinha, a arma tinha caído da mão dela e estava meio distante, então o Cerberus cometeu um erro, que foi parar de atacar momentaneamente, uma situação estranha e anormal, ele pareceu ficar alheio ao mundo, Jill nem ligou para o motivo de o cachorro ter parado, ela então tira um canivete de seu bolso e certeiramente atingi o crânio do animal com maestria, como nos jogos os Cerberus são mais perigosos devido a força e velocidade que possuem, uma arma extremamente mortal com seres humanos comuns, mas a resistência é o fraco deles, apenas uma faca em seu cérebro o fez cair duro no chão.

Ela tirou o animal de cima dela e foi até sua pistola, a pegou e virou para o animal e simplesmente atirou duas vezes em seu cérebro, ela não podia arriscar no desconhecido que eram essas coisas.

-" O que .... aconteceu para eles virarem essas coisas? O que nesse mundo é essa monstruosidade?"

Jill falou contemplativa, o que fez animais tão companheiros .... virarem esses monstros carniceiros em busca de carne fresca? O que é isso? Antes de sequer pensar em teorias, mais sons de rosnados apareceram e vidros novamente foram quebrados, mais três Cerberus apareceram, todos tinha a mesma postura, apesar de diferentes um pouco em aparência.

( Agora não dá para enfrentar três de uma vez!!) Jill pensava enquanto corria na porta e a fechava com tudo, apenas para impedir eles de ultrapassarem ela.

Mesmo que ela tenha melhorado e superado um pouco seu trauma, isso não significa que a habilidade dela melhorou exponencialmente, se o cachorro não tivesse parado por algum motivo desconhecido, ele com certeza teria de fato matado a Jill, então nesse momento é bom não enfrentar inimigos muito fortes em grupo.

Os Cerberus bateram diversas vezes na porta, que felizmente, eram muito resistente a impactos e logo mais tudo cessou, apenas o silencio restou .... até ouvir passos apressados de alguém pesado aparecer, subconscientemente a Jill pensou ser inimigo, o que fez ela apontar para o que estivesse vindo na esquina do corredor.

-" Jill! O que aconteceu? O que fez esses barulhos?" Barry falava enquanto portava sua arma mais confiável, sua Magnum.

Jill exalou de aliviou e acabou se sentando no chão, dele ela fala:

-" Eu consegui matar um daqueles ..... cães bizarros."

Barry de inicio não entende, contudo ele logo abre um leve sorriso com essa fala, isso significava que ela estava melhorando contra o trauma de enfrentar essas criaturas, ele resolutamente disserta:

-" Isso é muito bom .... agora porque trancou essa porta? Por acaso .... tem mais deles atrás dela?" Essas ultimas palavras tinha toques de preocupação.

Jill não escondeu nada e apenas assentiu, Barry fica um pouco decepcionado de ouvir isso e apenas diz:

-" Isso é um problema, eu não encontrei nenhuma sala útil, encontrei apenas balas ..... balas suspeitas."

-" Hã? Como assim balas suspeitas?" Jill levantou uma sobrancelha para a fala de Barry, ele parecia insinuar alguma coisa.

-" Isso mesmo ..... encontrei balas estrategicamente posicionadas e ..... para meu exato calibre ..... tudo esta muito estranho, não concorda Jill?" Sua entonação parecia claro o que ele estava querendo dizer, antes de Jill falar, ele concluiu:

-" Bem isso não importa, parece que você vai ter que voltar para tentar arrombar aquela porta na sala de jantar ... o jardim não é mais tão seguro quanto pensávamos ... porque aquela merda tinha que fechar ... você acha que consegue destrancar?"

Jill deu um leve sorriso e alegou:

-" É claro!"

E com a escolha já feita, eles decidiram voltar para o salão de jantar, Jill não percebeu quando Barry mudou sua expressão, ele tinha expressões de dor no rosto e muita ansiedade, ele estava em clara relutância.

( Me perdoe Jill .... eu tenho que salvar minha esposa e filhas ...)

Logo essas expressões faciais sumiram e agora só restava um olhar determinado enquanto ela dava passos pesados em cima do piso de madeira .....

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( Ainda bem que eu esperava a traição daqueles insetos ..... então você quer se livrar de mim Spencer? Quero ver tentar!) Wesker pensava sem mudar um traço da sua expressão.

Tanto ele quanto Chris estavam olhando os cômodos desta casa, Albert estava pensando em como tudo parecia estranhamente conveniente, tudo parecia muito bem planejado ... quase como premeditado, Albert não é burro ele sabe que Ozwell Spencer deve ter descoberto que ele pensava em trai-lo há algum tempo.

( Como esperado de um dos fundadores da Umbrella ... uma pena que eu roubei um presentinho seu.)

Albert olhou para ver se Chris estava presente no quarto onde estava, confirmando que não, ele tirou do bolso de seu colete, um tubo avermelhando contendo um liquido estranho e suspeito dentro, o liquido parecia meio viscoso e gelatinoso.

( Roubar isso não foi fácil ... você foi realmente descuidado Birkin .... veja o nascimento de um deus nesse mundo, algo que você tanto busca ... vai ser conquistado logo por mim.)

Albert tinha roubado uma amostra de um vírus que dizia ter o poder de ressuscitar e dar poderes para quem se infectar com ele após morrer, para Albert isso era impressionante até demais, ele esta desconfiado do efeito colateral que isso poderia causar nele, mesmo assim vai ser uma excelente saída e uma boa cortina de fumaça para seus futuros planos.

No entanto, o que ele não sabia era, que a amostra que pegou era a mesma que era injetada em seu corpo durante boa parte de sua vida, só que bem mais concentrada, diferente dos jogos, sua relação com Birkin não é boa o suficiente para ele confiar naquele homem, aqui eles sempre foram rivais diretos, então ao invés de roubar uma amostra do vírus que tinha esses efeitos, ele roubou um dos vírus Wesker.

( Bem que se foda ..... quem não arrisca, não pode ser deus!) Albert tirou uma seringa, pegou o conteúdo do frasco, uma pressão foi aplicada para tirar o liquido do frasco, quando terminou agora só faltava aplicar e escolher o melhor braço para isso, depois de muitas considerações, o esquerdo foi o utilizado para injetar o conteúdo em suas veias.

Seu corpo sentiu calor e frio ao mesmo tempo conforme o liquido entrava em seus vasos sanguíneos, por todas as veias de seu corpo ele sentiu esse sentimento peculiar de ..... poder, um poder acima do que esperava conseguir .... algo acima de meros humanos patéticos e fracos .... algo próximo que alguns dizem de ... deuses ... sim .... deuses ... Wesker agora se tratava como um real deus entre os mortais.

Mesmo sabendo que não era força física que ele sentia, ainda era algo viciante e só por isso, ele acreditou fielmente nos efeitos do vírus, esse Wesker é ainda mais arrogante que os dos jogos, além de mais maníaco e sádico.

( Então era real ..... quem diria que esse vírus realmente funciona ..... haaaa ... agora meu plano não vai ser muito difícil ... apenas basta aquele homem das cavernas .... Barry fazer seu trabalho ... Chris esta suspeitando de algo ..... vou ter que elimina-lo ... talvez ... hahaha, Lisa ... você vai ter comida em breve!)

Wesker quase chegou a rir alto, até uma voz o tirar dos pensamentos lunáticos que ele possuía:

-" Capitão ..... é como eu pensava ... eu encontrei mais balas .... isso esta estranho, muito estranho ..... porque o dono da Umbrella ia ter tantas balas? E esses monstros? Isso esta bem claro para mim capitão!" Chris falava com claras intenções, ele suspeitava que algo envolvendo a Umbrella tinha ocorrido.

( Como primatas ... teriam a capacidade de entender o pensamentos dos superiores? ... mas não posso dizer isso ..... não ainda hehe)

Albert então o olha fingindo pensar, logo após ele diz em contrapartida:

-" Também acho tudo suspeito demais ..... receio que algo realmente tenha acontecido com a Umbrella e seu atual dono ....."

Chris apenas assentiu pela confirmação de sua suspeita e foi procurar em outros quartos, Albert esperou ele ir embora e ao confirmar sua partida, ele sorriu de forma ampla, o sorriso durou menos de 1 segundo, então ele caminhou até o a porta do quarto, ao sair, o que se revelou era um grande corredor com muitas portas para a esquerda e direita, era muito irreal o layout daquela mansão, mesmo assim Albert caminhou sem mostrar medo, como se nada pudesse mata-lo.

( Porque um deus deve ter medo de armadilhas mundanas? Eu já estou acima de todos ...)

Seus passos ecoavam pelo corredor como o presságio de um grande desastre futuro ....

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Um Jovem, estava parado em um corredor escuro, com a lanterna ligada, ele apontava a arma para uma outra silhueta, que logo mais se revela ser um zumbi de jaleco branco, que estava com um jaleco mais vermelho graças ao sangue seco nela, com a mão levemente tremendo, ele apertou no gatilho em sucessão.

Bang!Bang!Bang!Bang!

Foram tiros sucessivos e não muito certeiros, mas como esperado, o zumbi levou um deles na cabeça, sem o cérebro para sustentar o corpo daquele morto, ele não se aguentou e definhou, agora seu corpo estava esfarrapado pelo chão dessa grande mansão, o jovem olhou para o corpo caído e suspirou de ... decepção.

( Eu gastei quatro balas para matar esse zumbi ... Dustin, dessa forma as balas logo vão acabar!)

Sim esse jovem era Dustin, ele estava se repreendendo ferozmente, as balas eram limitadas e ele não poderia se dar o luxo de gastá-las a vontade, infelizmente a sua apontaria sempre foi uma das piores entre os 3, mesmo assim ele ansiava para ser um membro da Stars, então sempre se dedicou a aprender mais.

( Agora é prosseguir ..... eu vou te salvar Natalie!!)

Enquanto pensava em avançar e matar outros zumbis, um som de gemido veio de sua direita, era um outro zumbi de jaleco que calmamente avançou até ele, ele caminhava lentamente com os braços levantados e balançando para a esquerda e direita, Dustin prontamente apontou para ele e pensou:

( Seja um bom alvo móvel) e em seguida deu um tiro.

Bang!

Ele errou o tiro com o destino na testa e no máximo tirou uma orelha do zumbi, que foi implacável e continuou a avançar, Dustin insistiu com mais um tiro.

Bang!

Esse tirou pegou perto do olho e desnorteou o zumbi durante alguns segundos, Dustin ainda estava insatisfeito com seu desempenho.

( Merda, dessa forma vou ficar sem balas rapidamente.)

Agora com as mão mais firmes, ele acaba acertando a glabela do zumbi quase em cheio, agora o zumbi desaba sem muita surpresa, e ele também estava sem balas, como é esperado de uma pistola comum, ela só tem 10 balas, ele precisou de 3 para lidar com o primeiro zumbi que enfrentou, 4 para o segundo e novamente 3 para esse de agora.

No retrospecto ele está bem mal, muitas balas foram desperdiçadas pelo nervosismo e apreensão de Dustin, mesmo sabendo que não são mais humanos ..... ainda não é fácil atirar.

-" Foco .... preciso de mais foco ... agora é virando a esquerda ou direita?"

Dustin olhou para a esquerda, dava em um corredor mais escuro e sem muita luz, ele pensou ter ouvido um barulho bem estranho, semelhante a garras cravando na madeira e um grito baixo de algum bicho desconhecido pela humanidade.

Enquanto na direita havia um corredor iluminado que estava livre de qualquer uma dessas coisas criadas pela Umbrella, então ele seguiu o caminho da luz até o fim ...