Na manhã seguinte, Sunny acordou se sentindo sombrio e inquieto. A lembrança do espelho escuro aterrorizante ainda estava fresca em sua mente, fazendo com que cada sombra parecesse sinistra e ameaçadora. Ele franziu a testa, carrancudo.
'Que inferno. Eu sou o Filho das Sombras. Por que eu tenho que ter medo do meu próprio domínio?'
Mas por outro lado, escuridão e sombra não eram a mesma coisa, mesmo que muitas pessoas tendem a confundir uma com a outra. As sombras nasciam da ausência de luz. Nesse sentido, eram manifestações do vazio. A verdadeira escuridão, por outro lado... a verdadeira escuridão era uma entidade própria.
Em certo sentido, as sombras compartilhavam mais em comum com a luz do que com a escuridão.
'Quer dizer... eu acho que sim. Será?'
Debates filosóficos com seu monólogo interno não eram a melhor maneira de começar o dia, pelo menos do ponto de vista de Sunny. Seu humor já azedo só piorou. Com um suspiro curto, ele se sentou e esticou os braços, bocejando.