Depois de cerca de um mês morando no assentamento externo, Sunny acordou uma manhã com a sensação de não pertencer a lugar algum neste mundo. Esse sentimento familiar o perseguia ao longo de sua vida, e havia retornado recentemente após ter desaparecido por algum tempo.
Com um suspiro, ele se levantou de sua estreita cama e invocou o Manto do Marionetista. A pousada de pedra já estava repleta de sons e vozes. O cheiro tentador do café da manhã preenchia o ar.
Saindo de seu pequeno quarto, Sunny viu um grupo de ajudantes do Neph correndo de um lado para o outro, ocupados com várias tarefas. Alguns deles pararam para cumprimentá-lo, outros não. Ele não deu atenção a eles e saiu para lavar o rosto e dar uma olhada no céu.
O céu cinzento da Costa Esquecida estava como sempre. Nada nunca mudava de fato neste inferno detestável.
No caminho de volta, Sunny percebeu uma figura magra parada hesitante perto das portas da pousada. O jovem andrajoso parecia muito familiar.