Sunny acordou com a sensação opressiva que afogava o mundo inteiro. O pôr do sol estava se aproximando, e com ele, a sombra abissal da Espire Carmesim caía novamente sobre a cidade amaldiçoada.
A distante torre podia ser vista de qualquer lugar nessas ruínas sombrias, pairando sobre a Costa Esquecida como um eterno presságio sombrio. Era ciclópica e inimaginavelmente alta, com suas raízes crescendo no interminável mar de corais carmesins e seu pico perdendo-se em algum lugar além do véu das nuvens cinzentas.
Nos últimos meses, Sunny havia se acostumado com sua presença e aprendido a não prestar atenção nela. Pensar na Espire era um caminho certo para a loucura.
Afinal, em algum lugar dentro daquela estrutura inconcebível estava a única esperança deles de voltar para casa.
E a esperança era um veneno.
Bocejando, Sunny se levantou e esticou os braços. Seu bom humor, que havia sido perdido momentaneamente por algum motivo estranho, já estava voltando.