No meio da consciência que desaparecia de Abigail, a realidade se borrava e se fragmentava. Seu mundo se reduzia à luta por respirar e às tentativas desesperadas de seu corpo de repelir a escuridão que se aproximava.
Naquele momento angustiante, ela ouviu um baque surdo. A pressão no seu pescoço afrouxou. O alívio era como um salva-vidas, e ela inspirou ar, seus pulmões absorvendo vorazmente o oxigênio tão precioso que se esquivara dela.
Tossindo e engasgando, os sentidos de Abigail voltaram em uma enxurrada de sensações. Seu peito pulsava em protesto, cada respiração como a perfuração de uma faca. Seu abdômen, já sensível, doía ainda mais com a intensidade da luta. Mas em meio à dor e à confusão, ela percebeu a presença de outra pessoa na sala.
Atordoada, ela viu Anastasia parada bem atrás de Britney, segurando um vaso de flores de madeira em sua mão. A gratidão inundou o peito de Abigail, mas a violência de seus acessos de tosse a impediu de expressar isso em palavras.