"Ela realmente disse isso?" Tom perguntou, rindo alto enquanto Harry contava a mentira que Lucinda havia dito a ele.
"Ela não é como eu esperava. Eu tive que deixar passar só por sua causa, no entanto, ou talvez tenha sido porque ela ficou bem nervosa quando me apresentei a ela", disse Harry dando de ombros.
"Obrigado. Espero que ela tenha se adaptado bem", Tom perguntou curioso depois que sua risada se acalmou.
"Ela se adaptou."
"Bom. Então, depois que você saiu mais cedo, eu estava pensando..." Tom disse com uma expressão no rosto que fez Harry balançar a cabeça.
"Não essa cara. Isso não vai ser bom. Tenho certeza que o que você quer dizer não é uma boa ideia", disse Harry, fazendo Tom rir.
"Bem, eu preciso de um trabalho e uma casa", explicou Tom, e Harry franziu a testa em resposta.
"Você tem uma mansão e não só tem um trabalho, como possui a empresa mais bem-sucedida do país", lembrou Harry.
"Sim, eu sei. Descubra onde Lucy mora e veja se você consegue me arranjar um apartamento bem perto dela..."
"O quê?" Harry perguntou incrédulo.
"Digamos apenas que estou entediado. Eu quero conhecê-la e ser amigo dela sem que ela saiba sobre esse aspecto da minha vida."
"E se ela estiver em um relacionamento?" perguntou Harry com ceticismo.
"Isso deve fazer parte de eu conhecê-la. Sobre o trabalho... Eu quero ser motorista pessoal dela. Então, isso significa que você precisa dar a ela um carro oficial. Diga a ela que vem com o pacote de promoção dela", Tom afirmou, fazendo a boca de Harry cair de espanto.
"Não há absolutamente nenhuma chance de eu deixar você fazer isso! Você está completamente fora de si!" Harry exclamou.
"Talvez. Apenas entre na onda deste amigo louco seu e faça o que foi dito", Tom afirmou com um sorriso.
"O que você espera realizar sendo motorista dela?" perguntou Harry confuso.
"Isso também faz parte de eu conhecê-la. Então, faça isso acontecer antes do final do dia", disse Tom com um sorriso, satisfeito consigo mesmo por ter inventado um plano tão brilhante.
"Eu realmente acho isso loucura. Loucura total!"
"Eu também acho. É por isso que quero fazer algo completamente louco", disse Tom com um sorriso enquanto pensava em Lucy.
Ela não apenas o intrigava, mas também despertava sua curiosidade. Ele estava disposto a fazer quantas loucuras pudesse apenas para conhecê-la.
"Vou só fazer isso então", disse Harry, cedendo à loucura de seu amigo. Ele se encaminhou para a porta e então parou quando se lembrou de algo, "Isso me lembra, sua mãe ligou mais cedo. Ela pediu que você retornasse a ligação assim que receber a mensagem."
Tom resmungou em resposta. "A gente podia fingir que eu ainda não recebi a mensagem, não é?" Tom perguntou a Harry, que balançou a cabeça.
"Não, a gente não pode. Todas as vezes que tentei mentir para ela no passado, ela me pegou. Então, eu vou apenas dizer a verdade se ela ligar de novo e perguntar por que você não retornou a ligação", avisou Harry, e Tom balançou a cabeça.
"Covarde. Apenas vá embora. Vou ligar para ela agora. Ela deu alguma dica de por que ela quer que eu ligue?" Tom lembrou-se de perguntar.
"Ela só perguntou sobre sua namorada e se está tudo bem..."
"E o que você disse?" Tom interrompeu antes que Harry pudesse terminar.
"Eu disse a ela que estava tudo bem."
"Bom. Vou retornar a ligação dela agora mesmo", respondeu Tom e esperou até que Harry saísse antes de pegar seu telefone para ligar para a mãe.
"Fiquei sabendo que você trouxe uma prostituta ontem à noite. Foi assim que te criei? Não me diga que sua riqueza está subindo à cabeça", perguntou Evelyn Hank, de sessenta anos, assim que aceitou a ligação.
"Primeiramente, ela não é uma prostituta e, em segundo lugar, não é da sua conta quem eu trago para a minha casa ou o que faço na minha casa", Tom rebateu em voz baixa.
"Então, devo presumir que a moça com quem você passou a noite é sua namorada?" Evelyn perguntou, ignorando o que ele acabara de dizer.
"Fique à vontade para presumir o que quiser. Como você está?" Tom perguntou, mudando de assunto.
"Eu estou bem. Li nos jornais que você finalmente comprou a Oceans Airline... Parabéns, filho. Estou orgulhosa de você", declarou Evelyn, fazendo Tom sorrir.
"Obrigado. Como está o papai?"
"Você deveria vir nos ver se está tão preocupado com seu pai", respondeu a mãe com um resmungo.
"Eu ando extremamente ocupado ultimamente. Visitarei vocês em breve. Prometo."
"Se você diz. E os seus irmãos? Quando foi a última vez que ouviu falar deles? Ou você tem estado ocupado demais para entrar em contato?" Ela examinou, fazendo Tom estremecer de culpa.
"Vou ligar para eles assim que desligar", declarou Tom, apologético.
"Você deveria fazer isso. Só Deus sabe como sinto falta de vocês todos na casa. Tudo parece tão silencioso sem vocês aqui. Seria bom ter netos brincando pelos corredores", disse Evelyn, fazendo Tom rir, já que estava esperando que ela dissesse isso como de costume.
"Tenho certeza de que você terá muitos deles em breve. Então, você deveria tentar aproveitar o silêncio por enquanto. Se ficarem entediados, podem vir para cá. Minha casa é grande o suficiente para todos vocês."
"É, talvez a gente faça isso em breve. Vou só falar com seus irmãos", disse Evelyn pensativa.
"Tenho que ir agora. Amo você, mãe", disse Tom antes de desligar.