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Chapter 2 - cap 1 - parte 2

-malaviuns a quer morta? Por que? - a voz do homem brincalhão soou novamente, dessa vez, incomodado

- quem quer saber? - praticamente guspi a pergunta, cansada daquilo

- Dragnar valdragor! - murmurou o homem que me segurava, como se o nome do rei de Drakin fosse uma ameaça

- então mande seu rei vir perguntar! - sorri o máximo que pude em meio a dor, me perguntando o quão imprudentes eram aqueles guerreiros para usarem o nome de seu rei de forma tão descuidada

- então perguntarei garota... - falou o homem que me segurava enquanto apertava meu rosto novamente - por que aquele cão sarnento a quer morta?

Por um segundo eu apenas o encarei e o meu sorriso se foi. Aquele homem lindo que parecia tão ameaçador a ponto de meus instintos me mandarem recuar para o mais longe possível, era ninguém menos que Dragnar valdragor, o rei de Drakin, a terra bárbara. Então algo dentro de mim pareceu gritar, urrar por sobrevivência diante da ameaça daqueles olhos e o meu corpo obedeceu. Me debati, ignorando a dor dilacerante do meu corpo na esperança de ir para o mais longe possível. Minha mente derreteu e os instintos se sobrepujaram a qualquer outro pensamento.

Me libertei de seu aperto para encontrar o chão novamente. Um grito abafado saiu de mim e antes que o vento o engolisse eu já me levantava, mesmo em meio a dor torturante.

Dragnar me encarava com uma expressão indecifrável, não tentou me segurar novamente, nem se aproximou muito.

- acho que ela não gosta de você - o homem brincalhão murmurou, deixando-se descontrair novamente

- cala essa boca Eros! - crucitou Hana, mostrando os dentes como um cão raivoso

- Está acuada - Dragnar observou, neutro - e ferida

- Me deixe em paz! - falei furiosa

- por que a querem morta? - ele perguntou novamente - responda e eu te deixo em paz

Eu ri sem sequer achar graça. Mal me aguentava em pé, sinceramente não sabia de onde me surgira forças para levantar do chão, meu corpo parecia chumbo e sem minha magia me sentia acorrentada. Nunca fora fraca, nunca havia experimentado aquela sensação de impotência. Não importa o quanto eu tentasse pensar, minha mente estava em branco, minhas estratégias, meus planos...

- Por que quero valron Nilfar morto! - murmurei o mais ameaçadora que consegui - Por que cheguei mais perto de mata-lo do que qualquer assassino durante sua vida e teria conseguido se aqueles Malditos ratos não houvessem me traído!

- Você o que? - a surpresa de Hana era evidente e o sorriso que o seguiu me deixou levianamente mais calma

- Nesse caso, vou deixa-la em paz - o alívio chegou muito perto de me invadir. Eu o encarei calada e derrepente um sorriso se abriu em seus lábios o que fez seus companheiros rirem sutilmente

Dragnar agarrou minha cintura, me puxando perto o suficiente para me pegar no colo.

- acabou de dizer que me deixaria em paz! - quase gritei ao me ver em seus braços

- e vou - ele murmurou - na paz da minha tenda!