Ao abrir os olhos com certa dificuldade, pois estavam colados de tanto derramar lágrimas.
Sentando-se em uma cama velha de madeira, olhou ao redor por algum tempo, suspirou e finalmente disse:
- É... Realmente não foi um sonho....estou órfão agora - disse com pesar segurando uma outra onda de lágrimas.
Narrador pov.
O garoto a sua frente era tudo menos comum, sua aparência então nem se fale, como descreve-lo?
Eric Evans é seu nome, ele tem onze anos com uma estatura desmasiadamente alto para a idade, sua pele era tão clara que se você o visse a luz do luar pensaria que está brilhando..., seus cabelos são loiro platinado quase branco, a não ser por uma pequena mecha ruivo avermelhado do lado esquerdo da cabeça, quanto aos olhos bem... seu olho esquerdo é de um verde brilhante e o direito é branco asinzentado com um contorno preto.
Eric é um conjunto de raridades e dificuldades, além de ter uma aparência escandalosa e bonita, tem alguns problemas, para a dificuldade dos médicos ele tem dislexia, além de ter DFC dê atenção e um tipo de daltonismo não identificado pelos médicos no olho direito apenas.
Mesmo com isso ele tem uma saúde perfeita e um QI de 205 além de uma memória fotográfica (ele lembra de tudo) agora sobre a história de Eric...
Eric nasceu em 1880 dia 30 de julho, ele nasceu em uma família muito rica, seus pais morreram quando ele tinha 3 anos em um acidente de carro, fazendo com que ele fosse obrigado a morar com os tios mas, depois de um mês, os tios dele o abandonaram e sumiram do mapa, deixando apenas uma única carta que dizia que não queria contato com um garoto e que ele trazia maus presságios.
Os advogados dos pais de Eric o adotaram, e deram pra ele o amor que merecia mas, tudo isso acabou quando faltavam duas semanas para o seu aniversário de 11 anos.
O dia foi normal, quando ele chegou da escola ele saiu para brincar e voltou ao crepúsculo da noite, quando ele chegou em vez de ver sua casa ele viu um monte de escombros mergulhados em fogo afrente de seus olhos, os bombeiros corriam de um lado para o outro tentando apagar as chamas, mas a única coisa que prendeu a visão de Eric naquele momento, foram duas macas farmacêuticas cobertas, sendo levadas para a ambulância sem nenhuma esperança.
Ele foi mandado para um orfanato nas redondezas da cidade chegando assim a cena que você viu agora.
Eric pov.
Olhei para o quarto minúsculo, que eu dividia com dois garotos que não me dei ao trabalho de conhecer quando cheguei, senti náuseas ao lembrar da noite anterior.
O quarto devia ter uns 10 metros quadrados com um beliche no canto e outro do lado oposto com apenas uma cama ocupada, o lugar era antigo e o assoalho de madeira já estava gasta com o tempo.
Um sinal tocou, deveria ser o sinal do horário da janta, passos apresados vieram do lado de fora e pararão na porta que foi aberta lentamente, assim dois garotos entraram.
Um era pequeno e magricela, com grandes olhos azuis sardas em abundância no rosto com cabelos pretos desorganizados e uma pele bronzeada, o outro era um garoto mais cheio e alto polaco com bochechas fofas e rosadas, cabelos castanhos com um corte militar e olhos negros e miúdos.
Os dois olharam pra mim e o magricela falou primeiro:
- Bem prazer, meu nome é Saimon mas pode me chamar de Sam e este daqui é o Gabriel - disse apontando para o garoto ao seu lado.
- olá - foram suas únicas palavras, Memo sem nenhuma vontade me apresentei.
- Prazer o meu nome é Eric, oque vocês querem - disse tentando não parecer groso.
- Olha cara, a matriarca disse para nós te chamarmos para a merenda - disse Saimon com uma voz amigável.
- A e já que vamos ser colegas de quarto não precisa ser tão formal com a gente OK o Gabi é um pouco tímido mas você se acostuma - ele disse com um grande sorriso estendendo a mão para mim, dei um sorriso de canto e apertei sua mão.
* * * * *
Depois da merenda, voltamos para o quarto e eu deitei em meu beliche abaixo da cama de Saimon, conversamos e rimos por alguns tempo e Gabriel realmente se soltou depois de um tempo conversando, depois de falar sobre como vim parar aqui e falar da minha "trágica" história eles me deram seus pêsames e eles falaram um pouco de si mesmos também.
Saimon basicamente nascerá no orfanato, sua mãe trabalhava lá mas adoeceu e morreu e o deixou aos cuidados da matriarca, sendo praticamente adotado e o fazendo conhecer praticamente todo mundo.
Quanto a Gabriel chegou aqui a um ano, ele nunca conheceu seus pais, e foi encontrado em uma caixa de papelão por uma família que o criou como filho mas, eles não tinham condições de cuidar dele e o deixavam em casa, um dia o conselho tutelar bateu na porta e ele foi levado.
Depois de ouvir isso percebi que não era o único que realmente sofria, olhe para os meus novos colegas no escuro e agradeci silenciosamente.
Depois de conversarmos um pouco mais todos foram dormir e pode ser ouvido um coro de:
-Boa noite.
-Boa noite.
-Boa noite.
Mas eu não dormi e logo pude ouvir os roncos de Saimon, olhei para a janela por um bom tempo, a lua brilhava do lado de fora e as estrelas também, depois de muito tempo ouvi um barulho, olhei para a origem do som vinha da porta, uma carta avia sido colocada abaixo da fresta da porta.
Olhei atentamente e me levantei para pegá-la, com a carta em mãos pequei uma lanterna pequena que sempre guardo comigo, depois de repor a pilha liguei a lanterna, a carta era feita de pergaminho com um coro vermelho em que aviam, um texugo, uma águia, um leão e uma cobra com um grande H no meio.
Li o endereço e arregalei os olhos na carta estava escrito em uma letra curciva arredondada:
Para o Sr.Eric Jon Evans
Beliche de baixo a direita quarto 23