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Estendida no chão, as palavras de Mary reverberavam na cabeça de Timóteo.
Seu pai havia morrido por causa deles. A visão de Timóteo embaralhou-se ainda mais com aquela revelação.
Ele nunca esperava que tanto tivesse acontecido 30 anos atrás.
— Isso é suficiente para você? Gostaria de ouvir mais? — disse Mary, com os olhos vermelhos. — A história toda me levaria três dias para contar.
— Sylvia... — A voz de Timóteo tremia. Ele tinha aberto e fechado a boca várias vezes, mas simplesmente não conseguia encontrar palavras para dizer a Mary. No fim, ele conseguiu apenas pronunciar o nome dela.
Nenhuma palavra poderia fazer Mary se sentir melhor.
Mary não sentia pena alguma do homem tremendo aos seus pés.
Ela nunca seria capaz de perdoá-lo por toda a dor que ele a fez passar.
Ela tinha sobrevivido aos dias mais escuros e não precisava mais de ninguém.
Seu pedido de desculpas não significava nada para ela.