Chapter 15 - Agonia de Submissa

Ultimamente, minha maldição tem se comportado de maneira estranha, como se estivesse incomodada com algo. Claro, tenho três teorias sobre o que pode estar causando isso: Primeiro, pode haver algo acontecendo na cidade, já que minha maldição tem audição aprimorada. Segundo, ela pode estar sentindo a presença de uma poderosa maldição próxima, talvez até mesmo um demônio, graças ao seu sistema sensorial incrível. Terceiro, algo está se aproximando.

Embora seja a opção mais difícil, a segunda parece ser a mais provável.

Minha maldição especial não temeria outra maldição.

"Mestre Raven, sua lâmina está afiada", diz Alina ao me entregar o gládio.

"Uau! Está incrivelmente afiada! Bom trabalho."

Algumas horas atrás, pedi a Alina que afiasse a lâmina do meu gládio. Estava muito desgastada e isso afetaria meu desempenho.

"Alguma coisa te preocupa, Mestre Raven?" Indagou Alina enquanto limpava sua arma e a minha.

"A direção do vento está mudando e em breve teremos um eclipse solar total em Antillia. É um evento natural, entendo isso, mas algo parece estar errado."

"De fato. Se algo acontecer, com certeza não será algo bom", comentou Alina.

"Você tem razão. Bem, só nos resta esperar", conclui.

Além do eclipse solar total, ainda teremos um eclipse lunar total na mesma noite... Antillia é realmente um lugar sobrenatural.

De repente, Submissa começa a soltar gritos ensandecidos. Seus gritos não me afetam, mas podem afetar Alina. Então, me aproximo de Alina e cubro seus ouvidos.

"SUBMISSA! POR QUE ISSO?!" Nesse momento, vejo Submissa falar pela primeira vez. De sua boca, foram pronunciadas sete palavras: D-E-M-Ô-N-I-O.

Imediatamente, começo a sentir um pressentimento instintivo.

"Um poder sobrenatural..." "Submissa, desapareça!" Submissa se evanesceu.

"Tenho certeza também, Mestre Raven. Sinto um poder além da normalidade próximo..." Alina destapa seus ouvidos puxando minhas mãos.

"Alina, fique aqui. Vou investigar." Deixo o sótão e dirijo-me ao lado de fora da casa lhando ao redor, mas não vejo nada. No entanto, ainda sinto aquela energia.

"O que está acontecendo, afinal?" Volto ao sótão e dirijo-me a um cabide. Retiro minha roupa.

Possuo duas roupas: uma de exorcista, não sei como a encontrei, mas sinto que é importante. A outra é uma roupa para lutas, que considero realmente formidável — um quimono de caratê cinza, sem mangas, deixando meus braços expostos.

"Mestre Raven... Esta roupa..."

"Sim, os inimigos são poderosos", digo com um sorriso.

Seja qual for o inimigo, o matarei.