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Chapter 6 - 6. Aviões não são tão seguros

⚠️Atenção Leitores⚠️

Nesse capítulo conterá descrição de violência, mortes e destruição, pode conter gatilhos então leia por sua conta em risco. Classificação: 15/16

Quando o hospital explodiu aquela imagem nas câmeras chocaram todos obviamente, lembro do susto, dos gritos de alguns passageiros no avião, a aeromoça estava assistindo em um mini televisor em sua cabine, o avião já estava em voo e o único som que se escutava era das turbinas abafadas e baixas, estava um completo silêncio, então olhei ao redor das poltronas e vi, aquele enfermeiro ele tava muito estranho e em completo choque, era nítido seu suor escorrendo pela testa o brilho sendo refletido pelas pequenas luzes que tinha em cima da poltrona, então na reportagem:

Repórter: Bem .... as autoridades já foram notificadas sobre a explosão que acaba de acontecer, estamos ao vivo e iremos trazer todas as informações que conseguimos para todos os telespectadores, podemos ver alguns pacientes e médicos fugindo de dentro do hospital, outros funcionários do hospital estão fazendo trabalho imediato cuidando dos feridos . . .

Enquanto a mulher falava era possível ver o incêndio interno, a grande fumaça negra subindo pelos céus, parecia imagem de filme de terror, as pessoas desesperadas fugindo ,eu fiquei muito nervoso na poltrona, suei frio , sabe aquele aperto no peito, bom ninguém no avião desviou o olhar um minuto se quer das telas, a mulher falava nervosa e trêmula, os gritos, pedidos de socorro, choro, tudo isso nada foi comparado com o que viria a seguir minutos depois, minha memória no avião naquele dia é muito vaga pois o choque da explosão foi muito forte, me lembro com muitos detalhes os acontecimentos posteriores, mas enfim a mulher falava algo muito nervosa e me recordo dos carros de bombeiro e ambulância de outros hospitais chegando, foi quando aquilo aconteceu, a câmera deu um zoom, não foi um zoom profissional pois estava ao vivo, um paciente estava em frente ao destroços do portão de saída do hospital , estava um grande buraco ali, ele estava parado, a aproximação da filmagem mostrou seu rosto e era uma mulher, ela estava pálida e de boca aberta, seus dentes amarelos e alguns escuros, não dava pra ouvir pois o barulho de sirenes, gritos, e a repórter falando e perguntando quem seria aquela sobrevivente , então um médico veio e a pegou pelo braço ela continuou parada olhando fixamente para a câmera, então se virou para o médico e gritou, sim gritou, o mesmo grito rouco e agonizante da transmissão que fora mostrada para o mundo inteiro, aquilo era de gelar a espinha, arrepiar todo o corpo, repito TODO o corpo, ela gritava e seus braços esticados para trás revelavam um intenso ferimento em seu antebraço direito ao qual sangue escorria , os ossos de seus braços e cotovelos estavam deformados era nítido a pele esticada pois os ossos estavam pontiagudos, aquele agouro era tão intenso que foi mais alto do que tudo, a repórter parou de falar e ainda era possível ouvir sua respiração ofegante, o médico soltou seu braço e ficou paralisado olhando para a mulher ( se era que ainda fosse uma mulher), ele se afastou e fez um gesto com a mão e outros enfermeiros pegaram uma maleta, ele fez mais um gesto pois as sirenes estavam ligadas e aquela coisa parecia se incomodar pois ficava gritando e virando a cabeça rapidamente para os lados em direção as sirenes, os gritos das pessoas foram silenciados, a repórter falou para se aproximarem mais e assim fizeram, um enfermeira negra com cabelos crespos se aproximou daquele ser, me lembro que aquilo me chocou um pouco, a mesma mulher que vi no aeroporto abraçando a filha e seu esposo, ela se aproximou com as mãos erguidas para a frente como se quisesse acalmar a mulher louca, sangue escorria dos olhos daquela coisa, os mesmos não tinham mais cor, seu braço escorria sangue que já formava uma pequena poça e continuava a gotejar, ela fez um grunhido vibratório parecido com um arroto (eu sei que essa comparação é ridícula) , ele era assustador , a enfermeira chegou perto daquilo e com uma seringa na mão, aquela mulher grotesca olhava fixamente para a enfermeira , meu coração palpitou, a respiração cansada e rouca daquele ser meu deus que aflição, então a mão da médica ou enfermeira se levantou delicadamente para aplicar a intenção no pescoço da paciente monstruosa, antes mesmo disso acontecer a câmera filmava um grupo de três enfermeiros atrás andando bem devagar possivelmente para conter aquela criatura, bem tudo ruiu em menos de 2 segundos, o que já foi uma mulher agarrou rapidamente mão da enfermaria que fez com que a seringa caísse no chão, os enfermeiros correram para segurar a mulher e a pobre enfermeira gritava de dor sua mão estava sendo quebrada ali ao vivo, a infectada pareceu sentir a presença dos três médicos perto de suas costas pois ela fez aquele som vibratório em sua garganta novamente e jogou a médica mãe em uma velocidade e força incrível que ela trombou seu corpo nos outros três funcionários e que todos caíram.

⚠️Cenas fortes⚠️

Aquela criatura se abaixou gritando com seu urro ensurdecedor com os estalos em sua garganta , ela fazia nos seus dedos posição como se tivesse garras, nunca vou esquecer o que aconteceu, ela se abaixou no chão e ficou em uma posição como se fosse um lagarto humano com as mãos encostadas no chão e seus pés para trás como se realmente estivesse rastejando, os ossos dela estalaram fazendo sua pele estourar em seus calcanhares o osso ficou completamente exposto parecendo um espinho e então dava pra ver todos ao redor se afastando lentamente, os médicos caídos tentavam sair, e então a criatura em um único pulo caiu em cima daqueles homens e a mulher com mão quebrada, a enfermeira que estava em cima dos homens caídos gritava enquanto seu rosto e corpo era arranhado e cortado pela criatura sangue era respingado por todos os lugares, uma pequena observação olhei pelo avião faltava menos de 40 min para o voo acabar e eu não avistei o enfermeiro a maleta que vi entrar no avião comigo e minga família, pessoas na aeronave choravam e tremiam, minha mãe pegou na minha mão e ela estava em choque eu a abracei muito forte, ela me beijou na cabeça e continuamos a assistir, os homens caídos embaixo da mulher que vi tão feliz no avião se arrastavam e corriam para fugir, autoridades chegaram e com armas e bastões de choque gritaram para a mulher enlouquecida parar de atacar a enfermeira que gritava e empurrava a coisa encima de si mesma e então foi mordida seu grito era abafado e esganiçado pois sangue abundante saia de sua boca, os policiais militares chegavam com rifles e ficaram em frente ao portão de onde a paciente saíra a 20 minutos atrás, as chamas continuavam nos destroços do hospital e o sangue embaixo da médica aumentava cada vez mais , e e seu grito foi cessado, morrera, as mãos do ser pálido estavam ensanguentadas e ela ficou parada ali com a boca no pescoço da mulher morta.

No avião todos gritavam aos prantos 30 min para o avião pousar pelo menos estávamos a salvos pensei, meu pai abraçava Melissa que chorava muito, minha mãe carícias em meu cabelo fazia e eu não aguentei estava com muito medo, chorei, muito minha mãe me abraçava muito forte e carinhosamente, seu cheiro me acalmava ela falava baixo em meu ouvido que tudo ficaria bem, na transmissão que não cessava apenas via que ate a repórter e o homem que filmava não estavam mais presentes apenas a câmera, e aquilo não acabou, a criatura anos depois descobri o que ela fez, ela estava gritando, um agouro fino e espaçado, estava vocalizando, as autoridades armadas chegavam perto apontando seus rifles e submetralhadoras , a criatura parou com sua vocalização e se levantou novamente de costas para os militares, as mãos pingando sangue e sua boca o mesmo:

POLÍCIA MILITAR FIQUE PARADO ONDE ESTÁ OU ABRIREMOS FOGO!!!

Eles falaram isso, pois é estúpido eu sei, mas quando disseram isso o ser pálido se virou lentamente e eles continuavam a repetir essas palavras e agora haviam recarregado o armamento, em um piscar de olhos a criatura correu em direção aos homens com armas rugindo e foi recebido óbvio com uma rajada de tiros, esses disparos pareciam não fazer muito efeito em segundos seu corpo ficou todo perfurado e mais ensanguentado, a coisa ainda pulou em um dos policiais que caiu no chão atirando para todos os lados, os militares ao lado acertaram alguns tiros no pescoço e na cabeça de paciente grotesca , o que ela parou de atacar o homem e ficou parecendo congelada e caiu ao lado tingida de vermelha com sangue daquela pobre mulher, ficou ali morta no chão que aos poucos foi criando uma poça de sangue, a guarda militar com as armas ainda apontadas ajudaram o homem caído que continha alguns arranhões superficiais em seu rosto o mesmo assustado levantou limpou seu fardamento e falou algo no rádio.

No avião todos pareciam estar se acalmando, algumas pessoas rezavam, palavras como "Ainda bem" "Graças a Deus" "Tudo está a salvo", eram ouvidas , mamãe olhou pra mim e sorriu me dando beijos e enxugando minhas lágrimas, meu pai continuava abraçado com Melissa olhou pra mim e sorriu, faltava 10 minutos para o avião finalizar, ja era possível ouvir algo diferente nas turbinas como se estivessem diminuindo a potência, papai trocou de lugar com Mamãe e ela foi até Melissa:

-Sabe filho, eu sabia que você era gay mas não uma mariquinha chorona...

Ele falou isso e eu caí na gargalhada, porém as lágrimas ainda escorriam pela minha bochecha, ele tinha esse costume de brincar em horas erradas para levantar o ânimo e por um pouco de risos nas pessoas:

-Relaxa cara o zumbi morreu, a gente viu, por um momento pensei que ia acontecer um apocalipse mas não foi o que aconteceu né? E mesmo se acontecesse você saberia o que fazer, lembra a gente juntos maratonamos muitas séries de zumbi . . .

-Pai mas aquilo foi assustador pra caralho. . .

-Eu sei filhão mas coisas assim podem acontecer, e coisas piores acontecem em vidas de policiais, e você ainda não tem noção do que acontece nos hospitais, os casos de feridos que chegam lá.

Ele falava aquilo e dessa forma me confortou, ele contava alguns casos em casa e realmente alguns eram muito chocantes, aquele foi sombrio e bizarro algo nunca visto, enquanto a gente conversava um pouco vi uma pequena discussão nos bancos ao fundo do avião, era um homem muito grande e musculoso parecendo um lutador de MMA, estava começando a alterar a voz com o enfermeiro que de olhos arregalados estava e em completo nervoso, esqueci de mencionar o enfermeiro ao entrar no avião carregava uma maleta preta de alça prateada, bem o homem grande começou a gritar :

-PORQUE VOCES FIZERAM AQUELA PORRA???!? QUAL A NECESSIDADE DE EXPOR SERES HUMANOS A COISAS QUE VOCÊS NÃO TEM 100% CERTEZA QUE SÃO SEGURAS. . .

Acreditem o avião ficou em completo silêncio, o homem a media que ficava mais exaltado mais vermelho estava, o médico ficou abraçado com a maleta em seu peito alguma coisa tinha ali pensei, e realmente tinha . . .

-Senhor acalme-se eu sou do setor de pesquisas não participei da criação do . . .

O enfermeiro parou de falar com o socão que levou na cara, ao cair no chão a maleta caiu ao seu lado:

-ERA MINHA MÃE SEU IDIOTA , MINHA MÃE FOI AQUELA MULHER QUE ATIRARAM E QUE ESTAVA TRANSFORMADA NAQUELA COISA. . .

A aeromoça se aproximou tentando acalmar o homem musculoso, o mesmo em fúria chutou a mala para longe que se abriu, a mulher em meio ao dois se colocou, mas o agressor pediu para a mulher sair ds frente, observei durante a briga a maleta no chão não podia ser, era a porra de uns 5 frascos com algo dentro, gelei, era o parasita, eu puxei a manga do meu pai que tentava falar alto para o grandão parar de brigar ele se virou para mim e eu apontei para a maleta ele arregalou os olhos e me puxou pelo braço, antes de nos levantarmos o avião pousou, as portas ja iam se abrir, pegamos nossas malas rapidamente, mas a confusão ainda estava ali, o homem agora estava chorando e viu a maleta, mas o Assistente de medicina também viu e tentou pegar a mesma porém o grandalhão pisou em sua mão foi uma briga de gato e rato quando o homem pegou a maleta entregou a mulher e pediu para entregar as autoridades avisando que aquilo era perigoso e então todos fomos surpreendidos o enfermeiros atacou o cara de 1,80 metros de altura, as portas do avião se abriram, meu pai antes de sairmos do avião decidiu interferir:

-Calma rapazes vamos todos se acalmar e ir para fora do avião ok?!

A calmaria que meu pai transmitia era indescritível o homem grandão então olhou pra meu pai e assentiu concordando pegou seu casaco e a maleta, meu pai olhou pra mim e deu um sorriso , aquele sorriso nunca vou esquecer, ele era cativante, branco, e muito bonito, o homem lutador passou por mim e olhou pra mim e deu um leve sorriso lateral, descemos a plataforma e chegando no corredor que dava acesso ao aeroporto pude ver Maya e Levi me esperando, Maya abriu um grande sorriso e Levi também acenei para eles e corri, afinal já fazia 1 ano que não via eles, minha mãe atrás de mim deu um sorriso bobo pois melissa também viu seus amigos, abracei Maya intensamente, Levi detestava abraços mas o abracei mesmo assim:

-Dante eu tava com tantas saudades de você, sério não é a mesma coisa sem vocês dois presentes. . .

Maya falava aquilo de um jeito doce e tímido:

-Mona não senti nenhum pingo de saudades dei graças a Deus você ter ido embora, beijos.

Levi falou aquilo do jeito debochado de sempre, a gente se falava assim usando gírias gays "Bixa" "Mona" "Gata" , essas coisas , era uma coisa nossa, ele também ficava brincando falando que odiava todo mundo mas no fundo a gente sabia que era mentira óbvio:

-Cala a boca Levi, então Dante que bom que você chegou essa viagem vai ser incrível , a gente vai aproveitar ao máximo. . .

-Cara sim puta merda a gente ta combinando isso a quanto tempo? 4 meses?

Respondi super empolgado:

-Meu deus Dante você ta mais gay do que eu lembrava.

Levi falou isso com tom sarcástico e rindo falava isso pois quando respondi Maya eu estava com uma mão na cintura, me virei para procurar minha família pois tanto Levi e Maya adoravam eles , quanto meus pais amavam eles também, vi meu pai e cara musculoso andando lado a lado conversando, o cara estava com a maleta em mãos, minha mãe acenou para nós ela estava com a caixinha de carregar pets com lilith dentro óbvio, Maya foi em sua direção e a abraçou não ouvi o que elas falaram mas ela ajudou mamãe com a malas, Levi ficamos fofocando e olhando para as pessoas e julgando se a gente pegaria ou não, ele é bissexual então homens e mulheres ele olhava e eu ficava só procurando homens, foi quando vi um menino, ele tinha meio que 1,75 , cabelos castanho claros e bastante ondulados quase encaracolados , seus cabelos batiam no seu queixo, ele tinha um maxilar bem definido era bem vestido usava roupas formais , e era visível que era um estudante devia estar esperando alguém, seus olhos castanhos claros cruzaram os meus e ele deu um sorriso bobo quando virei rapidamente a cabeça:

-Gatinho ele né, e ele ja olhou para você gata, porque não vai falar com ele?

-Eu vou falar o que? "Ah oi estranho te achei lindo e gostoso vamos conversar?"

-Exatamente fofa!

-Nossa real você não tem noção das coisas eu acabei de ver ele, não vou surgir lá do nada.

-Bem com letra "A" eu fui e falei que gostava dele, levei um fora? Sim, mas foi ele que perdeu esse grande gostoso que sou eu.

Letra "A" era um crush que ele tinha em um menino que seu nome começava com a letra A, Levi ja superou ele e considera isso hoje como um livramento:

-Sim Levi mas não sou igual a você

-Ninguém é igual mim . . .

Ficamos ali conversando e fingindo estar em uma briga quando olhei e vi que minha mãe se aproximava, ela abraçou meu melhor amigo e aí...

E então minha visão foi para meu pai, ele se despedia do homem do tamanho de um lutador que estava enxugando lágrimas, quando o enfermeiro atrás dele puxou a mala com toda força, a mala não saio do cara que mais tarde descobri que seu nome era Bob, então o ele puxou com força pela aba da maleta que abriu , no solavanco os frascos foram para cima e um apenas quebrou na cabeça de Bob, o enfermeiros e meu Pai cataram os frascos restantes no ar antes que saíssem, como era vidro a cabeça do homem sangrou um pouco papai, ficou com os frascos em mãos, o enfermeiro pedia para devolver e ele negava, falava que iria dar as autoridades e que isso era muito perigoso, o médico então bufou e conversou algo com papai, eu, Levi, Maya e mamãe ficamos olhando aquilo, Bob, ele estava de cabeça baixa limpando sua careca quando vi sua mão tremer, o médico viu que não adiantava nada negociar com meu Pai, guardou os frascos que tinha consigo e foi andando.

Lembro que Bob estava do lado do meu pai que colocou os frascos cuidadosamente no chão , foi ver se ele estava machucado, ainda sangrando na cabeça e imóvel agora porém trêmulo ele estava lá nem respondia nem nada, foi quando ele levantou a cabeça e seus olhos estavam sem cor , como mortos que morreram afogados, olhou para meu pai e com um grito rouco e grave pulou em cima dele, ambos caíram no chão. . .