A lua cheia brilhava timidamente entre as árvores densas da Floresta Black. A propriedade, que antes simbolizava segurança, agora se erguia solitária em meio a um fogo roxo sinistro e os corpos carbonizados de soldados que jaziam foram escondidos como testemunhas silenciosas da devastação.
Eu estava de pé, pronto para enfrentar o monstruoso colossal que avançava. Minhas chamadas alaranjadas e raios azuis dançavam ao meu redor, refletindo minha determinação e coragem. Cada fibra do meu estava sintonizada com a energia ao meu redor, e eu sabia que essa seria uma luta até o fim.
O monstruoso, uma criatura grotesca com escamas negras reluzentes e olhos flamejantes, rugiu com uma ferocidade que reverberou pela floresta. De suas tendências surgiram uma rajada de fogo roxo que iluminou o ambiente com uma luz macabra. Ergui as mãos e conjurei uma barreira de fogo alaranjada, bloqueando o ataque infernal. O impacto foi devastador, gerando uma explosão de luz e calor que sacudiu as árvores e deixou o ar pesado com o cheiro de ozônio e cinzas.
— Eu sou a guardiã deste lugar, e não permitirei que você avance! — gritei, minhas palavras ecoando pela floresta como um juramento
Com um movimento rápido, lancei raios azulados que cortaram o ar e atingiram o monstruoso. A criatura rugiu de dor, suas escamas resistindo ao ataque, mas mesmo assim avançando, suas garras gigantes rasgando o chão como facas afiadas. Saltei para trás, desviando de um golpe mortal, e conjurei um lançamento de fogo que arremessei contra o peito do monstro. A lança penetrou como escamas, mas a criatura era resiliente e não mostrava sinais de enfraquecimento.
A fúria do monstruoso aumentou e ele liberou uma onda de fogo roxo em todas as comuns. Fui lançado para trás, colidindo violentamente contra uma árvore. Levantei-me com dificuldade, sentindo a dor pulsar em meu corpo. Cada movimento era uma luta, mas minha determinação era inabalável. Concentrei minhas energias, criando uma espiral de fogo e eletricidade que desceu sobre o monstruoso, envolvendo seu corpo e queimando suas escamas. Uma criatura rugiu, mas continuamente avançando, incansável e implacável.
O desespero começava a se insinuar em meu coração. Cada ataque parecia insuficiente, cada feitiço apenas arranhava a superfície daquela monstruosidade. Minhas forças estavam se esquivando, mas sabiam que não podiam desistir. Com um último esforço, conjurei uma esfera de fogo e raio e a lancei contra a cabeça do monstro. O impacto foi devastador, e por um momento, parecia que uma criatura seria derrotada. No entanto, o monstruoso soltou um rugido final e liberou uma explosão de fogo roxo que me envolveu completamente.
Gritei enquanto as chamas me consumiam, minha visão escurecendo e meu corpo enfraquecendo. A última coisa que vi foi o monstruoso se aproximando, pronto para destruir o golpe final. Caí no chão, minhas forças me abandonando.
De repente, um rugido poderoso ecoou pela floresta, fazendo o monstruoso hesitar. Um dragão majestoso, com escamas e olhos ferozes, desceu dos céus. Com um movimento rápido, o dragão lançou um jato de fogo que envolveu o monstruoso. O fogo do dragão era mais intenso, mais puro, e em instantes, uma criatura que era consumida pelas chamas.
O dragão pousou ao meu lado, suas asas gigantes criando uma onda de ar que sacudiu as árvores. Ele olhou para mim, seus olhos refletindo uma mistura de respeito e tristeza. Eu estava à beira da inconsciência, mas ainda consegui falar:
— Por favor, proteja meu filho, expulse-os do continente... — implorei, quase sem forças.
— Não quero me envolver com eles — respondeu o dragão, balançando a cabeça.
— Este é o seu território, vai... — tentei continuar, mas cuspi sangue, sentindo a vida se esvair.
— Não precisa continuar, nesse continente seu filho não vai precisar se preocupar com eles, — disse o dragão, com um tom de respeito.
— Obrigada... — sussurrei, com um último suspiro.
Com um último rugido, o dragão alçou voo novamente, desaparecendo na escuridão da noite.
Nos meus últimos momentos, senti uma estranha paz. Sabia que o dragão cumpriria sua promessa, mesmo que minha vida tivesse sido o preço. Estava feliz, pois naquele continente, tirando Draven, o único que conseguiria para aqueles infelizes era Deranth. O som das asas do dragão se afastou foi a última coisa que ouvi antes de fechar os olhos para sempre, sabendo que meu filho ficaria seguro.
Quando a escuridão finalmente se dissipou e o amanhecer rompeu no horizonte, a floresta voltou em uma quietude incomum. A batalha havia terminado, mas suas repercussões seriam sentidas por muito tempo. A presença do dragão garantiu que a ameaça fosse afastada, mas a memória dos acontecimentos daquela noite permaneceria viva naqueles que sobreviveram.