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Chapter 16 - A cidade dos decaidos 8

ogur - estenda sua mão e pense no você quer forma e para que ele existe pode ser uma coisa simples como fazer ela flutuar em círculos

Rafael estendendo a mão e fechou os olhos

pensando em como fazer uma pequena chama flutuar na frente dele

mas nada aconteceu e alguns minutos possou e nada então abriu os olhos e olhando para sua mão

Rafael - parece que não consigo fazer isso

ogur estava pensativo isso era uma coisa simples até para crianças fazerem era incomum acontecer

pensando profundamente ele se lembrou de alguém que havia conhecido a muito tempo quando era jovem

era um velho estranho deitado num beco da rua por um capricho do destino ele havia conhecido este velho ele nunca disse seu nome mas havia contado uma história sobre ele

ele havia dito que diferente desse mundo havia outros reinos e que foi um deus de um mundo arruinado

e que nesse mundo o ser que poderia ser considerado o deus daqui era o rei demônio o que era incomum já que um deus é nascido de um desejo do mundo

ogur se lembrou de como era o velho ele tinha olhos de um cego mas parecia velo e vestido de trapos como qualquer mendigo mas o cheiro que exalava era como de floresta durante a manhã o que não se encaixava

o velho contou que de fato era cego mas nem sempre foi assim porém enxergava mais do que antes

sem a luz você se vê obrigado a olhar para escuridão e por sua vez se vê olhando para luz

ogur achou que por algum motivo fazia sentido e concordou

o velho continuou a história dizendo que durante seu tempo em seu mundo enquanto via eras se passando vidas nascendo e morrendo cidades se ergueram e cai países se formam e mudam

nada é o que parece e que tudo que você pode estar vendo é o que te mostraram ou quer ver

em determinado tempo ele havia encontrado uma jovem criança que vivia em uma cidade nos becos juntos com outras crianças

elas não poderiam velo se ele não quisesse o vissem

então ele decidiu vigiar aquela pequena de tempos em tempos

houve vezes que viu elas roubando comida e levando para as outras crianças mais pequenas

houve outras vezes que fugia com pouco ou quase nada levando ainda as outras pequenas

ele havia visto ela entregar aqueles pedaços de pães e frutas meio podres com um pequeno sorriso em seus lábios e também viu ela agarrada em seu estômago chorando em um canto escondida

no outro dia sempre se levantando e fazendo o mesmo indo e voltando

então houve dia que ela não voltou ele foi vela e a encontrou no chão como se estivesse morta só havia pele e osso

então ele decidiu aparecer na frente dela e havia perguntado por que não havia comido aquele pouco de comida que havia conseguido

não houve resposta apenas um olhar limpo sem remorso ele percebeu que aquilo já era a resposta que queria

ela havia falecido naquele dia

ogur pensou do que serviria uma história triste como essa

o velho olhando para ele disse que não poderia fazer nada se não fosse pedido ele era um deus mas não tinha o direito de interferir

porém também disse que ela não foi a única a sofrer naquele momento e apontou para seus olhos com um sorriso