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Chapter 93 - Batalha de desejos

Os dedos finos se enroscavam nos fios loiros lisos, puxando-os sem usar a força. Os lábios de Nicolas dançavam sensualmente sobre os de Milles, transformando naquele beijo no toque mais essencial que aqueles dois garotos precisavam no momento.

Um beijo de língua poderia ser a coisa mais proibida para um adolescente, pois envolveria intimidade além do que um simples beijo era capaz de proporcionar. Uma intimidade que deixava claro a sede de querer o outro, de lhe dar o consentimento para dar um passo além do considerado simples.

Caminhando pelo vestiário mantendo Nicolas em seus braços, Milles trombara com o banco amadeirado onde deitara o ômega. Mantido preso nos braços finos de Nicolas, o alfa curvou-se sobre seu corpo sentindo o toque quente e úmido da língua naquele beijo intenso. Precisou se apoiar no banco, ficando de joelhos para se manter perto o suficiente sem desfazer o ósculo.

De maneira alguma Milles queria deixá-lo ir.

Não quando o seu corpo já correspondia.

Sentindo a sede de tocá-lo, de verificar se o corpo do seu capitão também estaria ardendo de desejo assim como o dele, Milles erguera a regata do uniforme de Nicolas encostando a palma da mão no abdômen liso e macio. Ouvira-o arfar com o mais singelo toque, o que incentivara Milles a acariciar a região com as pontas dos dedos sentindo a pele se arrepiar.

Espalmando a mão no peitoral do ômega, pudera sentir o coração bater desenfreadamente. Ah, sim. Daquele jeito. O corpo de Nicolas estava quente, seu coração pulsava ansiosamente. Com os joelhos, Milles constatara a ereção do ômega tornando-se evidente no calção esportivo. E assim um sorriso malicioso surgia em meio ao beijo.

Desfazendo do beijo, Milles tornara a ganhar distância miníma para conseguir olhar diretamente nos olhos de Nicolas.

— É a sua chance de fugir de mim, Nicolas. — Sussurrava o alfa, sem conseguir desgrudar os olhos daquela boca inchada e ofegante, que o convidava para um ato libidinoso. — Se não...

— Se não o quê? — Ousara questionar Nicolas, sentindo as pontas dos dedos formigarem contra os cabelos lisos de Milles.

Isso. Se não o quê?

O que ele queria fazer?

Seria ele ou seus instintos implorando para terem seus desejos sanados?

Afundando os dedos inconscientemente na cintura de Nicolas, ele pudera sentir o movimento sutil de suas costas se curvarem. Será que o mais singelo toque faria Nicolas reagir? E como seriam suas reações? Chegariam perto do que já havia visto até então?

— Se não, eu te fodo aqui e agora. E não vou parar até que deixe de andar.

Se já não fosse surpreendente dar palavras para os desejos que lutara tanto para trancafiar, ainda tivera espaço para assistir a reação mais natural vinda do seu maior inimigo. Nicolas abrira um largo sorriso, como sempre fazia quando algum desafio lhe era lançado, puxando a nuca do alfa cobrindo boa parte da distância permitindo que seus lábios roçassem um ao outro.

— Quero ver se consegue, grandalhão.

Fora dada a largada.

Não precisaria mais se segurar.

Dentro daquele vestiário, Milles faria aquele baixinho engolir cada palavra prepotente que lhe dirigiu nos últimos dias. A disputa entre eles finalmente chegaria a um vencedor.

Engolindo as palavras em um beijo afoito, a mais nova batalha estava por começar. Milles retornara à sua excursão pelas curvas suaves e macias que era a barriga de Nicolas, dando beliscões de tempos em tempos para ouvi-lo suspirar contra a sua boca.

Enquanto se embebedava nas curvas, a outra mão do alfa fora direto para o alvo que buscava espaço em uma bermuda esportiva. No instante em que sua palma da mão segurara o membro rijo, Milles pudera ouvir o gemido mais sôfrego que escapara daquela maldita boca.

Acariciando suavemente, medindo-o com seus dedos Milles constatou que Nicolas teria um tamanho interessante apesar de sua baixa estatura. Quando seus lábios se envolveram em sua língua e os sugara, o alfa tivera a audácia de envolver o membro coberto em sua mão e apertá-lo, arrancando de Nicolas o mais tortuoso dos gemidos.

Um riso escapara de sua garganta quando pudera sentir as costas de Nicolas arquearem e seus corpos se encostarem por segundos. Decidido a continuar com sua mal criada brincadeira, Milles sugou, brincou e atordoou a língua de Nicolas sem deixar de estimular o membro rijo do ômega.

E só pudera arrancar um outro gemido daqueles quando finalmente descera o elástico da bermuda esportiva e da boxer, para tocar naquela pele quente e úmida de pré gozo. Fora lá que Milles se divertira espalhando o líquido por toda a extensão de Nicolas, sentindo suas veias pulsarem nas pontas dos dedos.

Só naquela brincadeira tola, Nicolas já havia caído em suas graças. Havia afundando suas curtas unhas nos ombros de Milles o arranhando criando fios avermelhados em sua tez. Jogava a cabeça para trás quando a língua do alfa ousava invadir cada vez mais de sua boca, tendo a saliva escorrendo pelo cantos de seus lábios.

Precisando de ar, o alfa finalmente abandonara a boca daquele ômega, apesar de maneira alguma deixar de masturbá-lo lentamente.

— Está todo molhado, capitão.

Fechando um dos olhos como se esforçasse ao máximo para não reagir daquela maneira, Nicolas respondera entredentes.

— Não fode, Milles.

Um riso escapara dos lábios brincalhões de Milles, que passara a ponta da língua pelo lóbulo do ômega o provocando ainda mais.

— Já disse, vou te foder. Não seja ansioso.

Nicolas jogara a cabeça para trás quando a glande fora tocada pelo polegar, espalhando o pré-gozo. O seu peito subia e descia descompassado, a respiração quente arrepiava por completo a pele de Milles.

Ver Nicolas todo arrepiado, respirando ofegante e o apertando daquela forma incitava Milles a querer mais. Se já haviam chego naquele patamar, nada mais importaria.

Principalmente quando tomara a decisão.

Tirando a bermuda e a boxer por completo de Nicolas, Milles não demonstrara a mesma paciência ao tirar apressadamente a camisa regata do ômega. Finalmente podia vê-lo nu em sua frente, com o rosto ruborizado das sensações ainda presentes em seu corpo, esperando pelo próximo toque que o levaria à loucura.

Milles inclinou-se mordiscando o rijo mamilo de Nicolas. Ouvira-o resmungar e arquear as costas abaixo de si, incitando-o a continuar judiando. Mordiscara em volta da auréola deixando leves beliscões, e a ponta da língua ia de um lado para outro para incitar Nicolas.

O ômega cobria a boca com as duas mãos, recusando-se a gemer mais alto. Em contrapartida, o seu cheiro denunciara o estado excitante que ele sentia, convidando um alfa a continuar cada vez mais em seus toques quentes.

Apoiando-se em sua mão para ficar curvado sobre Nicolas, passara as pontas de dois dedos por seus lábios sem dizer absolutamente nada. Em total sincronia, Nicolas os abocanhara sugando-os prazerosamente. A língua quente do ômega brincava com os dedos em sua missão de deixá-los úmidos. Mas o que ecoava em Milles era o desejo crescente de colocar uma certa parte do seu corpo dentro daquela boca, pois saberia que Nicolas cumpriria com honras a sua lição de casa.

Mas por ora, apreciou em ardente desejo aquele garoto enfezado chupar seus dedos e envolvê-los em sua saliva. Fora um tormento tirá-los de sua boca, pois poderia chegar em seu limite somente com aquela visão. Porém, estava sedento para entrar naquele corpo e cumprir com suas palavras.

Fazer Nicolas gemer e dar o braço a torcer.

Os dedos acariciaram a entrada de Nicolas, penetrando apenas um para prepará-lo. Nicolas arqueara as costas novamente cobrindo a boca com a mão, abafando o gemido e encolhendo seu corpo. O mesmo movimento ocorrera quando o segundo dedo fora introduzido, e Milles tivera a visão mais esplendorosa em toda a sua vida.

Certamente nunca lhe passaria pela cabeça de que Nicolas poderia ter reações tão diversas. Se fosse dizer algo, imaginava-o tentando dominar para não perder o seu orgulho. Entretanto lá estava ele, deitado no banco de madeira do vestiário com o corpo todo encolhido enquanto engoliam seus dedos em sua entrada.

O próprio membro de Milles já pulsava insanamente em seu uniforme. Não aguentaria por mais tempo ficar de fora daquela brincadeira.

Imaginando ter o controle da situação, Milles preparou o ômega até que estivesse satisfeito e ouvisse gemidos escaparem daquela boca escondida. Porém, Nicolas não era um ômega qualquer.

E ele quase se esquecera disso.

Em um impulso inesperado, Nicolas puxara para baixo o calção e a boxer de Milles. Fechando os dedos próximo à gola da camisa, a rasgara para deixar o corpo do alfa à mostra. Segurou seu braço e seu ombro usando uma força, da qual Milles desejaria saber de onde viera, para forçá-lo a se sentar no chão.

Mesmo que sua bunda doesse com o impacto brusco, assim como suas costas por ter batido contra os armários, não fora nada impactante se comparado ao olhar misterioso que Nicolas o direcionava ao acariciar com as pontas dos dedos o membro latejante de Milles.

— Quem é que está ansioso agora, seu pedaço de bosta?

A voz de Nicolas soara estupidamente sensual para Milles, principalmente acompanhada da visão do ômega de joelhos na sua frente acariciando gentil e suavemente seu membro. Bem... Não tão gentil, já que para o alfa era atordoante ser negado algo mais quente e rápido.

Ah, ele queria torturá-lo. Definitivamente.

Sua nuca fora puxada e seus lábios capturados pela boca sedenta de Nicolas. O alfa instintivamente abraçara sua cintura o puxando para perto, encostando duas ereções doloridas e sedentas para terem sua ejaculação. Ambos gemeram contra a boca um do outro.

E então, afastando-se de Milles, Nicolas tornara a segurar o membro rijo do alfa o posicionando em sua entrada por conta própria. Deixara ele ter a visão mais inédita ao entreabrir as pernas e lhe dirigir um sorriso malicioso e vitorioso.

Caíra na mais doce armadilha quando assistia seu próprio membro entrar naquele estreito espaço. Sua excitação apenas aumentara ao intercalar os olhos entre a penetração e a fisionomia de Nicolas.

— Baixinho filho da puta. — Rosnava Milles, segurando a cintura de Nicolas forçando-o a se sentar em seu colo e tendo seu membro completamente penetrado.

O gemido alto que escapara dos lábios de Nicolas fora como música para Milles. E nem ousara esperar ele se acostumar com o volume dentro de si, forçando-o a se mover até que os dois corpos encontrassem o ritmo deles.

Certamente para aqueles dois garotos o sexo nunca teria sido daquela maneira, mesmo que fantasiassem toda a sua vida. Um não queria perder para o outro. Um queria provar que era bom. E apesar de haver a disputa entre eles, o espaço para sanarem os próprios desejos crescia potencialmente.

Um sempre buscando a boca do outro. Sempre tocando a pele do outro. Sempre o chamando entre gemidos. Sempre aprisionando o outro em seu próprio corpo.

Quando Milles deitara Nicolas de costas para si erguendo a sua cintura para empiná-lo, o penetrara bruscamente para a segunda rodada. O ômega agarrou-se ao pé do banco e puxava-o com força na medida em que sentia o grande volume ir cada vez mais fundo para encontrar um certo ponto. Quando encontrado, todo o corpo de Nicolas se encolhia e suas mãos puxavam o banco até que ele quase caíra sobre os dois. Sorte a de Milles segurar a tempo e empurrá-lo para outro canto, deixando caído em meio ao corredor.

Os armários também foram alvejados quando Nicolas empurrara Milles contra eles e beijá-lo selvagemente, mesmo que tivesse de costas para o alfa. Tinha seu queixo segurado por Milles que o obrigava a se virar para receber sua língua quente.

Um vaso de planta fora quebrado quando Milles o usara para se apoiar trêmulo ao ter chego em seu ápice pela segunda vez. A terra espalhou-se pelos corpos dos meninos, que tampouco se importaram com tamanha sujeira.

Não quando ainda ardiam de desejo, mesmo depois de terem alcançado o ápice.

Sua árdua batalha continuara no box debaixo da ducha. Milles não abandonara o corpo daquele ômega de maneira alguma. O cheiro dele o viciava, sua voz o chamando e o atiçando apenas aumentava seu desejo. E a sensação de estar dentro de seu corpo era simplesmente deliciosa. Queria sentir cada vez mais.

Com Nicolas em seu colo e as pernas em volta de sua cintura, onde se afundava e deslizava para dentro de seu corpo, Milles deixava escapar o nome do seu capitão diversas vezes quando tinha seu membro esmagado no interior do ômega.

Já o mais baixo puxava os cabelos de Milles e tentava buscar algum ponto na parede lisa do box para se apoiar. A água quente que caíam sobre os corpos limpava a terra, mas era incapaz de apaziguar aquele desejo insano.

Na medida em que o alfa o movimentava sobre seu colo, Nicolas curvava-se contra a parede, completamente entregue. Até que seus dedos alcançassem o cano da ducha onde se agarrara. E quando começara a sua vingança em deixar o alfa louco, também quebrara a ducha, espalhando água por todo o chão do vestiário.

Quando alcançaram o ápice pela terceira vez, é que os dois rapazes finalmente desistiram de continuar aquela disputa excitante.

Seria isso, ou alguém entraria pegando-os no flagra em meio ao caos que criaram no vestiário. Certamente quando alguém entrasse naquele lugar iriam pensar que a briga mais ferrenha ocorrera ali, mas somente aqueles dois garotos saberiam que aquela fora apenas uma pequena parcela do imenso desejo que sentiam pelo outro.

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