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Chapter 13 - O jardim de lagrimas.

-Vocês me deixaram preocupada. – uma mulher batendo o dedo indicador com os braços cruzados.

-Desculpa Sensei Marin. – fala os dois com sacos de gelo na cabeça.

Gyu e Juji estavam com galos enormes na cabeça após um cascudo bem dado da mulher que surgiu atrás deles quando bateram na porta dela, sem que percebessem foram atingidos e agora estão recebendo cuidados

Kakui: -cacetada foi essa, a mulher veio do nada... – sem entender o que houve.

Emma: -ela fala em preocupação, mas deu um sacode neles sem pensar duas vezes. – pensando alto.

Marin: -o que você disse? – com um olhar fulminante.

Emma: -nada não. – se recolhendo para distanciar da mulher.

Marin é uma mulher de pele morena, cabelos pretos com mechas lilás, olhos âmbar com lilás claro, usando uma yukata lilás com desenhos de lírios, yukata essa que estava deposta a mostrar um decote generoso e seus ombros.

Haru: -então você é Marin. – olhando para a mulher com uma tatuagem a cima dos seios que se estende ao redor deles até chegar no umbigo.

Marin: -exatamente, real mundano...

Haru: -ah!

Emma: -como é que você sabe? – estranhando aquela fala dela.

Marin: -somente um tolo não saberia diferenciar um outro mundo para um real mundo. – cheia de si. -é simples.

Kakui: -seus alunos não sabiam. – procurando algo para comer.

Marin: -... – olhando para Gyu e Juji que se recolhem na mesma hora em ralação a represaria que sentiram do olhar de sua mestra. -vocês me matam de vergonha...seus...mas voltando ao assunto, o que vocês fazem aqui nesse mundo? – olhando para Haru.

Haru: -viemos resgatar dois amigos que foram capturados.

Marin: -capturados? – sentando no chão. -se isso for verdade a essa hora já devem ter sido executados como hereges ou traidores. – bocejando. -então deem meia volta e retornem para seu mundo, já não a o que fazer aqui.

Haru: -o que?! – com as mãos na cabeça.

Kakui: -achei. - pegando um pedaço de pão.

Emma: -não tem mesma uma remota chance que seja de ainda estarem vivos? – olhando para Marin.

Marin: -geralmente não erro não, mas seja çá quem for pode só está aguardando um julgamento. – tomando de Kakui um pedaço de pão que ele achou.

Kakui: -aaaaar sua...– pegando outro pedaço de pão.

Haru: -ainda bem, que tem – aliviado.

Marin: -e sim depois serem executados. – com um pé da testa de Kakui depois de ter pegado outro pão dele.

Haru: -aaaaaaah! – desesperado novamente.

Emma: -então de qualquer forma, vão para execução? – aflita com aquelas palavras.

Marin: -dependendo do que fizeram – colocando a mão no seio esquerdo para coça-lo. -mas qual foi mesmo o crime deles? Pessoas lá de cima não costuma interferir no real mundo assim.

Emma: -pelo que Danzo falou, foram trazidos aqui por terem descumprindo um acordo de não uso de kendo avançado ou algo assim. – lendo em um caderninho de bolso.

Marin: -entendi...devem ter sido exilados no real mundo e quebraram o pacto de...esperai. – caindo a ficha. -você disse Danzo? – olhando para Emma.

Emma: -falei sim. – mostrando o caderninho com o nome dele.

Marin: -não seria um esquisitão com um bigode ridículo, seria? – preocupada com algo.

Kakui: -pode ter certeza que ele sim, "el bigodon". – conseguindo pegar um pedaço de pão da mãos de Marin enquanto ela estava distraída com a conversa.

Marin: -essa não...um desse dois que foram capturados não é uma mulher de pele morena com um girassol no ombro é? – se levantando rapidamente.

Haru: -Mileyde... – olhando para Marin. -você conhece a Mileyde?

Gyu: -se ela conhece? – gritando.

Juji: -Marin é irmã de Mileyde – gritando.

Marin: -eu sou Marin Garden, a lírio negro. – mostrando um Keiko Gi por baixo da yukata com o kanjin de jardim assim como Mileyde.

-o que?! – gritam os três do real mundo.

Marin: -não acredito nisso, minha irmãzinha caçula foi capturada, aquela imbecil não toma jeito, e agora o que será da pobrezinha? eu vou matar ela! – tendo altos desvios de personalidade.

Emma: -então se você é irmã dela, temos algo em comum aqui, nos ajude a entrar no círculo central, Marin.

Marin: -ah, mesmo que eu os ajude, isso não é tão simples assim, mas não posso perde a Mileyde também – olhando para cima. -se não tem jeito, Ohmoi!

-sim princesa Garden! – um homem usando uma yukata azul com desenhos de baiacus nela surge saindo do teto acima deles, seu cabelo é marrom, com uma mecha cobrindo um dos olhos, sua pele é parda, seus olhos azuis, possui uma shinai na cintura, com a guarda com duas alianças amarradas em um fita.

Marin: -já disse para não me chamar assim! – irritada. -vá até onde fica banca e veja movimentação, com toda certeza eles já sabem de algo.

-sim! Princesa que dizer, mestra! – pula para trás e movimenta os pés de maneira conhecida e some da vista de todos.

Emma: -quem é esse? – olhando o homem em alta velocidade com os movimentos de pés do ashi-sabaki.

Haru: -ele estava aqui todo esse tempo? – olhando para cima, tentando entender como ele ficou tão imperceptível daquela forma.

Marin: -aquele é Ohmoi, meu marido, ele estava de tocaia caso vocês estivessem tentando enganar meus pupilos tolos aqui. – fechando os olhos. -seriam mortos na hora se tentassem algo.

Emma: -que? – pensado.

Kakui: -marido? – se lembrando de como ele tratou Marin. – estava mais para servo.

Haru: -ele é quase tão rápido quanto o Wawa.

Emma: -serio que vocês dois tão mais preocupados com aquele cara? – irritada.

Marin: -Wawa...já esperava que ele fosse o segundo ser envolvido nisso tudo, aquele idiota que levou minha irmã para longe de mim – ficando roxa de raiva. -eu capo aquele merda! – ficando sem ar.

Gyu: -calma mestra. – abanando um leque na direção dela.

Juji: -a senhora vai enfartar assim. – limpando o suor de Marin.

No setor comercial Ohmoi se mistura no meio do demais enquanto observa o movimento dos Dan ali presente.

-parece que foi aqui que eles caíram.

-mas já saíram, reportem a central, temos que encontra-los antes que causem alguma confusão aqui na parte inferior.

Ohmoi: -a sexta casa está aqui...pelo visto não é pouca coisa não. – parado perto de um barril. -é melhor eu voltar e contar o que vi, mas antes, um pulinho na floricultura para comprar lindos lírios para minha amada Marin. – com os olhos brilhando.

Marin: -então eles quebraram o pacto de não usar a segunda estrutura do kamae, mas porque fariam isso, depois de tanto tempo... – melhor depois de beber um copo de água e se acalmar.

Haru: -tinha um ogro de nível calamidade naquela noite. – se lembra do ogro que surgiu no final da luta, não sabemos como ele apareceu.

Marin: -um ogro assim precisa nascer...tinha mais alguém lá naquela noite. – suspirando. -aquele maldito pode ser tudo menos imprudente a esse ponto, e para o alto dan ter ido pega-los, e não só um, mas três.

Kakui: -vem cá, por que teu marido te chamou de princesa? – deitado no chão com as pernas para o ar.

Marin: -... – olhando para Juji e Gyu. -vocês dois fiquem aqui, quero falar a sós com eles três.

Gyu: -sim mestra. – colocando prato na mesa.

Juji: -sim senhora. – trazendo panelas.

Marin leva Haru, Emma e Kakui para um cômodo mais a dentro da casa, no local não tinha nada mais que bregueços jogados e cheiro de mofo.

Marin: -Eu não contei isso para ninguém além do Ohmoi, então bico calado. – olhando para os três. -a família Garden é uma das 10 famílias mais ricas do planalto do círculo superior, abaixo somente dos "maru", nosso pai, era Kansei Garden e nossa mãe era Mikasa Garden, os dois viviam felizes com suas 3 filhas, Marin a mais velha, Miko a do meio e Mileyde a mais nova, as três eram seu orgulho, se tornaram kenhins e protegiam a zona mais pobre da cidade...mas tudo isso mudou quando a irmã do meio foi morta por ogros enquanto lutava para proteger uma vila fora, mais afastada do setor 2, ela deixou duas crianças. – olhando para Gyu e juji em uma moldura na parede -eles são meus sobrinhos queridos por isso me preocupo tanto.

Kakui: -o que aconteceu depois? Você falou que isso acabou com sua família.

Emma: -Kakui!

Marin: -tudo bem, naquele dia, minha irmã solicitou reforço mas foi negado, e isso a matou, dois anos depois minha mãe morreu após uma forte depressão pela perda dela, meu pai também não soube lidar e se fechou e isso nos afastou dele, eu abandonei minha função no círculo central para cuidar de meus sobrinhos junto de Ohmoi. – com lagrimas escorrendo pelo rosto. -deveria ter sido eu a ir naquela missão naquele dia, não Miko.

Haru: -Marin.

Ohmoi: -você é uma mulher forte Marin, Zanzin tem um plano para todos nós. – abraçando Marin.

Kakui: -por onde foi que ele entrou? – caçando uma porta ou janela.

Marin: -Mileyde se voltou contra o sistema quando conheceu aquele homem, Wawamaru, um perfeito idiota que fez à cabeça dela, só depois que ela partiu para o real mundo foi que percebi o quanto tudo o que acontecia ali estava errado, então jurei nunca ter que depender deles novamente. – soluçando.

Ohmoi: -Marin...está tudo bem. – abraçando sua esposa.

Depois de Marin se recuperar, Ohmoi conta a eles o que descobriu na cidade, já estava anoitecendo, logo todos se reuniram para jantar na sala onde estavam os irmãos.

Marin: -não tem outro jeito, eles já estão esperando por lago, ficaram em alerta, sendo assim. – fechando os olhos.

Ohmoi: -tem certeza que quer fazer isso? Marin. – olhando de canto de olho para ela.

Marin: -já chega de me esconder nas sombras, está na hora de virar o jogo, vamos entrar no círculo central pela porta da frente e eles vão ter nos engolir! – com o pé sobre a mesa. -Iremos participar do torneio anual de kendo! – mostrando um papel com o nome torneio anual de Dokkōdō Kendo.