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Koto Naru Kanjou (sem-ilustração)

🇧🇷Mr_Hashida
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Synopsis
“Sentimentos positivos e negativos não são sentimentos similares que se aplicam a todos. Todos eles são sentidos de maneiras diferentes em cada pessoa.” E isso é uma das coisas que definem o que se trata nesta obra, já que envolve vários sentimentos diferentes. Esse é o começo de uma história de várias outras histórias. E será narrada não só pela nossa protagonista—Tsubasa Kotaru, mas também de vez em quando pelo personagem meio antagonista—Akira Marshall, que foi o responsável por despertar a motivação de nossa protagonista—e sua grande curiosidade por histórias desse tipo. É o que se sabe até agora, talvez. Mas como começar esse romance? Bem, a história de hoje irá se tratar de um sentimento que ambos nunca tiveram experiência. Uma garota da mesma escola pede a ajuda deles de descobrirem o que é esse sentimento que está lhe causando um certo conflito. Diz ela que isso está lhe atrapalhando na prática de seu piano, a impedindo de tocar bem. Então graças aos rumores sobre Akira Marshall ser uma espécie de especialista dos sentimentos, a garota pede sua ajuda. Mas...algo de errado—não parece estar certo.

Table of contents

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Chapter 1 - — 1 —

——— . . . . . . ———

...Como devo começar esta história?

Ou melhor...como devo começar estas histórias.

Essa não é uma história tão simples assim de contá-la, já que muita coisa é envolvida, contada, interpretada e dita. É muita coisa mesmo. Afinal de contas...

São diversas histórias de diversas pessoas diferentes.

É disso que é tratado nela. Pelo menos numa grande parte, eu acho.

Sobre o tema, é um pouco diverso. Só um pouco, pois em todas essas sub-histórias, o que elas têm em comum, mesmo elas sendo diferentes... Cada uma dessas histórias—mais se tratam sobre sentimentos.

...

...Bem...não sinto que a descrevi tão bem assim.

Para falar a verdade...eu nem queria estar nela.

Eu preferia estar em qualquer outra.

Até mesmo em alguma coisa de terror ou em algo clichê.

Eu gosto de ler e ver histórias. Gosto de diversos tipos, gosto de diversos temas, e gosto da maioria das histórias—quando elas são pelo menos boas, claro. Em suma, sou muito a leitora e observadora dessas coisas. Eu já imaginava viver uma dessas histórias—mas tipo—não exatamente no literal. Talvez eu queria mais era viver um pouco fora da realidade, e viver um pouco o irreal. Algo novo e diferente. Era algo que eu tinha quando criança.

Eu tenho um nível de curiosidade com as coisas um pouco acima do normal.

E bem, acabei vivendo uma história diferente o suficiente para se tornar algo escrito como uma Light Novel, por exemplo. Pelo menos.

...

É. Só que não foi o que eu queria.

Foi o contrário que eu queria.

Totalmente fora do que eu imaginava.

Foi...realista até demais, para mim.

Ou além do realista, até.

Eu sei lá!

Não sei explicar tão bem.

Mas é basicamente por isso que eu preferia ter vivido qualquer outra história, de qualquer outro gênero. Literalmente qualquer um mesmo. Qualquer gênero de romance, aventura, ação, comédia, drama, horror, psicológico, Slice of Life, ficção científica, magia ou até Mahou Shoujos, sobrenatural, escola, mistério, fantasia, superpoder, Shoujo ou Shounen, Shoujo-Ai ou Shounen-Ai, Yuri ou Yaoi, Bishoujou, Isekai, histórico, Mecha, samurai, vampiros, musical, terror, Josei, e até mesmo Ecchi e Harém.

...É.

Eu disse literalmente qualquer um.

Essa história que será contada daqui pra frente, é algo que eu sinceramente—me faz preferir uma história de comédia romântica clichê. Não, não estou exagerando. Incluindo na parte do "clichê". Mesmo se eu vivesse um amor platônico que nunca acabasse.

E bem, até que um amor platônico infinito me pouparia da tristeza e decepção que tive com o amor nesta história.

O amor realmente lhe deixa cego.

...

Esta história—pra mim, é a pior.

Quero dizer, do seu começo bom, no seu desenvolvimento meio complicado, para então na sua conclusão decepcionante.

Isso porque mesmo depois de tanta coisa envolvida no meio, simplesmente serviu como ilusão e desenvolvimento para que na sua conclusão destruísse tudo que foi construído nela.

Isso porque...

Ela se trata mais dos sentimentos num sentido mais negativo.

Se trata sobre as pessoas, e seus maiores erros.

E foi uma das coisas que destruiu tudo isso. Tudo mesmo.

...

...Bom, acho que deve estar se perguntando sobre o que exatamente eu tenho com essa história, que é tão ruim assim. E bem...

...

Tá. Tentarei explicar de uma forma bem resumida.

Bom, quero que tente imaginar estar em minha situação. Lá estava eu, tranquila e sozinha vivendo minha vida escolar "normal". E então do nada, um aluno transferido chega. Já antecipo que esse aluno é uma pessoa bem importante desta história. Eventos e destino fizeram com que nós nos tornássemos "amigos". E no meio desses eventos, esse aluno fez algo que desse origem aos rumores.

Sobre ele ser uma espécie de especialista.

Dos sentimentos.

Estranho, mas, nem foi ele que inventou isso.

E por causa desses rumores, por causa da aceitação do público em si, surgiu a primeira história. Uma história que liga com uma outra, que essa pessoa—o aluno transferido, tinha planejado desde o começo para uma outra pessoa específica. E era tarde demais quando eu descobri isso.

Ele tinha planejado mostrar algo nessa história.

Algo sobre as pessoas e seu egoísmo.

Ou pior... Mostrá-la a verdadeira realidade, dita por ele.

Sobre fama e status, por exemplo.

Essa história se tratava sobre sentimentos de luxúria, inveja, egocentrismo, traição, manipulação... E essa pessoa usou esses sentimentos como base de seu plano, que era mostrar essa realidade, "manipulando" os personagens envolvidos nesta história.

Só para mostrar que tudo isso não levaria a algo bom.

E que isso custaria a si próprio.

Mas pelo menos no final as coisas se "resolveram". E no meio disso tudo, pude obter meus primeiros amigos, depois de anos sozinha. Pelo menos algo de bom teve nesta história.

E então depois dessa história da primavera, o verão estava chegando. O aluno transferido antes já tinha pensado em algo para uma outra pessoa específica, e então ele usou dois de seus "amigos" para isso. E isso prejudicou não nós—eu e meus amigos, e nem os dele.

Ele propositalmente deixou prejudicar a pessoa específica.

Da qual foi o foco da história apenas mais tarde. Já que ela nem na história estava.

E isso não foi só culpa dele.

Foi mais de todos.

E isso me irritou muito. E me decepcionou também.

Nessa história, pelo que eu me lembro, se tratava sobre sentimentos de inveja, falsidade, mentiras, amor platônico... Na verdade, eu não me lembro tão bem do que se tratava. Mas uma coisa eu lembro bem...

Que nessa história, descobri mais sobre o passado de meus amigos.

E não foi uma coisa boa.

Essa foi a parte mais decepcionante.

Mas pelo menos...essa também foi a história em que aquela pessoa falha.

Porém, por culpa minha.

Pelo menos as coisas puderam se resolver bem. E com isso, obtive finalmente amigos bons de verdade. Todos aprenderam algo certo, depois de tudo. Algo novo até. É.

Até aquela pessoa também aprendeu algo novo.

E eu aos poucos também aprendi.

Outono foi o começo de algo que eu não estava preparada para ter. Ou até mesmo, de conter. E muita coisa aconteceu durante esse tempo, que não só aprendi muita coisa, como senti muita coisa.

Senti muito mais do que eu já senti antes na minha vida inteira, talvez.

Eu—e a pessoa que conheci no começo da história, acabamos nos metendo em lugares que nós não devíamos ter nos metido. E nesse meio todo, senti novos sentimentos bons, e ruins. E pareceu que tudo estaria perdido para nós dois. Mas pelo incrível e inacreditável que pareça, nós conseguimos resolver isso. Bem, na verdade, ele me motivou a conseguir resolver isso, enquanto ele não podia estar presente. Ele acreditou que eu teria potencial para isso, e junto com meus amigos, nós realmente conseguimos por pouco.

E nisso tudo...essa pessoa me fez descobrir algo.

E me fez...sentir algo novo.

Algo especial.

Algo que eu nunca senti antes. Bem, pelo menos nem tanto assim.

Claro que nisso tudo, as soluções dos casos e problemas das pessoas que nós descobrimos suas histórias, custou algo em cada um. Sempre teve um lado ruim em todos os lados positivos disso tudo, de alguma forma ou outra. Mas depois de muito tempo, eu sentia que desta vez algo incrível sairia disso tudo. Que eu teria algo mais especial do que amizade, por exemplo.

Eu tinha amigos.

Amigos muitos bons e preciosos.

Que se importavam de verdade comigo.

E eu com eles.

E mesmo eu ter estado ao lado daquela pessoa encontrando diversos casos, problemas, e obstáculos possíveis, eu meio que consegui ter uma vida escolar mais "normal" e tranquila do que já tive antes. E até feliz.

Pois até uma certa época, eu apenas vivia sozinha.

Sem ninguém. Sem amigos.

Isso por conta de meus grandes defeitos.

E eles envolvem meus próprios sentimentos.

Mas então chegou um dia em que eu queria "tentar" novamente. Tentar ter uma vida escolar mais normal, talvez. E foi quando essa história começou, e no meio disso tudo, acabei conseguindo não só amigos incríveis, como também...

Acabei vivendo melhor a vida e a felicidade.

Da qual eu não vivia tão bem antes.

Então fiquei muito feliz por obter isso, claro. Achei que não tinha como melhorar ainda mais. E mesmo eu encontrando mais um problema como obstáculo, eu—com essa pessoa que iniciou essa história junto comigo, enfrentávamos e conseguíamos ultrapassá-los.

E foi graças a essa pessoa que consegui tudo isso. Graças a ele que obtive amigos maravilhosos, e ainda, ter uma experiência nova com os meus sentimentos. Então...eu ficaria grata por ele.

...

É. Eu ficaria. Mas...

...

Essa pessoa no final, apenas tirou tudo isso de mim, de uma só vez.

Por causa dessa pessoa...

Perdi meus únicos amigos. Meus primeiros melhores amigos depois de anos.

Ele manipulou tudo. A ordem as coisas.

Manipulou eles. Seus sentimentos e intenções.

Manipulou de uma maneira que eu não notasse.

De uma maneira inacreditável de ser possível.

Manipulou de uma maneira em que no final causasse um maior impacto possível.

Por causa dele, perdi tudo que me motivava a viver mais a vida e a felicidade. E não só isso.

Ele manipulou meus sentimentos, só para conseguir mostrar o que queria me mostrar no final disso tudo.

Que seria a "verdadeira realidade" sobre as pessoas.

E com isso...

Até perdi o que eu sentia ser o amor.

Perdi o que eu acreditava ser o sentimento amor.

E a pessoa que tirou tudo isso...

Se chamava Akira Marshall.

...

Eu—Tsubasa Kotaru—presenciei diversas histórias de diversas pessoas diferentes, junto com essa pessoa que me mostrou—e que tirou tudo de bom que consegui no meio disso. E além de ter saído essas coisas boas, saiu ainda mais coisas ruins, das quais me fizeram questionar para mim mesma: Será que...era melhor ter ignorado ele?

Era melhor não ter feito a promessa que fiz para mim mesma?

Se eu só...tivesse deixado Akira Marshall, tudo teria acabado menos pior?

E se eu apenas...não tivesse conhecido o Marshall, afinal?

.....

Eu não sei.

Eu simplesmente não sei.

Não sei se as coisas poderiam ter sido melhores...

Não sei se teria como obter um final feliz nisso tudo...

Nem sei se existe finais felizes, de fato.

Eu simplesmente...não sei se esta história vale a pena ser contada. Por qual motivo bom...eu faria isso?

Sendo que ela acaba decepcionando no final.

...

Mas...

...Pelo menos de uma coisa eu sei.

Que no meio desta história inteira...eu pude aprender diversas coisas sobre as pessoas e seus sentimentos. E acho...que isso pode ter valido um pouco a pena aprender, parando para pensar num lado positivo nisso tudo.

Já que...

Eu sempre tive muitas dificuldades com isso.

Com todos esses sentimentos que eu sentia;

Todos esses sentimentos diferentes que eu não sabia distingui-los;

E ainda entendê-los.

Eu sei que por conta de eu ter me metido nisso, acabei por ganhar amigos incríveis—para então perdê-los no final. Eu sei que nesta história—pela primeira vez na minha vida, acabei encontrado algo que aparentava ser o que me fazia sentir tais sentimentos de amor, para então no final ser iludida e enganada, e descobrir que fui apenas manipulada para sentir—e perder isso. E no final, eu apenas sentia dor. Simplesmente dor.

E continuo a sentir essa mesma dor, até hoje.

...Mas por conta de tudo que eu aprendi nessa história...percebi que até em coisas ou pessoas ruins, existe algo de bom nelas. E com isso...

Posso talvez obter algo melhor nelas, mesmo depois disso tudo.

Mesmo eu ter aprendido isso com a pior pessoa que eu já conheci em minha vida até agora.

...

...

Ele...até que me ensinou muitas coisas boas. Aprendi muitas coisas com ele por perto.

...

Bom, acho que ainda vale a pena contar esta história. Para pelo menos uma pessoa além de mim aprender algo nela. Pelo menos alguma coisa.

...É. Farei isso.

Essa é uma história sobre diversas outras histórias. E nelas, diversos sentimentos estão envolvidos. Eles são usados como uma forma de mostrar uma realidade e visão de cada pessoa, já que é sobre várias histórias de diversos personagens. E também serve como uma representação das pessoas de hoje em dia, das quais estão com falta de algo diferente e idealista. E com isso, qualquer coisa é aceitado por eles.

Mesmo elas mesmas não reconhecendo mais seus sentimentos e a realidade com o pé no chão.

E essa história é acompanhada por uma garota—que no caso sou seu, que decidiu acompanhar um garoto misterioso e estranho—que no caso é o Marshall, que meio que por "culpa" das pessoas em si, nós encontramos diversos casos de personagens diferentes, com cada um tendo sua história, lado, realidade, e verdade.

E tudo isso... Todos os personagens... Todos incluindo eu e o Marshall... Fomos motivados pelos sentimentos. Pelos nossos próprios sentimentos, querendo ou não.

E bem...

Essa história é sobre sentimentos de—

Luxúria;

Inveja;

Vaidade;

Ganância;

Egocentrismo;

Hostilidade;

Rancor;

Malícia;

Traição;

Sadismo;

Egoísmo;

Ingenuidade;

Mentiras;

Ódio;

Manipulação;

Falsidade;

Possessividade;

Pressão;

Decepção;

Felicidade;

Ilusão;

Ciúmes;

Amor;

Tristeza;

Empatia;

Irrealismo—

Essa história é sobre sentimentos diferentes.

...

Bom, acho que já sei como começar isso. Na parte mais leve.

————— Começaremos na primavera. —————