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Chapter 4 - Não tem mais jeito.

No lado de fora, Theo observa a todos com um olhar irritado e não deixou de xingar em pensamentos: Esses inúteis realmente estão discutindo no lugar de sair e me matar? Porra! Eles vão me pagar.

Logo ele olhou para os vários zumbis em frente da loja com desagrado.

Esses meus camaradas zumbis hein... eles são tão fracos. Vários minutos se passaram, mas apenas algumas pequenas rachaduras na vidraça.

Também tem esse meu corpo inútil que não quer se mexer. Se não fosse por isso, eu mesmo já teria quebrado essa droga!

"Haa… não é possível que não me matem, e acabem por morrer para os zumbis ou é?"

Pensar isso me deixou assustado. Já bastou toda essa vida de merda que tive desde minha infância, agora com o acréscimo desses cinco anos como zumbir... acredito que não exista alguém nesse mundo com uma vida ainda mais miserável que a minha. Tenho que morrer hoje, custe o que custar!

*Sons de grunhidos*

GRUAAAH!

Oh, olha só! Um dos grandes vem vindo! Hehe, já estava na hora! Agora quero ver por quanto tempo ainda ficaram lá dentro.

Enquanto os observava, não passou despercebido o olhar de desespero no rosto do grupo dentro na loja. Eles olhavam apavorados para o grande zumbir grotesco de três metros de altura que se aproximva enquanto derrubava a horda de zumbis em sua frente.

Esse era um zumbi de (rank E) um zumbir mutante do tipo animal. Por sua aparência esquelética e aos poucos pedaços de carne em seu corpo… quando estava vivo provavelmente era um gato, pelo menos acho que era.

*ESTRONDO*

BAM!

Com alto estrondo, seu corpo se chocou contra a vidraça jogando tanto eu quanto outras centenas de zumbis que estavam em sua frente para dentro da loja.

Nesse momento acreditei que finalmente poderia morrer, mas o que eu estava esperando? Obviamente, minha fodida má sorte me manteve vivo.

Uma cortina de poeira se originou dentro da loja, seguido por vários gritos e choros.

Os zumbis começaram a entrar aos montes correndo um por cima do outro, quanto a mim, eu não era capaz de ver nada devido à poeira, mas ainda assim meu corpo se levantou por si mesmo e seguiu em uma certa direção.

Deduzi que esse deveria ser um dos sentidos que os zumbis possuem quando algum ser vivo estar por perto.

Escutei vários gritos de socorro, seguidos pelo barulho da carne sendo rasgada e mastigada. Meus camaradas zumbis, realmente estavam fazendo a festa.

Isso me deixou frustrado, eu queria acabar com aquele cara com minhas próprias mãos, mas... fazer o que né!

Kyaaaa!

— Não venha, fique longeyaaah!

— NãoooooAhhhh!!!

— SocorroAhhh!!!

Também, teve outro problema que percebi: Quem vai me matar se todos nesse grupo morrerem?

Tem vez que penso que Deus, está sentado em seu trono assistindo meu sofrimento enquanto come pipoca com uma coca gelada. Ah, Deus... por que me odeias?

Estava tão frustrado com essa situação, entretanto, logo percebo que em minha linha de visão há duas garotas não muito longe. Nesse momento notei que essa era minha última chance, então resolvi deixar esses pensamentos negativos de lado.

Uma das garotas tinha um cabelos escuro e parecia está morta ou inconsciente; já a outra, era a mesma ruiva que usei em meus planos não muito tempo atrás.

Meu corpo se moveu lentamente enquanto mancava. Eu, acabei por quebrar uma perna após ser atingido pelo gato zumbir. Eh... como se não já estivesse ruim o bastante para mim.

Se aproximando da garota minha boca salivava junto a alguns vermes que caíram no chão a cada passo que dava.

Eu sei... isso é nojento, mas o que posso fazer a respeito? Acredito que quando fui nascer nesse mundo o responsável por minha alma acabou por apertar o botão de super difícil nesse jogo da vida, e aqui estou agora, Theo um zumbir.

A garota ruiva logo percebeu minha aproximação. Nesse momento eu estava fazendo minha mente trabalhar para pensar em uma maneira de possível morte para mim, mas foi então que percebi um facão perto da garota. Nesse momento fiquei feliz, ainda mais feliz que um cara precoce que por milagre durou um minuto.

Havia um facão. Acreditei que Deus, finalmente me ouviu. Se não foi ele, foi Buda, Odin, Zeus ou alguns outros pra qual rezei.

Agora era o mais fácil, essa garota só tinha que pegar e usar esse facão contra mim. Obviamente essa era uma ação que até uma criança faria para defender sua vida do temível zumbir, entretanto, mais uma vez essa esperança foi roubada de mim.

A ruiva idiota apenas abraçou o corpo da garota possivelmente morta enquanto chorava.

"Minha filha... se quer abraçá-la tudo bem, mas não pode fazer isso depois de ajudar esse pobre coitado aqui não? Isso é pedir de mais? Eu, realmente tenho que implorar?"

Sim, eu queria poder gritar essas palavras.

Essa idiota de cabelo ruivo prefere morrer do que pegar esse facão e me matar?

"Vocês desse grupo por acaso assinaram algum termo de não agressão ao zumbir Theo, e eu não estou sabendo?" Não deixo de pensar indignado.

Ela seria apenas uma idiota ou estava fazendo de propósito para me irritar? Pois se for a segunda opção, ela realmente conseguiu!

Gruaauhh!

Kyaaa! —Não!

Meu corpo estava a meio metro da garota soltando gritos de raiva e indignação. Possivelmente minha mente o influenciou, ou o meu corpo simplesmente estava realmente faminto .

A garota gritava continuamente enquanto todo o seu corpo tremia e virava de costas abraçando a outra garota, porém, não demorou muito para conseguir chegar até ela. Meus dentes podres estavam a poucos centímetros do seu ombro.

"Ah, não caralho! Realmente não dá!" Grito em pensamentos, pois estava fumegando de raiva, mas essa ação fez minha boca parar quando estava próximo a encostar na pele branca e delicada da ruiva, melando-a com uma saliva nojenta e vermes que rastejam por seu ombro.

Eu ainda não podia matá-la, pelo menos não antes de morrer! Se esse meu corpo podre ferir essa garota esse lugar vai se encher de zumbir. Apesar de estarmos em uma pequena zona feita de escombros ainda dava pra sentir a corrente de ar passar. Só bastava uma gota de sangue para liberar o doce aroma para os zumbis.

Como essa garota era minha única chance, eu tentei com todas as forças controlar o meu corpo e recuar alguns centímetros, mas não deixo de ficar surpreso por conseguir essa façanha, no entanto, não perdi tempo. Levantei um dos meus braços e apontei para o facão enquanto gritava de forma irritante.

Gruoaaoo! Gruaraao!

A garota que esperava ser mordida estranhou não sentir dor e abriu os olhos medrosos lentamente. Seu corpo tremia nervosamente quando virou seu pescoço um pouco para o lado, no entanto, o que ela viu a mim o zumbir que estava prestes a mordê-la, grunhindo loucamente enquanto apontava para o facão.

Seu olhar para mim era assustado, mas também era o olhar de alguém com pontos de interrogação na cabeça.

Eu realmente queria poder soltar um grande suspiro nesse momento, nunca pensei que morrer seria uma tarefa árdua! Será que terei que desenha para essa demente entender?

Como a garota parecia não entender logo tentei fazer gestos, mas não era uma tarefa fácil, entretanto, após muita dor de cabeça finalmente consegui reformular um gesto de uma mão passando em frente ao meu pescoço, mostrando que ela deveria pegar o facão e cortar minha cabeça fora, mas a garota ainda continuava com o mesmo olhar atordoado sem entender.

Eu desisto!

Foi o que disse em minha mente antes de forçar meu corpo que se recusava a obedecer para longe daquela idiota. Eu já era um fodido zumbir, mas vai que essa burrice dela é contagiosa? Minha vida já é uma porcaria, não queria que ficasse pior.

Claro, há um motivo maior para sair de lá: Mesmo ela sendo burra não mudava o fato dela ser uma mulher linda.

Depois desses cinco anos vagando com um monte de coisas feias podridas fedorentas, eu não suportaria matar tal beleza, e também não queria perder meu último pingo de humanidade comendo essa bela humana de uma forma, que não fosse sexual.

Esses eram os meus pensamentos. Mesmo sendo zumbir ainda possuo minha integridade moral, entretanto, isso não correspondia a um de meus companheiros zumbis que foi lançado junto comigo para esse lado da loja.

O gato mutante derrubou várias prateleiras junto a uma parte do teto da loja, cercando a gente em um lugar que nem um outro zumbi poderia entrar facilmente. E também tem os outros companheiros dessas garotas que sobreviveram, e chamaram a atenção de muitos zumbis enquanto fugiam.

Merda!

Não deixei de xingar percebendo que estava perdendo o pouco controle que tinha sobre meu corpo.

Logo vejo aquele zumbir correr e pular em cima das duas garotas, eu queria deixá-las morrer, mas foi aí que percebi minha última oportunidade para morrer.

Eu já havia presenciado isso acontecer. Os zumbis muitas vezes brigam entre si pela comida, então se eu tentar impedir esse zumbir, significa que ele vai tentar me matar para conseguir a comida. Nesse ponto só tenho que usar minha força de vontade para assegurar que meu corpo não se mova.

Hahaha! Gargalhei em pensamentos. Finalmente chegou a hora do meu tão desejado fim!

Aproveitei que ainda tinha controle sobre meu corpo e pulei de encontro com o zumbir.

Mais infelizmente não foi como imaginei. Minha boca abriu contra a minha vontade enquanto mirava na cabeça do zumbir. Foi instinto de proteção pela comida, meu corpo não deixaria outro lhe roubar.

PUFF! CREACK!

Minha boca se abriu em um tamanho anormal e arrancou metade da cabeça do zumbir que havia saltado nas garotas. Uma massa cerebral podre espirrou por todos os lados principalmente nas garotas que estavam a alguns centímetros.

Não tem mais jeito... eu não estava nem um pouco feliz por esse desenrolar. Não era pra ser assim, ele que deveria me morder até a morte, mas por que, esse desgraçado morreu com apenas uma mordida? Droga! O que que fiz de errado? Por que não consigo morrer?