Capítulo 13
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A noite chegou. Não existiram alarmes de invasão, tensões com lutas ou gritos de
pânico... coisas que poderiam acontecer ao tentar portar a Kalila, mas que
agora podem acontecer por decidir interferir nos atos dos suspeitos saqueadores
de Algoz, essa foi a decisão de Yan, e ele está disposto a lutar contra o que
vier para salvar as pessoas que ele se responsabiliza.
Yuma: Você vai me ignorar agora?
Yan: Eu não quero isso, mas a partir de agora, eu prefiro
agir sozinho.
Yuma:...Tudo bem, eu vou respeitar isso. Então, vou tentar
descansar e cuidar do seu irmão, mas pode me chamar qualquer coisa.
Yan: Obrigado. Tchau.
Yuma: Tchau.
Ao invés de ir embora, Yuma apenas muta a sua voz e continua
assistindo tudo pelos olhos de Yan, se recusando a ir embora e fazer o que ele
havia dito.
Então,
furtivamente, Yan segue o carro dos Capangas de Algoz, até chegar na Cidade
Ictu, sendo o Sudoeste de Tétis. Após entrar na floresta e se passar alguns
minutos, o motorista desce do carro e pisa na raiz de uma árvore, ao fazer
isso, a mesma árvore e os arbustos ao seu redor se afastam do mesmo, abrindo
uma passagem para que ele vá para o subsolo com o seu carro.
Quando
ele entra, Yan desce até o chão e solidifica seu corpo, ele apoia suas mãos e
joelhos nele, usando sua Geolocalização para enxergar o subterrâneo deles. É
possível ver uma grande instalação, grandes placas de metal e alta-tecnologia,
como de se esperar. Enquanto os Capangas dialogam, separam equipamentos e etc..
os civis são presos em celas enormes, também com Capangas de guarda. E em ambos
grupos, a muitas pessoas.
Após
entender a base do seu possível confronto, ele cria um portal abaixo de seus
pés e passa pelo mesmo, entrando no subterrâneo a partir do banheiro inimigo.
Sem
sinal de perigo, Yan decide sair do banheiro, na sua forma física e camuflando
seu Gou. Andando por corredores vazios e usando a Geolocalização para entender
melhor o ambiente, ele segue alguns Capangas e escuta os seus assuntos.
Passando por algumas celas, alguns civis os reconhece e começam a ficar
animados, muitos não conhecem e ficam confusos, e ele pede apenas para que
façam silêncio. Abandonando este corredor, ele volta a prestar atenção nas
conversas dos Capangas.
Capanga 1: Quem diria que a gente ia conseguir capturar
tanta gente, até que não foi tão difícil.
Capanga 2: Tô te falando! É claro que o Algoz deixava isso
muito mais fácil, mas a gente não tem que virar inútil por causa dele.
Capanga 1: Vai ser muito fácil cobrar a liberdade dele, pela
vida dos reféns.
Capanga 2: É O QUE? VOCÊ É BURRO POR ACASO? O que que passa
pela sua cabeça pra achar que a gente precisa dele, e além do mais, termos
marra pra enfrentar Gaia. A gente vai é vender essas pessoas e ficar rico! É
muito mais fácil e vamos fazer isso do nosso jeito, e não do jeito dele.
Capanga 1: Eita, tá bom! Mas não se irrite...
Capanga 2: Aaaa então não me deixa irritado, porra!!!
Yan: Eles não tem nada de muito útil pra eu saber... preciso
de mais informações.
De repente, Yan se atenta a uma presença de Gou virando o
corredor. Parece estar andando com cautela, então ele deduz que está vindo na
intenção de abate-lo.
Yan: Vou deixar que se aproxime, e então posso pedir mais
informa-
???: O Sherlock! O que tá fazendo aqui? Quem é você?
Yan: ?!?! – se assusta e recua, ao sentir um toque em seu
ombro e ouvir está voz feminina.
Assustado, Yan recua e se vira criando um punhal de gelo e
apontando para está mulher, que faz exatamente a mesma coisa, e ambos ficam
parados.
Yan: Você está com eles?
*acena a cabeça que não*
Yan:....?
Mulher: Desculpa se você não gostou da piada. É que o seu
visual me lembrou ele.
Yan:... – Não sentindo tal ameaça, ele abaixa e desfaz o
punhal – Eu não sei quem é esse.
Mulher: É, isso é normal.
Yan: Quem é você?
Demônio Azul: Eu sou a Demônio Azul, e você?
Yan: Por que se chama assim?
Demônio Azul: Porque é minha identidade secreta!
Yan: Hum...Yan. O que você tá fazendo aqui?
Demônio Azul: Tô afim de..Perai! Por que VOCÊ não tem uma
identidade secreta?
Yan: Acho que não preciso.
Demônio Azul: Mas, ma.. – ela balança os braços, confusa.
Yan: Eu não sou alguém muito importante.
Demônio Azul: Tsk! Tá! Tanto faz! Eu quero libertar todo
mundo. Você também?
Yan: É, mas ainda não sei como.
Yan enxerga Demônio Azul como um Gou azul tão claro quanto o
céu. Além da sua perspectiva, ela é uma mulher alta de 1,90cm, sua pele é
pálida e seus cabelos são lisos e brancos, presos por um rabo de cavalo, e
destaca seus olhos lindos e azuis. Suas roupas são pretas e coladas em seu
corpo, e ela usa uma máscara preta que esconde seu rosto até o seu nariz.
Demônio Azul: Tava querendo procurar uma sala de controle.
Com certeza tem uma aqui.
Yan: Você pode me lembrar como eram as celas?
Demônio Azul: Cubos bloqueados por uma parede tecnológica.
Ela bloqueia Gou, então é inútil usar.
Yan:...Acho que já sei o que fazer.
Demônio Azul: O que?
Yan: Pode me levar?
Demônio Azul: Hum...posso. Mas espera aí! Por que tu tá te
de olh-
Yan: Depois explico, me mostra as prisões.
Poucos
minutos depois, Yan e Demônio Azul estão rastejando por debaixo do chão da
instalação, passando por alguns capangas presos e inconscientes que Demônio
Azul já conseguiu capturar sozinha.
Yan: A quanto tempo você tá aqui?
Demônio Azul: Faz umas 2 horas. Não sei se dá pra perceber,
mas eu sou bem silenciosa!
Yan: Eu percebi... – pensa, lembrando de quando ela o tocou.
Demônio Azul: Você é daqui? Eu nunca te vi antes.
Yan: Não, eu só queria ajudar as pessoas.
Demônio Azul: Isso é muito legal, valeu pela ajuda. – sorri.
Yan: Mas e você?
Demônio Azul: Eu sou de Tétis. E esses saqueadores tão
sequestrando pessoas a um tempo... e é hoje que vou dar um jeito neles.
Yan: Corajosa... – pensa, de novo.
Demônio Azul: Para! – ele para – Estamos abaixo da sala de
celas. Você dá o jeito que disse que daria pra salvar todo mundo e eu abato os
capangas, de acordo?
Yan: Certo.
Demônio Azul: Boa sorte. – sorri.
Yan: Você também.
Com
maior proximidade, Yan consegue ddistinguira existência de 12 celas, onde em
cada uma a 15 civis. Então, Yan olha pro chão e cria um portal abaixo de si
mesmo, conectando com um que ao mesmo tempo aparece dentro da cela que ele
estavam embaixo, enquanto isso Demônio Azul continua rastejando por debaixo do
solo da instalação.
Surgindo
dentro da 1°cela, Yan faz um sinal de silêncio para os prisioneiros, mas não
adianta pois eles todos olham surpresos pra aparição repentina dele, mas o foco
de Yan muda para um registro de Gou no meio do corredor o encarando, prestes a
gritar, mas antes que ele possa, Yan vê, no solo, um piso logo atrás desse
guarda ser arrastado pro lado e então vê duas mãos puxando o pé do homem e
sumindo totalmente com o cara, e depois disso, ele vê apenas a mão de Demônio
Azul surgir do solo fazendo um joinha e então sumir novamente, cobrindo a
passagem com o piso, Yan dá um suspiro aliviado.
Yan: Peço pra que se acalmem,
vim resgatar vocês, tenho um jeito, mas peço pra que não façam barulhos.
Todos os 15 ali presos naquela cela olham
boquiabertos pra Yan que até então pra eles está usando Gou, e quando o vêem
criar um portal oval de coloração lílas, através deste, eles conseguem enxergar
uma floresta verdejante, estando claro se tratar de uma saída para os mesmos.
Yan: Venham todos em silêncio, por favor, não gritem.
E então... Todos começam a correr pro portal,
criando barulho e obviamente assim, começando a alertar a instalação.
Em outro canto da instalação, alguns capangas estavam
jogando truco, quando começaram a ouvir muitos passos.
Capanga 1: Eu tô
maluco, ou seis tão ouvindo barulho pá caralho também?
Capanga 2: Eu tô
ouvindo também, porraa... aquele bando de merdinha não sabe ficar com o cu
sentado! deixa eu ir lá ver – Diz, enquanto se levanta frustrado e pegando sua
arma.
Voltando as celas, Yan repara o barulho que
eles fizeram e suspira em frustração e já começa a sentir um certo grau de
ansiedade, ao ver os 15 prisioneiros ali passando pelo portal, ele o fecha e
então corre até a grade de energia da cela, e antes de toca-lá, ele se desfaz
em vento, atravessando-a e entrando na 2°cela, repetindo o mesmo processo e já
abrindo o portal.
Yan: Por favor, não
façam – E antes que ele termine sua fala, o outro grupo de 15 ali preso, já
começa a correr e gritar em direção ao portal e Yan continua a se tornar cada
vez mais receoso.
No corredor, 3
capangas surgem, vendo esta comoção e gritando, apontando suas armas para Yan.
Capanga: QUE PORRA É
ESSA?! COMO VOCÊ ENTROU AI?
Yan: Merda, por isso
não era pra fazer barulho!
Mas
dá tempo de este grupo de prisioneiros fugir, então Yan fecha o portal, e antes
que ele corra na direção dos capangas para atacá-los, o chão novamente tem um
piso removido e Demônio Azul emerge dele com um salto, e ela choca a cabeça de
2 capangas uma contra a outra os desmaiando, e ainda no ar, faz uma chave de
perna no pescoço dele e o gira, o derrubando no chão com tudo e também o
desmaiando. Rapidamente ela levanta e olha pra Yan, enquanto exclama.
Demônio Azul: Que porra é essa Sherlock, você não sabe ficar
quieto caralho, a porra da base toda tá alertada!
E ao mesmo tempo que ela fala isso, começa a tocar um alarme
de emergência, Yan, ainda frustrado por conta de tudo já ter começado a dar
errado, olha pra ela e fala.
Yan: As pessoas
saíram correndo, era inevitável fazer barulho! Ganha tempo pra mim!
E então ele sai correndo em direção a outra
cela, enquanto Demônio Azul se vira no corredor e vê vários capangas correndo
em direção a ela já armados, seja com Gou ou armas. Ela só suspira e fala pra
si própria.
Demônio Azul: Era melhor
ter feito essa porra sozinha... – e ela dispara em direção aos vários Capangas.
Por
algum motivo, assim como Yan, Demônio Azul tinha objetivo de salvar essas
pessoas sozinha, então não é de se surpreender que ela tenha a mesma
determinação para enfrentar dezenas de inimigo com habilidade, confiança e Fé
em Deus.
Demônio
Azul salta na direção deles e deflete vários tiros com pequenas camadas de Gou que
cria ao seu redor. Quando está para pousar, um deles cria uma poça de lama para
que a mesma caia e se afunde, mas ela é rápida o bastante para agarrar o
próprio criador da poça e coloca-lo sobre seus pés, pousando em cima dele e o
afogando na própria poça. Demônio Azul se desloca rapidamente para o lado, e
como uma bola de boliche, ela aumenta sua força e velocidade e rola no chão
derrubando alguns capangas a sua frente. Notando estar na mira de uma mulher
próxima, ela se levanta e a nocauteia com socos e cotoveladas, roubando a sua
arma e usando suas costas como impulso para que ela pulasse e ficasse
brevemente acima de seus inimigos. Enquanto girava no ar, Demônio Azul disparava várias balas na direção deles,
a maioria se uniu e unificou seus Gou's projetando uma barreira que defletisse
suas balas, uma delas acertando o seu antebraço.
Demônio Azul: Aaargh!!! – consequentemente, aterrissando com
pouca precisão e destreza.
Capanga 1: Eu acho que eu já vi essa mina....
Capanga 2: Sério? Quem que é??
Mais capangas surgem das costas de Demônio Azul, e ela olha
pra eles, o que os assusta imediatamente.
Capanga 3: PORRA FUDEU É A DEMÔNIO AZUL!!!! TO FORA!!!!!
Capanga 4: EI, VOLTE AQUI, SEU MERDA!!!!
Ignorando isso, Demônio Azul larga a arma, se recompõe e
chupa seu antebraço pra que a bala saia e a cospe imediatamente.
Demônio Azul: Se preparem, Viados!
Concentrando
seu Gou em suas mãos e pernas, Demônio Azul se dispara mais uma vez nos
capangas e passa correndo no meio de todos eles. Ela os ataca de forma prejudicial
e incomum, concentrando seu Gou na ponta de seus dois dedos e atacando
precisamente seus inimigos em partes específicas de seu corpo. Essas partes
específicas, ombro, tornozelos, antebraços e etc... ficam dormentes e quase
incapazes de se mover, sentindo como se seu Gou não fosse mais capaz de
circular por essas partes, o que deixa esses capangas confusos e incapazes de
continuar lutando sem entender o que acontece com seu corpo.
Ao
perceber que vários capangas pretendem lhe atacar ao mesmo tempo, Demônio Azul salta
e com agilidade desfere um chute na cabeça de todos eles, os desacordando
instantaneamente. Usando um deles como apoio, Demônio Azul salta até aterrissar
no teto, analisando sua situação e as dos que ainda faltam, e também a de seu
novo colega.
Demônio Azul: COMO QUE TÁ AI, SHERLOCK??? – evita falar o
nome verdadeiro dele.
Após
esvaziar mais duas celas, Yan anda rapidamente em direção a quinta e já
mentalizando o seu portal, mas seu foco é interrompido no momento em que
capangas furtivos começam a cair em sua direção. Como reação, ele desfaz seu
corpo em vento e faz com que todos passem por ele, pousando de forma forçada,
mas equilibrada. Ao se materializar de novo, Yan desfere luta frente a frente
contra eles ao mesmo tempo, nocauteando até um deles ao pular no ar girando com
um chute em sua nuca. Ao pousar, nota dois chutes vindo em direção ao seu
rosto.. mas também nota não ter criado o portal para a 5°cela, o que o leva a
criar imediatamente e deixar os civis fugirem, assim, recebendo estes chutes no
seu rosto e cair um pouco para trás.
Respondendo
sua pergunta:
Yan:
Tudo bem, não se preocupa!
Demônio
Azul: PARA DE MENTIR!
Yan:
Você tá bem?
Demônio
Azul: NÃO!!
Diz Demônio
Azul, enquanto esquiva diversos ataques direcionados a ela e com seu antebraço
já curado pelo Gou. Desviando sua atenção, ela nota um grupo de capangas
debatendo de frente para um dispositivo na parede. Com destreza e velocidade, Demônio
Azul corre rapidamente por esse teto sendo danificado por diversos danos de
fogo e Gou, até concentrar seu Gou abaixo de seus pés, como esferas azuis que
crescem a cada segundo e explodi-las no momento que ela se dispara em direção a
este grupo, enquanto algumas placas metálicas caem do teto destruído em direção
aos capangas que conseguem sustenta-lo a base de Gou.
Ao
olhar para cima, este grupo vê a Demônio Azul caindo em sua direção, criando
uma caixa de Gou azul onde ela usa para aterrissar e derrubar eles
agressivamente. Enquanto a caixa leva eles até a multidão, ela salta e fica
diante este dispositivo, e compreende que este dispositivo é para destruir toda
a instalação, após inserir a senha numérica correta.
Demônio Azul: SHERLOCK, TÁ ME OUVINDO?
Yan: Sim!
Demônio Azul: ELES TEM UM DISPOSITIVO QUE VAI MANDAR ESSE
LUGAR PROS ARES!
Yan: Consegue desligar?!
Demônio Azul: NÃO, EU NÃO TENHO A MÍNIMA IDEIA!
Yan:
Droga... – pensa, após derrubar o 2°capanga e sobrar um.
Capanga:
Hmpth, é nisso que dá bancar o herói!
Ele
puxa uma arma e atira em Yan 3 vezes, das quais são inúteis quando elas passam
por ele.
Capanga:
Tsck!
Frustrado,
Yan avança até ele e segura as suas mãos, e a que ele segura a arma, Yan aponta
para seu pescoço.
Yan:
E é nisso que daria... se eu fosse como você. – ele tira a arma de sua mão e
bate contra sua cabeça, derrubando o mesmo.
Finalmente, os capangas conseguem largar estás placas
pesadas e vão em direção a Demônio Azul, cansados.
Demônio Azul: Que valor que cês dão pra vida de vocês...
Capanga: Hmpth, não tanto quanto a que quer morrer pra
centenas de pessoas.
Demônio Azul: Errado! Se eu morrer aqui, vai ser por
centenas de pessoas.
Capanga: Nossa.. que fofa. – Diz, de forma irônica.
Demônio Azul: Obrigada! Eu puxei a gentileza do meu pai... e
você?
Capanga: Tsck!!
Disparos de balas voam em sua direção, e ela consegue se
proteger a tempo revestindo seu corpo com Gou.
Ampliando sua proteção, ela cria uma redoma a sua volta,
onde se protege dos ataques exteriores e também faz disparos de Gou a partir da
redoma, protegendo a si mesma e o dispositivo, enquanto tenta manter a
ofensiva.
Yan se aproxima da 6°cela, já criando um portal em outra
cela ao lado, sendo a sétima. Ao entrar na cela, ele cria o portal e diz, com
pressa.
Yan:
Rápido, por favor!!
No
meio destes capangas, alguns andam calmamente em direção a Demônio Azul, até se
destacarem no meio deles.
Capanga:
Foi uma merda te conhecer, Demônio Azul!
Demônio
Azul: ?!? – Encara, assustada.
Segurando
uma bazuca, ele aponta sua mira para Demônio Azul, protegida pela sua redoma. A
bazuca começa a ser rodeada por linhas vermelhas onde sua energia é
intensificada, mostrando ser uma arma carregada pela energia Gou. E então....
BOOM!
Yan: ?!?!? – Prestes a ir para a 8°cela, ele se aproxima
para ver essa explosão.
Diante
de uma grande fumaça, Yan consegue ver através do Gou todos os capangas de
frente para a origem da mesma, e no meio dela, está Demônio Azul inconsciente..
e com pouco Gou. Assim como Yan, eles utilizam este método para enxergar mesmo
com esta fumaça.. portanto:
Capanga:
Eu vou colocar a senha!
No
mesmo instante, todos escutam Yan se disparando em direção a dispositivo e Demônio
Azul, ao transformar suas pernas em puro vento.
Não permitindo
que atrapalhe, o Capanga que disse isso da um soco no ar, onde sai uma bola de
fogo voando na direção do dispositivo e assim, explodi-lo.
Mas
ele não vai desistir! Yan estende sua mão e abre um portal de frente para a
bola de fogo, seu portal começa de seu centro e a se expandir ao redor da bola
de fogo.. porém, o portal foi criado diante da bola de fogo, o que fez com que
ele fosse consumido... parcialmente. E seus resquícios calorosos, continuassem
até queimarem seu objetivo. E por fim, iniciar explosões muitos maiores.
BOOOOOOOMMMM!!!!!!!
As
salas em que os capangas descansavam, tinham reuniões, se alimentavam e etc.. voam
pelos ares num piscar de olhos, até começarem a se acumular destroços e
labaredas de fogo.
N/A: Caso esteja com a dúvida de que as explosões da
instalação não deveriam acontecer se o dispositivo fosse explodido, imagine
como se o dispositivo fosse como aqueles coletes explosivos que nós vemos nos
filmes.
Cortar o fio certo = Não mexer no dispositivo
Cortar o fio errado = Colocar a Senha
Tentar tirar o colete(morre do mesmo jeito) = Destruir o
dispositivo(explode do mesmo jeito)
Espero que tenha conseguido entender.
No instante seguinte, Yan surge agachado e ao lado de
Demônio Azul, desmaiada.
Yan: Obrigado, Azul.
Com sua mão no chão, um portal surge abaixo de Azul e ela
passa pelo mesmo. Deixando Yan sozinho, cheio de inimigos e objetivos.
De
repente, dá fumaça que estava onde o dispositivo explodiu, Yan sai rapidamente
com uma rampa de gelo sob seus pés e
subindo cada vez mais, ignorando todos os inimigos abaixo dele, que começam a
disparar em sua direção e ele sobe uma parede de gelo, se protegendo
perfeitamente.
"ACABEM
COM ELE" gritam uns pros outros.
Ao
ficar de frente para os escombros e chamas, Yan dispara com intensidade jatos
de água para apagar as chamas e em alguns cantos utiliza os próprios escombros para
apagarem também.
É
muita coisa para Yan se atentar, concentrar seu Gou na rampa que se move
constantemente, pois os inimigos não param de tentar destrui-la. Os jatos de
água que não fazem tamanho efeito devido o acúmulo de chamas e sua falta de
destreza neste elemento. E também..
BOOOOOMMMMMMM!!!!
Yan:
Que?!?!? – pensa consigo.
Os
civis que ele se dá o dever de salvar.
A
última explosão, sendo exatamente abaixo do cubo em que todos estavam presos,
começa a se afundar na terra, com o seu chão parcialmente destruído, deixando
muitas pessoas machucadas com os escombros e poucas celas abertas.
Yan se dá conta de tudo isso ao se teleportar para lá,
escutando gritos, explosões e chamas.. tanta coisa em tão pouco tempo. De forma
rápida, ele deduz quais são as celas com mais feridos e é justamente a cela que
está aberta, para impedir de que capangas entrem ou pior, ele cria um portal
que serve como bloqueio para a passagem. Isso, enquanto capangas começam a
entrar dentro do cubo para terminar o que começaram.
Yan: SAIAM DAQUI!
Suas palmas batem uma na outra provocando um vento que lança
alguns deles para trás, mas isso causa pouco efeito, após Yan perceber que
alguns não conseguem sair do lugar, por conta dos escombros.
Yan: Não conseguem se mover?
"AGORA!"
Yan
escuta de seus inimigos, que juntos lançam uma grande onda de lama na direção de
Yan, cobrindo praticamente todo o corretor.
Rapidamente,
Yan salta para trás e cria um portal gigantesco para toda está lama, ao passar
por ela, outro portal enorme surge acima dos Capangas e eles caem na própria
armadilha.
Passando
pelo portal, Yan surge na 8°cela e ajuda as últimas pessoas a passarem por ela.
Yan: Tá tudo bem, eu tô aqui. – Tenta passar tranquilidade,
na sua voz cansada e um pouco trêmula.
De forma desleixada e medrosa, um capanga corre na direção
do portal que servia como bloqueio para cela, e desesperado, passa pela mesma,
porém ele foi teleportado apenas para dentro da cela, onde se tornou o destino
do portal ao Yan notar sua presença.
Sem pensar, ele agarra o seu pescoço e o coloca contra a
parede.
Capanga: NÃO!! ESPERE!! EU QUERO AJUDAR!!!
Yan: Que?!
Capanga: AA-AL-
Com
falta de ar, ele consegue apenas apontar para fora da cela, onde Yan vê muitos
capangas solidificando a lama com fogo e terra, na intenção de prenderem e
matarem seus próprios companheiros. Os poucos que não foram pegos lutam contra
os que estão se rebelando, gritando uns pros outros.
Capangas: EU NÃO VOU MORRER DESSE JEITO!!!! SEU MERDA
TRAIDOR! SE VOCÊ QUER MORRER, MORRE SOZINHO!!! VOU LEVAR TODOS VOCÊS, PORRA!!!!
Yan:...?!
Yan olha para o capanga que segura, ainda consciente, e
pensando em uma resposta..
BOOOOOM!!!!!
A
parte em que ele tentava apagar com as suas terras e águas, se encontra
totalmente subterrada ao ser consumida por uma explosão que veio do teto, e se
recusando a responder, Yan apenas larga ele e vai direto para outra cela.
Enquanto
ajuda as pessoas que ele pretendia desde o início, ele pensa sozinho e
indeciso.
Yan:
O que eu faço..? Eu ajudo eles igual?
Yuma:
Não, não ajuda.
Yan:
?!?!
Yuma:
Tem mais 3 explosões pela instalação e boa parte vai pegar eles. Se você conseguir
tirar os civis rápido d-
Yan: O QUE VOCÊ TÁ FAZENDO AQUI?!?! EU NÃO QUERO SUA AJUDA!!!
– alguns civis se assustam – Desculpa!! continuem por favor!!
Yuma: Eu não posso te deixar sozinho agora!!
Yan: Se eu precisasse você, teria chamado! Agora me deixa em
paz.
Yuma: Aquela garota não tá mais aí com você!
Yan: E você não estaria me vigiando se o Akechi não
estivesse bem sem você. Da pra confiar um pouco na g-
BOOOOOOOMMMMMM!!!!!!!!!
"AAAAAAAAARRGHHH!!!!!!!!!"
Vários gritos se destacam dentre estás explosões.
Após esvaziar a 9°cela, uma das poucas que restam, ele corre
pro corredor, terminando a conversa.
Yan: Não me atrapalha de novo!
Yuma: Yan!!!!!
Através
do Gou, Yan consegue enxergar que do lado de fora do cubo, o solo termina de se
destruir completamente, matando diversas pessoas com as explosões, prendendo e
machucando as outras que ainda tentam viver, seja por ganância ou tentativa de
fazer uma última ação boa.
Yan: Como... eu vou diferenciar os bons dos maus? Se só
restam mais duas explosões e três foram no chão, as outras duas vão vir de
cima. Eu posso fazer um portal que evite ambas explosões na gente, mas as
pessoas vão continuar se matando.. E ainda tem os civis que preciso tirar daqui
e alguns feridos... O que eu faço? Como posso cuidar deles?
A respiração de Yan passa a ficar mais forte, não apenas
pelas chamas ou pelo seu cansaço.. mas também pela ansiedade de seus
pensamentos. A preocupação tão boa com todos aqueles que estão à sua volta...
mas tão ruim, por esquecer de uma pessoa.
"SAI DAQUI!!!!!"
Yan: ?!?!?
Capangas: VOCÊ PRECISA SOBREVIVER MAIS DO QUE QUALQUER UM AQ-
– ele foi mortalmente atingido – SOME DE UMA VEZ, CARA!! NÃO LIGA PRA NÓS!
Civis: Você tem que ir, rapaz.. obrigado pelo que fez. –
BOOOOOOMMMMM!!!!! – Nós não temos chance. Obrigado por tentar nos salvar...
Enquanto muitos capangas são brutalmente esmagados do lado
de fora... Sem acreditar.. sem saber o que fazer.. Yan se encontra parado.. pasmo,
sem uma solução certa.
Yuma: Filho...
Uma lágrima escorre de seus olhos fechados.. passando pelo
seu rosto, até cair para estes malditos escombros. Que estavam para crescer mais
ainda, ao toque de seu choro.
BOOOOOOOOOOOOMMMMM!!!!!!!!
Uma
leve dor de cabeça, trás uma noção das coisas ao seu redor. Um gramado pelos seus
dedos, seu corpo pesado, e vozes muito abafadas e afastadas. Ao abrir seus
olhos, vê uma noite estrelada e árvores a sua volta, levantando o seu tronco,
consegue se sentar no chão e se questionar.
Demônio Azul: Que..?
Ao tocar em seu rosto, ele ainda está escondido. O que q
deixa menos preocupada.
A sua
frente, uma locomoção de pessoas aparentam conversar sobre algo, algo que ela
não consegue ouvir, então.. se levanta para se aproximar e entender. Quando
seus passos chamam atenção, as pessoas sequestradas abrem espaço para ela
passar e ela segue em frente.
Civis:
Você está bem? Está sentindo dor?
Demônio
Azul: Eu tô bem. Tudo bem.
Suas
perguntas são respondidas, e a pergunta que ela queria fazer, fica diante de
seus olhos.. aquele que a salvou, estava desmaiado no chão, rodeado por todas
as pessoas que ele salvou, visivelmente preocupadas com ele.
Civil: Ele não parece estar machucado. Mas a exaustão acabou
com ele.
Demônio Azul: Yan... – pensa, sozinha.
Civil: A Cidade deve ter percebido as explosões e virão para
cá daqui a pouco.. você tem que levar ele.
Demônio Azul: Mas..
Civil: Você é uma vigilante... já tem fama ruim. E não vão..
tentar vê-lo de maneira diferente. – olha para Yan –Nos deixe aqui, vocês já
nos salvaram demais.
Em silêncio, Demônio Azul troca os seus olhares entre as
pessoas salvas e Yan, e então toma sua decisão, levantando Yan e colocando seu
braço envolta de seu pescoço.
Demônio Azul: Tudo bem... Obrigada.
E os civis sorriem para ela, enquanto ela parte pulando
pelas árvores da noite.
Iluminados
pela luz da lua, Demônio Azul segue de forma objetiva enquanto carrega Yan.
Apesar de saber para onde vai, seu cansaço e o peso de Yan atrapalham o seu
trajeto, os deixando mais lentos do que normalmente seria ao carregar alguém
dessa estatura.
Demônio Azul: Grr! Eu não sei se consigo te carregar até lá.....Yan.
– pensa, sozinha.
"Azul"?
Demônio Azul: Hã??
Como se ouvisse o seu chamar, Yan acorda de repente, olhando
para aquela que o carrega sozinha.
Demônio Azul: Yan! Yan, você consegue ficar de pé?
Yan:.... – ele vira seu rosto para frente.
Demônio Azul: Yan??
Yan: Eu falhei.... – Com tristeza e derrota, ele diz para si
mesmo.
Demônio Azul:...?? – Ela se lembra das pessoas que viu
quando acordou, e pensa – Ainda ficou faltando gente?...Yan...
Ao
deduzir que Yan não seria capaz de prosseguir sozinho, ela decide que irá
leva-lo e carrega-lo até o seu destino.
Demônio Azul: Kanjo!
Yan:...?
Uma aura vermelha surge ao redor de Demônio Azul, em
conjunto de uma força e vigor que a faz levar Yan com menos dificuldade.
Demônio Azul: Vai ficar tudo bem, Yan!
E ela segue seu caminho de forma mais rápida e convicta.