Sariel deu uns passos para trás enquanto a quimera descia. Queria tentar correr para alguma cripta do cemitério, mas os pés o prendiam naquele lugar.
- O que você está tentando fazer?
- Não tem muito o que eu possa fazer. Esse lugar é muito fechado.
- Você não vai conseguir escapar.
A quimera voou em direção a Sariel. Ele tentou manter distância, mas não conseguiu porque estava entre algumas lápides que impediam o seu caminho. Por esse motivo, colocou o seu bastão na sua frente.
- Esse seu pequeno bastão não fará nada no final.
O monge não pareceu abalado depois daquela declaração.
Ele pôs o seu bastão para frente e ficou em prontidão aguardando a quimera.
- Pode vir.
Não sabia se aquilo funcionaria com aquela quimera porque somente parte dela parecia ser um espírito. A outra parte parecia um corpo humano normal.
Sariel estava há poucos metros de receber o ataque.
- Morra!
A quimera atacou com a perna modificada em cima do bastão. Após isso, houve um pequeno impacto e uma explosão em seguida. Sariel voou longe após aquilo.
- Mas o que é isso?
O medalhão e o bastão ficaram colados após aquilo e a quimera começou a pegar fogo.
- Essa coisa...
Ela tentou tirar aquele bastão com a mão, mas estava muito quente.
Sariel voltou muito ferido após ter batido a cabeça em uma lápide. Um pouco de sangue deixava a sua cabeça vermelha.
- Você... ainda ... está...
- Isso não é nada. Eu preciso ajudar as pessoas daqui. Você não vai sobreviver.
Sariel segurou firme o bastão enquanto a quimera tentava se descolar. A perna estava cheia de bolhas verdes estranhas enquanto o bastão com medalhão ficava fritando.
A quimera modificou novamente a perna.
- Você... não... vai...
Ela conseguiu se soltar do bastão, mas não conseguiu se distanciar muito do monge. Estava pegando fogo e também enfraquecida.
- Você... vai...
- Pode vir monstro.
A quimera conseguiu modificar a perna em formato de pedregulho com várias bolhas causadas pelo dano do medalhão.
Em seguida, deu um rasante em direção a Sariel novamente.
A pedra da perna atingiu o bastao do medalhão e Sariel ao mesmo tempo. Houve uma grande explosão.
(Bruuuuuuuuuuuum!)
O cemitério balançou.
As pessoas que se escondiam no subterrâneo foram ver o que acontecia.
- O que foi isso?
Sariel havia desaparecido.
Varias parte do corpo da quimera foram espalhadas para todos os lados e a perna espiritual virou pó.
As pessoas foram até o cemitério para olhar.
- Vejam!
Acharam um pequeno pedaço do bastão do monge.
- Será que era daquele monge?
Rari se aproximou.
- Sim. Era dele.
- O que será que houve?
- Ele deve ter enfrentado uma daquelas criaturas. Não sobrou nada.
- Podemos andar com mais tranquilidade por aqui. Não tem mais daqueles espíritos.
- Sim. Estamos salvos por causa daquele forateiro. Levem esse bastao. Ele servirá de símbolo pelo que houve aqui hoje.
Após isso Rari e algumas pessoas voltaram sem preocupações para as suas casas novamente abandonando o abrigo do subsolo.