- E o que foi que você viu?
- Eu vi marcas de um material verde. Aquilo havia sido deixado há pouco tempo e havia rastros. Era como um pó que não daria para ver no escuro. Estava com uma vela e fui perseguindo aquilo até chegar em uma janela. Fui para a parte externa do templo. As marcas estavam no chão e seguiam até o muro. Aquilo pode ter sido jogado no ar e caiu no chão. Por ser uma marca verde eu não sabia do que se tratava, mas depois de virmos aqui no vilarejo da fronteira tenho quase certeza do que é.
- E o que seria essa marca verde?
- Era a mesma coisa que vimos quando os heróis que foram enviados para o outro mundo. Era o mesmo tipo de material utilizado. Alguém que tinha usado isso também usou para pegar o corpo de Batistlav no templo. Eu segui as marcas até o outro lado. Dava em uma parte comercial da cidade. Não iria conseguir saber para aonde ele foi a partir daquele ponto. Eu tinha então algumas pistas do que houve em meu relatório. Algo ou alguém pegou o corpo de Batistlav do templo. Essa coisa tinha algo que soltava um material verde. Esse material foi solto por todo o templo até chegar perto do muro do templo. Da rua dos fundos em direção a área comercial, esse material começava a desaparecer. Ou ele foi levado por ali ou ele mesmo saiu por ali para algum lugar. Eu tinha uma pista de quem poderia estar envolvido que era a princesa Lilian. Mas isso seria algo difícil de saber. Como eu poderia chegar perto dela e obter essa informação? Eu iria ter que apelar para algo mais direto.
- E como você conseguiu essa informação para o seu relatório? Teria alguém que pudesse lhe ajudar?
- Não necessariamente. Havia uma dama de companhia da princesa, a Sabrina. Eu soube que ela também testemunhou o que aconteceu naquele dia no salão real. Teria que me aproximar através dela. Fui até o castelo naquele mesmo dia e procurei pela mesma. Ela estava ao lado da princesa o dia inteiro e seria difícil falar com ela. Quando a princesa pediu para deixar ela sozinha, me aproximei. Ela tinha me visto e achou estranho um monge andar tao próximo dela. Sabia que eu teria alguma coisa a procurar. Ela se aproximou e me perguntou no que eu poderia ajudar. Eu falei que estava procurando por pistas, assim como a guarda real, a respeito daquele incidente que aconteceu no salão do castelo. Ela me perguntou se eu já tinha conseguido alguma ideia de quem fosse o culpado. Respondi que não poderia dizer informações sobre aquilo, mas que as coisas poderiam levar a algumas conclusões interessantes. Ela queria saber sobre essas conclusões mas entendeu que não poderia se intrometer naquilo. Ela falou que achou muito estranho aquilo que aconteceu. Nunca nada daquilo havia acontecido. Eu falei que entendi sobre aquela situaçao e perguntei se ela saberia sobre alguma coisa sobre o envolvimento da princesa sobre aquilo.