- Sou Samyra. A bruxa do reino.
- Não sabíamos que nós tínhamos contato com esse tipo de pessoa, senhor.
O chefe dos monges se aproximou da bruxa. Ela aparentava ser uma moça de apenas vinte anos, loira e com olhos azuis. Ela deveria ter usado algum tipo de magia de tempo para congelar a sua idade porque ela tinha séculos. Era mais velha que muitos dos reis e estava viva durante as últimas três guerras pelo menos. Dizem que ela estava também em guerras anteriores, mas isso era somente boato.
O chefe dos monges era um senhor de idade e era um pouco estranho ver a cordialidade que ele tinha com a mesma. Não tinham a ideia de quanto ela o conhecia e as coisas que já haviam passado. Essas coisas do reino também estavam enterradas na história da capital. Passaram por tantas dificuldades que não sabiam como que chegaram até ali.
- Sei o que vocês querem dizer, mas as cidades ao redor da capital já foram tomadas por monstros. E momentos desesperados pedem medidas desesperadas.
Sariel olhou para Embolo. Aquilo de medida desesperada deveria ser função dos heróis ou da guarda e do exército. Eles são monges. Não deveriam ser envolvidos naqueles tipos de problemas. Mas as investigações estavam apontando para aquele lugar na fronteira. O que o herói que voltou estaria fazendo lá? E por que esses monstros estariam atacando em larga escala ao reino? Estavam preparados para qualquer coisa, mas em um ambiente de guerra, poderiam ser mortos facilmente sem saberem o motivo.
- Certo. E o que seria essa medida?
- Venham comigo!
Eles entraram em quarto escuro. Era um lugar de difícil acesso que somente alguns monges que tinham acesso a maior parte das salas do monastério entravam. Ali era um lugar que ficava protegido porque haviam instrumentos muito valiosos e perigosos. Alguns imaginavam que havia uma criatura muito forte e desconhecida que guardava aquele local. Não estavam totalmente errados.
Haviam muitas velas sobre um círculo com hexagrama. Era uma espécie de círculo mágico montado há muito tempo. Haviam também outros objetos naquela sala, mas os monges que estavam ali não sabiam para que serviriam.
- O que seria isso?
(...)
- PULVERIZAR!
A flecha subiu uns cinquenta metros enquanto brilhava no ar. Quando chegou bem acima do nível de onde estava a neblina, ela se transformou em várias brilhantes. Ela atingiu o topo do campo de força. Logo em seguida, aconteceu uma explosão.
(Bruum!)
Quem estava por perto ou nas redondezas viu aquele brilho luminoso. Parecia como estrela cadentes caindo do céu. Batistlav entrou na cidade. O caminho parecia estar limpo naquele ponto. Era um cheiro forte que subia. Houve uma batalha intensa naquele local. Dava para perceber só de ver o sangue e destroços.
- Somente corpos para todo lado e tudo destruído.
Ele se aproximou perto da igreja aonde havia acontecido uma batalha. Não era muito distante da rua em que estava anteriormente. Parecia que também estava tudo revirado.
- Mas o que é isso?