- O que mais você quer para falar sobre esse rapaz?
O cavaleiro aposentado coçou a cabeça. Parecia que iria tentar enrolar os dois monges novamente, mas viu que eles não arredariam o pé. Então, logo teria que falar para eles o que sabia dos acontecimentos que se sucederam. Estava tranquilo, mesmo sendo pressionado por aqueles dois. Tudo o que ele teria que fazer era ter que enrolar mais um pouco. Para alguém ligado a coroa real ter vindo tao rapidamente naquele lugar da periferia da capital, somente poderia ser porque eles estavam sabendo de muita coisa do que estava acontecendo com os mercenários e com a batalha na fronteira. Ele teria que arranjar o máximo de tempo que pudesse e conseguir fazer alguma coisa para que aqueles dois não se metessem no caminho daquele rapaz.
- Acho que mais umas cinco moedas de ouro.
- Cinco moedas só por uma informação?
- Eu vi que isso é bastante valioso para vocês. Senão, não teriam tanto trabalho para investigar sobre esse rapaz.
Embolo pegou a pequena bolsa que carregava e sacou as cinco moedas de ouro. era uma bolsa de couro que sempre levava consigo junto ao seu bolso. Eles teriam que entrar na conversa fiada daquele homem se quisesse obter alguma informação. Estavam tentando negociar usando dinheiro fácil. Aquilo poderia ser útil. Eles tirariam de parte do dinheiro dado pelo conselheiro para fazer essa investigação.
- Agora fale!
- Sobre o que estávamos falando mesmo?
(...)
Eles chegaram a um ponto estranho da caverna. Parecia convergir para uma entrada aquele lugar, mas logo em frente havia uma parede. Era uma parede que parecia ter sido feita por alguma civilização antiga. A caverna tinha outras galerias que levavam a outros pontos. Se Batistlav fosse sozinho dentro daquela caverna poderia facilmente se perder sem um guia. Dava para sentir uma especie de corrente de ar que vinha de dentro da caverna. Não sabia se vinha de alguma saída do outro lado da montanha ou se era de alguma outra passagem que dava para o mesmo lado.
- Fica por aqui!
Ela foi até uma alavanca localizada no final daquele túnel e puxou o que parecia ser uma manivela. A parede começou a se mexer. Aquilo era uma passagem secreta que levava para dentro da construção. Dificilmente uma pessoa que passasse por ali saberia sobre aquela alavanca, já que estava tao bem escondida. A guia sabia daquele caminho que foi passado por gerações e isso a diferenciava dos demais cidadãos da vila.
Era uma especie de construção com varias paredes de tijolos e tochas estavam colocadas nas paredes. Era só acender aquelas tochas que daria para ver o caminho em diante. Parecia um corredor de tijolos enorme que levava para o interior de um labirinto;
- Vou acender as tochas. Esse é o caminho labiríntico.
Eles entraram na construção. De onde que surgiu aquele lugar e para que ele foi feito? Por que haveria um tipo de lugar desses no meio daquela montanha? Logo em seguida, a passagem foi fechada logo atrás deles.
- Me sigam!