- Eu não sei. O que vocês estão dispostos a oferecer?
Sariel pegou algumas moedas de ouro de um de seus bolsos. Era um bolso no qual estava atrás de suas vestes e colocava um colar e algumas coisas que trazia sempre consigo de dentro do monastério. Costumava ser uma das pessoas mais responsáveis do monastério e as pessoas, sempre que lhe perguntavam algo, ficavam surpresas com a prontidão em que dava as suas respostas. Isso porque foi de uma linhagem de monges treinados para fazer busca. Logo, coisas triviais, como guardar dinheiro, não eram difíceis para ele. As pessoas costumavam se admirar com esse fato e sempre o procuravam para perguntar coisas como localização de endereços e ajuda com objetos perdidos. Houve até uma vez que o conselheiro chefe lhe pediu para sair em uma busca de uma bolsa perdida de um carpinteiro amigo seu. Ele aceitou de fato que faria aquele serviço. Se lembrou de onde morava aquele carpinteiro e foi em busca de mais detalhes dos lugares em que costumava passar. Viu que era muito perto de seu negócio que havia um estábulo e passou por lá. Após isso, deu uma checada nos arredores. Logo, achou a bolsa jogada em um canto perto do estábulo. Ele levou a mesma ao conselheiro chefe que o agradeceu. Coisas assim eram recorrentes e as pessoas do reino se acostumaram aos monges. Mas não sabiam sobre o monastério e o que se passava por lá. Era tudo um segredo porque foi assim que o rei quis.
Ele levava consigo o dinheiro e passava pelo monasterio e pelo castelo sempre com o mesmo. Era uma pessoa meticulosa e todo o calculo com dinheiro que fazia era para o bem dos objetivos do monastério. Ele sempre foi bem respeitado e as coisas que faziam com dinheiro sempre foi admirada pelos demais monges. Após perceber que aquele senhor estava escondendo algo, talvez dando o que ele quisesse, poderia facilitar as negociações sobre o que procuravam. Iria pensar em uma forma de conseguir fazer aquilo. Era uma questão de negociação. Fazendo um pouco do que aquele senhor procurava talvez conseguissem obter boas respostas. O cavaleiro aposentado ficou olhando para a moeda. Era uma bela moeda de ouro com a marca do rei no meio. Encarou mais um pouco o cartaz com o retrato falado e ficou em silêncio. Olhava e olhava várias vezes. Fazia um exame meticuloso do que poderia ser aquele retrato.
- E então? Você sabe quem é essa pessoa do cartaz?
O cavaleiro aposentado coçou a cabeça e falou logo em seguida. Estava com a voz um pouco alterada.
- Já sei quem é.
(...)
- Sim. Sou uma descendente dos antigos.
A caravana estava chegando nas montanhas. Eles desceram das carruagens. Outras pessoas que vieram junto iriam levar as mesmas de volta para o vilarejo. Algumas pessoas pegaram provisoes e armas. Eles teriam que seguir a pé a partir desse ponto.
- Vamos entrar na caverna. Me siga!
Entraram na caverna. Cada um pegou uma tocha e seguiu a guia.
- Cuidado!