- Somos monges do conselheiro real. Estamos aqui procurando um cavaleiro real que é aposentado para perguntar sobre o sumiço de uma pessoa.
- Sumiço? Eu não sei de nada.
- O pessoal do bar aonde frequenta disse o contrario.
O cavaleiro parecia estar cansado. Era um senhor de meia-idade. Se cansar naquela idade não era nenhuma novidade. Os empregos dentro do reino eram poucos e as pessoas teriam que se virar com o que podiam. O trabalho braçal era o mais comum. Coisas como consertar a muralha ou trabalhar em fazenda ou carregando pesos para o comércio. Mesmo sendo um aposentado, os custos para morar dentro do reino somente tem aumentado com a guerra. As pessoas estavam tendo que se virar com qualquer coisa. Ele estava surpreso de que monges estavam em sua porta. Os monges pensavam sobre quem era aquele homem. Deveria ser algum frequentador assíduo do bar. As pessoas dali perto deveriam o conhecer já há muito tempo. Poderia ser difícil para os monges conseguir alguma coisa dele. Ser um investigador profissional dentro do reino era algo de alto risco. Muitas pessoas envolvidas com a guerra poderiam ser perigosas. Ir até a casa de uma dessas pessoas poderia fazer com que mostrasse a fragilidade do reino em relação as suas instituições. Quem está fazendo esse tipo de serviço secreto para o rei eram os monges. Eles eram confiáveis ao conselheiro real. Essa função era atribuída a guarda. Muitos da guarda estão em funções diferentes por causa da guerra. A falta de homens na capital para esse tipo de assunto é o que deixa alguns setores sem cobertura. Após uma longa conversa com o chefe da guarda e o próprio rei que fez com que essa função pudesse ser dividida com outros setores do reino. Essa fragilidade não poderia ser escancarada aos cidadaos comuns. As pessoas não poderiam saber disso, pois achavam que estariam seguras dentro da capital. O rei ordenou que o conselheiro cuidasse de algumas questões da segurança. E esse era uma delas. O serviço de investigação do reino que estava sendo sucateado. As pessoas não sabiam sobre o monastério dentro do castelo ou os monges e dificilmente falavam sobre algo. Mas o resultado do que eles teriam feito nas sombras eram muito grandes.
- Bom... vamos conversar. Mas tenho certeza que não posso ajudar muito vocês.
- Você viu o rapaz desse cartaz?
(...)
- Chamamos de montanha do horizonte.
- Por quê?
- Se você subir até o alto dela, você verá os horizontes até a capital real do outro reino como também da para ver até a capital do nosso. O problema é subir a montanha. Ela é íngreme e poucas pessoas subiram. Só os antigos tinham esse interesse de subir. Diziam que era para falar com os deuses.
- Entendi. E o caminho labirintico passa por ela?
- Sim. Poucas pessoas do vilarejo sabem como passar por esse caminho por questão de segurança. Essa montanha serve de defesa natural não só do reino como de nosso vilarejo.
- Entendi o motivo de vocês ainda estarem bem.
E como vocês souberam sobre mim?