30 de Dezembro de 2021 15:00
Mais uma vez narro este novo conto em primeira pessoa não porque eu queira vangloriar-me das oportunidades que a vida me deu, mas sim porque sinto e necessidade de dar-lhe o necessário crédito pelo seu conteúdo verdadeiro, mesmo que ornado com algumas imagens literárias mais acentuadas. Enfatizo apenas que meu maior prazer na vida é ter amigos verdadeiros que me façam sentir ainda mais mulher, mais amada, mais desejada e mais satisfeita com o meu parceiro. A propósito do tema, esta história começa com um fato corriqueiro, que, em princípio, poderia passar como mais um "incidente" na vida de uma pessoa, não fosse o rumo que ele acabou por propiciar para mim. Certa tarde, percebi meu celular vibrando sobre a mesa de trabalho. Confesso-lhe que detesto essas geringonças tecnológicas que servem apenas para acentuar nosso infortúnio de sermos achados quando não o queremos. Apanhei-o e olhando para a tela vi um número familiar da minha lista de contatos, "Sãozinha". Por um momento, pensei simplesmente em não atender aquela ligação, retornando minha atenção para o meu trabalho que se avolumava sobre a mesa. Todavia, e a bem da verdade, uma curiosidade recorrente me fez atender.
Sao--- Alló...
Clara--- "-Oi Amiga.
Sao--- Voce tem planos para passagem de ano?
Clara--- Vamos ficar em casa, com a pandemia não tem jeito.
Sao--- O Xavier vem cá jantar mais a namorada, vocês podiam vir também e passavamos juntos?
Clara---Vou ter de falar com o Filipe...
Sao--- Sem essa...já está combinado...