"A gaveta da alegria está cheia de ficar vazia"
— acorde! - dizia uma voz infantil.
— você tem aula hoje! - completou uma voz masculina.
O garoto de longos cabelos negros era iluminado pelos primeiros raios de sol da manhã e começava abrir os olhos vagarosamente contemplando a bela visão de sua janela aberta, cortinas aos ventos e a pequena borboleta azul adentrava o quarto pousando sobre o vaso de flores na escrivaninha ao lado da cama, era lindo como a borboleta azul se destacava entre as flores brancas e o jarro de vidro.
O jovem admirou aquela bela e rara cena em sua vida monótona, ele queria guardar aquela memória do mesmo jeito que se guarda um diamante pois para ele aquela cena valia tanto quanto um. Ele se levantou e passou as mãos pelos longos cabelos notando o quão embaraçados estavam "parece um ninho de rato" o garoto pensou, "talvez eu devesse cortar" ele completou. O jovem pegou uma muda de roupa e foi em direção ao banheiro, tirou as roupas e se enfiou debaixo da água fria o jovem fechou os olhos e...
"— Eu estava procurando o coelho - Disse e voltando a olhar o jardim pela janela - Ele era branco e tinha uma cartola engraçada, usava colete e estava segurando um relógio de bolso, só que ele sumiu e eu estou tentando vê se ele volta."
Uma lembrança, infantil e engraçada quantos anos será que tinha quando aconteceu? O garoto suspirou e riu de seus próprios pensamentos, era engraçado, costumava pensar tanto em coisas como essas e agora parecia tão infantil.
— Quando foi que me tornei assim? - O jovem perguntou a si mesmo. - Se meu pai e meu irmão estivesse aqui, o que diriam? - ele se perguntou.
Não adiantava pensar muito nisso e também o garoto precisava espairecer, se sentia pressionado e triste realmente não estava bem por isso decidiu faltar na aula, suas notas estavam boas e ele era muito inteligente então um dia não seria um problema. O jovem desceu as escadas dando de cara com a última pessoa que queria encontrar naquele momento, sua mãe!
— Allistar? Já vai para a escola? - ela perguntou ao garoto que estava louco para que aquela conversa acabasse logo.
— Sim - respondeu de forma ríspida e ela o encarou um pouco triste.
— Senhora Naomi, tem uma ligação para a senhora. - Disse uma das empregadas da casa, Naomi, mesmo contra gosto foi ver do que se tratava pois poderia ser importante mas queria conversar com o filho ela sabia que não era uma boa mãe mas se esforçava para melhorar.
Allistar desceu o grande lance de escadas que o levava para o térreo foi até a sala de jantar e pegou apenas uma maçã, o motorista o esperava já na porta de casa e o jovem na tentativa de despistar o homem voltou para dentro e saiu por uma das janelas já que não poderia sair pelos fundos ou seria notado pelos empregados. Seguiu até um parque onde costumava ir com seu pai e irmão era um lugar lindo sem muito movimento ou pessoas quase como um bosque fechado, seu paraíso pessoal. O moreno se acomodou no pé de uma árvore observando a serena paisagem, o canto dos pássaros, as pequenas e coloridas flores do campo e o tic tac incessante do relógio…
"Dizem que se sonhar muito com uma coisa ela acaba se tornando realidade"
Um coelho de cartola e colete, um coelho branco com um relógio atrasado, será possível? Allistar estava paralisado, sua garganta se fechava cada vez mais era quase impossível respirar, era uma alucinação, Tinha que ser! Seu corpo se moveu sozinho perseguindo o coelho imaginário em direção a estrada, uma buzina alta de carro soou em seus ouvidos mais forte que um tsar, seu corpo se moveu mais rápido do que sua mente poderia processar, ele pegou o coelho em seus braços tentando o levar para longe dali, sentiu como se abrisse um grande buraco abaixo de seus pés, seu corpo caia lentamente até sentir o chão de madeira sólida bater contra suas costas. O jovem sentia um peso enorme sobre seu corpo, era um homem de cabelos brancos usava um terno azul e uma cartola de mesma cor que estava caída ao lado deles Allistar estava agarrado fortemente ao corpo do garoto e uma fina linha de sangue escorria pela testa do mesmo o que deixou o Alistar com medo, ele afagou os longos cabelos brancos do jovem o qual estava abraçado e sentiu o mesmo se mexer lentamente. Os olhos dele se abriram e ele começou a se levantar se sentou e começou a encarar Allistar, vermelhos, o jovem coelho possuía belos olhos vermelhos carmesim, foi apenas o que o cérebro de Alistar processou e mais nada, não, a mudança repentina de cenário não o importava em nada somente aquele homem em cima dele, aquele homem confuso e desorientado com um ferimento na testa e o sangue que saia parecia não ter fim.
Um gato laranja e listrado parecia um pequeno tigre que estava observando a cena ao longe deu as costa e foi embora a proucura de sua dona, ambos os garotos estavam nervosos e vermelhos, estavam perto o suficiente para sentirem as respirações descompassadas um do outro, Allistar conseguia sentir claramente o cheiro de flores e grama molhada vindo do albino, o doce cheiro de chuva, e o albino sentia o cheiro de chocolate vindo do cabelo de Allistar, apenas shampoo, mas era uma tentação para ambos os lados e também uma tortura como um doce que não se pode pegar, acredito que o albino não se importou com isso pois atacou a boca do moreno como se nunca tivesse beijado alguém na vida, não, não era isso aquela boca era diferente se encaixava perfeitamente na dele era uma sensação incrível e ele não queria que acabasse nunca e Allistar também se sentia assim mas pela falta de oxigênio eles foram obrigados a se separar estavam loucos para continuar de onde pararam se não fosse por…
Um chute forte na porta de madeira fez com que ela caísse em um baque surdo mas mesmo assim fez o chão tremer levantando uma grande quantidade de poeira e no meio daquela poeira era possível ver apenas uma figura infantil e feminina seguida de milhares de olhinhos brilhantes.
— porra! Você sabe quantos anos eu tenho pra ficar cuidando de um marmanjo descuidado que nem você!? - aquela voz era levemente familiar para Allistar mas de onde ele a conhecia?
— Kitty! Poderia pelo menos ter esperado eu terminar de me divertir? - o albino respondeu a garota no mesmo tom de irritação, mas as palavras dele fizeram o rosto de Alistar queimar em chamas!
A garotinha de apenas 10 anos ia em direção aos dois com repulsa, ela sentia um gosto amargo subir pela garganta, realmente não gostava como o amigo brincava com os sentimentos dos outros atrás de um pouco de prazer, tentou ignorar esse fato e foi fazer os primeiros socorros em ambos. Allistar havia deslocado o pulso e foi um pouco doloroso colocar de volta no lugar o albino observava cada expressão de dor do moreno e implorava para que parasse logo realmente não gostava de ver seu pequeno com dor, riu com tal pensamento "seu pequeno" SEU nunca havia pensado assim de forma tão irracional por ninguém antes afinal nem sabia o nome dele, mas era mesmo não sabendo sentia como se o conhecesse… que sensação familiar.
— Qual o seu nome? - o albino perguntou, o que fez a jovem de cabelos violetas soltar um longo suspiro.
— Allistar, e ai! - a pequena gata havia puxado mais forte a tala antes de finalmente amarrar.
— aqui, isso é para a dor. - disse o entregando um comprimido branco e redondo junto a um copo d'água.
— Obrigado, quem são vocês? - o Moreno perguntou.
— Me chamo Sebastian, Sebastian Leblanc. - Sebastian por alguns segundos se perdeu nos olhos azuis marinhos e profundos do moreno e só voltou a realidade pois sentiu a garota ao seu lado começar a dar pontos em sua testa, ela fez um curativo e se levantou.
— Sou Cheshire, Kitty Cheshire, é um prazer conhecê-lo Allistar. - a jovem disse com um sorriso doce - de que reino você é?
— Reino? - o jovem perguntou confuso.
— Ele não é daqui, mas também não é uma Alice, Kitty. - Sebastian diz um pouco triste e Kitty o encara confusa.
— Alice? - O jovem Alistar só tinha mais e mais dúvidas.
— Entendo, estou atrasada, tenho aula agora vou ter que ir de dragão por culpa sua Sebastian trate de me recompensar - disse a garota antes de sair correndo em direção a saída mas parou na entrada e virou para encará-los - Sebastian, mais uma coisa: não brinque com os sentimentos alheios. - a garota sinalizou.
Um grande dragão violeta apareceu atrás da garota e ela subiu nele partindo para Deus sabe se lá onde.
Alistair estava pasmo, branco como se houvesse visto um fantasma ou pior um monstro feroz, tipo um dragão, paralisado em um estado de transe Alistar levou um susto ao sentir Sebastian mexendo em seus cabelos.
— você parece assustado - o albino disse. - Eu sinto muito, é culpa minha. - ele completou, estava triste mas o moreno não notou, estava perdido em devaneios.
— eu morri e esse é o céu? -Alistar pergunta e isso faz com que o albino caia em risos.
— se aqui não é o céu, definitivamente o inferno não é muito longe daqui. Não, você não está morto - Sebastian pegou Alistar no colo e o carregou escada acima que levava até um quarto. - Mas eu posso te levar para o céu é só pedir- completou o deixando delicadamente na cama.
Alistar corou ao ouvir tais palavras, o albino alisou as orelhas de coelho como se fosse parte do cabelo tirando as folhas e galhos que estavam presas nela antes de se dirigir ao guarda roupa e começar a tirar o terno quente e abafado e Alistar não deixou de observar enquanto o maior desabotoava lentamente cada casa de sua blusa com aquele sorriso ladino fingindo não saber que o menor o observava.
— onde estamos? - o moreno perguntou algumas vezes mas não houve resposta do maior, então o moreno foi até Sebastian que levou um grande susto ao sentir o toque dos dedos frios do garoto em seu corpo.
— Sim? - Sebastian perguntou inocentemente.
— Você não me ouviu? - Alistar Perguntou confuso.
— desculpa eu devia ter dito antes, eu sou surdo profundo bilateral... então, sabe... essas orelhas - disse puxando as mesmas - são só um enfeite. - completou envergonhado
— jura!? - o moreno estava tão espantado e curioso sobre o assunto - mas você fala tão bem que é quase impossível notar. - sua frase fez o albino soltar uma risada anasalada.
— É prática, poucas pessoas por aqui conhecem a língua dos sinais, tive que me adaptar se quisesse ser entendido, felizmente tive ajuda - respondeu por fim terminando de se trocar.
Perdido em devaneios o cérebro de Alistar havia acabado de processar toda a informação, como ele havia ficado tão desligado ao ponto de só notar agora que aquele lugar era completamente diferente, o homem à sua frente possuía orelhas de coelho e a outra garota tinha orelhas, cauda e pernas de gato como ele havia deixado isso passar nada mais fazia sentido, aquele lugar não fazia sentido! Isso só aconteceu após seus olhos terem se cruzado com os olhos hipnóticos do coelho, onde ele tava com a cabeça? Claramente não estava pensando direito, contudo o que mais tinha em sua cabeça eram dúvidas que tinha e queria perguntar a Sebastian sobre isso, além de que o sobrenome da tal Kitty era algo familiar de certa forma mas de onde? O jovem moreno sorriu de canto,desde quando havia se tornado tão curioso? Não sabia ao certo, mas até que não era ruim, Alistar ficou tão perdido em seus devaneios e pensamentos que nem percebeu uma mão que acariciava sua bochecha de forma doce.
— Sebastian, que lugar é esse? O que você é? Quem era aquela garota? Onde estamos? - realmente ele tinha milhares de perguntas e elas estavam atropelando umas às outras, ele falava desesperadamente chegava a ser engraçado.
— Devagar! Calma - disse o coelho rindo - eu vou explicar tudo calma! Uma pergunta de cada vez se não eu não entendo.
— que lugar é esse? Onde eu estou? - o jovem perguntou dessa vez mais calmo.
— vem aqui - disse o albino indo até a parede com a uma grande janela na forma de um relógio, assim que ele olhou viu uma grande floresta cercava o lugar onde estavam. - Estamos em The Blood Region, na antiga torre do relógio, agora em ruínas, vê aquela torre alta! - disse apontando para uma pequena torre branca que se destacava em meio a floresta. - aquilo é o topo do castelo de Clubs o reino mais perto daqui.
— onde é aqui? - o moreno perguntou mas não houve uma resposta, afinal o garoto estava de costas para ele procurando algo em uma das gavetas.
— achei - disse voltando a encarar o moreno desta vez com uma carta em mãos.
— o que é isso? - Alistar perguntou.
— seu "passaporte" esse é o único jeito de voltar para casa, precisa encontrar mais já que a magia que reside aqui dentro não será o suficiente e a minha também não é o suficiente para te levar de volta. - disse olhando sério o garoto mas em seus olhos havia uma pitada de preocupação, Era uma carta de baralho comum, um rei de ouros. - para conseguir mais cartas terá que participar dos jogos.
— em que mundo estou?e como participo dos jogos? - Allistar perguntou.
— no continente de Naipeeland, os jogos vêm até você os crupiês vão atrás das Alices para que participem dos jogos, no entanto você não é obrigado a participar. - Allistar desviou os olhos em direção a janela pensativo.
Quando Allistar voltou a encarar o coelho seus olhos estavam diferentes, estavam amarelos e se assemelhavam muito a um relógio.
— Eu sinto muito por tudo isso pequena Alice, espero que sobreviva eu gostaria de te ver novamente, Estarei de longe a observar mas infelizmente não posso te proteger. - disse com um semblante triste o beijou de forma calma e doce um beijo cheio de ternura, um beijo de despedida, antes que o moreno pudesse começar a enchê-lo de perguntas o coelho o empurrou e o cenário à sua volta estava mudando novamente, sentiu seu corpo cair em meio as flores, tinha certeza que depois dessa ficaria alejado e começava a pensar seriamente que alguém havia o dopado ou estava em coma pelo acidente de carro.
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" — Eu sinto muito por tudo isso pequena Alice, espero que sobreviva para uma segunda vez, Estarei de longe a observar mas infelizmente não posso te proteger."
Alistar ainda estava há um tempo deitado no chão de terra fria coberta de flores se lembrando das palavras daquele pedaço de mal caminho. Tentou se levantar e sair dali mas estava com dificuldade, como era possível que não conseguisse se levantar? realmente Allistar não levantaria dali tão cedo sem ajuda. Continuou tentando se levantar porém novamente em vão, jogou seu corpo pra traz fazendo suas costas baterem no chão frio esmagando algumas flores no processo, fechou seus olhos e ele ficou ali por um tempo até finalmente conseguir se levantar, ainda estava fraco suas pernas mal o sustentava em pé, tudo o que conseguiu foi dar dois ou três passos antes de ser segurado por braços finos e frágeis que mal conseguiam o suportar mas foi o suficiente para recuperar o equilíbrio.
— moço, você está bem? - perguntou a garotinha de cabelos azuis e vestido verde pastel, seus olhos eram verdes azulados e suas sandálias brancas agora estavam sujas de terra e lama assim como a bainha do vestido.
— Sim - respondeu Alistar se escorando na árvore na tentativa falha de se levantar, essa era obviamente a mentira mais descarada que o jovem já havia contado na sua vida! Se sentia zonzo e também um pouco grogue, mas logo passou e recuperou sua força.
— Que bom! - a jovem respondeu com um sorriso doce mas logo o mesmo desapareceu - Vanessa não!
Tarde demais o moreno estava no chão novamente antes mesmo que pudesse entender o que tinha acontecido, havia levado uma pancada na cabeça e sua última visão foram as pequenas flores brancas abaixo de seus pés, quando acordou estava encostado na árvore e havia uma mulher junto a garota imaginou que fosse quem a garota havia chamado anteriormente, Vanessa, olhou para cima novamente podia ver a copa das árvores e animais pequenos e estranhos voando sobre eles, um deles descia rapidamente em sua direção, era um dragão de cor prata de olhos amarelos ele carregava a sua mochila, Alistar se sentou rapidamente só para que o dragão largasse a mochila em sua cara.
— Por que!? - colocou as mãos sobre o rosto agora dolorido.
— Voltei! - disse um homem de longos cabelos azuis escuros e roupas simples que carregava uma bolsa grande cheia de comida.
— Me larga! Me larga! - uma voz esganiçada dizia, era um rato e o jovem de cabelos azuis o segurava pela calda enquanto ele se debatia na tentativa falha de se soltar.
Alistar que observava tudo ao longe permaneceu quieto concentrado em revirar a mochila cheia de suprimentos para semanas que ele nem sabia como havia parado dentro de sua mochila mas fazia uma ideia de quem poderia ter arrumado para ele e só de pensar nisso se sentia nas nuvens, mas algo o tirou dele lá… as palavras daquele garoto ecoaram pelos seus ouvidos.
— Cumpra sua parte do trato eu sei que a sua raça é incapaz de mentir então vai responder todas as nossas dúvidas! - o azulado reclamou em um tom irritado o porquê daquele tom de voz era um mistério para Allistar mas sentia algo familiar no garoto.
— Está bem, está bem, eu respondo! - O rato exclamou no mesmo tom que o garoto - Mas não garanto que a resposta seja a que desejam.
— certo!? Err... - ouvindo aquilo a jovenzinha de olhos verdes azulados pensou antes de encarar a pequena criatura e fazer sua pergunta. - onde estamos?
— bem aqui oras onde mais estaríamos? No fundo do oceano? - o rato estava irritado, muito irritado mesmo afinal não era para menos estava pendurado pela cauda e aquilo doía muito.
— Essa não é a resposta que queríamos!- Vanessa quase gritou de forma raivosa pela resposta do rato, a própria estava mesmo sem paciência para esse tipo de resposta. - Diga de uma vez onde estamos!
— não tenho culpa se sua pergunta é vaga, o que você quer realmente saber o nome do país ou da cidade? Ou o planeta, a dimensão? É sério, seja mais específica eu não leio mentes! - ele berrou com sua voz esganiçada perdendo o restante do fôlego que ainda tinha.
— estamos em Naipeeland - Alistar disse se intrometendo - deveria parar de segurar ela desse jeito, além de machucar faz o sangue subir pela cabeça e interfere na respiração. - disse tomando o pequeno ratinho das mãos do azulado e o segurando corretamente. - melhor? - perguntou a pequena criaturinha.
— sim, obrigada - disse recuperando o fôlego - que querem saber?
— cidade, país, rua… - alistar respondeu pensando um pouco já que não podia fazer perguntas vagas - qualquer coisa que nos ajudasse a nos localizar.
— Estamos na fronteira de The blood region e Clubs. - já era alguma coisa.
— o que é isso rato? - disse a mulher de pele morena irritada.
— seu passaporte é seu único jeito de entrar e sair daqui, mas tem pouca magia para conseguir mais você tem que jogar - resmungou.
— que tipo de jogos? - foi a vez da garotinha perguntar.
— vai depender do nipe e do número - respondeu simplista.
— como assim?
— o nipe é o estilo de jogo e o número o nível - Uma mulher com pelagem de onça e uma máscara sorridente se aproximou deles. - Olá, Alices! - declamou a mulher assustando os jovens que não haviam a visto alí.
— lhes desejo boa sorte vão precisar -- o rato disse correndo para casa. - sane onde me encontrar Darius!
— prontos para o jogo Queridas Alices?