Ele era um homem vaidoso, orgulhoso, e, na sua cabeça, detinha poder. Seu enorme ego o fazia sentir-se superior a todos, e, por isso, exaltava-se com as opiniões contrárias:
"Eu sei o que estou fazendo! Quem ela pensa que é?" – pensava soberbo.
Seu individualismo o fazia trabalhar descompassado com o resto da equipe, na verdade, fazia o que queria: entregava seus projetos atrasados, não cumpria metas... então, o chamei para dialogar:
- Sua mentirosa! Você está louca, Ana! – rebateu.
- André, estamos conversando sobre um problema que já é do seu conhecimento! Os clientes estão reclamando! – falava, procurando manter a calma.
- Você tá inventando coisas! Você tem que se tratar! – esbravejava.
- Eu também estou aqui, André! Eu sei o que se passa neste escritório! – esbravejei igualmente.
André não reconhecia, como verdade, o que Ana dizia, seu olhar era agressivo, uma fúria ferina o dominou, as veias do seu pescoço pulsavam e os seus punhos se fecharam.
Não tive medo, aproximei-me, encarei-o e repeti tudo, quase exigindo que fizesse a sua parte.
No seu mundo de devaneios, todos ficaram seus inimigos e a Ana o perseguia.
- Isso não vai ficar assim, Ana! – pensava rancoroso.
Dia após dia, sua raiva aumentava e o seu orgulho ferido desejava... vingança....