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Chapter 6 - Uma carta

Yuki depois de uma caminhada chega em casa, ele pega alguns pães na padaria abaixo de sua casa, ele também vai à lojinha que fica descendo a ladeira, ele só tinha ido la uma vez, mas sabia que em um momento ou outro ia virar uma clientela, ele compra presunto, ele também vê uma penela, era uma frigideira, ele a compra também, depois ele volta para sua casa, abre a porto e vem logo o ar quente de dentro soprando em seu rosto, ele entra e coloca o pão em cima do fogão, ele percebe algo de diferente, ele não tinha visto pelo lado de fora mas.

Alguém lhe enviou uma carta, ele olha e vê que era da sua cidade natal, ele pensa um pouco em quem poderia ser, ele percebe que pode ser muitas pessoas, mas ele talvez já saiba quem enviou aquela em específico, ele sabia ser sua mãe, ele a abre, e vê logo sua caligrafia tão rebuscada e sutil, Yuki tem boas relações com seus pais, mesmo que ele more sozinho e seja distanciado da sua família pelo querer dele mesmo, ele ainda guarda ela no seu coração com muito carinho.

Seu pai e advogado, o abito de ler não veio dele, mas ele incentivou a leitura mais-que-tudo, tanto em seus livros que deixava no seu escritório quanto em livros que comprava, ele era um pai cuidadoso mesmo que passasse a maioria do tempo morando fora, sempre lhe impressionou o jeito como ele tratava sua mãe, tanto que sérvio de exemplo para o que Yuki iria fazer mais tarde, suas atitudes serias e corretas eram na infância a epítome da justiça, além disso, Yuki acreditava que se parecia com o pai como poucas pessoas se parecem uma com as outras, o jeito dele se parecia com Yuki, o se parecia com oque Yuki se tornou, era uma pessoa quieta e reflexiva, inteligente, era meio passivo mais que tinha seu acido senso de humor e também um otimismo fora de série.

A sua mãe também era uma pessoa importante para ele, só não era mais impetante que uma pessoa, ela sabia exatamente como ele se sentia, isso seria pelos anos de convivência com seu pai? Sera que era por eles serem tão parecidos? Seu pai sempre o convenceu que a sua mãe tinha a capacidade de compreender os lados de todas as pessoas com quem ela falava, via atrás da máscara estereotipada que a nossa mente cria sobre os outras e via oque eles são verdadeiramente. Via as causas, via as dores, era a pessoa mais humana que já conheceu, sua mãe era jovem, forte, determina, e fazia de tudo por ele.

Ele lembra dela contando historias para ele dormir, lembra dela quarando as roupas no varal, ele lembra daquele cheiro de amaciante que preenchia suas narinas, lembra dele contando suas imaginarias aventuras por mundos fantásticos, e lembra de um caloroso sorriso no fim junto com uma palavra "Incrível", isso para Yuki trazia emoções a flor de sua pele como um florescer, ele lê a carta, nela estava escrita assim:

Olá filho, como esta? Espero que bem, sua mãe está com muita saudade, seu pai também, quando ele vem para casa e não lhe encontra como uma raposa se entocando entre seus livros ele parece meio triste, mais você sabe como ele e, ele simplesmente dá um sorriso e tenta tirar a umidade de seus olhos falando "Meu filho se tornou um homem" ou algo do tipo, ele se pega se perguntando assim como eu quando nosso floco de neve vai nos mandar noticias.

Sabe, a família Matsumoto vai fazer algo no tumulo, e uma visita apenas para os familiares, a agora como sempre você sera familiar deles não e? Eu sei que você não quer olhar para eles, fica com vergonha, fica triste ou simplesmente se sente culpado por algo que nem é sua culpa. Você e muito humano, eu penso que criei um filho maravilhoso, seu sofrimento durante o ano passado inteiro. Provavelmente durante esse ano inteiro também. Provavelmente daqui a cinco, daqui a dez, daqui a cinquenta. Daqui ate o fim da sua vida, todos queremos você de novo aqui, aquele campo de azaleias a espera, aquele nome na pedra também, quando quiser vim e só vim, a casa e sua, não é necessário pedir certo? Um beijo, da sua querida mãe.

"Não foi sua culpa"

De Omoiya Kazumi.

Para Omoiya Yuki.

Após ler a carta Yuki deixa escapar entre sua boca retorcida e seus lábios enrijecidos algo que descia como um estrela-cadente entre seus narizes e terminava em abundantes quantidades, como uma tinta branca jogada sobre uma tela de pintura, como rasgos em um tecido, sendo o tecido suas bochechas e o rasgo, a estrela-cadente e a tinta um líquido cristalino transparente e salino que corre de seus olhos em direção ao papel, entre respirações convulsantes e mordidas constantes no próprio lábio e pensamentos vagos sobre tentar não pensar naquilo e manter a calma viram apenas palavras em uma grande espaço branco.

Seus olhos castanhos claros que refletiam a luz que vinha das janelas abertas deixavam seus olhos como um sol, as lagrimas que transformava aqueles fragmentos de luz em reflexos no teto com uma água dentro de uma gruta com um buraco para a entrada do sol, seus cílios agora separados e seus olhos apertados em dor mais mesmo assim arregalados entram em contraste com seus esvoaçantes cabelos derivados do vento da janela da cozinha, o assobio do vento causado pelos poucos moveis juntado ao eco dava uma impressão que ele ainda estava naquele campo de azaleias. Era tão bonito, as flores eram tão lindas, e o cenário calmo do interior a sua mente com as dispersas e altas nuvens sobre o lindo céu azul-claro rejuvenescia qualquer pessoa, a brisa melancólica e alegre totalmente oposta vindo do mar trazia uma maresia que secava os olhos, isso só fazia doer um pouco mais, Yuki não queria lembrar de coisas que ele não queria que fossem lembradas.

— Não foi minha culpa

E oque ele fala enquanto as lagrimas são despachadas as enxurradas sobre o papel e sobre o piso de madeira, ele olha para baixo, sua voz grossa tremula e falhada refletia o que ele estava sentindo, seus destes se batia violentamente em uma espécie de tremedeira que vai da nuca ate o joelho oque o faz desabar de um maneira barulhenta machucando ate seus joelhos, ele com suas mãos ao chão deixa a carta e fica de cabeça baixa, lembrando de coisas como fios de ouro, de glóbulos brilhantes azuis como o globo. Dê as folhas se curvarem por uma figura quase que fantástica. Ele via uma azul vestido e um livro embaixo de seu braco, ele respira uma pouco.

Ele fica la por um tempo, ele fica la por uns segundos ate que ele fechasse os olhos durante muito tempo, ate suas lagrimas secar, ate suas mãos pararem de tremer ele olha para os fios de seu sedoso cabelo jogado sobre o seu rosto, ele olha para cima fica olhando por um tempo, o sol da janela deixava sua visão meio avermelhada mesmo de olhos fechados, ele se frustra, da uma risada seca que soa pelo quarto todo, ela sai meio insana, ele abre os olhos, mesmo que agora estejam todos miúdos e roxos, ele aperta os punhos e começa a falar em voz alta para si mesmo, ele começa a gritar com sigo mesmo, ele começa a colocar seus joelhos sobre seu rosto e se encostar em um canto enquanto fala.

- A culpa não e minha eu sei disso, mas oque eu posso fazer, não a muito oque fazer, as coisas acontecem, e só… só acontecem, e muito difícil acreditar em um destino, quando para você ele não faz sentido, e muito ruim para você algo ser tirado sem você poder apontar um ladrão. E muito difícil para eu aceitar que por nada, por nada, por simplesmente acontecimento isso aconteceu logo comigo, e difícil acreditar em algo escrito, e difícil acreditar em algo aleatório, eu não posso julgar ninguém, só posso julgar a si mesmo. Seu eu não jogar o fardo de uma perda em mim mesmo como vou conseguir andar sabendo que ele esta parado, sabendo que ele vai fugir de vista, sabendo eu posso esquecer o lugar aonde ficou, eu posso sentir a pior dor, mais se uma coisa que eu me orgulho e de fazer a decisão certa. Essa foi a decisão certa, as pessoas sofrem com a dor devido à felicidade, eu não estou disposto e sacrificar minha felicidade por uma dor, não sacrifico minhas memórias com algo tão fútil, eu sou Yuki certo, não vou me deixar abalar por minha própria covardia, não vou esquecer minha promessa. Eu vou ser alguém de que ela se orgulharia certo, não sou o tipo de pessoa que se joga na sua própria tristeza e a romantiza sem sequer tentar sair dela, isso não e algo que eu faça, isso e imaturo, eu sou imaturo, ela sabia disso, eu escrevia palavras como se fosse a pessoa mais experiente, mais sabia e mais madura do mundo. Ela sempre soube que não, oque eu estou pensando, eu acredito que sou um idiota. E por que lembra disso logo agora mãe? Eu sei que e melhor agora, sei que a verdade ia bater na minha porta, mais hoje foi tão legal, eu ia aproveitar uma noite tranquila. Que merda, eu quero resposta, quero encontrar um jeito de ser feliz para sempre com uma felicidade que acabou, quero aprender a seguir e não me empurrar para trás sofrendo por algo que não deve ser sofrido, e sim alegrado, oque eu estou fazendo, alguém me dê respostas, por favor!