1
(Franco) — Não deveríamos ter nos arrumado antes de nos deslocar para a cidade?
(Elfpeare) — Devido a olhos nos cercarem cheios de respeito e amizade?
Temos as cabeças de uma besta na traseira do seu cavalo, isso somado ao meu chapéu de trovador todo empenado são o suficiente para pela via central desfilar como heróis.
(Franco) — Mas não parecemos heróis.
(Elfpeare) — Sim, mas então mostre-me teu conhecimento. Com o que parecemos?
(Franco) — Bruxeiros?
(Elfpeare) — Que diabos? Parecemos aventureiros!
(Franco) —… Enfim. Esta cidade é bonita, até formosa.
(Elfpeare) — Que elogie os escravos; suas mãos firmes a esculpiram de forma engenhosa.
Chegamos.
Uma das poucas propriedades representantes da guilda foi a qual entramos e com olhares e sorrisos de todos os tipos de pessoas, tanto as pequenas e escamadas quanto as grandes e peludas, fomos recebidos.
(Recepcionista) — Bem vindos, vejo que trouxeram as cabeças de uma besta incrível. Como posso ajudá-los?
(Elfpeare) — Veja bem, queremos vendê-la e receber a recompensa. Ah, minha jovem, procuramos também um alquimista.
(Recepcionista) — Bom, na verdade não há nenhuma missão para quimeras no mural. Mas certamente alguém aceitará o troféu. Vejamos, pelo grande prêmio dou cinco ouros e uma prata.
(Elfpeare) — Até baixo o chapéu. Então por que todos nos receberam sorridentes ao ver nosso prêmio? Pensamos ter feito heroísmo.
(Franco) — C-CINCO OUROS? Elfo, isso é uma vida inteira na vila em servilismo.
(Recepcionista) — Trazer monstros abatidos alivia as inseguranças, por isso foram bem recebidos. Em assunto de alquimia serei sua guia, no entanto, precisam ser aventureiros da guilda e precisam fazer um relatório da aventura.
Agora somos aventureiros oficiais e Franco sentiu com a taxa de entrada até uma tontura.
Felicidade minha no relatório, pude escrever poesia livremente.
(Recepcionista) — Uma sombra invencível que foi revelada como quimera, justo numa gruta da estrada oeste?
Hum… Isto configura uma de nossas missões. Devido a natureza dessas sombras, não conseguimos saber se a missão foi realmente comprida. Mas julgando as informações que tenho, vocês receberão a recompensa: um ouro agora, e nove se em duas semanas não houver outra sombra no mesmo lugar.
Foi descoberta a primeira fraqueza de Franco: O bolso cheio o embebedou e ele começou a perambular.
(Franco) — Elfpeare, se resolva aí, eu vou tomar um ar.
Talvez eu devesse continuar a história comigo e a recepcionista que posso acabar por paquerar. Mas é a Franco que dedico o meu livro, mesmo eu não estando lá.
2
Oahdigz, a cidade de pedra que fora esculpida como um belo forte também foi e ainda é, ironicamente, lar dos druidas.
Os druidas trouxeram para cá a terra fértil. Tornaram a cidade sustentável e bem distinta, tendo em vista o seu bosque enorme; onde Franco acabou de adentrar.
(Franco) — Estas maçãs de tão bonitas, parecem que de uma a uma foram polidas.
E de tão belas as maçãs Franco não se contenta só com o olhar.
(Franco) — Ó senhor, é muito dinheiro para um camponês só usar.
(???) — Já que diz sobre dinheiro, paga-me a maçã que acabou de se deliciar.
O que há com você? Todos sabem que não se pode usar os recursos do bosque sem a permissão do meu pai.
(Franco) — Perdão, sou novo aqui. Uma moeda de prata deve ser o suficiente, jovem bela?
(???) — E-eu não sou esse tipo de garota seu idiota!
A garota, até então só conhecida pelos cabelos ruivos, pele branca e roupas de couro fino, mas não pelo nome, insinuou movimentos estranhos e repentinamente voaram até Franco, várias bolotas.
Usando a bainha escamada da espada ele se defendeu.
(Franco) — O suficiente para pagar a maçã, entendeu?
(???) — Ah…
(Franco) — Sinto muito se de alguma forma a desagradei.
(???) — Desculpa… Você é um aventureiro?
(Franco) — Sim, sou Franco. E não se preocupe, até me alivia uma mulher só querer me matar.
(???) — ? B-bom, eu sou Aika. Você deveria saber que não se deve dar uma moeda de prata para qualquer mulher, apenas para as que querem se dar.
(Franco) — Que burrada. E por que acha que sou aventureiro?
(Aika) — Pela espada. Não tem ar de lorde e nem armadura de cavaleiro, só lhe resta tal. Pensei logo quando o abordei.
… Se importa se sentar-me ao seu lado?
(Franco) — Se tentará me matar ou de forma imprópria me amar, pode deixar de lado.
(Aika) — Credo! Parece até que um problema com muitas mulheres o traumatizou.
Enfim, já que tu é aventureiro, aproveite o meu bom humor e conte suas histórias como moeda pela maçã furtada.
(Franco) — Contar histórias é mais com o meu companheiro e contratante elfo, ele dedica seu livro aos meus feitos e até que muitas das palavras ditas por mim, o mesmo poetizou.
(Aika) — Wow, então você deve ser um grande aventureiro.
Mesmo que alguns apreciem ler conversas extensas, como as de um meio vampiro que escreveu sua gama de histórias cheia de esquisitices, hoje não é o meu dia para tal, afinal nem meio vampiro sou para escrever tanto em minha pouca vida.
Vamos direto ao fim da conversa, sendo o pôr do sol o fim do prazo.
(Aika) — Hahaha. Não esperava que houvesse diversão nessa vida que tu segue. Queria tentar um dia.
(Franco) — E por que não vai? Teme que talvez se perderia?
(Aika) — Meu pai, o grande druida, não me deixa sair do bosque sozinha e quanto a aventuras, nunca permitiria.
(Fraco) — E se ao invés de se perder, você se encontrasse nesse ofício arriscado. O que faria?
Já está na minha hora. Mas quando pensar no caso, pense no "e se" que é a vida.