Me chamo Yunoh, tenho 19 anos e estou no último ano na escola, moro no Colorado em Fort Collins, hoje é o primeiro dia de aula e ainda estou sentada em uma árvore olhando o movimento em frente a escola. Não é uma escola muito boa, não temos muita verba, quando chove nem podemos ter aula, a qualquer momento ainda vai desmoronar, aqui é bem grande, o total de 100 salas para alunos, todas com tons de branco manchado, carteiras com apenas um braço para apoiar todos os materiais, chão com pisos beges e quadro branco, 1 sala para o diretor, por incrível que parece é a única sala que não está prestes a cair em cima da sua cabeça, 1 dos professores, onde rola muita fofoca, 1 para a coordenadora, cada mês é uma nova, nunca tivemos coordenadores permanentes.
Tem uma quadra para os garotos jogar futsal, mas os gols estão todos sem redes, a quadra e toda cinza e com as marcações do futsal, por mais que a escola não seja bem cuidada, tem muito meninos e meninas riquinhos e muito metidos, tem as líderes de torcida, uma pior que a outra, participamos de todas as competições, só não chegamos a ganhar ainda.
Logo a sirene toca, hora da tortura, primeira aula, história, professora kendensse, aula sobre a 1 guerra mundial, me sento no meio, e escuto toda a explicação, bom foi o que tentei.
Assim que a tortura de estar na escola acaba, sigo até meu trabalho na lanchonete do beco da sorte, "sorte se sair vivo de lá", os piores traficantes e assassinos ficam fazendo suas trocas e negociações nesse beco, tem anos que não tem policiais rodando por esse lado, o que torna o beco o lugar mais perigoso de todos.
Demorou uns 20 minutos até finalmente entrar no beco, e logo sou vista por um assassino nada legal, chamado Alan.
-Olá Yunoh! Como está a escola? - Ele fala com um ar de calmo.
- Está bem! Agora preciso ir trabalhar, estou atrasada, com licença! - Alan da um sorriso simpático e estende sua mão esquerda para que eu passe.
Todos são simpáticos com quem frequenta o beco para se alimentar ou trabalhar. Coloco rapidamente o avental e vou ao meus afazeres, atendo todos que passam aqui, são poucas pessoas mas todas muito generosas e muito bem educadas.
Assim que o trabalho acaba vou me despedir de todos e finalmente ir para minha casa, moro sozinha a dois anos, minha mãe precisou voltar para Portugal e resolver alguns negócios da família, mas depois disso nunca mais deu notícias e muito menos voltou.
Decido passar o resto do tempo lendo algumas histórias de terror no celular, encontrei uma história da minha cidade, achei até interessante, pensei em pesquisar em jornais antigos se isso realmente aconteceu ou é apenas ficção, acredito um pouco no mundo sobrenatural, porém não tenho mais medo.
Acabo adormecendo enquanto leio e só percebo isso quando o sol bate no meu rosto me acordando, e também reparo que perdi a hora de ir para a escola, então resolvo dormi novamente, mas com o barulho da obra na casa do vizinho estava bem difícil, espreguiço e vou escovar os dentes, com o tédio decido ligar a televisão e aparece um assassinato em uma casa aqui na cidade, idêntica à história que li, acabo ficando curiosa e penso por alguns minutos por que não dar uma passada por lá, bem que podia ser a casa onde aquela história se passou.
Batem na porta me assustando e me tirando dos meus pensamentos.
-Uau, alguém sabe que existo, impressionante! - Digo com ironia.
Atendo e vejo um homem com uma máscara estilo asiático , mas essa e negra e bonitinha, porém ele parece bem misterioso me observando.
-Posso ajudar? - Falo quebrando o gelo.
-Queria saber se a senhorita sabe aonde fica o restaurante mais próximo? - Ele fala formal.
-No Beco da sorte, só seguir reto e virar no quinto quarteirão. -Explico apontando para a frente.
-Obrigado e perdão pelo incômodo! - Ele sai.
-Por nada! - Fecho a porta.
Volto então para dentro de casa, sento no sofá cinza de 3 lugares e volto a ler meu livro, logo terei que ir para meu trabalho, e possivelmente parar de estudar, a lanchonete não da muito dinheiro, tenho muitas contas para pagar, já perdi um ano para trabalhar, isso foi quando minha mãe sumiu pela primeira vez, ela demorou só 1 ano para voltar, mas dessa vez ela não quer voltar.
Quando vejo que já deu a hora de ir trabalhar paro a leitura, pego meus documentos que estava na mochila do lado da porta de entrada vou ao trabalho. Chego em cinco minutos, me preparo e vou ao balcão esperar alguém fazer algum pedido enquanto como um cachorro quente, e em um dia todo de trabalho tivemos apenas 5 clientes, no final do expediente minha chefe aparece.
- A clientela está caindo cada dia mais. – Ela fala tristonha.
- Aposto que logo aparecerá muitos e aqui ainda vai render muita economia. – Falo tentando anima-la um pouco.
- Não tenha muita esperança filha, enquanto esses caras rondar por aqui as pessoas terão medo de frequentar aqui. – Não sei o que falar então me calo. – Pode deixa hoje eu fecho, pode ir, sei que amanhã você tem aula.
- Ok, se precisar de algo me liga. – Pego minhas coisa e volto para casa, me deito e logo durmo.