Miami/ Av. Lincoln Road Mall. South Beach/21 De Janeiro de 2017/06:20 AM
Point view of Camila Cabello
— Ally, eu não posso entregar minha filha nas mãos da Tara. Eu sei que ela está com a minha irmã, mas eu preciso dar um jeito de armar algo contra ela.
— Camila se acalme, mulher. Você não pode vacilar com essa mulher, essa mulher é mais esperta do que a gente imagina. Ela está a um passo à nossa frente.
— Vou precisar de reforço, caso ela leve alguns capangas. Eu sei o que fazer, mas tenho medo do que possa acontecer com a minha irmã e com a minha filha.
— Mila, não deixarei que nada de ruim aconteça com vocês. Só eu sei o que você e aquelas meninas passaram lá dentro. Se ela e o resto da máfia não forem presos agora, não serão mais. - Me emocionei com as palavras de Ally, serviram de lição e motivação.
— Tenho tudo planejado na minha mente. Eu quero acabar com a tara de uma vez por todas Por causa dela, eu fiquei em cima de uma cadeira de rodas, levando um tiro na pélvica.
Ally se calou soltando um suspiro, juntamente com um bocejo.
— Vamos fazer de tudo para prendê-los. Mas não podemos nos precipitar, assim como nós, eles também possuem pessoal infiltrado em nossas delegacias. Eu desconfio da agente Lovato até hoje.
Faltava alguns minutos até me encontrar com a Tara. Ela poderia ser esperta, mas eu também tinha meus truques. Fechei meus olhos, deixando cair algumas lágrimas de tristeza e ao mesmo tempo de raiva. Lauren estava feliz por ter recebido alta no dia anterior e eu não poderia deixá-la ter essa sensação maternal.
— Ally, você sabe algum lugar onde posso conseguir explosivos? —essa pergunta deixou Ally sem reação, soltando uma gargalhada sarcástica no final.
— Sim, trabalho com a polícia e tenho muitos anos no ramo. Eu conheço alguns fornecedores, mas já vou lhe avisando que eles não vendem barato. Mas por que está interessada em explosivos, Cabello? — Ally perguntou despretensiosamente, mas com medo que eu pudesse fazer alguma besteira.
Uma mensagem de Tara me deixava ainda mais nervosa, no dia anterior, Ally havia me entregado uma escuta para ficar a par da nossa conversa e também ter a certeza de que Tara não armaria nada contra minha vida.
— Eu temo que o nosso chefe inspetor também faça parte dessa gente podre. Seria bom você ficar na cola dele, não é mesmo? Isso é só para garantir que eu estou errada, mas eu quase não estou.
Me despedi de Ally encerrando a ligação. Tara sabia que não seria burra o bastante de ir sozinha, sem proteção policial, nas não pediria colocar ninguém em risco, até porque ela poderia consequentemente me enganar.
Algumas horas depois…
Faríamos uma operação de resgate, em troca, Tara ganharia uma surpresinha de minha parte. Estava tudo planejado, mas a teoria é mais eficaz do que a prática, então, tínhamos que nos arriscar.
Ally, juntamente com outros policiais de sua total confiança. Ally e os demais ficariam em locais camuflados, esperando o momento certo para pôr a operação em ação.
— Aqui, tome isto— disse Ally me entregando uma mini pistola.
— Ou, ou. Para que isso? — Me espantei com o objeto.
— Isso é para sua proteção, é um "trunfo" que você terá caso ela consiga fugir— ela frisou o olhar, destravando o dispositivo. - Não tenha medo de usá-la, ouviu? Se ela sobreviver, responderá pelos crimes como: tráfico de pessoas, drogas, tráfico de crianças e falsidade ideológica.
— Pode deixar. — acenei com a cabeça em sinal de entendimento.
— Sabe como usar? Caso não saiba, eu lhe ensino. — Ally sempre sendo bem atenciosa e cuidadosa comigo.
— Eu não sei manejar isso, mas deve ser fácil quando se pega o jeito da coisa. — Sorri envergonhada, deixando minhas bochechas ficarem rosadas.
— Camila, é muito importante que você siga o plano de acordo com que combinamos, ou podemos colocar tudo a perder.
— Como vamos iniciar a missão? — perguntou observando Ally escrever algo em uma agenda de coloração lilás.
— Não se preocupe minha pequena jovem, agora temos que avisar a Lauren e deixá-la a par de toda situação. Eu não posso, não devo esconder nada dela.
— Ally, eu não posso fazer isso. Não posso colocar a lolo em risco por algo que eu fiz. Além do mais… ela recebeu alta ontem e eu prometi estar ao lado dela. Por enquanto, só por enquanto não diga nada para ela, por favor?
— Eu não posso lhe garantir isso, quando as coisas se resolverem eu irei dizer toda a verdade. Lauren é minha melhor amiga, entramos e fizemos treinamento juntas na polícia. Sabe como foi difícil nós duas fingirmos que não nos conhecíamos quando ela estava lá no bordel?
— Tara é um demônio, quero me livrar dessa vagabunda logo, logo. Ela vai sofrer como alguém nunca sofreu antes.
Ally me olhou arregalados os olhos. Ela estava fixada na tela do computador pensando em uma forma de burlar os sistema da polícia de Miami. Me surpreendi com a facilidade e agilidade que ela possuía para a computação.
— Já estamos quase na hora de pôr o nosso plano em ação, está pronta? — Perguntou ela com um sorriso de felicidade e um olhar alegre — minha equipe, estamos aqui reunidos por um só motivo, prender Tara Roberts e aqueles bando de filhos da puta.
Enquanto isso, Ally queria me dar umas aulas de pontaria e auto segurança. Flexiono meus joelhos separados e olhos fixos no alvo à frente. Ally sussurrou em meu ouvido, causando uma tensão sexual no ambiente. Ela segurou minhas mãos com firmeza.
— Está vendo, fixa o olhar no círculo preto à sua frente. Imagine que esse ponto é Tara, o que você precisa fazer é manter as mãos firmes e mirar diretamente no círculo.
— Assim? — Perguntei disparando o gatilho sem querer— Uh, desculpe, acho que não calculei bem o tiro.
Ally me olhou sem graça pela minha falta de desenvoltura para usar a arma. Eu respirei fundo soltando um sorriso e forçado em meio a situação.
— Deixa isso de lado um pouco, tenho outra coisa que quero lhe ensinar.
Edifício Paramount Bay/ 21 de Janeiro de 2017/ 07:01AM
Point View Of Tara Roberts.
— Como estamos, Jensen? — Olhei para o computador esperando algo de útil.
— Tudo sob controle, Tara. Só preciso rastrear o distintivo da agente Hernandes. Só um momento…. Achei! — Meus olhos brilharam de felicidade.
— Vamos agora para lá, Dinah, pegue a garota, vamos dar um passeio. Vamos levá-la para ver a sua irmãzinha.
— Me solta, sua vagabunda!!— exclamou aos berros a garota.
— Cale sua boca, imunda. – Dei um belo tapa em seu rostinho desenhado, ela era a cara daquela traidora.
A menina me olhou com o rosto marcado pelos meus dedos. Era abusada igualzinha a irmã e, insuportável.
Minha paciência tinha limite bem tolerável, essa menina me tirava do sério constantemente. Não me via a hora de me livrar dela.
— Podemos ir, agora! — Digo dando as ordens para que dê início ao procedimento. Uma única chamada mudaria o destino de Camila de uma vez por todas.
— Então, já está com a minha mercadoria? Não gosto de esperar, e não tente nenhuma gracinha.
— Não tentarei nada, mas não estarei desprotegida, não sou otária e, sei que muito menos você. Me encontre no final da rodovia Turnpike, a 836 metros da via expressa do aeroporto.
— Como vou saber que não há nenhum tipo de emboscada? — Ela se achava esperta.
— "Eu não jogo sujo, eu sou o próprio jogo" não preciso de truques ou algo do tipo. – Acho que criei um monstro.
Ela ficou por alguns segundos, voltando para a ligação. Ela sabia que não podia enganar Tara Madson Roberts — Ok, estou à caminho, sem truques, hein Cabello. - Desliguei a chamada com pressa.
Peguei minha jaqueta de couro preta, acompanhada de minha Beretta 92F que eu sempre levava para todo canto. Chamei meus dois, dos melhores atiradores, mas era apenas por precaução.
— Prontos? — Perguntei enquanto engatilhava minha "bebê" partindo em retirada.
Point View Of Narrator
Tara estava a caminho de sua vingança, Tara odiava Camila em um extremo notável que não dava para explicar. Enquanto isso, Camila se prepara para o enfrentamento com Tara, mas temia que ela tentasse algo contra a vida de sua Irmã e sua filha.
— Pronto, os agentes já estão posicionados em locais estratégicos, eles estariam ouvindo toda a sua conversa com Tara, se sentir-se ameaçada é só dizer a farsa "estou pronta", ok?— Ally explicou cada detalhe para ela.
— Estou pronta! — dito assim, os homens apontaram suas armas de fogo contra sua cabeça. — Funciona mesmo, hein.— ela riu da situação levando tudo na "esportiva"
Marcavam no relógio às 08:45, e já estava quase na hora do encontro que mudaria tudo. Camila colocou sua arma por dentro de sua jaqueta e saiu deixando Ally e os demais no local. Ao caminhar alguns metros Camila já podia ver o carro de Tara se aproximar do local combinado em questão.
— Tara! — Camila gritou acenando com uma das mãos, na outra segurava uma criança recém nascida.
— Parece que cumpriu com o nosso acordo, agora deixe-me ver essa gracinha.
— Negativo, onde está a Sofia? Não estou vendo ela.
— Ah, Demi, trague a garota por favor?— Suas ordens mostraram um alívio enorme em seu coração.
As duas ali presente de frente uma para outra com duas coisas que seriam muito importantes para elas.
— Pronto. Aqui está sua querida irmãzinha. — disse Tara segurando com força seus pulsos que estavam amarrados.
— Solte-a. Que eu lhe entrego a criança. — Camila queria uma troca justa.
— Tá me achando com cara de otária? Quando você me entregar a menina eu lhe entrego sua irmã.
— Eu não vou entrar nos seus joguinhos, eu não sou aquela Camila de antes que você fazia de "gato e sapato", que me esmurrava, me dava socos e chutes e sempre vinha me humilhando. Agora as coisas mudaram, não sou mais desse jeito.
— Eu não tenho tempo para perder, tenho milhões de dólares para receber por essa coisa insignificante. Ande, me traga-a logo.
Ela respirou dando passos lentos até conseguir observar sua irmã de perto.
— Oi meu amor, desculpa ter te metido nessa bagunça — As lágrimas caíram como um rio. Camila sabia que isso que ela estava planejando poderia ser arriscado e perigoso.
— Eu só quero ir pra casa, ver a mamãe o papai.b— Tara não demonstrava um pingo de sentimentos sequer pela menina e continuou-a segurando pelos pulsos.
— Aqui, agora me devolve minha irmã. — ela implorou de joelhos, enquanto um dos homens a desamarra.
A menina estava totalmente livre e poderia voltar para casa com ela.
— Jensen, agora vamos cuidar dessa daqui — Camila rapidamente soltou Sofia com rapidez, ocasionando uma queda no solo e tendo ferimentos leves.
— O que está fazendo? — disse Camila com os braços já imobilizados pelos homens.
— Vamos dar um passeio, e depois a gente te joga em qualquer canto. Coloque-a dentro do carro. Busque ele lá embaixo.
—Você prometeu, não acredito que vai fazer isso.
— Já ouviu aquele ditado? Nunca se deve confiar em ninguém? Então, você ainda é muito ingênua, Camila.
— Ok, faço comigo o que quiser, mas deixe minha irmã ir embora com os policiais?
— Viu? Não sou o Demônio que você tanto descreve por aí.
Camila entrou no carro junto de Tara e seus capangas, quando o carro se pois em movimento ela olhou para trás e pelo vidro conseguiu ver Sofia nos braços de Ally. Só uma coisa passava por sua cabeça, ela teria que livrar o mundo daquele ser desprezível que era Tara Roberts.
— AGORA. ESTOU PRONTA – Camila gritou dando as ordens finais.
A última coisa que eles ouviram foram os disparos que acertaram a lataria do carro, e uma grande explosão que se sucedeu por debaixo do veículo.
O plano de Camila tinha saído sim como ela esperava, ela sabia que Tara não iria embora simplesmente por ir. Então pela pediu para Ally implantar os explosivos no final da rodovia, pois ela sabia que Tara tentaria fugir por ali.
Dentro do carro só se escutava gritos, pois com a força da explosão o carro foi jogado para longe, o fazendo capotar cincos vezes e parar atravessado no meio da estrada. Nenhum som era escutado se não os gemidos de dor de alguns, e o som da morte para outros.
Os policias pensavam que aquele plano de Camila Cabello era sim muito arriscado, ainda pensaram duas vezes se iriam mesmo aperta aquele gatilho detonador.
Mais essa era a única chance deles poderem prender Tara, então apertaram, e quando viram o carro capotando só pediram a todas as forças do universo que Camila saísse viva dali.
E sobre o recém nascido, ele já estava morto, nasceu morto e a polícia conseguiu com muita luta usar o pequeno corpo, pois se botassem um bebê vivo com toda certeza morreria nesse acidente. Tara não percebeu esse detalhe pois estava com muita pressa para vender a criança, então não fiscalizou completamente.
Camila estava do mesmo jeito que entrou no carro, sentada, só que com bastante sangue descendo de sua cabeça, ainda meio grogue olhou para os lados e viu que Tara estava descordada e com muito esforço puxou sua arma. Engatilhou e sem pensar duas vezes deu dois disparos na cabeça da mulher desacordada/agora morta.
— Se eu morrer nos encontramos no inferno.
Ela sussurrou baixo e fraco, sua vista se escurecendo.
Mais ela ainda pode escutar as sirenes ao longe, e cada vez mais se aproximando.