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Chapter 47 - Alan Versus Ninrode

Ninrode continua indo em sua direção, mas os porcos recuam, como se fossem repelidos, não só os que o carregam, mas todos os espíritos que estavam na sala vão recuando e desaparecendo. Ele então começa a flutuar a alguns centímetros do chão, vai até o jovem e o encara do lado de fora do círculo. Alan faz o mesmo, confiante em seu poderoso círculo do poder.

─ Sabe que o círculo não vai te proteger por muito tempo, não sabe garoto? ─ rangendo os dentes de ódio, depois abre a sua boca horrível e lambe os lábios.

─ Agora eu sou Deus. ─ apontando para dentro do círculo. ─ Domino todas as coisas do universo, inclusive você. AJOELHE-SE DIANTE DE MIM NINRODE! ─ já começando a demonstrar confiança excessiva sobre a sua proteção, cometendo um erro grave e comum aos iniciados na magia.

O demônio olha para baixo e vê o triangulo que Alan mentaliza para mantê-lo preso.

─ Lógico, meu senhor todo-poderoso. ─ ele inclina-se e em seguida dispara suas correntes em grandíssima velocidade.

Alan esquiva-se por muito pouco, demonstrando um total despreparo para este confronto. Ninrode tenta se aproveitar da desconcentração dele e entrar no círculo mágico, mas o jovem realinha a sua mentalização a tempo de evitar que ele o pegue.

─ Você é o bruxo mais fraco que já enfrentei! Ah! Ah! Ah! Ah! ─ rindo da cara dele, olhando bem nos seus olhos, enquanto vai se afastando lentamente como se estivesse sendo empurrado para fora do círculo.

─ CALE-SE! ─ ficou visivelmente irritado.

─ Sem o triangulo mágico, nem o mais poderoso bruxo que a Terra já teve, poderia me deter garoto. Lembre-se de que eu estou livre e você é quem está preso. ─ o demônio cai na gargalhada.

Neste instante a porta que estava trancava se abre, Felipe, Patrícia e Amanda entram na sala. Eles vão se colocando ao lado da entidade.

─ Esta fumaça negra saindo dos seus olhos! ─ pensa. ─ O que você fez a eles? ─ pergunta, ao ver os seus amigos totalmente inertes.

─ Eles agora são meus. ─ abrindo um sorriso sádico, olhando para ele e alisando o ombro esquerdo da Patrícia, descendo pelo seu corpo todo.

Alan ficou tão furioso que se arrepiou todo com o que o demônio fez.

─ NUNCA! ─ ele desenha com o seu dedo indicador um triangulo verde-fluorescente, bem onde a criatura está.

─ Nossa, estou impressionado! ─ desdenhando do triangulo, mas ele não consegue sair. ─ Chega de brincadeiras. ─ lançando as suas correntes, todas elas de uma só vez.

Desta vez as correntes negras chocam-se contra o círculo mágico e o enfraquecem muito.

─ Merda! Se continuar assim, não vou aguentar por muito tempo. ─ ele já está ofegante.

─ É, aqui estou eu livre outra vez. ─ movendo-se lentamente envolta dele, pois Alan teve que se concentrar no círculo mágico para não ser morto, e perdeu a concentração no triangulo, que desapareceu.

Ninrode enrosca as suas correntes nos pescoços dos três jovens que estão possuídos.

─ Posso matá-los a hora em que eu quiser.

─ Argh! O que é isso?! ─ Alan foi pego por trás, pelo seu pescoço, por Bill que o arrancou de dentro do círculo mágico.

Ele consegue dar uma cotovelada na testa do Bill, instantaneamente nasceu um calombo, e ele consegue se soltar, mas quando ia voltar para o seu círculo de proteção, se depara com o demônio a sua frente.

─ Você perdeu. ─ paralisando-o e observando enquanto os espíritos dos porcos vão saindo das sombras e invadindo o seu corpo um a um.

─ NÃOOOOOO! ─ ele ainda cai de joelhos com as mãos na cabeça por alguns segundos, tentando lutar, mas não tem jeito, ele está sob o controle do demônio agora, como os outros.

Enquanto isso Joshua está muito preocupado, ele está em frente a delegacia tentando ligar a todo instante para a sua irmã, sem sucesso.

─ O que foi Joshua, você parece assustado? ─ Enoque chegando ao seu carro, ele leva um refrigerante para o pequeno.

─ Não consigo falar com minha irmã. Como estão as coisas lá? ─ ele pergunta e bebe o seu refrigerante.

─ Eles já vão ser liberados, estão acabando de prestar depoimento. O celular do meu filho está desligado, ele nunca desliga o celular! ─ tentando ligar para ele.

─ Sinto muito, mas não vou poder esperá-los aqui. Eu preciso encontrar a minha irmã e os outros, tenho um mau pressentimento! ─ ele de repente começa a vasculhar a sua mochila, vendo se todos os seus amuletos estão lá, em seguida abre a porta do carro.

─ Espere aí, onde você pensa que vai garoto? Você por acaso sabe aonde eles estão?! ─ o segurando pela camisa, quando ele ia descendo do carro.

─ Sim, mas é muito perigoso, eu preciso ir sozinho senhor.

─ Como assim é muito perigoso? Me deixe ajudar o meu filho!

─ No caminho eu explico, eles foram para este endereço. ─ entrega o papel anotado.

─ Caxias, foram fazer o que lá? ─ acelerando o carro, ele disca para o seu advogado. ─ Pedro, preciso que você leve os nossos amigos até as suas casas, depois acertamos. Você faz isso por mim meu amigo? Ok, então amanhã nos vemos tchau.

─ Eles foram verificar um matadouro abandonado.

─ Vocês não têm nada na cabeça mesmo. Estes lugares são perigosos, muito perigosos! Quem garante que eles não encontraram um bandido lá dentro? ─ ele bota a mão direita na cabeça enquanto faz uma careta. ─ Você disse que eles foram verificar, verificar o que em um lugar destes?

─ Acreditamos que um bruxo muito poderoso está tentando abrir um portal para o Inferno e nós temos que impedi-lo senhor. A Terra corre grande perigo! ─ ele coloca as mãos na testa, pois sabe que um adulto que só tem contato com o mundo material, não tem a mínima capacidade de compreender a gravidade do que ele disse.

─ Quando eu encontrar o Felipe, eu vou esganar ele! Nunca mais ele andará com vocês, pois vou colocá-lo em um colégio interno nos Estados Unidos! ─ Enoque está furioso, ele disca um número no videofone.

─ Por isso eu estava indo sozinho, nós só podemos contar com nós mesmos. Espero que o senhor não esteja discando para a polícia. Se aconteceu algo lá, ainda podemos salvá-los, mas a polícia nada poderá fazer a não ser colocar as vidas deles em risco. Os bruxos do mal vão fugir e provavelmente antes, eles vão matar a minha irmã, o seu filho e os nossos amigos que estão lá também! ─ diz olhando fixamente para ele, que desliga o telefone.

─ Garoto, só me diga o que fazer para salvar o meu filho ok? ─ se concentrando na rua. Ele está dirigindo em alta velocidade o automóvel.

─ O senhor não pode fazer nada, pelo que eu sei podemos estar lidando com um demônio de primeira grandeza e acredite, não vai querer encontrá-lo em sua frente lá. ─ Joshua colocando dois amuletos, um fica à frente do seu peito e o outro fica nas costas.

─ Demônio de que mesmo?! ─ ele é interrompido pelo seu telefone que toca. ─ Fala meu amigo, eles já foram liberados? Não? ─ ele escuta por uns segundos. ─ Estes garotos são todos uns lunáticos mesmo, ao menos deixe algo para eles comerem aí e deixe um dinheiro com o delegado para comprar um lanche amanhã para eles. Depois eu acerto com você ok? Um abraço amigão, tchau.

─ Não liberaram os meus amigos?

─ Só os três não foram liberados. Os outros garotos falaram em mortes, disseram que um monstro matou… ─ balançando a cabeça. ─ Que passou por um portal e matou alguns dos jovens que estavam lá! ─ ele não consegue acreditar no que ouviu do advogado.

─ Sim, não pudemos fazer nada para salvá-los, o monstro era assustador. Ainda bem que ele não veio para nosso mundo! ─ lembrando-se do momento em que ele olhou dentro do portal e viu o tamanho da criatura.

­ ─ Se é verdade, como pensa que vai conseguir salvar os seus amigos? Não conseguiu salvar aqueles garotos, o que o faz pensar que vai conseguir agora?! ─ com um tom sarcástico.

─ Estamos falando de uma entidade, um espírito, um demônio… lá aquela coisa era física, talvez você e a polícia conseguisse ajudar, mas aqui nada físico vai funcionar. Se não tiver magia envolvida, nada vai afetá-lo! ─ o pequeno coloca a sua mochila nas costas.

─ O que é este cristal aí na mochila?

─ Isto é o meu cetro, meu objeto mágico mais poderoso, a extensão do meu braço, assim como a varinha mágica. ─ ele fala com orgulho, enquanto o retira da mochila.

─ Use-o para me provar que você é um bruxo de verdade, vamos. ─ o provocando para que ele tente usar algum feitiço.

─ Sou um bruxo senhor, um bruxo não usa magia atoa, quando chegar o momento certo, você verá o meu cetro mágico em ação. ─ guardando o objeto na mochila.

─ Sei! Estamos quase chegando, vai se preparando aí garoto.