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Chapter 2 - Paraíso Desejado

Uma pessoa vestida de branco saiu daquele templo estranho...

Era um homem bem grande com uma aparência geral bem semelhante à de Alexandre. Seus longos cabelos pretos balançavam misteriosamente no ar sem necessidade de qualquer vento, mas a característica mais marcante dele eram seus olhos de cor cinza lívidos de qualquer emoção ou sentimento como se transformada uma placa de concreto.

Cada passo seu carregava uma aura natural de superioridade, como se ele fosse um nobre. Ele lentamente andou até as escadarias do templo e olhou para Alexander que estava ajoelhado na frente de uma cruz.

"Sua aura é diferente de qualquer um que eu já tenha visto antes, deve ter sido por isso que você passou direto pelos portões. " A voz do homem era extremamente calma, enquanto falava, ele balançou seu sobretudo e uma espécie de caduceu prateado saiu das suas mangas: "Mas não é para almas como a sua aparecerem nesse lugar."

De repente a ponta do caduceu começou a emitir um brilho estranho e uma rachadura apareceu no ar a sua frente...

Então, de repente, quatro coisas finas saíram da rachadura trazendo consigo um pequeno ser de cor branca que era muito semelhante a uma aranha. Aquelas quatro coisas eram as pernas dele. Ele também não parecia ter os olhos ou boca, até a estrutura do seu corpo era bem estranha, por ter uma consistência meia liquida e meia solida.

Em geral, ele era uma gosma sustentada por quatro pequenos gravetos.

Depois de sair da rachadura por completo, a criatura não se mexeu. Ela apenas ficou parada aos pés daquele homem e 'olhou' para ele como se estivesse esperando ele falar algo.

"Não consegue sentir a aura dele? Realmente é uma alma que não deveria estar aqui." O homem apontou seu caduceu para Alexander e aquela gosma começou a andar até ele como se estivesse hipnotizado.

Depois o homem lentamente abaixou seu caduceu e não falou nada, ele apenas ficou lá parado, observando a gosma descer lentamente as escadas. Foi somente quando a gosma pulou para a parte de grama, ele voltou para dentro do templo.

Depois disso o templo voou sem fazer nenhum tipo de barulho e desapareceu nos céus...

Desde sua chegada, até a sua saída, Alexander não tinha visto nem mesmo a sombra do templo, pois ele ainda estava totalmente imerso em solidão, pensando apenas em se desculpar com a sua família.

"Me desculpem...me desculpem...me desculpem..." Ninguém poderia dizer a quantidade de vezes que ele se curvou para aquelas cruzes, nem ele mesmo poderia dizer.

Enquanto Alexander chorava sem parar, aquela gosma branca se aproximou silenciosamente por trás dele e tocou levemente em um de seus pés. E no mesmo instante, a gosma parecia ter sido sugado para dentro do corpo dele e sem vestígio algum, ele desapareceu.

"Descul... AAAAAAHHHHH!" Alexander de repente parou de pedir desculpas e colocou as mão em sua cabeça, pois de repente ele sentiu uma dor insuportável naquela parte.

Naquele momento ele não conseguia nem mesmo raciocinar direito, a única coisa que ele sentia era a sensação de que alguém estava tentando arrancar a sua cabeça de seu pescoço a todo custo.

"Para! Para! Ahhhhhhh!" Ele estava suando muito e seus olhos estavam tão vermelhos quanto sangue. No mesmo estado estava seu corpo, ele até parecia que ia explodir a qualquer momento.

Mas então, algo muito estranho aconteceu. Uma marca branca em forma de 'X' apareceu em sua testa e a partir dali, ela se espalhou por todo seu rosto e corpo como se fosse uma cicatriz antiga.

Ele parou de gritar, pois assim que a marca surgiu, toda a dor no seu corpo sumiu como se nunca tivesse existido...

...

Quando abriu os olhos, Alexander se viu olhando para um céu azul cheio de nuvens. Ele rapidamente levantou e se viu em um lugar completamente diferente de onde estava antes, pois não havia lapides para todos os lados e nem céus estranho.

Ele estava de pé em uma rocha na costa de uma praia e ao seu redor apenas um mar de águas cristalinas com poucas ondas, tudo estava calmo.

"Alex! O que está fazendo aí? Venha, seu tio vai tocar aquela música que você gosta." Quando Alexander ouviu seu apelido, ele se virou tão rápido que quase perdeu o equilíbrio.

Ao ver a pessoa que falava com ele, lagrimas começaram a sair pelos seus olhos e escorreram por todo seu rosto como se fossem rios. Suas pernas tremeram e dessa vez ele quase caiu, mas foi segurado pela mulher que rapidamente chegou para apoia-lo: "Ei, você tá bem?"

A mulher era muito bonita, sua pele morena e seus cabelos cacheados combinavam perfeitamente com o cenário. Ela usava uma roupa de praia bem simples e tinha um colar de dentes no pescoço.

Ela colocou Alexander gentilmente no chão e se abaixou na frente dele: "Quantos dedos tem aqui?" Ela colocou a mão na frente dele com dois dedos esticados.

Alexander não prestou atenção e só olhou fixamente para ela como se estivesse olhando para um fantasma. Com um pouco de hesitação, ele levantou as mãos e tocou no rosto dela. Ele fechou os olhos e respirou fundo antes de abri-los novamente, quando viu que a mulher ainda estava lá, ele abriu um sorriso e beijou os lábios carnudos da moça.

Ela foi pega de surpresa, mas não recuou e apenas seguiu o ritmo dele: "Ok, ok. Chega, vamos logo se não o tio vai ficar com raiva de nós." A mulher lhe empurrou e correu na direção de uma fogueira que não estava muito longe dali.

Vários homens e mulheres que estava lá acenavam para Alexander, eles eram a sua família. O sorriso em seu rosto se alargou, ele estava muito feliz por ver todos eles ali e quase chorou novamente, mas ele respirou fundo mais uma vez e correu na direção deles.

'Tudo foi aquilo um sonho, sim, tudo foi um sonho, um sonho muito ruim ...' Alexander jogou todos os acontecimentos anteriores para fora de seus pensamentos, para ele, tudo aquilo não passava de um sonho agora...

...

De volta a realidade, Alexander já tinha parado de gritar há um tempo, mas ele ainda estava ajoelhado naquele lugar. Ele tinha ficado um bom tempo olhando para o nada com os olhos vazios. Depois ele de repente sorriu e seu corpo tombou, ele bateu com sua cabeça na cruz que estava a sua frente, fazendo com que uma parte dela se quebrasse no processo da queda.

Um ferimento surgiu em seu rosto e o sangue começou a espalhar pela grama, manchando aquele lugar "perfeito" de vermelho carmesim.

Quando a cruz se quebrou, alguma coisa parecia estar lutando para sair do chão...

Então, de repente uma mão semitransparente saiu do solo. Essa mão estalou os dedos e uma faísca surgiu, essa faísca cresceu até se tornar uma grande bola de fogo de cor cinza. A mão então soltou a bola de fogo e ela caiu no solo...

Estrondo!

Como o lugar era extremamente silencioso, o som da explosão foi muito alto e vagou por toda a planície. E em um lugar não muito distante daquele área, aquele templo misterioso parou em sua rota de voo e o homem de branco saiu lá de dentro...

"Quem ousa?" Sua voz era extremamente alta agora.

Na mesma hora em que ele falou, o templo voou para a região de onde veio o som da explosão em uma velocidade completamente descomunal.

O lugar onde Alexander estava já não era mais a mesma coisa de antes, várias daquelas cruzes foram destruídas com essa explosão e voaram para longe, além disso, uma grande parte do solo também desapareceu...

Do solo quebrado, uma mulher alta com longos cabelos pretos saiu. Ela olhou para a sua mão e viu que ela já estava voltando a sua forma natural: "Finalmente!" Ela apertou os punho e gritou alto.

Essa mulher era muito bonita, ela tinha uma pele branca e usava algumas roupa bem leves, apenas uma camiseta verde e uma calça branca.

De repente ela ouviu algo e olhou para o fundo da cratera. Lá ela viu algumas figuras semitransparentes se levantando e uma pessoa bem diferente deles deitada no chão.

Ela estalou os dedos e aquela grande bola de fogo apareceu novamente. Então ela esticou aquela bola usando as mãos e de repente um chicote tomou forma em suas mãos: "Vocês servem a mim agora." Suas palavras fizeram alguns deles mudarem de expressão, mas mesmo assim eles não ousavam falaram nada, pois toda vez que aquele chicote balançava, todos eles automaticamente tremiam de medo.

"Ainda bem que vocês sabem qual é o seu lugar..." A mulher olhou com interesse para o corpo de Alexander e viu que ele ainda estava intacto mesmo depois de ser atingido por sua bola de fogo. Era como se aquela explosão não o tivesse afetado nem um pouco. Até mesmo as suas roupas estavam em perfeitas condições.

"Não sei quem você é, mas tem meu total respeito. Eu Lina, agradeço por ter me libertado daquela maldita prisão." A mulher chamada Lina se curvou para Alexander e depois começou a se afastar da cratera a passos lentos.

"Homens, destruam todas as lápides que virem, não deixem nenhuma passar." Alguns dos homens não queriam fazer o que ela disse. No entanto, ela balançou o seu chicote em direção a um deles e essa pessoa desapareceu instantaneamente como se fosse nada.

Vendo o que aconteceria com eles, os outros rapidamente começaram a se mover, afinal eles não queriam desaparecer como aquele homem infeliz.

"Mortos com medo de morrer novamente, que grande piada." Vendo que agora eles estavam fazendo o que ela mandou, Lina não se preocupou mais com eles.

Ela estalou os dedos e uma outra bola de fogo se formou no ar, mas essa era muito maior do que as outras que fez anteriormente: " OK! Vamos explodir esse lugar por inteiro!" Depois dela ter dito isso, o mundo instantaneamente virou um caos...

Lina jogou a bola de fogo parar o alto e uma enorme tempestade de fogo cinza se formou nos céus e em seguida uma chuva de fogo chegou para queimar toda a grama que existia ali...