Chapter 6 - Treinamento

"Acorde… Acorde…"

"Senhora… Yuu?"

"ACORDA LOGO HUMANO INÚTIL!"

Eu abro meus olhos assustado, é a slime que está falando, sua aparência mudou, ela ficou muito menor, um pouco maior que uma bola de basquete, e com o formato de uma. Por algum motivo ela está em cima de meu peito com minhas mãos dentro de seu corpo, como se ela estivesse injetando algo nelas.

"Até quando você pensa dormir?"

"O que está fazendo?"

"COMO ASSIM O QUE ESTOU FAZENDO!? ESTOU APLICANDO REMÉDIO NAS SUAS MÃOS!"

"Por que?"

"Porque… O Sacerdote me pediu, ok? E você fez um trato com meu mestre, não pode simplesmente morrer depois de conseguir algo tão incrível."

"Sacerdote?"

Olho à minha volta e me encontro em um tipo de quarto com paredes de pedra, estou em uma cama muito confortável.

"Por quanto tempo eu dormi?"

"Uma semana."

"Uma sem…"

Tento me levantar, mas meu corpo está fraco, afinal estou há uma semana sem comer.

"Calma lá, ainda não terminei de aplicar o remédio."

"..."

"O que você está encarando?"

"Você ficou muito fofa dessa forma."

"Ora seu! Acha mesmo que elogios irão me fazer gostar de você."

"(Risos) Não, mas é sempre bom elogiar."

"Você é um humano estranho."

Enquanto conversávamos, a porta ao fundo se abriu, uma freira com uma bacia com água e um pano entrou no quarto, após me ver, ela derruba a bacia no chão e correu chamando pelo sacerdote.

"O que deu nela?"

"Bem, não é a toa, quando você chegou aqui, havia perdido muito sangue, se não fosse pelo anão você teria morrido."

"Quando eu cheguei aqui?"

"A você não se lembra de nada né."

"Isso mesmo."

Escuto barulhos de passos vindo na direção do quarto, está rápido, como se estivesse correndo.

"JONA! VOCÊ ACORDOU?"

"Gu?"

Não tive nem tempo de perguntar nada, Gu correu me abraçando com o rosto triste.

"Me desculpa... Você está assim por minha culpa."

"Se acalme, o importante é que estamos bem, obrigado por se preocupar comigo."

"(Cora) N-não é como s-se eu estivesse preocupado com você!"

"Hahaha."

Esse sentimento de alívio que corre em meu corpo é aconchegante, ainda bem que tudo aquilo passou.

"Gu, onde estou?"

"Está na igreja principal da cidade."

"A Igreja de Milos?"

"Sim, consegui te trazer aqui graças a Valz, quando cheguei na cidade ele viu seu estado e correu em direção a igreja contigo nos braços pedindo ajuda, também foi ele que pagou sua estadia aqui e o atendimento."

"Entendo, tenho que agradecer o Valz depois."

"Tem certeza que tem apenas que agradecer?"

Valz entrou no quarto com uma cara assustadora.

"Primeiro você não vem ao treino que combinamos..."

EU TINHA ESQUECIDO.

"Depois você volta quase morto, e com um slime."

"Me desculpe."

Tento me levantar para pedir desculpa.

"Está tudo bem, o importante é que você está bem. Então, quer me contar o que aconteceu?"

"Gu não contou?"

"Bem, eu perguntei, mas toda vez que ele ia responder, começava a tremer."

"Ok, então…"

Contei tudo que havia acontecido naquele dia para Valz, desde o encontro com Aknurb, até como a slime começou a nos seguir.

"Você não deve contar isso ao sacerdote!"

"Por quê?"

"Por mais que eles sejam boas pessoas, se eles descobrirem que esse slime e você possui um pacto com um general dos demônios, não sei o que irá acontecer com vocês."

Não havia pensado nisso.

"Obrigado Valz!"

"Pelo que?"

"Por tudo! Por me ajudar quando estava precisando, e por me dar esses conselhos."

"(Risos) Pode ficar tranquilo, que assim que você melhorar, vou fazer questão de esse agradecimento valer a pena em seu treino.

Valz estava com uma cara assustadora, com um sorriso maléfico. Enquanto conversávamos, o sacerdote acabou entrando na sala.

���Parece que nosso paciente acordou."

"Você deve ser o sacerdote desta igreja."

"Isso mesmo, me chamo Otob A. Erdnaxel, e sou o Sumo Sacerdote da Igreja de Milos."

"Muito prazer."

Ele olha para a slime e então dá um sorriso.

"Que pet maravilhoso que você tem, graças ao slime, o tratamento foi bem mais fácil e eficiente."

"Pet?"

"É quando você fecha um contrato com uma criatura para te seguir e te ajudar em batalhas."

"Eu não diria que ela é minha pet, depois desse dia com certeza ela é minha amiga."

"(Risos) Entendo, mas é impressionante a capacidade desse slime, ele possui raciocínio, entendia tudo que eu falava, só faltou me responder."

Bem, ela responde, mas parece que ela evitou falar com ele.

"Queria muito continuar nossa conversa, mas creio que esteja faminto, vou pedir para trazerem algo para comer."

"Muito obrigado."

Ele acena para a freira que estava ao seu lado e a mesma se retirou do quarto.

"Bem, irei até meus aposentos, mais tarde, quando estiver melhor, conversaremos."

"Certo."

O Sacerdote se retirou, porém ainda tinha bastante gente no quarto, mas como era grande, não estava apertado.

"Gu, onde está o Adan?"

"Está treinando, ele está abalado com o que aconteceu no outro dia e disse que quer ficar mais forte."

Entendo ele ter ficado abalado, mas ele fez tudo que podia. No meio de nossa conversa, a freira voltou à sala com um carrinho cheio de comida.

"Pode se servir!"

Eu ainda estou um pouco fraco e com as minhas mãos na slime, pensei em dizer à Gu, mas antes mesmo que eu dissesse algo, ele já havia enchido a colher com comida e estava servindo na minha boca.

"Tome, coma."

"Ei Gu, isso é bem gay né."

"(Cora) o-o-oque eu posso fazer!? V-Você está machucado."

"(Risos) to brincando! Muito obrigado, Gu."

Começo a comer, a comida está uma delícia, estão servindo apenas comida leve, como sopa, caldos e um pouco de pão. Todos ficam em silêncio, provavelmente esperando eu terminar de comer, mas, esse silêncio está me matando, então tento puxar um assunto.

"Com quem o Adan está treinando?"

"Com minha colega de trabalho, ela também é uma maga."

"Espera Valz, achei que você trabalhasse sozinho."

"(Risos) Muita gente pensa isso, mas sim, eu tenho uma colega, e das fortes ainda."

"Mais que você?"

"Olha, ela com certeza é mais assustadora que eu."

"Mais assustadora que você? Ela é um tipo de ogra ou algo do tipo?"

"Quem você está chamando de ogra?"

Uma mulher alta com seus 1,75 de corpo esbelto entra na sala, ela possui cabelos pretos longos e sedosos, olhos vermelhos escarlate, um manto que cobre quase todo seu corpo, e um chapéu de mago.

"Ah! Oi Lili, achei que estava treinando o mulherengo."

"Olá Valz, ele queria dar uma passada para ver o garoto então viemos até aqui, mas então, quem é a ogra?"

Seu olhar está fixo em mim, sinto um calafrio em cada osso de minha espinha, agora eu entendo quando o Valz disse que ela é assustadora.

"M-me desculpe."

"Tudo bem, desde que você entenda, mas da próxima vez irei te mandar voando… OKAY!?"

"S-S-S-SIM SENHORA."

Meu deus, que medo, ela dá mais medo que o Aknurb.

"Senhorita Lili, onde está o Adan?"

"Bem, vejo que pelo menos você tem educação, mas pode me chamar apenas de Lili, o Adan está dando em cima das pacientes mulheres aqui na igreja."

"Ainda bem que é das pacientes, imagina se fosse da freiras."

"Eu fiz uma pergunta parecida, perguntei por que ele não dá em cima das freiras."

"Não posso atrapalhá-las em sua fé."

Adan entrou na sala, isso tá virando algum tipo de minigame? Todos entram na sala na hora certa.

"Eai Jona, vejo que acordou."

"Não, não, ele tá dormindo ainda, isso aqui é uma ilusão."

"HÃ, TA DE SACANAGEM COMIGO ANÃO DE MERDA?"

"TA AFIM DE BRIGAR SEU BROCHA."

"PELOMENOS EU NÃO SOU UM VIADINHO QUE FICA DANDO COMIDA NA BOCA DE OUTRO HOMEM."

"E-ELE TA MACHUDADO, T-TENHO QUE AJUDA-LO."

Eu me sinto muito feliz com eles assim novamente.

"Ei Garoto."

"O que é Valz?"

"Quando esses dois chegaram na cidade, ambos estavam em desespero me pedindo ajuda, e invés de brigando, estavam consolando um e o outro dizendo que não era culpa dele."

Então, é assim. Sem perceber, começo a rir alto e ambos escutam.

"Aconteceu algo, Jona?"

"Não, não (risos), apenas me desculpe por preocupá-los."

Ele me olharam com um sorriso. A slime tira minhas mãos de dentro dela e fica ao meu lado, parada. Olho para minha mão, e vejo que os ferimentos já estão quase fechados, porém, ainda não consigo mexê-las, apenas leves movimentos nos dedos.

"Não consegue mexer suas mãos?"

"Ainda não."

Voltei a comer com a ajuda de Gu. Após terminar, pedi ajuda para poder ir até os aposentos do Senhor Otob, Gu me pegou no colo e me carregou até lá como uma princesa… EU ANDEI POR TODA IGREJA SENDO CARREGADO COMO UMA PRINCESA!

"Ora vejo que terminou de comer, mas não precisava vir até meu quarto, poderia ter me chamado e eu iria até seu."

Gu me colocou em uma cadeira, eu limpo minha garganta para disfarçar a vergonha e começo a falar.

"É melhor aqui, poderemos falar mais particularmente."

"Tudo bem então, gostaria de me contar o que aconteceu?"

Eu penso em uma história para falar, já que preciso mentir.

"Nós estávamos fazendo a missão dos slimes daquele vilarejo, a slime que está comigo, é a rainha, quando encontramos ela, ela estava… sendo… perseguida por um troll, a salvamos porém acabei neste estado que estou."

"Hm…"

ESSA É A PIOR MENTIRA QUE EU JÁ FIZ, MEU DEUS COMO EU SOU PÉSSIMO NISSO.

"Entendo."

ELE ACREDITOU?

"Vejo que você está mentindo."

DROGA!

"Porém não sinto maldade vindo de você, então deve ser por outro motivo, não vou pedir pela a verdade, por agora, irei aceitar sua história, mas gostaria que um dia me contasse a história verdadeira."

Droga agora me sinto mal por mentir, ele é uma pessoa muito boa, porém Valz me pediu.

"Me desculpe, é que, não quero me lembrar, mas quando eu criar coragem, prometo te contar."

"Certo."

Volto para meu quarto, novamente com Gu me carregando por toda a igreja, a slime estava em minha cama, provavelmente dormindo, faço o mesmo. Meus dias na igreja se resumiram a slime injetando o medicamento em mim e eu tentando fazer minhas mãos se mexerem. Mais uma semana se passou, e minhas mãos estão completamente curadas graças ao Senhor Otob e a slime, porém ainda há cicatrizes. Logo após minha alta, Valz começou a me treinar

"Você se lembra do que eu havia dito?"

"Hehe."

Fomos até a guilda, a slime estava em minha cabeça, já que não havia como eu transportá-la por aí de outra forma, e uma dúvida me caiu.

"Ei, slime, você tem nome?"

"Não, nomes para monstros e demônios são algo que representam poder, apenas os mais poderosos possuem nome."

"Mesmo você sendo tão forte?"

"Sou forte apenas para vocês, esse Valz me mataria em segundos."

"Entendo, então eu vou te dar um nome."

"Que? Porque?

"É meio irritante ficar te chamando de slime toda hora. Agora me deixe pensar."

Preciso de um nome que combine com ela.

"Que tal Mai, um nome curto e fofo."

"Você é péssimo com nomes né."

"Sim."

"(Suspiro) Tudo bem, pode me chamar assim."

"Certo, Mai"

Após isso, deixei a Mai em um dos bancos da arquibancada e comecei o treino de Valz, seu treino era muito pesado, ainda mais para mim como um sedentário que era, porém não desistirei. Mais duas semanas se passaram, Mai me assistia todos os dias em meu treino, às vezes algumas pessoas começavam a brincar com ela, mas ela sempre estava ali. Já faz mais de um mês desde que cheguei a esse mundo e Valz disse que tinha uma surpresa para mim.

"Certo, chega por hoje, agora venha comigo."

"(Ofegante) espera… (ofegante) me deixa respirar."

"Vai, o treino nem foi tão pesado assim, venha logo."

Valz me puxa pelo braço, Mai sobe em minha cabeça, e ele me leva até o ferreiro da guilda, onde Gu estava trabalhando, não havia conversado muito com ele nessas últimas semanas, passei a maior parte do tempo treinando e na casa do Valz.

"Gu, você começou a trabalhar aqui?"

"Sim, precisava fazer dinheiro de alguma forma, e como queria esperar você para fazer missões, comecei a trabalhar aqui."

"Que incrível Gu."

"(Feliz) Que isso, eu apenas quis dar uma ajuda ao pessoal."

"Esse anão é realmente incrível, graças a ele nossos clientes aumentaram muito."

Um humano de cerca de 2 metros de altura, forte como um lutador, e moreno diz isso.

"E quem seria o Senhor."

"Ah, me desculpe, sou Oswald, o chefe dos ferreiros da Guilda."

"Muito prazer, sou Jona, amigo de Gu."

"Então esse é o Jona que você sempre fala, Guberth, já vou lá buscar o presente dele."

Presente?

"Como assim Gu?"

"Hehe, você vai ver."

Oswald voltou dos fundo com uma frigideira e uma panela wok gigante, ambos preto igual óleo. A frigideira era igual a que eu havia descrito à Gu, com um cabo longo, e a panela wok era enorme, com cerca de um metro de meio de altura e largura.

"Gu, foi você que fez?"

"Sim, ficou bom né."

"Sim ficou incrivel, mas aonde você conseguiu o ferro negro, eu tenho certeza que não haviamos pego nenhum."

"Fui eu! Eu fui à caverna que vocês falaram enquanto você estava no hospital."

"Porque, Valz?"

"Fui investigar, procurar algum rastro sobre Aknurb, porém não encontrei nada, mas encontrei ferro negro.

"Mas e o dinheiro para fazer esses equipamentos."

"Sobre isso não se preocupe jovem, Guberth trouxe muitos clientes para mim, por isso deixei ele utilizar a forja quando não tivesse ninguém."

"Então, gostou do presente Jona?"

"Claro que gostei, você fez exatamente como eu pedi, me impressiona que conseguiu lembrar utilizando apenas um desenho que eu fiz no chão de areia como exemplo."

"(orgulhoso) É claro que me lembrei, sou um ótimo ferreiro."

"Bem, vamos para a parte importante, testar seu novo equipamento."

"Sim, e você poderia me ajudar Valz?"

"Claro."

Voltamos até a área de teste da guilda, levei meus novos equipamentos, a panela wok nas costas e a frigideira na cintura, antes de começarmos Valz falou comigo.

"Jona, antes de começarmos, poderia me dizer seus status atuais?"

"AH sim claro só um momento. Status"

Minha janela de status aparece, eu ainda não consigo ler o que está escrito, porém me lembro da ordem.

"Força - 15, Resistencia - 10, Magia - 12, Fé - 4, Carisma - 90."

Meus status estão maiores, pouco, mas ainda assim.

"Interessante, bem, vamos começar."

Entro em posição de combate, dessa vez possuo uma arma com alcance maior. Valz novamente está utilizando uma de suas espadas, avanço em direção a Valz, dando o mesmo golpe igual na primeira vez, Valz o defende, uma onda de choque é criada, junto com um vento, o golpe teve a mesma força da qual utilizei contra Aknurb, porém diferente daquela vez, minhas mãos não machucaram e a frigideira não quebrou.

"HAHA, TODA VEZ ME IMPRESSIONO COM SUA FORÇA."

"Porque dessa vez minha mão está bem?"

Gu escutou minha pergunta e respondeu ao fundo.

"É porque eu fiz um cabo que impedisse de machucar sua mão ao atacar."

"INCRÍVEL GU."

"(Cora) não é como se seus elogios me deixasse feliz."

"Não se distraia no meio do combate."

Valz avança em minha direção tentando dar uma estacada em meu peito, utilizo minha frigideira para me defender, mesmo assim, sou jogado para tras, porém, diferente da última vez, continuo em pé.

"Também passou no teste de resistência."

Minha frigideira está intacta, sem nenhum tipo de rachado ou arranhão, Gu fez um ótimo trabalho.

"Pegue sua outra panela, vamos testá-la."

Retiro a panela wok de minhas costas, não sei muito bem como vou usa-la, porém, percebo que as alças são articuláveis, podendo alterar entre ficar para fora e dentro da panela.

"Preparado?"

Entro em posição de defesa, meu corpo inteiro está atrás da panela, seguro-a com toda minha força.

"Sim"

"Certo, lá vou eu."

Valz prepara um ataque com sua espada, a mesma entra em chamas, em seu arredor começa a soltar um ar quente, então ele utiliza o golpe em minha direção, um corte flamejante vem até mim em alta velocidade, preciso defendê-lo, porém ao invés de ficar parado, pouco antes de o golpe me atingir, empurrei a panela em direção ao mesmo, era pesado, o fogo passava em volta de minha panela sem me atingir, meu braços quase não aguentam tanto poder, até que o golpe acaba, minhas pernas estão trêmulas, meus braços exaustos.

"Incrível garoto, você conseguiu segurar um dos meus golpes mais poderosos, e não só isso, sua panela está intacta.'

"Bem(respira) sim mas (respira) eu não consigo mexer um músculo."

"Haha, e olha que eu nem usei meus Buffs."

"Buff?"

"São habilidades sem custo de mana que aumentam seus status físicos por um período de tempo."

"Espera, então se eu não for um mago, ainda consigo utilizar esses buff?"

"Bem, sim, afinal esse é o objetivo do Buff."

"Por favor me ensine."

"(Risos) Eu já ia lhe ensinar, pode ficar tranquilo."

"Sério, UHU. Mas Valz, que tipo de monstro é você? Você é muito poderoso."

"(Sorriso) Isso não é nada! Hm… Já sei, quer ver meu status?"

"SÉRIO?"

"Claro, aqui. Status."

A janela de status de Valz aparece em sua frente, novamente não consigo ler, mas me lembro da ordem e ela é Força - 205, Resistencia - 180, Magia - 56, Fé - 28, Carisma - 75.

"VOCÊ É MUITO FORTE."

E não é apenas isso, ele possui muitas coisas escritas em uma área que no meu, tem apenas uma coisa.

"O que é essa área Valz?"

"São as habilidades naturais, essas habilidades estão sempre ativas independente da vontade do portador, elas podem ser adquira de nascença ou durante a vida."

"NOSSA! VOCÊ TEM UM MONTE."

"Ei, garoto, por acaso você não sabe ler?"

"Não. Nem escrever."

"Então temos um problema, como irá analisar sua janela se nem mesmo consegue ler."

"Hehe."

"Nada de "HEHE", é algo sério, irei pedir a Lili para que lhe ensine a ler, ela é uma ótima professora."

"A maga que está treinando o Adan?"

"Sim."

"Será que pode ser outro dia? Gostaria de tirar amanhã como um dia de folga, depois de duas semanas treinando sem parar."

"Claro, depois de amanhã então nos encontramos aqui na guilda logo pela manhã."

"Certo."

"Mas porque quer tirar amanhã como dia de folga?"

"Vou em um encontro."

"(SURPRESO)COM QUEM? VOCÊ NÃO SAIU DAQUI, TENHO CERTEZA QUE NÃO ENCONTROU NENHUMA MULHER!"

"(Risos) Não é com nenhuma mulher, é com a Mai, a slime, eu digo encontro, mas apenas queria passar um tempo com ela."

"Entendo… espera, Mai? Você deu um nome para ela?"

"Sim, por quê?"

Valz se vira para a arquibancada onde estava Mai e Gu e fala.

"Ei slime! Você aceitou o nome que ele te deu?"

"Sim, eu não me importo muito com isso."

"(risos) bem, então temos um problema."

"Como assim Valz, o que houve?"

"Abra sua janela de status novamente."

"Ok. Status."

"Certo… deixe me ver… ah sim, diga Pet"

"Pet."

Uma pequena janela de status abriu ao lado da minha, onde nela possui os seguintes status: Força - 35, Resistencia - 80, Magia - 92, Fé - 30, Carisma - 22.

"O que é isso?"

"É o status da slime, não, é o status da Mai."

��Como assim?"

"Como assim?"

Eu e Mai gritamos ao mesmo tempo.

"Quando você dá um nome a um monstro e o mesmo aceita, vocês formam um contrato, assim se tornando mestre e pet, e pela suas reações, tenho quase certeza que nenhum de vocês sabiam. Bem, mas agora não há o que fazer, é um contrato vitalício, só acaba quando um de vocês morrerem."

E depois dessa conversa, voltei até a casa de Valz, não consegui conversar com a Mai desde então, eu realmente não sabia sobre esse pacto, espero não tê-la magoado. Preciso me explicar melhor amanhã.