Chapter 18 - Fazenda

Cap 20 -- Fazenda

Frase de "Destinadas a você" de helobarbos

Acordo e me espreguiço.

Que horas são?

9:30

Tenho que me arrumar e tomar café.

Todo domingo vamos à igreja pela manhã. Acontece que hoje mamãe nos disse que abriram uma igreja mais perto de casa e íamos lá hoje.

Tento me levantar mas a preguiça não está deixando.

Rolo da cama e caio no chão.

Tento me levantar e quando consigo vou para o banheiro tomar um banho e lavar o cabelo.

Ligo a água fria e começo lavando só o meu cabelo.

Enquanto ele fica hidratando eu tomo meu banho, depois enxáguo tudo e vou colocar uma roupa.

Coloco uma calça e uma blusa mais solta.

Desço as escadas e vejo que todos já estão prontos.

No caminho compramos algo para comer e vamos comendo no carro.

Entramos na igreja e nos sentamos um pouco mais a frente.

O lugar é enorme, tem um lustre no centro da igreja, os bancos ficam cada um em um tipo de "escada", fiquei encantada com o lugar.

Quando reparo nas pessoas encontro alguém, que me parece conhecido mais a frente.

"Lance?!"

Ele está sozinho a uns três bancos a frente.

"Será que eu deveria ir falar com ele?"

Fico pensando nisso até que mamãe fala comigo.

Taila -- É o Lance ali?

Katrina -- Acho que sim...

Taila -- Ele está sozinho... Chama ele.

Katrina -- Okay...

Saio do meu lugar e vou até Lance.

Não sei porque mas fico nervosa, é meio esquisito encontrar ele na igreja.

Chego do lado dele.

Lance -- Katrina?

Katrina -- Lance...

Lance -- Você vem por aqui?

Katrina -- Primeira vez. Acabei de chegar. Você está sozinho?

Lance -- Sim...

Ele parece meio triste.

Lembro de que quando ele falava da mãe sempre dizia que ela vinha a igreja e eles vinham juntos.

Katrina -- Não quer sentar com a gente?

Aponto para meus pais.

Lance -- Eu não vou atrapalhar?

Katrina -- Claro que não! Vem.

Ele pega na minha mão e vamos até papai e mamãe e meus irmãos.

Lance fala bom dia para todos e depois se senta e eu fico entre Lance e Kenneth.

Um pouco depois o padre chega e a missa começa.

Uma hora depois.

Saímos da igreja e apertamos as mãos de todos.

Lance continua com a gente.

Katrina -- Porque estava sozinho?

Pergunto a Lance.

Lance -- Meu pai se desligou a igreja depois que mamãe morreu... Eu continuo vindo por ela e porque acredito Nele...

Achei isso fofo, ele vem pela mãe.

Dou um sorriso.

Katrina -- Sua mãe estaria orgulhosa, pode ter certeza... Para onde vai agora?

Lance -- Bom, acho que vou para casa. Meu pai está de plantão hoje, então vou ter que arrumar o que comer...

Ele ri.

Me desvencilho dele e pergunto a mamãe se ele pode ir para a fazenda dos nossos tios e explico que o pai dele está de plantão, ela diz que sim e eu o convido que aceita.

Hoje vamos para a fazenda do meu tio avô Anthony. Ele tem uma chácara maravilhosa perto da cidade, sempre que vamos lá encontro todos os meus primos do lado da minha mãe.

Lance diz que vai pegar o carro dele e disse que vai nos seguir.

Mamãe pede para eu ir com Lance pois eles vão passar na casa da minha tia e levar ela e o meu primo.

Vou com Lance. Entro no carro e ele liga.

Lance -- Isso é muito longe?

Katrina -- Não muito, é uma das primeiras fazendas quando saímos da cidade. É melhor avisar para o seu pai.

Lance -- É verdade...

Ele pega o celular e liga para o pai.

Lance -- Ele não quer atender... Oi, Adeline, cadê o meu pai? Como sempre... Me faz um favor e avisa para ele que estou indo comer numa fazenda do tio avô da minha namorada por favor. Não, não é a Alisha. Katrina Bennet. Okay, obrigado.

Katrina -- O que foi?

Lance -- Meu pai estava ocupado assinando documentos do hospital e não podia atender... Estou acostumado já.

Ele vai seguindo meus pais e vamos falando sobre a família dele no caminho.

Ele me conta histórias maravilhosas de sua mãe e as aventuras que eles tinham juntos.

Eu falo um pouco da família da minha mãe também, e as brigas constantes entre minhas tias-avós.

Katrina -- Você está indo conhecer a parte materna da minha mãe. Ela tem treze irmãos, ou melhor tinha, já morreram três e o único homem ainda vivo é esse meu tio. Minhas tias vivem em uma briga constante, minha avó é daquele tipo que entra na briga depois que ela começou, minha tia Ashley que sempre começa as brigas, normalmente é por comida, tipo " A COMIDA TÁ QUEIMANDO!" ou "TEM POUCA GORDURA!" é sempre assim. Meu tio é o melhor, ele é a paciência e bondade encarnados.

Lance ri enquanto entramos na estrada de chão.

Viramos um pouco depois e entramos na fazendo do meu avó.

Lance -- Aqui é lindo...

Katrina -- É mesmo... Isso é porque você não viu o lago que tem aqui perto.

Estacionamos do lado do casarão do meu avô.

Dois andares.

Lance -- Seu tio é rico?

Katrina -- Ele vende leite, carne, essas coisas, para grandes empresas e bom, meio que sim.

Lance -- A casa dele é maravilhosa!

Katrina -- Isso é porque você não viu por dentro!

Descemos do carro e eu vejo que muitos dos meus primos estão na piscina.

Comprimento minha tia que veio junto com mamãe e entro na casa do meu tio.

O lugar está abafado, provavelmente vem da cozinha.

Lance entra e fica maravilhado, mas não tem como não ficar, o lugar é uma mansão!

Se parece muito com a Mansão Benson de Soy Luna.

Entro na cozinha e vejo todas as minhas tias-avós e apresento elas a Lance.

São todas idosas, na faixa de 70 a 80 anos, mas são tão ativas quanto alguém de 30, ou pelo menos tentam ser.

Apresento Lance a elas que dizem ser um homem bonito, segundo elas "um pão".

Rio da expressão.

Vamos para a parte de fora e vejo muitos na piscina e alguns comendo.

Falo oi para todos os meus primos e não abraço pois estão todos molhados, vou até meu tio-avô e sua esposa.

A esposa dele é brasileira e é linda demais, os cachos dela são maravilhosos.

Depois de apresentar Lance e falar com todos nos sentamos.

Me vem a mente a expressão que minhas avós usaram e começo a rir.

Lance -- O que foi?

Katrina -- Você é um pão!

Continuo rindo.

Lance -- Pelo jeito sou mesmo...

Ele também ri.

Vejo que ele está usando uma corrente.

Katrina -- Que lindo Lance...

Lance -- Minha mãe que me deu. Não sou muito de usar ele porque, acho que é algo especial demais e gosto de guardar para mim, mas... Depois do dia da vela resolvi começar a usar ele de vez em quando...

É um daqueles tipos de "registros" do exército.

Katrina -- Soldado Lager, quem era?

Questiono.

Lance ri mas depois responde.

Lance --Meu avô.

Katrina -- Lager Hidalgo.

Rimos.

Lance -- Ele serviu o exército por muitos anos e o pouco que eu me lembro dele é algo que guardo com carinho...

Depois disso entramos na roda de conversa que estava rolando e fomos escutando alguns assuntos.

Quando a cerveja chega a mesa meus primos vem da piscina.

Um dos meus primos oferece uma cerveja a Lance.

Lance -- Não, obrigada, eu não bebo.

Duvido disso, só está fazendo papel de bonzinho.

Anthony -- Toma garoto!

Eles oferecem de novo.

Katrina -- Tio!

Outro dos meus primos oferece de novo e começam a encher o saco dele dizendo que ele é mole.

No final acho que Lance já está um pouco irritado e aceita a cerveja.

Ele bebe um gole e faz careta.

Todos os homens comemoram com um grito e eu só reviro os olhos.

Não é possível...

Lance bebe uma, duas, três, garrafas de 600ml de cerveja até que eu resolvo interromper isso.

Katrina -- Lance para! -- Digo em um grito, meio sussurando.

Tiro a garrafa da mão dele e levo ele para dentro.

Ele já está bêbado e falando nada com nada.

Sento ele na cadeira da mesa da cozinha que já está vazia pois minhas tias já foram todas para o lado de fora.

Pego um copo de água e entrego para ele.

Katrina -- Lance eu já te disse que não era para ceder as provocações! Agora você está bêbado!

Lance -- Você fica tão linda irritada.

Katrina -- Lance você está bêbado! Toma logo essa água!

Ele toma a água e depois se levanta ficando bem perto.

Ele passa a mão no meu rosto, parece observar os detalhes, e faz um carinho muito bom.

Ele chega mais perto e meu coração da um pulo.

Sinto a respiração dele se misturando com a minha e olho nos olhos dele.

Um pouco depois ele encosta os lábios nos meus e me cola no corpo dele.

O beijo se intensifica mas ele continua lento, ele explorava minha boca e eu não conseguia, para falar a verdade... Eu não... Queria... Sair dali.

Merda Lance!

A mão dele ainda continuava fazendo um carinho bom no meu rosto.

Acho que deveria ser a carência falando.

Lance está bêbado e talvez nem se lembre disso depois e se lembrar vai ser com arrependimento... Não posso continuar com isso, por mais que eu queira, não posso...

Me separo dele.

Lance -- O que foi? Não gostou?

Ele diz naquele tom convencido dele.

Katrina -- Lance você está bêbado, não está pensando direito... Você é louco pela Alisha, só está me usando, e eu também estaria fazendo o mesmo se isso continuasse...

Me distancio dele e vou para o lado de fora.