O mundo era dividido por clãs, onde uma só raça vivia, os mais fortes eram os lobos e os vampiros conhecidos pela sua guerra centenária. Por que ela começou? Ninguém sabe, mas só os dois se odeiam veemente.
Boruto Uzumaki não iria aceitar isso, o herdeiro dos lobos queria saber o do porquê do ódio premeditado aos vampiros, recebendo muitos sussurros de pessoas sem nem o menor senso de direção e que não enxergavam os próprios pés a dias.
"Jovem, um dia entenderá" ou "Ele é mesmo filho do rei?".
Já tinha se acostumado a tudo isso, dizia sua mãe "para que raiva? Dá rugas!" E por isso sempre fora muito pacífico e feliz, não era o filho mimado que todos esperavam, os únicos traços de seu sangue era suas marquinhas nas bochechas e o cabelo loiro com olhos imensamente azuis do herdeiro do rei, estudava e sabia lutar, estava apto a batalhar por seu povo, sua família.
Em uma certa noite saiu a cavalgar procurando um pouco de sossêgo daquelas pessoas que comiam mais que 100 homens e das filhas atiradas de nobres, até chegar a um lago negro, mas com o brilho da lua lindíssimo, até que alguém o puxou conseguindo o imobilizar.
— Quem é você? — Perguntou o imobilizador com o nariz em seu pescoço, mas ao invés de proporcionar medo, deu um calafrio gostoso ao loiro.
— Sou Boruto Uzumaki — Respondeu o loiro.
— Prazer Boruto, me chamo Mitsuki Yuri. Você é inimigo ou amigo? – O Albino mirou sua Kunai no coração do loiro.
— Amigo!
— Ah, desculpa. — Soltou o de olhos azuis que se virou pra fitar o rapaz de vestes azuis.
— Você é doido?! — Gritou o loiro, sobressaltados.
— Desculpa se te assustei, achei que estava vindo me matar. — Coçou a cabeça constrangido.
— Tudo bem! — Suspirou —— Ai, ai, começamos em pratos sujos então vamos do zero ok? Me chamo Boruto Uzumaki — O loiro sorriu estendendo a mão.
A ameaça de morte aconteceu sim, mas ele não era de guardar rancor.
— Ah, claro. Prazer Boruto-kun, me chamo Mitsuki Yuri — Retribuiu o gesto.
— Yuri? O que significa? — Ponderou a cabeça pro lado ao perguntar.
— "Fofo" significa lírio, nem um pouco adequado ao meu clã, um sobrenome tão doce.
— Qual seu clã?
— Sinto que estou sendo interrogado. Quer um beijo também? — Brincou.
Acabaram rindo, mas o riso do Uzumaki foi de nervoso.
— Deixa eu ver sobre mim… Gosto de treinar, doces, sou bastante travesso então sempre estou de castigo — Fez cara de incrédulo no final de sua frase.
— Hum… Gostei de você! De clã você é? — Estava demasiado esperançoso.
Casamento entre homens não era errado, podia procriar com a poção certa do clã das bruxas.
Ele parece ser um bom consorte pra apresentar a meu pai!
Pensou o Albino.
— Eu sou um lobo e você? — A felicidade do Albino se esvaiu pro centro da terra, ao ouvir sua resposta.
Quanto azar uma pessoa pode ter na vida?
O Yuri criticou sua própria falta de sorte em pensamento.
— Alô… — Cantarolou procurando tirar o outro rapaz de seus pensamentos distrativos. — Yuri-chan?
O loiro estava muito próximo quase podia sentir a respiração do outro quando o Uzumaki olhava apreensivo para o Príncipe dos Vampiros.
— Você está bem? Está vermelho. – Aproximou-se mais e juntou sua testa ao do rapaz deixando o de cabelo brancos com um disfarce de tomate em sua face — Hum, você não está quente, está bem?
— S-sim, é só calor — Concordou tentando contornar a situação se distanciando já indo embora.
— Mas, estamos no inverno. Ei! – Yuri parou — Não me disse seu clã.
— Clã dos vampiros.
Riu da cara do Uzumaki. Os dois haviam saído de lá com uma sensação quentinha no peito.
O Príncipe dos lobos talvez estivesse um pouco atônito com toda a informação que fora jogada em poucas horas — amando finalmente conhecer alguém de fora — sem ser por cartas de nobres que eram obviamente falsas.
[...]
Uma semana se passou e os dois rapazes todas as noites se encontravam no lago negro; sempre trazendo lanches e desfrutando deles no silêncio, apenas curtiam a presença um do outro.
Nesse momento o Uzumaki estava no campo de treinamento descansando, seus pensamentos voltaram à última frase do Albino.
"Amanhã será uma surpresa pra você solzinho"
Só lembrar da expressão um tanto pervertida do outro, já lhe causava calafrios por sua espinha. Era bom, ele começou a imaginar como seria se o rapaz estivesse sem camisa.
— Oi irmãozão! — A pequena Hamawari chegou sorrindo — Pensando nas namoradinhas?
Seu sorriso puro é trocado por um malicioso.
Quem olha pensa que é um anjinho.
O mais velho revirou os olhos com seu pensamento.
— Bom... Vamos supôr que eu esteja.
A mais nova começou a sacudi-lo perguntando de tudo
— Primeiro, é "ele".
— Ah... — Uns segundos de silêncio veio da mesma o que fez o mais velho sentir medo — FINALMENTE MEU IRMÃO SAIU DO ARMÁRIO!
Se empolgou pra felicidade de seu irmão. Ficaram conversando a tarde inteira sobre um certo Albino, tanto que nem perceberam a mãe deles os chamando de longe.
— Vocês me ouviram? — Hinata os surpreendeu.
Seus dois filhos se assustaram e num pulo ficaram de pé
— Sobre o que falavam? — A mesma percebeu a mudança de comportamento dos menores.
O loiro ponderou. E se sua mãe e não aprovasse? Não tinha nada que pudesse fazer. O loiro ficou pensando e pensando até…
— O Nii-san gosta de um garoto Okaasan e ele tá com medo que você não aprove.
O citado olhou afiado para irmã que estava sorrindo cúmplice.
— Como ele é meu filho? — A Mãe demonstrou entusiasmo.
— Fofo, inteligente e parece seguir as tradicionais antigas. — Sorriu ao falar do Albino.
— Qual o nome dele?
— Mitsuki Yuri.
O olhar de sua mãe falhou por uns segundos ao ouvir o sobrenome da boca de seu filho, mas voltou ao normal rapidamente.
— Bom, vamos lá pra dentro e lembrem-se de sorrir porque careta dá rugas. No queremos ficar que nem aqueles emplumados! — O trio riu e se dirigiram para dentro do castelo.
O jantar seguiu normal e foram para as suas camas após o mesmo, mas um loiro ainda estava acordado enquanto todos dormiam.
Pulou a janela e andou até o seu local preferido logo avistando o de madeixas azuis, sua imagem endeusada pela luz da lua era um colírio.
O loiro sem perder tempo pulou em cima do Yuri e inocentemente se sentou sobre seu colo.
— Oi.
— Oi Solzinho. — Mitsuki estava corado, mas ainda assim respondeu.
— Não finja. O que você queria me dizer? — O loiro logo percebeu sua posição e saiu como um raio de cima do outro.
— Ah, sim… — Ficou ainda mais vermelho e pegou uma caixinha preta de dentro do seu quimono — Boruto Uzumaki, aceita ser meu consorte? — Olhou pro chão envergonhada.
Silêncio, nada mais, o loiro estava atônito, o albino pensou em correr, o mais baixo se aproximou levantando suas mãos até seu rosto. Ficaram olhando um pro outro e devagar até juntar seus lábios se iniciando um beijo carinhoso entre eles.
Quando a falta de ar os atingiu se separam com um filete de saliva os ligando.
— Quero florzinha — Finalmente respondeu beijando a sua testa.
Estavam tão distraídos um com o outro que nem notaram uma telespectadora...